BandNews - Reinaldo Azevedo
segunda-feira, 31 de outubro de 2022
LULA É ELEITO PRESIDENTE: O BRASIL VOLTA A SER FELIZ
Luiz Inácio Lula da Silva vence Jair Bolsonaro e é eleito o 39º Presidente do Brasil!
30 de outubro de 2022
Luiz Inácio Lula da Silva (Foto: Ricardo Stuckert)
247 - O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foi eleito presidente da República neste domingo (30) com aproximadamente 57.132.197 milhões de votos e 50,68% dos votos válidos, derrotando Jair Bolsonaro (PL), que recebeu cerca de 56.175.568 milhões de votos e 49,32% dos votos válidos. Lula venceu Bolsonaro por uma diferença de mais de 1,5 milhão de votos. No primeiro turno do pleito, a diferença de Lula para Bolsonaro foi de mais de 6 milhões de votos.
Aos 77 anos, Lula sagrou-se pela terceira vez vitorioso no segundo turno da eleição presidencial, desta vez liderando um amplo arco de alianças formado por 10 partidos políticos, por representantes da sociedade civil e do capital e até por ex-adversários políticos. Esta concertação liderada por Lula assumiu como principais compromissos a defesa da democracia contra o autoritarismo, o combate à fome e a retomada do desenvolvimento com inclusão social da população.
A coligação Brasil da Esperança enfrentou uma campanha marcada pelo intenso uso da máquina pública e do poder econômico por Jair Bolsonaro, bem como pela disseminação de notícias falsas, por denúncias de coação de eleitores e inúmeros episódios de violência política envolvendo bolsonaristas.
Nos dias finais da campanha, Lula participou do debate na Globo, do qual saiu vencedor para para 51,5% dos indecisos, enquanto Bolsonaro teve 33,7% da preferência do público, segundo dados da pesquisa AtlasIntel. O último ato da campanha do presidente eleito foi na avenida Paulista, em São Paulo, que reuniu milhares de pessoas e onde Lula demonstrou confiança na vitória e reafirmou sua disposição para reconstruir o país.
Aprovação recorde e perseguição política
Lula governou o Brasil por dois mandatos, de 2003 a 2010, numa época que ficou marcada pela prosperidade econômica, redução da pobreza e ampliação de políticas sociais. No período, o total de trabalhadores com carteira assinada subiu de 28,6 milhões em 2002 para 44 milhões em 2010. Ou seja, Lula criou, em oito anos, mais de 15 milhões de vagas com carteira assinada.
O poder de compra dos trabalhadores aumentou em seus governos. Durante os governos de Lula e Dilma Rousseff (PT), entre 2002 e 2016, o salário mínimo teve aumento real de 76%. Só nos dois mandatos de Lula, o aumento real foi de 57,8%. Além disso, 93,8% das categorias trabalhistas tiveram aumento maior do que a inflação no ano de 2010. Com Lula e Dilma, 36 milhões de brasileiros e brasileiras saíram da extrema pobreza e outros 42 milhões ascenderam à classe C. Todos os segmentos sociais tiveram ganho de renda, porém algo inédito aconteceu – os mais pobres ganharam mais do que os ricos.
Entre 2003 e 2012, os 10% mais pobres tiveram crescimento de renda real per capita de 107%, enquanto os mais ricos obtiveram incremento de 37% na renda acumulada, segundo estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). Durante os governos Lula e Dilma, a renda média cresceu 38% acima da inflação. Já a renda dos 20% mais pobres cresceu 84%.
Lula terminou o segundo mandato com recorde de popularidade. Em dezembro de 2010, pesquisa do Ibope (atual Ipec), contratada pela Confederação Nacional das Indústrias (CNI), mostrou que 87% dos entrevistados avaliaram a gestão Lula como “boa ou ótima”.
O ex-presidente Lula foi vítima de uma das maiores perseguições políticas registradas na história brasileira. Em agosto de 2016, Lula foi denunciado pelo Ministério Público Federal (MPF) por corrupção passiva e lavagem de dinheiro no caso do tríplex do Guarujá. A denúncia assinada pelo então coordenador da força-tarefa da Lava Jato, Deltan Dallagnol, hoje deputado federal eleito, não provou as acusações contra Lula. Mesmo assim, o então juiz federal Sergio Moro, atual senador eleito, condenou Lula em 2017 a 9 anos de prisão, decisão confirmada em tempo recorde pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4) que enquadrou Lula na Lei da Ficha Limpa e o retirou das eleições de 2018, que foi vencida por Jair Bolsonaro.
Confirmando seu interesse político na inabilitação de Lula, Sergio Moro renunciou à magistratura no final de 2018 para assumir o Ministério da Justiça e Segurança Pública a convite do presidente eleito, Jair Bolsonaro (PL). No ano seguinte, o site The Intercept Brasil revelou conversas privadas entre investigadores da Lava Jato e o ex-juiz. Os diálogos comprovam o conluio entre o Ministério Público e a Justiça para perseguir e condenar Lula. Em abril de 2020, após quase 16 meses como ministro de Bolsonaro, Moro anunciou seu desembarque do governo Bolsonaro alegando interferência do presidente na Polícia Federal. Pouco mais de dois anos depois, Moro voltou a se aliar com Bolsonaro ao declarar apoio ao extremista contra Lula no segundo turno da eleição e chegou a acompanhar Bolsonaro nos debates contra Lula.
O ex-presidente Lula foi preso no dia 7 de abril de 2018, após ficar dois dias na sede do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, em São Bernardo do Campo. Ele foi levado para a Superintendência da Polícia Federal em Curitiba, construída durante seus governos, onde ficou por 580 dias mantido como preso político. Durante todo o período em que ficou preso na PF, Lula foi acompanhado por uma multidão de apoiadores, que se instalaram nas imediações do prédio, criando a Vigília Lula Livre. Documentário do jornalista Joaquim de Carvalho para a TV 247 retrata a luta da Vigília para denunciar a injustiça e pela liberdade de Lula.
A sentença de Sergio Moro foi derrubada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) em abril de 2021, que reconheceu a incompetência da 13ª Vara Federal de Curitiba para julgar a ação. No mesmo ano, o Ministério Público Federal (MPF) reconheceu a prescrição do caso. Defendido pelos advogados Cristiano Zanin Martins e Valeska Martins, Lula foi inocentado na Justiça em 26 processos movidos contra ele pela máquina de lawfare que foi a operação Lava Jato.
Retorno triunfal e desafios de um Brasil desmontado
Depois de deixar a prisão em Curitiba, Lula iniciou a construção de um arco de alianças com partidos políticos, movimentos sociais e sindicais, personalidades da sociedade civil, da cultura e representantes do mercado para disputar a eleição de 2022, após ter sido retirado do pleito anterior. Acenou ao centro, ao trazer como candidato a vice o ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin, que saiu do PSDB para o PSB, e foi buscar apoios no amplo espectro da sociedade.
A partir do dia 1° de janeiro de 2023, Lula pegará um país em condições muito piores daquelas encontradas por ele em 2002. São mais de 33 milhões de pessoas passando fome no país, outras 115 milhões com algum grau de insegurança alimentar, segundo estudo da Rede Penssan.
O endividamento atinge 79% das famílias brasileiras e a inadimplência chegou a 29,6%, segundo estudo da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), divulgado no dia 5 de setembro. Na área ambiental, o Brasil é alvo de pressão internacional pelo aumento no desmatamento na Amazônia para a agricultura e a invasão e exploração do garimpo em terras indígenas.
Brasil 247
Lula volta com a força do povo contra o ódio e para reconstruir o Brasil
Não foi uma vitória do PT ou da esquerda. A mais importante eleição desde a redemocratização do país foi definida essencialmente pela união dos democratas
30 de outubro de 2022
Luiz Inácio Lula da Silva (Foto: Ricardo Stuckert)
Ricardo Bruno
Por desejo inequívoco da maioria dos brasileiros, encerrou-se hoje um dos períodos mais sombrios da história contemporânea do País. Pela força incontrastável por voto, livre e soberano, Jair Messias Bolsonaro foi democraticamente retirado do poder. Em seu lugar, assumirá Luiz Inácio Lula da Silva – eleito Presidente da República pela terceira vez, agora com a missão histórica de reconstruir um país dilacerado pelo ódio, pela guerra fratricida, pela decomposição do tecido social, onde estavam fundados sonhos e conceitos civilizatórios como alteridade, solidariedade e fraternidade.
Não foi uma vitória do PT ou da esquerda. A mais importante eleição desde a redemocratização do país foi definida essencialmente pela união dos democratas. No curso do processo eleitoral, a candidatura de Lula se alargou, ganhou musculatura com adesões à esquerda, ao centro e à direita. No início da campanha, Lula era apenas o candidato do PT; depois, se tornou também da esquerda; mais à frente se transfigurou, no melhor sentido, no candidato dos democratas.
É nesta condição que ele vai assumir o posto de 39º Presidente da República do Brasil. Sua missão é diferente de 2003, quando assumiu o poder com a tarefa de aprofundar as conquistas sociais iniciadas por Fernando Henrique Cardoso com o Plano Real.
Com dois mandatos, Lula erradicou a fome, universalizou o acesso às universidades, ampliou o emprego e fez o país crescer a índices de primeiro mundo. Éramos a 7ª economia do planeta. Hoje, somos a 13ª. Regredimos muito, sob todos os ângulos.
O papel de Lula em 2023 lembra o de Tancredo Neves em 1985 - que infelizmente não pode se cumprir pela fatalidade da morte antes mesmo da posse. O retirante de Garanhuns que conquistou o Brasil tem pela frente o desafio de reunificar o país, trincado pelo ódio. Reunir os brasileiros em torno de um projeto amplo, consistente, que garanta desenvolvimento e paz social para as próximas gerações.
Com diálogo e respeito às diferenças, Lula será presidente de todos a partir de 1º de janeiro de 2023. Sem exclusões, preconceitos ou rixas. Bolsonaristas e não bolsonaristas serão cuidados com a mesma atenção pelo novo mandatário. Não há espaço mais para nós e eles. O agravamento da crise institucional do país nos obriga a entender que a pacificação é premissa para a construção de um futuro venturoso.
A despeito das emoções ainda pulsantes, a eleição já ficou para trás. Já é parte da história.
A divergência termina com o fechamento das urnas. A partir do resultado, a democracia nos obriga a esquecer as diferenças para juntos reerguermos o País.
Ao assumir, Lula terá a tarefa de ser o artífice de um grande pacto nacional, com a participação de todas as forças sociais – partidos políticos, sindicatos, trabalhadores e empresários. A exemplo do Pacto de Moncloa, comandado por Adolfo Suarez na Espanha, após o período franquista, é necessário se estabelecer condições mínimas de consenso para o país voltar à normalidade democrática, se desenvolver, gerar riqueza, prosperidade e reduzir as desigualdades.
E somente Lula tem liderança e capacidade para cumprir este papel, que lhe foi reservado na história pelos brasileiros em manifestação democrática neste 30 de novembro de 2022 – dia em que, pela força do povo, sacramentou-se sua volta ao poder.
Há razões de sobra para otimismo e esperança.
Brasil 247
sexta-feira, 28 de outubro de 2022
quinta-feira, 27 de outubro de 2022
Idosos são agredidos por bolsonarista durante manifestação pró-Lula em Brasília
O agressor estaria alcoolizado no momento da confusão
27 de outubro de 2022
(Foto: Reprodução)
247 - Um grupo de idosos foi agredido na 210 Norte, em Brasília, na noite desta quarta-feira (26), enquanto realizava uma manifestação em favor do candidato à Presidência da República Luiz Inácio Lula da Silva (PT). De acordo com vídeos obtidos pelo Correio, cerca de 25 pessoas estavam na quadra com faixas e cartazes quando um homem apareceu para xingar os manifestantes e destruir o material de campanha. As informações são do portal Correio Braziliense.
Os idosos prestaram queixa na 5ª Delegacia de Polícia (Asa Norte). Segundo relatos ouvidos pela reportagem, o agressor estaria alcoolizado no momento da confusão. A briga teria começado por volta das 19h30. Nas imagens, o homem xinga os manifestantes, aponta o dedo e passa a intimidá-los. Em determinado momento, ele chega a arrancar uma faixa da mão de uma senhora. Os petistas pedem para que a agressão pare e gritam que alguns dos manifestantes são pessoas idosas.
Na confusão, os carros chegam a parar no meio da via por conta do risco de atropelamento das pessoas.
Brasil 247
Cinegrafista da Jovem Pan entrega Tarcísio e diz que filmou segurança do candidato disparando tiros na farsa de Paraisópolis
Marcos Andrade afirmou que a campanha de Tarcísio cobrou sua demissão, relatou pressão da Jovem Pan para apoiar o candidato e disse estar com medo de sofrer retaliações
27 de outubro de 2022
Abin, Paraisópolis e Tarcísio de Freitas (Republicanos), candidato ao governo de São Paulo (Foto: Reprodução/Abin | Marcello Casal Jr/Agência Brasil | Jorge Maruta/Jornal da USP)
247 – O repórter-cinematográfico Marcos Andrade, da Jovem Pan, concedeu uma entrevista bombástica ao jornalista Artur Rodrigues, da Folha de S. Paulo, em que denunciou a campanha do candidato bolsonarista Tarcísio de Freitas, que preparou uma farsa em Paraisópolis para que o candidato vendesse a falsa narrativa de que teria sido vítima de um atentado quando fez campanha na região. Na entrevista, Andrade disse que filmou um agente da Abin e policiais à paisana, da equipe do próprio Tarcísio, disparando tiros em Paraisópolis, numa ação que matou um jovem desarmado chamado Felipe Silva de Lima, de 28 anos. O cinegrafista também afirmou que a campanha de Tarcísio pediu sua cabeça, cobrando a sua demissão da Jovem Pan, e relatou pressões da própria emissora, que teria pedido que ele gravasse um vídeo em apoio ao candidato. Por fim, Marcos Andrade disse estar com medo: 'você não sabe com quem está lidando'.
"Eu começo a escutar uns disparos de arma de fogo, a impressão que eu tinha era umas rajadas de metralhadora. Eu fui para a janela, e olhando para o lado direito eu vi umas motos passando. Coisa de dez minutos depois as motos deram a volta pelo quarteirão, foram para a rua de cima, e começa o novo tiroteio. Aí eu pego a câmera e vou para janela. Inclusive, todo mundo falava 'se abaixa', e houve um pânico generalizado. E eu fui para a janela. Só que aí eu vejo umas pessoas à paisana na parte de baixo, na porta da escola, disparando arma de fogo no sentido da rua de cima. Eu vejo o Tarcísio com o pessoal saindo do prédio e indo para o estacionamento. Eu fiz essas imagens, tanto essas como das pessoas embaixo atirando. Desci. Chego na calçada e vejo lá na esquina, na parte de cima no meio da rua, uma pessoa caída e uma moto no chão. Eu me abrigo até uma coluna. Quando eu chego para gravar esse corpo e a moto que está no chão, chega uma pessoa falando para eu não gravar", relata o cinegrafista.
"Na hora que eu vou para a parte de cima, onde o corpo e a moto está caída, eu vejo o rapaz que eu tinha conversado a respeito de pedir reforço. Eu vejo ele armado e com distintivo da Abin [Agência Brasileira de Inteligência]. E outro rapaz que tenta me impedir também está com distintivo, mas eu não consigo ver bem o que era o distintivo dele", acrescentou, apontando a participação de agentes federais de segurança na campanha de Tarcísio.
A pressão para apagar provas
Depois de ter sido levado para uma base da campanha de Tarcísio, ele relata como se deu a pressão. "Chega alguém e fala assim: 'vamos lá em cima [que querem falar com você]'. Eu achei esquisito. Ficou uma dúvida, e na dúvida grava. Eu não estou com a câmera na mão. Peguei meu celular e fui gravando áudio com celular na mão. O cara se apresenta [o homem foi identificado pelo site Intercept Brasil como Fabrício Cardoso de Paiva, um agente licenciado da Abin que foi reconhecido também por Andrade por meio de fotografias]. Aí tem a gravação [em que a voz pergunta sobre o tiroteio e sobre o que havia sido filmado, e manda Andrade apagar as imagens]. Eu achei muito estranho, eu não faria em momento algum por questão da profissão mesmo. Eu não apaguei isso [as imagens já haviam sido enviadas à emissora]. Minha opinião [sobre o motivo da ordem] é que alguém que estava lá que não devia estar. É isso", afirmou Marcos Andrade. "Tem muita polícia. Só que você não consegue distinguir quem é quem. Quando você olha para o lado e fala assim: tem um federal aqui, um cara da Abin, um militar. Isso é normal? Você está acompanhando um candidato à Presidência da República, você vê policiais federais. Agora, um candidato ao governo com esse estafe eu nunca vi. Foge da normalidade", acrescentou.
Tarcísio pede a cabeça do cinegrafista e a Jovem Pan propõe que ele apoie o candidato
O cinegrafista também afirmou que a campanha de Tarcísio de Freitas pediu que a Jovem Pan o demitisse, depois da divulgação do áudio em que ele revela a pressão para que as imagens fossem apagadas. "Ontem [terça, quando o áudio foi divulgado pela Folha] foi um dia muito difícil, né? Porque houve comunicação da equipe [do Tarcísio] com a empresa [Jovem Pan] cobrando uma postura da empresa de desligamento. Até ontem, a hora que eu saí de lá, eles bateram o pé e desligamento zero. Não falaram o que iam fazer, entendeu? Mas me pediram para eu gravar um vídeo para o Tarcísio. Não sei se para usar para campanha, mas é de um jeito para eles ficarem bem com esse pessoal", disse Marcos Andrade.
Medo de retaliação
O profissional da Jovem Pan também afirmou que está com medo de sofrer retaliações. "Eu também estou assustado, porque você não sabe com quem está lidando. Medo não por mim, mas pela minha família, entendeu? Eu estou com minha esposa para ganhar nenê neste próximo mês. A minha preocupação é só essa, da minha família, entendeu, da integridade física de todos. Eu espero que acabe tudo bem, é a minha esperança, para a minha pessoa, para a minha família. Claro que eu tenho medos", afirmou. Andrade disse ter feito seu trabalho corretamente. "Eu, como jornalista, não vejo erro. Porque em nenhum momento estou mentindo, estou acrescentando vírgula, estou acrescentando ponto. A meu ver, eu não fiz nada de errado. Se alguém fez alguma coisa de errado, não fui eu", finalizou.
Brasil 247
quarta-feira, 26 de outubro de 2022
Reinaldo Azevedo: 'farsa golpista das rádios é a segunda bala de prata tentada pelo bolsonarismo'
"Bolsonaro está criando um pretexto a mais para não reconhecer o veredito das urnas se derrotado", diz o jornalista
26 de outubro de 2022
Jornalista Reinaldo Azevedo (Foto: Reprodução (Youtube))
247 - Em sua coluna publicada nesta quarta-feira (26) no portal Uol, o jornalista Reinaldo Azevedo afirma que o "complô das rádios é um delírio". "Bolsonaro está criando um pretexto a mais para não reconhecer o veredito das urnas se derrotado", continua. "A primeira bala de prata era Roberto Jefferson. Mas ele exagerou na representação, e acabou dando tiro no pé de Bolsonaro. Aí vem a segunda. É bem possível que tenham uma terceira", acrescenta.
De acordo com o jornalista, "a dupla de Fábios (Faria e Wajngarten) — não se gostavam, mas, tudo indica, encontraram algo em comum — vem com a tese golpista". "Se forem malsucedidos na tentativa de golpear a eleição com mais uma farsa, pode-se tirar algo de útil do episódio: as lorpas fascistoides saíram todas do covil e estão por aí a pregar o adiamento do pleito. E isso vale também para veículos e páginas que simulam fazer jornalismo", acrescentou.
"A acusação é um despropósito. A tal auditoria — ou que nome tenha — é uma farsa que finge rigor técnico. As tais provas sobre as rádios não provam nada. Os esbirros do bolsonarismo resolveram engrolar linguagem 'supostamente especializada' para emprestar complexidade a um delírio. Levantamento é de empresa de Santa Catarina que trabalha para a Havan (Audiency), sem experiência na área".
Brasil 247
Efeito Bolsonaro: 49 milhões de brasileiros estão em extrema pobreza, maior número desde 2001
Dados foram extraídos do CadÚnico. Número representa 23% da população, que não tem renda suficiente para sobreviver e precisa de auxílio do governo
26 de outubro de 2022
(Foto: Reuters)
247 - O Cadastro Único (CadÚnico), utilizado para cadastramento em programas sociais do governo federal, registrou em setembro o maior número de pessoas em situação de extrema pobreza no Brasil desde que foi implementado, em 2001. Segundo a coluna do jornalista Carlos Madeiro, do UOL, os registros mostram que “49 milhões de brasileiros — ou 23% da população — afirmam não ter renda suficiente para sobreviver e precisam de auxílio governamental”.
“Desde janeiro de 2019, quando teve início o governo de Jair Bolsonaro (PL), até setembro de 2022, o número de pessoas que vivem em extrema pobreza aumentou em 10 milhões. Em dezembro de 2018, eram 39 milhões de brasileiros nessa condição”, destaca a reportagem.
Os dados do CadÚnico ajudam a comprovar uma pesquisa da Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional (Penssan), que apontou que o número de pessoas que passam fome no país quase duplicou em menos de dois anos. Atualmente, cerca de 33,1 milhões de brasileiros passam fome no Brasil. O número corresponde a cerca de 15,5% da população.
“Em 2020, quando foi realizada a primeira pesquisa deste tipo, eram 19 milhões de pessoas com fome no Brasil (9,1% da população)”, diz a reportagem.
Brasil 247
Quem vai investigar a PF no caso Jefferson?
É assunto muito grave, até porque há um delegado e uma agente feridos e ainda com estilhaços de granada no corpo.
Não pode ficar no “aconteceu e pronto”, porque existem perguntas óbvias que precisam ser respondidas, até mesmo em respeito aos servidores do Estado que tiveram suas vidas expostas no episódio.
Quem montou a escala da equipe que foi prender Jefferson com apenas 4 agentes, sem coletes balísticos e armados apenas de pistolas, quando todos sabiam do histórico de violência do ex-deputado, posando para fotos e vídeos armado e com um registro de possuidor de armas de fogo acessível por qualquer terminal da Polícia Federal? Não se tratava de prender a Madre Teresa de Calcutá ou Mahatma Gandhi, sem histórico de violência.
Por que a equipe não era “operacional”, como disse o próprio agente que conversou com Jefferson, em clima afável, que os classificou como “burocráticos”, ao ponto de um deles, escrivão, portar apenas uma arma que “não funcionava”, segundo depuseram os policiais? Não havia tempo de reforçá-la, já que a ordem de prisão foi enviada à PF na véspera, sábado, 22?
Foi ou não montado um bloqueio nos acessos, já que o alvo da operação era personagem político de relevo entre o bolsonarismo e poderia haver, como houve, aglomeração de simpatizantes no local, inclusive com agressões físicas, como ocorreu com o cinegrafista espancado?
Quantas pessoas havia na casa no momento da abordagem policial? Quem autorizou a entrada das demais, que poderiam ser até tomadas como reféns? Especialmente, quem autorizou a entrada do suposto padre Kelmon? Ele foi revistado antes de entrar? De onde e como ele veio tão rápido, se passou todo o sábado em Brasília, comemorando seu aniversário com o atual presidente e sua mulher Michelle? Veio de voo comercial ou de jatinho fornecido por alguém?
Como chegaram a Roberto Jefferson as armas e os mais de 7 mil cartuchos de bala que estavam na casa? Quem foram os responsáveis pela vistoria da casa onde se faria a prisão domiciliar? Ela foi feita?
O superintendente da Polícia Federal no Rio de Janeiro, cuja a indicação passa pelo crivo pessoal de Jair Bolsonaro, não foi avisado e não acompanhou a operação improvisada na casa de Jefferson?
Todos estamos interessados em saber como agentes da lei foram gravemente expostos a uma situação de risco, diante de um terrorista, num processo que trata de terrorismo.
Tijolaço
Quaest aponta para vitória de Lula com 53% dos votos válidos; Bolsonaro tem 47%
No modelo likely voter, que considera a probabilidade de determinados eleitores não comparecerem às urnas, Lula tem 52,1% e Bolsonaro 47,9%
26 de outubro de 2022
Luiz Inácio Lula da Silva e Jair Bolsonaro (Foto: REUTERS)
247 - Pesquisa Quaest, encomendada pelo Banco Genial, divulgada nesta quarta-feira (26) mostra o ex-presidente Lula (PT) na liderança da corrida eleitoral contra Jair Bolsonaro (PL).
Votos válidos:Lula - 53%
Bolsonaro - 47%
Os números são os mesmos registrados há uma semana.
Votos totais:
Lula - 48%
Bolsonaro - 42%
Brancos/Nulos/Não vão votar - 5%
Indecisos - 5%
Em comparação com o levantamento anterior, Lula oscilou positivamente um ponto. Brancos/Nulos/Não vão votar eram 6%. Os percentuais de Bolsonaro e indecisos permaneceram estáveis.
No modelo likely voter, que considera a probabilidade de determinados eleitores não comparecerem às urnas, Lula tem 52,1% e Bolsonaro 47,9%.
A pesquisa ouviu 2.000 eleitores presencialmente entre 23 e 25 de outubro. A margem de erro é de dois pontos percentuais e o intervalo de confiança de 95%. O levantamento está registrado no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o protocolo BR-00470/2022.
Brasil 247
terça-feira, 25 de outubro de 2022
Casal bolsonarista é expulso após criar confusão em restaurante: "fascista de merd*" (vídeo)
Caso aconteceu no restaurante Martin Fierro, em São Paulo, após uma discussão com outros clientes
25 de outubro de 2022
(Foto: Reprodução/Twitter)
247 - O jogo virou. Um casal bolsonarista foi expulso do restaurante Martin Fierro, de classe média, em São Paulo, após iniciar uma discussão com outros clientes. No vídeo é possível ver que a mulher segura uma camisa da seleção e coloca no rosto para não ser filmada. O homem exibe a camisa em sinal de apoio ao candidato à reeleição.
Não é possível saber o que originou a discussão, mas o casal faz gestos obscenos e xinga a pessoa que está filmando. Vencido, o casal sai do restaurante debaixo de vaias. "Fascista de merda”, gritam os outros clientes.
O jornalista Joaquim de Carvalho lembra que “esta cena era impensável pouco tempo atrás. Ocorria o contrário. Virou !
segunda-feira, 24 de outubro de 2022
domingo, 23 de outubro de 2022
Ação criminosa de Roberto Jefferson dá curto-circuito na campanha de Bolsonaro
O comando da campanha bolsonarista está tomado pelo pânico de que o ataque com granada e tiros lançados pelo ex-deputado contra policiais repercuta no eleitorado
23 de outubro de 2022
Roberto Jefferson (PTB-RJ) (Foto: Valter Campanato/Agência Brasil)
247 - O ataque criminoso de Roberto Jefferson contra uma equipe da Polícia Federal que foi prendê-lo por ordem do Ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes provocou crise na campanha de Jair Bolsonaro.
A jornalista Bela Megale assinala em sua coluna no Globo que "a granada que Roberto Jefferson lançou neste domingo sobre policiais federais também teve efeito bombástico na campanha de Bolsonaro". Ele destaca que a ordem no comando da campanha é tentar desvincular completamente Bolsonaro de qualquer relação com o ex-deputado federal e presidente de honra do PTB.
Tarefa impossível, pois Bolsonaro e Jefferson são aliados. Bela Megale escreve que "o governo Bolsonaro se viu atrelado de forma umbilical ao episódio", como fica claro com a ordem dada pelo ocupante do Palácio do Planalto para o ministro da Justiça ir à casa de Jefferson, na cidade de Levy Gasparian, no Rio de Janeiro. O deputado federal bolsonarista Otoni de Paula (MDB-RJ) foi às redes sociais dizer que falou com a assessoria de Bolsonaro e que este havia tomado a decisão de "mandar as Forças Armadas proteger o nosso Roberto Jefferson". E o próprio Jefferson divulgou que exigiu a presença do ministro para negociar sua entrega à PF.
Brasil 247
Bolsonaro grava vídeo, tenta se descolar de aliado e chama Roberto Jefferson de "bandido" após prisão
"O tratamento dispensado a quem atira em policial é o de bandido", disse Jair Bolsonaro sobre o aliado
23 de outubro de 2022
(Foto: Reprodução/Twitter)
247 - Jair Bolsonaro usou as redes sociais, no início da noite deste domingo (23), para divulgar um vídeo em que chama o ex-deputado e ex-presidente do PTB Roberto Jefferson de “bandido”.
“Como determinei ao ministro da Justiça, Anderson Torres, Roberto Jefferson acaba de ser preso. O tratamento dispensado a quem atira em policial é o de bandido. Presto minha solidariedade aos policiais feridos no episódio, disse Bolsonaro sobre o aliado.
Durante o ataque, o delegado Marcelo Vilella teria sido atingido na cabeça e na perna; e a policial Karina Lino Miranda de Oliveira, teria sido ferida na cabeça por estilhaços de uma granada arremessada pelo ex-deputado.
Brasil 247
Precisamos voltar a sentir nojo. Por Fernando Brito
Publicado por Fernando Brito
Atualizado em 23 de outubro de 2022
Roberto Jefferson, em vídeo no qual ofende a Ministra Cármen Lúcia
Publicado originalmente em O Tijolaço
Não vou reproduzir o show de horrores de Roberto Jefferson, que está na Folha, para quem gostar de pornografia verbal.
Recuso-me a admitir viver em um país de porcos como ele e os bolsonaristas pensam que somos.
Usar a filha para burlar a proibição de uso das redes sociais e chamar de “prostituta” – a parte mais leve do que disse – a ministra Cármem Lúcia, do TSE, por colocar freios em outra abjeção midiática, a Jovem Pan bastaria para mostrar o caráter deste desqualificado que, entretanto, ainda assim atua em conluio com Jair Bolsonaro, como ficou claro na “escalação” do falso padre para ajudar no debate da Globo.
Mas o que ele diz não é, infelizmente, inédito.
Apenas vocaliza o que o bolsonarismo vem dizendo nas redes e que tinha encontrado antes o tal Daniel Silveira como garganta de aluguel.
Não pode ser noticiado como “curiosidade”, nem republicado como “caça-cliques”.
Não deveria sequer ter sido reproduzido por qualquer site, mas eliminado na plataforma que usou.
Não é liberdade de expressão, muito menos liberdade artística, até porque não está inscrito como show circense.
É este personagem que dividia, até pouco tempo, lives “cristãs” com Silas Malafaia e que convidava Jair Bolsonaro para o lodaçal em que transformou o PTB.
É esta a turma do Jair. É isso que nos espera se tivermos gente assim no comando do país.
Vamos ter indulto para outro porco?
Tijolaço
Roberto Jefferson troca tiros com a polícia e agente é baleado (vídeos)
Um agente da PF do Rio de Janeiro foi baleado em frente a casa do ex-parlamentar
23 de outubro de 2022
Roberto Jefferson (Foto: Valter Campanato/Agência Brasil)
247 - O ex-deputado federal Roberto Jefferson (PTB-RJ) trocou tiros com a Polícia Federal (PF) neste domingo (24) durante o cumprimento de mandado de prisão do petebista. Duas pessoas foicaram feridos. O delegado Marcelo Vilella teria sido atingido na cabeça e na perna, e uma policial identificada como Karina, foi ferida na cabeça. Os dois foram atendidos em um hospital e, segundo informações preliminares, o estado de saúde deles não é grave.
O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes, que também é ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), mandou prender o ex-parlamentar, investigado pela participação em milícias digitais. O petebista também fez ataques contra a ministra do TSE Cármen Lúcia.
Brasil 247
sábado, 22 de outubro de 2022
Preço da gasolina sobe de novo e volta a ultrapassar R$ 5 em nove Estados
Petrobras vem cedendo à pressão do governo para segurar seus preços ao menos até a votação do próximo dia 30, parte do pacote de “bondades” de Bolsonaro para comprar a reeleição
22 de outubro de 2022
(Foto: Reuters)
247 - “O preço da gasolina nos postos brasileiros subiu pela segunda semana seguida, de acordo com a pesquisa semanal da ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis). Desta vez, a alta foi de 0,4%, para R$ 4,88 por litro”, informa o jornalista Nicola Pamplona, em reportagem no portal Valor Economico.
“A sequência de altas interrompe um ciclo de queda que durou 15 semanas consecutivas, iniciado com cortes nos impostos federais e estaduais aprovados pelo Congresso no fim de junho e impulsionado por reduções de preços nas refinarias.A alta ocorre às vésperas do segundo turno das eleições e reflete aumentos na Refinaria de Mataripe, o maior produtor privado de combustíveis do país, e na cotação do etanol anidro, que representa 27% da mistura vendida nos postos”, acrescenta.
Apesar das elevadas defasagens em relação às cotações internacionais, a Petrobras vem cedendo à pressão do governo para segurar seus preços ao menos até a votação do próximo dia 30, parte do pacote de “bondades” de Bolsonaro para comprar a reeleição.
Brasil 247
Governo Bolsonaro corta 87% de doação de leite a famílias na miséria no Nordeste e Minas
O programa enfrenta hoje o seu maior desfinanciamento federal e a menor quantidade distribuída
22 de outubro de 2022
Bolsonaro (Foto: Reuters | ABr | Pxhere)
247 - “Uma das principais ações do governo federal no combate à fome no interior nordestino e de Minas Gerais, a distribuição de leite às famílias em extrema pobreza pelo programa Alimenta Brasil (antigo PAA, Programa de Aquisição de Alimentos) foi drasticamente reduzida em 2022. Entre janeiro e agosto, o total de litros distribuídos caiu 87% em comparação ao mesmo período do ano passado”, informa o jornalista Carlos Madeiro em reportagem publicada no portal UOL.
“A escolha dessa área ocorre pelo maior grau de insegurança alimentar. É na região da Sudene que estão 11 milhões —ou seja, mais da metade— dos 20 milhões de famílias que recebem o Auxílio Brasil”, esclarece.
“O programa do leite, como é conhecido, é tradicional no Nordeste há pelo menos duas décadas e, segundo gestores, enfrenta hoje o seu maior desfinanciamento federal e a menor quantidade distribuída”, acrescenta.
Brasil 247
Juiz de Fora abraça Lula e reforça confiança na vitória dia 30
O ex-presidente pediu para seus eleitores conversarem com as pessoas indecisas e aqueles que não votaram no primeiro turno
21 de outubro de 2022
Lula em Juiz de Fora (MG) - 21.10.2022 (Foto: Ricardo Stuckert)
247 - O ex-presidente e candidato Luiz Inácio Lula da Silva realizou nesta sexta-feira (21) um grande ato de campanha na cidade de Juiz de Fora, Minas Gerais. Milhares de pessoas enfrentaram chuva e se reuniram no cruzamento da Avenida Francisco Bernardino com a Rua Benjamin Constant para acompanhar o ex-presidente até a Praça da Estação, onde ele discursou ao lado da senadora Simone Tebet, da ex-ministra Marina Silva e da prefeita Margarida Salomão, além de lideranças locais.
Na ocasião, Lula prometeu defender o país da privatização predatória estatais como Banco do Brasil, Petrobras e Correios, além de fortalecer o ensino público e o Sistema Único de Saúde (SUS). “Queremos exportar conhecimento, inteligência, por isso não faltará dinheiro para universidade, pesquisa e laboratórios. Outra coisa, é preciso parar com a loucura de achar que colocar dinheiro na saúde é gasto. Dinheiro na saúde é investimento. Portanto, nós vamos investir dinheiro no SUS”, disse o ex-presidente, sob aplausos da multidão em Juiz de Fora.
Educação
“No 1° debate do segundo turno eu perguntei quantas universidades o Bolsonaro fez. Ele não respondeu porque não fez nenhuma. Educação também não é gasto, é investimento”, emendou.
Lula também falou que o país que o campo progressista sonha, com mais justiça social e fora do Mapa da Fome, como foi durante os governos do Partido dos Trabalhadores, será reconstruído. “Eu ficava emocionado quando via um trabalhador dizendo que comprou um filé ou picanha porque tinha dinheiro pra comprar a comida que quisesse. É esse país que vamos recuperar”, comentou.
O ex-presidente também pediu para seus eleitores conversarem com as pessoas indecisas e aqueles que não votaram no primeiro turno, para apertar 13 no dia 30 de outubro, sem cair na provocação de bolsonaristas.
“Faltam apenas 9 dias para decidirmos o destino do nosso país. Vocês ainda vão ouvir muitas mentiras e promessas falsas do nosso adversário. Vocês o conhecem. Há 4 anos não dá aumento real pro salário mínimo ou faz reajuste no dinheiro da merenda escolar”, afirmou.
Confiança na vitória
Lula declarou ainda que receberá mais votos do que no 1º turno, e que seu governo terá igualdade de gênero, com muitas mulheres no primeiro escalão. “Feliz a cidade que tem uma mulher e uma prefeita da tua qualidade governando. Essa mulher significa tenacidade, resistência e amor, além de ser a demonstração de que a mulher não deve nada a nenhum homem em termos de capacidade e inteligência”, completou, referindo-se à prefeita Margarida Salomão.
Brasil 247
Pesquisas internas animam campanha de Lula e confirmam vantagem de seis pontos
Reta final será concentrada na Região Sudeste, que será decisiva até o dia 30
22 de outubro de 2022
Ex-presidente Lula durante evento de campanha em São Gonçalo (RJ) 20/10/2022 (Foto: REUTERS/Pilar Olivares)
BRASÍLIA (Reuters) - Depois de dias de preocupação com uma aproximação do presidente Jair Bolsonaro (PL) nas pesquisas, a campanha do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) retomou ânimo com base em dados de levantamentos internos e decidiu focar a reta final da disputa pelo Palácio do Planalto nos Estados do Sudeste, de acordo com fontes ouvidas pelas Reuters.
Segundo as fontes, trackings internos da campanha nos últimos dois dias apontam para uma diferença de 6 pontos percentuais entre Lula e Bolsonaro, maior do que a última pesquisa Datafolha, que registrou apenas 4 pontos, o que configura empate técnico no limite da margem de erro.
Os mesmos trackings apontam ainda que Lula tem uma vantagem de 4 a 5 pontos em Minas Gerais, ao contrário do que diz Bolsonaro, que afirma ter virado o placar em Minas depois da vitória de Lula no Estado no primeiro turno.
No Nordeste, segunda região mais populosa do país, Lula manteria a larga vantagem que obteve no primeiro turno, mesmo depois de investidas bolsonaristas.
Os números internos normalmente não são usados externamente pelo PT, mas vazaram até como estratégia do partido para acalmar o clima de apreensão que havia começado a se instaurar entre a militância após as últimas pesquisas.
Decisões positivas do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) contra notícias falsas que atingiram a campanha e dando direito de resposta a Lula em inserções que pertenciam a Bolsonaro, além da boa repercussão de algumas ações da campanha, deram também um ânimo extra à militância. No caso das inserções, a decisão foi suspensa, mas pode voltar depois da análise pelo plenário do TSE no sábado.
Nessa reta final, a nove dias da eleição, a intenção é fortalecer e reorganizar a militâncias nas redes e também nas ruas. No domingo, o ex-presidente tem um segundo encontro com influenciadores digitais sobre produção de conteúdos para esses últimos dias.
Uma campanha televisiva de ataques a Bolsonaro, incluindo o caso das meninas venezuelanas --em que o presidente usou a expressão "pintou um clima" ao comentar encontro com jovens de 14 e 15 anos--, e sua defesa do ditador paraguaio Alfredo Stroessner, também acusado de pedofilia, irá continuar, mas Lula não quer ficar respondendo acusações e notícias falsas criada pela campanha rival.
"Eu tenho dito que a gente não pode entrar no jogo rasteiro do Bolsonaro. A gente não pode ficar respondendo as bobagens que ele fala. É tudo que ele quer", disse Lula durante entrevista em Juiz de Fora (MG) nesta sexta.
MINAS E SÃO PAULO
Lula vai concentrar os últimos dias em Minas Gerais e São Paulo. Nesta sexta, o ex-presidente foi a Juiz de Fora e Teófilo Otoni, e no sábado irá à zona metropolitana de Belo Horizonte. Na quarta-feira, a senadora Simone Tebet (MDB), terceira colocada no primeiro turno da disputa pelo Planalto, voltará ao Estado para fazer campanha em nome do ex-presidente.
Considerado um retrato do Brasil e segundo maior colégio eleitoral do país, Minas guarda o histórico de, desde a redemocratização, quem venceu ali venceu também a eleição nacional. No primeiro turno, Lula ganhou, por uma margem apertada.
As duas campanhas investiram pesado no Estado nesse segundo turno, com Bolsonaro obtendo o apoio do governador reeleito, Romeu Zema (Novo). No entanto, uma boa parte dos eleitores de Zema votaram em Lula na eleição nacional.
Perguntado sobre o que faria para tentar diminuir uma diferença de votos no Sudeste de 7 pontos percentuais, apontada pelo último Datafolha, Lula respondeu nesta sexta: "É por isso que estou aqui em Juiz de Fora, amanhã vou à zona metropolitana. Vim aqui pegar essa força de vocês. Nós vamos ganhar em Minas", disse.
O ex-presidente encerrará a campanha com um ato em São Paulo na quarta-feira -- último dia em que comícios são permitidos. Antes, na segunda, terá um ato em defesa da democracia também em São Paulo, para o qual chamou nomes como Henrique Meirelles, em mais uma tentativa de mostrar que conseguiu montar uma frente ampla em apoio a sua candidatura.
Uma preocupação que permanece é a do risco de abstenção alta nesse segundo turno, e que pode afetar diretamente a votação de Lula, mais concentrada na população de baixa renda. Uma ação impetrada pela Rede e pelo PSOL conseguiu que o Supremo Tribunal Federal (STF) garantisse a liberação pelas prefeituras de transporte público gratuito no dia da eleição, mas Lula tem enfatizado a necessidade da militância trabalhar para evitar que as pessoas deixem de votar, seja qual for o motivo.
Brasil 247
sexta-feira, 21 de outubro de 2022
TSE suspende direito de resposta que dava 164 inserções para Lula em programa de Bolsonaro
A ministra Maria Cláudia Bucchianeri decidiu que o plenário do tribunal deve analisar o caso
20 de outubro de 2022
Luiz Inácio Lula da Silva (Foto: Divulgação)
247 - A ministra do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) Maria Cláudia Bucchianeri, suspendeu direito de resposta para o candidato a presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva (PT) que daria a ele 164 inserções de 30 segundos na propaganda partidária de Jair Bolsonaro (PL). A informação foi publicada nesta quinta-feira (20) pelo portal G1.
A ministra decidiu que o plenário do TSE deve analisar o caso após a campanha de Bolsonaro entrar com um embargo de declaração (tipo de recurso).
"Recebo os presentes embargos declaratórios como recurso inominado [...] e a ele atribuo, excepcionalmente, eficácia suspensiva, até respectiva análise colegiada", escreveu a ministra.
Brasil 247
quarta-feira, 19 de outubro de 2022
Lula terá direito de se defender de Bolsonaro em 184 inserções na TV, decide TSE
Inicialmente, estavam programadas 400 inserções do atual ocupante do Planalto nos últimos oito dias do segundo turno. Agora serão 216
19 de outubro de 2022
Jair Bolsonaro (círculo, à esq.), TSE e Luiz Inácio Lula da Silva (Foto: Reuters | ABR | Reprodução)
247 - A ministra do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) Maria Claudia Bucchianeri determinou nesta quarta-feira (19) a perda de 184 inserções pela campanha de Jair Bolsonaro (PL), que, até quinta-feira (27) da próxima semana, quando termina o horário eleitoral gratuito, terá de mostrar na TV o direito de resposta do candidato à Presidência da República Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Inicialmente, estavam programadas 400 inserções do atual ocupante do Planalto nos últimos oito dias do segundo turno, marcado para 30 de outubro. Agora serão 216. A informação foi publicada nesta quarta pela coluna de Carolina Brígido, no portal Uol.
Segundo a campanha do PT, Lula terá direito de resposta por 30 segundos em cada uma das 184 inserções. Em uma propaganda, Lula vai rebater a tentativa de Bolsonaro em associar o petista à criminalidade. O ex-presidente terá direito a resposta em 164 inserções na TV. A outra propaganda bolsonarista também usou as palavras "corrupto" e "ladrão" para criticar o adversário. Neste caso, Lula terá direito de resposta em 20 inserções.
Brasil 247
Quaest: Lula tem 53% dos votos válidos e Bolsonaro 47%
Vantagem do ex-presidente Lula sobre Bolsonaro diminuiu de oito para seis pontos em uma semana, aponta o levantamento
19 de outubro de 2022
Luiz Inácio Lula da Silva e Jair Bolsonaro (Foto: Reuters)
247 - Pesquisa Quaest, encomendada pelo banco Genial, divulgada nesta quarta-feira (10) aponta uma diminuição na vantagem do ex-presidente Lula (PT) sobre Jair Bolsonaro (PL).
Votos válidos:
Lula - 53%
Bolsonaro - 47%
No levantamento realizado há uma semana, Lula tinha 54% e Bolsonaro 46%.
Votos totais:
Lula - 47%
Bolsonaro - 42%
Brancos/Nulos - 6%
Indecisos - 5%
Considerados os votos totais, Lula aparecia na última pesquisa com 49%, enquanto Bolsonaro tinha 41%. Brancos/Nulos eram 6% e indecisos 4%.
Desde a última rodada, a Quaest passou a incluir um novo cálculo, considerando os eleitores com maior probabilidade de ir votar no dia 30 de outubro. Por essa conta, Lula registra 52,8% dos votos válidos, e Bolsonaro, 47,2%.
Nos outros grupos pesquisados, uma variação importante ocorreu na faixa entre 2 e 5 salários mínimos, onde os dois candidatos estavam tecnicamente empatados (45% para Bolsonaro e 44% para Lula) e hoje o ocupante do Palácio do Planalto tem 48% das intenções de voto contra 39%.
Entre os eleitores que votaram em Simone Tebet (MDB) no primeiro turno, a maioria – 36% - pretende votar em branco, nulo ou abster-se; 32% estão indecisos, 19% declaram voto em Lula e 13% em Bolsonaro. Entre os que votaram em Ciro Gomes, do PDT, 41% dizem votar em Lula, 22% em Bolsonaro, 25% declaram votar em branco, nulo ou abster-se. Entre os que se abstiveram, 42% declaram voto em Lula, 32% em Bolsonaro, 15% mantêm a decisão do primeiro turno e 12% estão indecisos.
Perguntados sobre quem merece voltar ao Planalto, 52% dos entrevistados disseram que Lula merece voltar a ser presidente, contra 44% que não o querem de volta. E 49% consideram que Bolsonaro merece ser reeleito, contra 48%. O medo da volta do PT ao poder e o temor da continuidade de Bolsonaro registram hoje empate numérico em 43%.
Rejeição
A rejeição a Bolsonaro (46%) voltou a recuar e está empatada tecnicamente com a rejeição de Lula (42%) pela primeira vez na série histórica.
A pesquisa ouviu 2 mil eleitores presencialmente entre 16 e 18 de outubro. A margem de erro é de dois pontos percentuais e o intervalo de confiança de 95%. O levantamento foi registrado no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o protocolo BR-04387/2022.
Brasil 247
Assinar:
Postagens (Atom)