sexta-feira, 24 de fevereiro de 2023

Jornalista brasileiro que foi ao Donbass lançará livro sobre a guerra


"O povo esquecido" conta a história da guerra no Donbass a partir da experiência do jornalista no lado da trincheira que ninguém quis ir

24 de fevereiro de 2023

(Foto: Diário Causa Operária)


Diário Causa Operária - Enviado especial à Rússia e ao Donbass no ano passado, junto com o companheiro Rafael Dantas, o jornalista Eduardo Vasco, da redação do DCO e militante do PCO, acaba de escrever o livro-reportagem “O povo esquecido: uma história de genocídio e resistência no Donbass”. A obra, que está no prelo, será lançada nos próximos dias pelas Edições Causa Operária.

O evento de pré-lançamento ocorrerá na próxima segunda-feira (27) com um programa Análise Internacional especial sobre o aniversário de um ano do início da operação militar especial da Rússia na Ucrânia. O programa contará com a participação de Rui Costa Pimenta e Robinson Farinazzo, como sempre, e também de convidados Rogério Anitablian, Lejeune Mirhan e José Reinaldo de Carvalho (TV 247). Ele é transmitido pelo canal do DCO e dos parceiros, como Arte da Guerra, do Comandante Robinson. Este programa especial será retransmitido por uma rede de canais progressistas.

Nesta entrevista ao DCO, no dia em que a operação russa completa seu primeiro aniversário, Vasco faz algumas observações sobre a realidade russa e a verdade que a imprensa burguesa esconde sobre o conflito, além de trazer uma prévia do que o leitor poderá encontrar em seu livro.

1. Do que você mais gostou nessa cobertura exclusiva?

Sempre foi um sonho conhecer a Rússia, a terra da Revolução e do primeiro estado operário do mundo. Pode parecer uma resposta clichê, mas eu gostei de absolutamente tudo (risos). Em particular da cultura russa, no sentido do comportamento dos cidadãos. A maioria das pessoas vê como positivo o passado soviético, apesar de todos os erros e crimes da burocracia stalinista. No Donbass, a melhor coisa foi ver com os próprios olhos aquela guerra que eles travam com os ucranianos e a construção de um governo formado por trabalhadores.

2. Qual a diferença entre o que a imprensa fala e o que realmente acontece?

Uma diferença absurda. O que a imprensa diz é o oposto da realidade. A Rússia não está quebrada economicamente, ela vai muito bem. O presidente Vladimir Putin é muito popular e os russos, em geral, entendem o motivo e apoiam a operação militar especial. A imprensa esconde o massacre que ocorre no Donbass e a realidade é que em nove anos de guerra do exército ucraniano contra aquela população, cerca de 15 mil pessoas morreram, sendo o alvo preferencial da Ucrânia a população civil.

3. Vocês participaram de um programa de televisão?

Sim, em Rostov do Don. Conhecemos um grupo de professoras da Universidade de Rostov e elas nos apresentaram a jornalistas do canal Don 24, um canal aberto e transmitido para todo o oblast (estado) de Rostov e para outras regiões da Rússia, com um público de 40 milhões de pessoas. Fomos entrevistados junto com uma ex-guerrilheira de Lugansk sobre o conflito e falamos um pouco sobre a percepção da guerra no Brasil e os reais motivos escondidos pela imprensa. Achei muito interessante que o jornalista, ao contrário dos apresentadores das TVs brasileiras, era um cara progressista e anti-imperialista. O canal também transmitiu um congresso para o qual fomos convidados, de organizações antifascistas do Donbass e do mundo todo. Algo que jamais esperaríamos de uma emissora brasileira.


Brasil 247

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2023

"ISSO ACABA CHEGANDO PERTO DA FAMÍLIA BOLSONARO E DO PODER MILICIANO NO ...



TV 247

Bretas, expoente da Lava Jato no Rio, será julgado pelo CNJ e pode ser afastado do cargo de juiz


Marcelo Bretas já foi chamado de "Moro do Rio"

23 de fevereiro de 2023

Marcelo Bretas (Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil)


247 - O juiz federal Marcelo Bretas, da 7a Vara Federal do Rio de Janeiro, será julgado no dia 7 de março pela corregedoria do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Ele é alvo de três representações disciplinares que questionam sua atuação na Operação Lava Jato, informa a jornalista Mônica Bergamo na Folha de S.Paulo.

Bretas era conhecido como "o Moro do Rio de Janeiro" por atuar na Lava Jato de forma semelhante ao ex-juiz Sergio Moro. Ele poderá ser afastado do cargo com a abertura de um processo disciplinar.

Uma das representações contra o magistrado é assinada pelo prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, que diz sofrer perseguição de Bretas.

Bretas é citado em três delações premiadas em que os réus fazem relatos sobre a atuação dele em acordos de delação premiada. Neles, o juiz aparece tentando direcionar réus para firmar delação, o que é proibido por lei.


Brasil 247

domingo, 19 de fevereiro de 2023

Forças do Brasil - A quem serve o Banco Central? - Com Monica de Bolle



TV 247

"Lula não vai ser aceito pelo clube da elite brasileira", diz Paulo Nogueira Batista Júnior


Economista também afirma que o governo Lula não pode aceitar uma economia sem crescimento

18 de fevereiro de 2023

Paulo Nogueira Batista (à esq.) e Luiz Inácio Lula da Silva (Foto: Felipe L. Gonçalves/Brasil247 | REUTERS/Agustin Marcarian)


247 – O economista Paulo Nogueira Batista Júnior defendeu, em entrevista ao jornalista Leonardo Attuch, editor da TV 247, a escolha da ex-presidente Dilma Rousseff para presidir o banco dos BRICS. "O banco dos BRICS precisa de uma reformulação e a escolha da presidente Dilma foi muito boa. Ela chega com autoridade de quem foi presidente da República. O presidente atual era muito fraco", afirmou. "Para a presidente Dilma, será um mandato para colocar em jogo o Sul, os BRICS… o banco pode cooperar com os bancos de fomento dos países", acrescentou.

O economista também avaliou que a viagem de Lula do presidente Luiz Inácio Lula da Silva a Washington foi um sucesso. "Lula será líder de alcance mundial e está mostrando isso. A relação com os Estados Unidos voltou a ser de alto nível", apontou.

Na entrevista, ele também entrou na polêmica sobre a independência do Banco Central. "O presidente do Banco Central não pode tomar partido político. Se Roberto Campos Neto não entendeu isso, é um tosco. Afora isso, o Banco Central não pode ser um quarto poder", disse ele.

Paulo também fez um alerta. "Há um risco de estagnação em 2023 e isso é um problema para o governo Lula. O Brasil precisa de uma política fiscal expansionista neste momento", disse ele. "Lula está se saindo um ótimo economista. A inflação não é de demanda, mas causada por choques de oferta. E os juros ainda destroem as contas públicas. Lula não pode aceitar uma economia sem crescimento. A mídia hoje expressa os interesses de um bloco de poder, o capital financeiro, que não está interessado no sucesso do governo Lula", destacou.

Paulo também afirmou que o presidente Lula não vai ser aceito pelo clube da elite brasileira e disse que isso deve se refletir na ação dos ministros. "A equipe econômica está cometendo um erro estratégico, ao falar da reforma tributária indireta. Tem que fazer a reforma direta, aquela que o Abílio Diniz teme e que taxa os mais ricos", acrescentou.

Resgate das construtoras

O economista também afirmou que o governo precisa ter a coragem de resgatar as empresas atingidas pela Lava Jato. "As empreiteiras brasileiras são estratégicas e podem participar de uma nova rota da boa esperança, unindo Brasil e África", afirmou. "Quem imagina que um país como o Brasil não pode ter indústria? Não há segurança nacional sustentável sem um setor industrial forte. E com capital nacional", ponderou.


Brasil 247

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2023

Fuga de Bolsonaro para os EUA já custou quase R$ 1 milhão aos cofres públicos


Recursos foram utilizados para pagar diárias, hospedagens, aluguel de veículos e intérpretes, entre outras despesas, como diárias e salários de assessores

15 de fevereiro de 2023

Jair Bolsonaro (Foto: Alan Santos/Presidência da República)


247 - A fuga de Jair Bolsonaro (PL) para os Estados Unidos a poucos dias do final do mandato já custou cerca de R$ 950 mil aos cofres públicos, diz a Folha de S. Paulo. Segundo a reportagem, os dados do Ministério das Relações Exteriores e do Portal da Transparência apontam que o erário desembolsou R$ 667,5 mil em “diárias, hospedagens, aluguel de veículos e intérpretes, entre outras despesas, de quando Bolsonaro ainda era presidente. Ou seja, do dia 28 de dezembro, quando os primeiros servidores foram em missão precursora até os EUA, até 31 de dezembro".

O Tesouro também bancou outros R$ 271 mil em diárias para os assessores a que ele tem direito como ex-presidente. Segundo a legislação atual, ex-presidentes podem manter à sua disposição até seis assessores, além de dois carros com motorista. Os gastos contabilizados, porém, não levam em conta os custos com o voo da Força Aérea Brasileira (FAB) que levou Bolsonaro para os EUA.

Em uma entrevista ao jornal estadunidense The Wall Street Journal, Bolsonaro disse que poderá retornar em março, apesar de não ter definido uma data para o seu retorno ao Brasil. Na ocasião, ele admitiu que teme preso após desembarcar no Brasil. "Uma ordem de prisão pode surgir do nada", disse ele.

Jair Bolsonaro é alvo de cinco inquéritos que tramitam no Supremo Tribunal Federal (STF) e de duas ações penais, nas quais é réu. Na semana passada, Bolsonaro teve sete pedidos de investigação contra si remetidos à primeira instância pela ministra do STF Cármen Lúcia. Fora da Presidência da República, ele perde a prerrogativa de foro.

Ele também é investigado por incentivar seus apoiadores a promoverem os atos terroristas do dia 8 de janeiro, em Brasília, quando militantes bolsonaristas e de extrema direita depredaram as sedes dos Três Poderes.


Brasil 247

Os recados atrevidos de Campos Neto a Lula


Campos Neto mandou dizer a Lula que aceitou o desafio para saber quem governa, escreve Moisés Mendes

14 de fevereiro de 2023

Lula rebate presidente do BC: "Esse maluco sabe o que está acontecendo com o povo? É tempo de guerra" (Foto: ABr)


Por Moisés Mendes, para o 247

Roberto Campos Neto não vai, mesmo cercado, pressionado e vaiado, deixar a presidência do Banco Central. Porque, diz ele mesmo, se deixasse, nada iria mudar.

A resposta previsível a uma pergunta inevitável, no final da entrevista ao Roda Viva, tem um componente só aparentemente sutil. Ele não sai e, se sair, tudo fica como está.

Este foi apenas um dos recados disparados pelo presidente do BC. São muitos. E todos contêm arrogância.

Campos Neto mandou dizer a Lula que, se for obrigado a sair, e mesmo que alguns diretores agora sejam novos e escolhidos, pelo que sabe, por consenso com Fernando Haddad, também eles irão pensar como ele pensa.

Se pedisse para sair ou ser saído, o que é difícil e quase improvável, mudariam o presidente do BC, mas o BC não mudaria, porque o banco estaria contagiado por suas ideias.

Campos Neto disse o que não precisa de resumo, nem síntese nem tradução: o BC pensa como eu penso e continuará pensando, com uma autonomia que independe do que o governo pensa.

A conversa mansa e cordial apenas embrulhou o tom pernóstico e egocêntrico do conteúdo das falas.

Quando perguntaram se ele conversou com Lula e se conversaria de novo (foram duas perguntas), Campos Neto respondeu que “está disponível” para explicar o que faz.

O verbo explicar foi repetido duas vezes. Ele quer conversar com Lula para falar da “agenda social do BC” e dizer que o banco precisa trabalhar junto com o governo “num ambiente colaborativo”.

E aí veio então o último recado, depois de dizer que não se deve mexer em meta de inflação. Esse foi o recado: ele gostaria de explicar a Lula “a política de juros e a razão pela qual nós temos juros altos”.

Campos Neto chamou o presidente para uma conversa, em convocação pública, porque sua missão é a de explicar a Lula por que “nós” temos juros altos. Na primeira pessoa do plural. Nós temos.

Se Lula ainda não entendeu, ele está disponível para essa explicação. É o gesto professoral que parte da imprensa viu como magnânimo, mas é arrogância absoluta.

O presidente eleito seria submetido às explicações do homem que, ao invés de dizer que deseja ouvir, diz que vai dar explicações.

Campos Neto quer dar uma aula de juros altos ao presidente da República, porque não há mais nada a ser feito a não ser compreender por que existem juros nessas alturas.

A resposta à primeira pergunta teve um detalhe com doses fortes de ironia, quando ele afirma que gostaria de conversar com Lula “principalmente sobre a agenda social do BC”, enfatizando logo a seguir que “a gente tem um fator comum”.

Campos Neto vai explicar a Lula por que os juros são altos, porque Lula ainda não entendeu, e compartilhar com o presidente sua agenda social como “fator” comum.

O Lula preocupado com a urgência das famílias famintas e com a matança de yanomamis, com o resgate do Minha Casa Minha Vida, com um plano de emergência para a vacinação de crianças, com um mutirão que salve o SUS, e Campos Neto aparece com sua agenda social do juro alto, citada cinco vezes.

O entrevistado deixou claro que o BC é um poder paralelo e assim será mantido. Pode conversar, pode interagir com o governo e levar adiante ações colaborativas, pode até fazer a concessão das explicações.

Mas ele não sai do BC, e se ele sair, nada muda. Campos Neto mandou dizer a Lula que aceitou o desafio para saber quem governa.

Bolsonaro perdeu a eleição, mas o neto de Bob Fields não perdeu o poder. É quase uma ameaça, um atrevimento capaz de espantar até uma Fátima de Tubarão.


Brasil 247

NO CONGRESSO, ZÉ TROVÃO PEDE LIBERDADE PARA GOLPISTAS E RECEBE RESPOSTA ...



TV 247

Quaest: 76% concordam com críticas de Lula à taxa abusiva de juros do Banco Central


O levantamento perguntou também se as pessoas ficaram sabendo do embate de Lula com o Banco Central a respeito da taxa de juros; 67% responderam que não e 30% que sim

14 de fevereiro de 2023

(Foto: ABR)


247 — Mais de três quartos da população concordam que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) concordam com as críticas feitas à taxa abusiva de juros do Banco Central, que está em 13,75%, segundo os entrevistados em pesquisa da Quaest, divulgada nesta terça-feira, 14. Segundo o levantamento, 76% dos entrevistados concordam com as críticas.

O levantamento perguntou também se as pessoas ficaram sabendo do embate de Lula com o Banco Central a respeito da taxa de juros; 67% responderam que não e 30% que sim.

A pesquisa ouviu 2.016 pessoas da última sexta-feira (10) até a segunda (13) e tem margem de erro de 2,2 pontos percentuais para mais ou para menos. O levantamento é financiado pela corretora de investimentos digital Genial Investimentos, controlada pelo banco Genial.


Brasil 247

terça-feira, 14 de fevereiro de 2023

Plano de Washington era tentar desmembrar a Rússia, diz ex-consultor do Pentágono




© AP Photo / Patrick Semansky


Washington decidiu lutar contra a Rússia visando um potencial desmembramento do país, afirmou o coronel Douglas McGregor, ex-consultor do Pentágono, ao canal do YouTube Straight Calls with Douglas Macgregor.

"Os planos de Washington custam muito dinheiro, porque a Rússia está cheia de recursos que rendem trilhões de dólares, como minerais, petróleo, gás, metais preciosos e agricultura", disse o especialista na entrevista.

McGregor lembrou que, nos anos 1990, o Ocidente já fez uma tentativa de "roubar tudo o que fosse possível da Rússia", mas falhou graças à política do presidente Vladimir Putin, que devolveu estabilidade e dignidade ao Estado russo.

"A elite política de Washington assumiu a posição de que a Rússia é fraca. E agora estamos em um caminho extremamente perigoso de luta e confronto com o Estado russo", resumiu McGregor.

Em outra entrevista, o ex-consultor do Pentágono indicou dois motivos que podem pesar para a vitória da Rússia no conflito ucraniano: a precisão e a massa de artilharia.

"As guerras que foram travadas nos últimos 100 anos foram vencidas graças ao poder de fogo preciso e destrutivo. [...] Infelizmente, também temos esses sistemas [nas mãos] dos russos e chineses. O monopólio que tivemos nesta área por muitos anos entrou no esquecimento", disse o oficial, em uma entrevista ao canal Judging Freedom, do YouTube.




SPUTNICK  BRASIL

domingo, 12 de fevereiro de 2023

"Campos Neto não foi eleito pelo povo e está atrapalhando todo o projeto do governo Lula", diz Florestan Fernandes Júnior


Jornalista ressalta que presidente do BC indicado por Bolsonaro é ligado a grupos do mercado financeiro e lembra que taxa de juros alta somente é favorável a rentistas, não ao povo

12 de fevereiro de 2023

Roberto Campos Neto e Florestan Fernandes Júnior (Foto: ABR | Felipe L. Gonçalves/Brasil247)


247 - Em participação no Bom Dia 247 deste domingo (12), o jornalista Florestan Fernandes Júnior questionou a validade da independência do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, ressaltando que o economista indicado por Jair Bolsonaro (PL) possui ligação com grupos do mercado financeiro e não representa os interesses do povo brasileiro.

Florestan destacou que a história do Banco Central é marcada por ser refém do mercado financeiro e afirmou que a decisão de dar 'independência' ao órgão foi uma manobra para perpetuar a mentalidade pró-rentismo: "o Banco Central sempre, em sua história, teve alguém do mercado financeiro como presidente. Todos ou começaram no mercado financeiro ou saíram do Banco e foram para o mercado financeiro. O país está entregue nas mãos do mercado financeiro, que controla o BC. Mas aí eles inventaram uma coisa para se perpetuar, para não ter nunca a ameaça de não ser alguém do mercado financeiro controlando o Banco Central, e aí vem o Roberto Campos Neto."

"Que independência tem o Campos Neto? É bolsonarista, está em grupo de WhatsApp do Bolsonaro, sai de camisa amarela para votar no Bolsonaro, ou seja, ele não representa o povo brasileiro. O que esse cara está fazendo lá? Ele não foi eleito pelo povo. Quem foi eleito foi o Lula, e o Lula tem que falar grosso, porque esse cara está atrapalhando todo o projeto econômico do governo federal, porque ele tem ligação com grupos do mercado financeiro. E essa taxa de juros ajuda a quem? Os rentistas, que estão enchendo a burra de dinheiro, pois um juro a 13,75%, a maior taxa de juros real do planeta, é para encher as burras desse povo que explora o Brasil", analisou o jornalista.


Brasil 247

sábado, 11 de fevereiro de 2023

Forças do Brasil - Eduardo Moreira, um ex-banqueiro contra os juros altos



TV 247

"Sem redução da taxa de juros, ninguém vai investir na economia real no Brasil", diz Eduardo Moreira


Economista afirma que é possível dobrar o capital sem trabalhar com a atual taxa Selic

11 de fevereiro de 2023

Eduardo Moreira (Foto: Felipe L. Gonçalves/Brasil247)


247 – O economista Eduardo Moreira afirmou, em entrevista ao jornalista Mario Vitor Santos, diretor institucional do Brasil 247 e da TV 247, que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem razão ao comprar uma briga com o Banco Central, em torno da taxa de juros. "Se eu pegar meu dinheirinho, aplicar em renda fixa e decidir assistir Netflix, eu dobro meu capital em cinco anos, com essa taxa de 13,75% ao ano", disse ele à TV 247. "Se ela for mantida, ninguém vai correr risco e investir na economia real", aponta.

Moreira, que será conselheiro da Petrobrás, foi o entrevistado do programa Forças do Brasil, que vai ao ar todos os sábados. Na entrevista, ele afirmou que os bilionários têm uma situação paradisíaca no Brasil. "Quem paga essa taxa de juros são os impostos. E aí você pergunta: quem paga os impostos no Brasil? Não são os mais ricos", aponta. "O Brasil é um paraíso fiscal para os ricos", diz ele.


Brasil 247

"NÃO É NADA FOLCLÓRICO, É ROUBO, SE FOSSE ALGO LEGAL POR QUE ELA ESCONDE...



TV 247

REPORTAGEM ESPECIAL EM WASHINGTON REVELA SIGNIFICADO DAS REUNIÕES QUE LU...



TV 247

OUTRA DO MAIS ENDINHEIRADO E MAIS IGNORANTE POLÍTICO DO BRASIL; POBRE MI...



TV 247

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2023

Compositor norte-americano Burt Bacharach morre aos 94 anos


Bacharach escreveu mais de 500 músicas. Ele escreveu sucessos para cantores que vão de Dionne Warwick aos Carpenters.

9 de fevereiro de 2023

Compositor Burt Bacharach (Foto: REUTERS/Tim Wimborne)


Reuters - O compositor Burt Bacharach, cujos sucessos como "Do You Know the Way to San Jose" e "Raindrops Keep Fallin' on My Head" proporcionaram uma trilha sonora suave alternativa ao rock and roll dos anos 1960 e 1970, morreu aos 94 anos, disse seu agente à Reuters nesta quinta-feira.

Bacharach morreu de causas naturais em sua casa na região de Los Angeles, na quarta-feira, com a família ao seu lado.

Suas canções, muitas escritas durante uma colaboração de 16 anos com o letrista Hal David, não eram rock nem estritamente pop. Elas inundaram as rádios norte-americanas e foram apresentadas em grandes filmes, tornando-as tão ouvidas nos anos 1960 e início dos anos 1970 quanto obras dos Beatles, Rolling Stones e Bob Dylan.

Bacharach escreveu mais de 500 músicas. Ele escreveu sucessos para cantores que vão de Dionne Warwick aos Carpenters. Mais de 1.200 artistas interpretaram suas canções, que ganharam seis Grammys e três Oscar. Bacharach e David tiveram 30 sucessos no top 40 apenas nos anos 1960.

"Ele era diferente", disse David certa vez a um entrevistador. "Inovador, original. Sua música falava comigo. Eu ouvia suas melodias e ouvia letras. Eu ouvia rimas, ouvia pensamentos e ouvia quase imediatamente."

Para Bacharach, seu talento era simples: “Sou uma pessoa que sempre tenta lidar com a melodia”.

Bacharach se casou com a quarta esposa, a instrutora de esqui Jane Hanson, em 1993.

Em 2007, sua única filha com Angie Dickinson, Nikki, cometeu suicídio aos 40 anos, após uma vida lutando contra o autismo. Na casa dos 80 anos, ele escreveu uma música e a trilha sonora para o filme "Po", sobre um homem criando uma filha autista.


Brasil 247

"ELE É O COMANDANTE DA NAÇÃO, TEM UM PROGRAMA DE GOVERNO E PRECISA FALAR...



TV 247

"Independência do Banco Central é uma farsa e Campos Neto é um infiltrado", diz Guilherme Boulos


Parlamentar diz que presidente do Banco Central está sabotando o crescimento econômico e que a Faria Lima não manda no Brasil

9 de fevereiro de 2023

Guilherme Boulos, do PSOL-SP (à esq.), Banco Central e Luiz Inácio Lula da Silva (PT) (Foto: ABR | Reuters)


247 – O deputado Guilherme Boulos (Psol-SP), parlamentar mais votado de São Paulo, anunciou um projeto de lei para revogar a independência do Banco Central e disse que quem manda no Brasil não é a Faria Lima. Ele também afirmou que a "independência do Banco Central é uma farsa" e acrescentou que "Roberto Campos Neto é um infiltrado que sabota o crescimento econômico". Confira:

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2023

ATTUCH: "'EMPRESÁRIOS' BRASILEIROS PODEM ESTAR VICIADOS EM VIVER DE JURO...



TV 247

Política do Banco Central é a continuidade do 8 de janeiro via terrorismo econômico


"O Banco Central está sendo manejado para práticas de terrorismo econômico e de sabotagem para prejudicar o governo eleito em 30 de outubro", diz Jeferson Miola

7 de fevereiro de 2023

Banco Central do Brasil e ato terrorista em Brasília (Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil | Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Por Jeferson Miola, para o 247

As taxas estratosféricas de juros do Banco Central causam desajuste permanente das finanças públicas e desequilíbrio fiscal crônico. São, por isso, um fator relevante de atraso e estagnação do país.

O aumento dos gastos do Tesouro com o pagamento de juros da dívida beneficia um punhado de rentistas, ao passo que reduz a disponibilidade de dinheiro público para o conjunto de obras, investimentos e políticas públicas direcionadas a dezenas de milhões de brasileiros.

O aumento do gasto do Tesouro para o pagamento de juros cria um círculo vicioso que obriga o governo ou [i] a cortar despesas essenciais, urgentes e prioritárias, ou [ii] a se endividar no mercado pagando juros absurdos, o que amplia ainda mais a necessidade de aumentar a arrecadação pública não para ampliar investimentos e políticas públicas, mas para transferir a rentistas.

Só nos dois últimos anos do governo Bolsonaro, o aumento dos gastos para o pagamento dos juros estratosféricos fixados pelo Banco Central representou um excedente de gastos de R$ 410 bilhões – quase quatro anos de Bolsa Família de R$ 600 turbinado com R$ 150 por criança de até 6 anos de idade.

A direção “autônoma” do Banco Central, nomeada pelo governo anterior, simplesmente despreza as diretrizes do governo eleito e mantém a política de juros altos, mesmo com o fracasso rotundo desta escolha.

Além do Banco Central não conseguir conter a inflação dentro da meta com a política de juros altos, em 2021 o desempenho foi ainda mais desastroso, quando a inflação ultrapassou o dobro da meta estabelecida pelo próprio Banco Central.

Esta realidade de “comprovado e recorrente desempenho insuficiente para o alcance dos objetivos do Banco Central do Brasil” [Lei 179/2021] é causa justa para a demissão de Roberto Campos Neto, o presidente bolsonarista da instituição.

A despeito de todas evidências da realidade que indicam o fracasso da política de juros altos mantida “em nome do risco fiscal” [ata Copom], “o Brasil continuará a ter a taxa real, descontada a inflação, mais alta do mundo, quase 8% ao ano”, denuncia André Lara Resende em artigo no Valor [7/2/2022].

Com isso, o Brasil segue na contramão da maioria de países desenvolvidos, que praticam juros reais negativos.

Qual a razão para isso?, pergunta Lara Resende, que responde: – “A necessidade de ancorar expectativas. Expectativas de quem? Do mercado financeiro, divulgadas pelos seus próprios analistas. Por que estariam ancoradas? Por causa do risco fiscal que eles mesmos decretaram ser muito alto e se encarregam de propagar por toda a mídia”.

Por fim, Lara Resende ironiza este raciocínio em looping do rentismo: “independentemente dos dados e da realidade, decide-se que o risco fiscal é alto. Estipula-se que o risco fiscal determina as expectativas de alta da inflação e que a alta de juros irá reverter o quadro”.

A autonomia do Banco Central [Lei Complementar nº 179/2021] sequestra a soberania popular, uma vez que retira do governo eleito a prerrogativa de realizar a gestão monetária e executar o plano de desenvolvimento escolhido nas urnas.

Dirigido pela equipe designada pelo governo fascista-militar, o Banco Central está sendo manejado para práticas de terrorismo econômico e de sabotagem para prejudicar o governo eleito em 30 de outubro.

A extrema-direita não aceita e não respeita a vontade soberana do povo brasileiro, e busca permanentemente desestabilizar e inviabilizar o governo Lula.

O 8 de janeiro foi a batalha mais violenta e mais audaz da guerra fascista contra a democracia. E a política de juros altos do Banco Central representa a continuidade do 8 de janeiro – porém, pela via do terrorismo econômico e financeiro.


Brasil 247

Lindbergh Farias quer convocar Campos Neto à Câmara para explicar juros altos e política monetária do BC


"O presidente do BC precisa prestar esclarecimentos sobre a política monetária adotada, o diagnóstico considerado e os objetivos a serem perseguidos", justificou Lindbergh Farias

7 de fevereiro de 2023

(Foto: ABR)


247 - O deputado federal Lindbergh Farias (PT-RJ) protocolou, nesta terça-feira (7), um requerimento visando convocar o presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, para que ele preste esclarecimentos sobre a condução da política monetária e o erro contábil no fluxo cambial apresentado pela instituição no ano passado.

“Campos Neto precisa vir à Câmara explicar a decisão de manutenção da taxa Selic em 13,75%, a mais alta taxa de juros real do mundo, em um cenário de grande desaceleração da economia brasileira”, afirma o deputado.

“A política monetária tem impacto direto na economia, nas decisões de investimento, no crescimento do PIB e na geração de empregos. Por isso, é necessário que o Presidente do Banco Central preste esclarecimentos sobre a política monetária adotada, o diagnóstico considerado e os objetivos a serem perseguidos”, justifica o parlamentar.

O requerimento de convocação foi protocolado em meio à polêmica da manutenção da taxa básica de juros de 13,75% ao ano, o que equivale a um rendimento real de 8% ao ano, numa economia estagnada e sem inflação de demanda. A decisão do BC foi alvo de duras críticas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Brasil 247

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2023

Paulo Nogueira Batista: 'Lula bate um bolão ao criticar alta dos juros'


"Mas, atenção: não basta esbravejar…", alertou o economista

6 de fevereiro de 2023

Paulo Nogueira Batista (à esq.) e Luiz Inácio Lula da Silva (Foto: Felipe L. Gonçalves/Brasil247 | REUTERS/Agustin Marcarian)


247 - O economista Paulo Nogueira Batista Júnior afirmou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) acerta ao criticar a alta dos juros no Brasil, onde o percentual é de 13,75% para a taxa Selic.

"Repito: Lula está batendo um bolão como economista, por ex: ao criticar juros altos. Mas, atenção: não basta esbravejar…", escreveu o estudioso no Twitter.

O deputado federal Guilherme Boulos (PSOL-SP) demonstrou posição favorável à iniciativa do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que discorda de um Banco Central (BC) mais independente do governo.

A Selic, taxa básica de juros da economia, está em 13,75% desde 3 de agosto. Em 1º de fevereiro, o Comitê de Política Monetária (Copom), do BC, manteve o percentual.

O discurso de Lula aconteceu durante a posse do presidente do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Aloizio Mercadante, que defendeu juros mais competitivos para o Brasil.

Ex-presidente do Banco Central e ex-ministro da Fazenda, Henrique Meirelles declarou voto em Lula na última eleição, mas demonstrou nesta segunda-feira (6) ter a favor do corte de gastos para diminuir os juros.

A gestão de Lula pretende retomar os investimentos, medida contrária ao Teto de Gastos, proposta que congelava investimentos públicos. Por esta regra aprovada no governo Michel Temer (MDB) e apoiada pelo de Jair Bolsonaro (PL), o investimento de um ano deve representar o dos 12 meses anteriores e somente corrigido pela inflação, o que impede investimentos públicos e retira direitos sociais.

Após articulações com o Congresso, Lula aprovou em 17 de janeiro a PEC da Transição pelo Congresso. De acordo com a proposta, o governo terá pelo menos R$ 145 bilhões. Desse total, R$ 70 bilhões vão reforçar o orçamento do programa Bolsa Família, garantindo o pagamento no valor de R$ 600 por família, além de um adicional de R$ 150 por criança de até seis anos.


Brasil 247

Investigado por contrabando de madeira, Salles é indicado para Comissão de Meio Ambiente


Ricardo Salles foi alvo da operação Akuanduba da Polícia Federal, que apurava suspeita de facilitação à exportação ilegal de madeira do Brasil para os Estados Unidos e Europa

6 de fevereiro de 2023

Ricardo Salles (Foto: Alessandro Dantas/PT no Senado)


247 - O ex-ministro do Meio Ambiente, o deputado federal Ricardo Salles (PL-SP), deve ser indicado pelo PL para presidir a Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (CMADS) da Câmara dos Deputados, informa o site Eixo Político.

Durante o governo Bolsonaro, Salles foi duramente criticado por sua má gestão à frente da pasta. Ele era chamado de ‘ecocida’. Salles também foi alvo da operação Akuanduba da Polícia Federal, realizada no dia 19 de maio de 2021. As investigações apuravam a suspeita de facilitação à exportação ilegal de madeira do Brasil para os Estados Unidos e Europa.

Brasil 247

Senador flagrado com dinheiro na cueca muda de partido e filia-se ao PSB


Chico Rodrigues se elegeu pelo DEM e foi vice-líder do governo Bolsonaro

6 de fevereiro de 2023

Senador Chico Rodrigues 09/08/2019 REUTERS/Adriano Machado (Foto: REUTERS/Adriano Machado)


247 - O senador por Roraima Chico Rodrigues deixou, curiosamente, o DEM para se filiar ao PSB. O anúncio foi feito pelo partido no último dia 31 de janeiro.

Rodrigues ficou conhecido em 2020 por esconder dinheiro nas nádegas durante uma operação da Polícia Federal que investigava desvios da saúde. Apavorado com a chegada da polícia, o senador tentou esconder dinheiro na cueca.

O senador de Roraima é mais um entusiasta do garimpo em terras indígenas. Em vídeo gravado na Raposa Serra do Sol, referiu-se à atividade ilegal como “um trabalho fabuloso”.


“Os motivos de sua conversão ao socialismo ainda não foram esclarecidos. Os motivos do PSB para acolhê-lo, menos ainda”, destaca o jornalista Bernardo Mello Franco, de O Globo.


Brasil 247

Minha Casa Minha Vida: governo quer financiar imóveis de até R$ 150 mil para mais pobres


Governo quer retomar Minha Casa Minha Vida com foco na casa própria de famílias que não conseguem tomar crédito imobiliário sem subsídios

6 de fevereiro de 2023

Imóveis do programa Minha Casa Minha Vida (Foto: ag. Brasil)


247 - O governo de Luiz Inácio Lula da Silva vai lançar o novo Minha Casa Minha Vida no próximo dia 14 direcionando o foco do programa habitacional para a contratação e construção de imóveis para a chamada Faixa 1, que é voltada para as famílias de menor renda e cujo valor é quase todo subsidiado.

Reportagem do Globo destaca que o objetivo é melhorar as condições para os que têm maior dificuldade de alcançar a casa própria sem ajuda do governo. Para isso, uma das medidas que devem ser anunciadas será o aumento do valor máximo dos imóveis contratados nessa faixa, numa tentativa do Executivo de retomar o interesse das construtoras por esse público.

No governo de Jair Bolsonaro (PL), o Minha Casa Minha Vida, marca dos governos petistas anteriores, foi substituído pelo Casa Verde Amarela, que privilegiou faixas mais altas de renda e não conseguiu concluir obras. Atualmente, o programa paga no máximo R$ 96 mil para as casas da Faixa 1.

Esse valor é considerado baixo pelo atual governo e pelas construtoras, e um dos entraves para a retomada de projetos parados. O novo teto ainda está sendo avaliado por técnicos de diferentes áreas do governo, mas deve girar em torno de R$ 150 mil, indicam fontes envolvidas nas conversas.

Elevar esse teto para a Faixa 1 é uma das formas de o governo cumprir a promessa de campanha de Lula de retomar as obras de habitação popular.


Brasil 247

Lula pode demitir Campos Neto se Conselho Monetário Nacional pedir


"Os ministros Fernando Haddad e Simone Tebet, que integram o CMN, podem denunciar sabotagens do presidente do BC. Senado pode demiti-lo", diz Luís Costa Pinto

5 de fevereiro de 2023

O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto (Foto: Pablo Valadares/Câmara dos Deputados | Reprodução/Divulgação)


O presidente Lula tem uma carta para pôr sobre a mesa do debate econômico e obrigar o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, a ter juízo e a parar de açular os amigos e parceiros que mantém no mercado financeiro a tentarem impor cabrestos ao Palácio do Planalto na tentativa de sabotar uma linha de administração macroeconômica mais voltada para o social e para a distribuição de riquezas e geração de empregos: o dispositivo da Lei Complementar 179/2019 que prevê as possibilidades de exoneração do presidente do BC.

A LC 179/19 foi justamente a lei que deu independência ao Banco Central. Em seu artigo 5º, item IV, ela prevê que o presidente da instituição monetária pode ser exonerado “quando apresentarem comprovado e recorrente desempenho insuficiente para o alcance dos objetivos do Banco Central do Brasil”. Parágrafo 1º do mesmo artigo 5º da Lei Complementar 179/19 diz que “compete ao Conselho Monetário Nacional submeter ao presidente da República a proposta de exoneração, cujo aperfeiçoamento fica condicionado a prévia aprovação, por maioria absoluta, do Senado Federal".

Ou seja, se o Conselho Monetário Nacional assim desejar, denuncia a sabotagem de Campos Neto ao presidente da República. O presidente Lula, por sua vez, tem reclamado da postura hostil de Campos Neto. Nomeado para o BC por Jair Bolsonaro, o presidente da autoridade monetária nacional jamais escondeu o orgulho de dizer “de direita”. Durante a campanha eleitoral, fazia reuniões quinzenais de avaliação de pesquisas e de cenários eleitorais (no segundo turno, semanais) e torcia abertamente por Bolsonaro. Campos Neto chegou a participar de eventos de arrecadação de fundos eleitorais para o então chefe.

No próximo dia 16 de fevereiro o CMN se reúne pela primeira vez sob a vigência do terceiro mandato do presidente Lula e já com a configuração adquirida depois da recriação dos ministérios da Fazenda e do Planejamento. Integrado pelos ministros da Fazenda, Fernando Haddad, e do Planejamento, Simone Tebet, além do próprio presidente do Banco Central, o Conselho tem três votos.

Por 2 a 1, se Haddad e Tebet assim decidirem, ao constatarem postura anti republicana e sabotagem e manipulações de dados e do Conselho de Política Monetária (Copom), órgão que define a taxa de juros e dá a linha teórica a partir da qual se pode calcular as metas de inflação que orientam os índices macroeconômicos, o CMN pode denunciar formalmente Roberto Campos Neto ao presidente da República. Lula, caso acate a denúncia, informa ao presidente do Senado Federal, Rodrigo Pacheco, o desejo de trocar o presidente do BC por prática de sabotagem (e também por incompetência). Pacheco, que deve a reeleição em larga medida ao Palácio do Planalto, não decide se acata ou rejeita a denúncia: tem de pô-la em votação. São necessários 41 votos (quórum qualificado) para que a demissão do presidente do BC seja aprovada.

Roberto Campos Neto tem se portado como inimigo do governo e personagem hostil às abordagens de Fernando Haddad, do presidente Lula e mesmo da ministra Simone Tebet que desejam debater mais a fundo com ele as razões que indicam uma necessária e gradual redução de juros a fim de reaquecer a economia brasileira. Também não encontraram disposição no BC de Campos Neto para estabelecer metas reais, críveis e atingíveis de inflação. Aos inimigos, a Lei, devem lembrar Haddad e Tebet ao presidente do Banco Central durante a reunião do dia 16 de fevereiro.

EM 2003, GOVERNO LULA ABRIU CAMINHO PARA INDEPENDÊNCIA DO BC

Em abril de 2003, antes do início do quinto mês de seu primeiro mandato, sob a liderança do então presidente da Câmara dos Deputados, João Paulo Cunha, do PT, o governo Lula viu ser aprovada com seu patrocínio uma emenda constitucional que mudou o artigo 192 da Constituição e passou a permitir que o Sistema Financeiro Nacional pudesse ser regulado e regulamentado por leis complementares (quóruns menores) e não por uma Proposta de emenda Constitucional.

Por 442 votos contra apenas 13, a Câmara aprovou a PEC do artigo 192 em dois turnos e remeteu-a ao Senado, onde o então presidente da Casa, José Sarney, esforçou-se pessoalmente pela aprovação. Em razão daquele esforço legislativo, sob inspiração do Executivo liderado por Lula, pôde-se arquiva o esdrúxulo dispositivo constitucional que “tabelava” os juros em 12% ao ano e abriu-se caminho para a modernização e regulamentação do Sistema Financeiro Nacional – inclusive para a instituição dessa independência do Banco Central ser feita por Lei Complementar, e não por Emenda Constitucional (uma PEC com o tema dificilmente passaria dada a necessidade de quórum elevado para tal).

PORTA-VOZES DE CAMPOS NETO NA MÍDIA TRADICIONAL INCOMODAM PALÁCIO

No domingo 6 de fevereiro o presidente Lula registrou, para alguns interlocutores, a edição nada sutil do jornal Folha de S.Paulo, publicação que pertence ao banqueiro Luiz Frias (dono do PagBank e de uma empresa de administração de máquinas e métodos de pagamento). Frias está especialmente incomodado com o anúncio, pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, de quem ainda no primeiro semestre deste ano será possível usar a ferramenta “pix” para pagamento a crédito – isso representará uma queda de faturamento ainda não calculada naquele que, hoje, é o principal negócio de Frias: o banco. A Folha de S.Paulo do último domingo levou a seus leitores um editorial e dois artigos de opinião tomando o partido (e as dores) de Roberto Campos Neto nas divergências (e sabotagens) que ele vem promovendo contra o Palácio do Planalto. Além disso, uma reportagem técnica assinada por um jornalista considerado do núcleo de elite da casa, Fernando Canzian, expõe eventuais dificuldades que o Brasil terá para se alinhar com “o resto do mundo” caso siga a trajetória macroeconômica desejada por Lula. Um outro texto, dessa vez assinado pela jornalista Mônica Bergamo, que dispõe de independência interna em relação aos desígnios do dono da publicação, expôs a insatisfação presidencial com a forma como Campos Neto açula o mercado financeiro contra o governo federal.


Brasil 247

Irã quer incrementar relações econômicas com o Brasil, iniciando retomada com a compra de aviões da Embraer


Alvo imediato do país persa é a compra de 40 aviões da Embraer

6 de fevereiro de 2023

(
Foto: REUTERS/Leonhard Foeger)


247 - O Irã quer retomar as negociações com a Embraer para a compra de 40 aviões. O embaixador Hossein Garibi, já pediu audiência com o vice-presidente e ministro da Indústria e Comércio, Geraldo Alckmin, para falar das relações bilaterais com o Brasil, informa a jornalista Mônica Bergamo na Folha de S.Paulo,

O contrato para a compra dos jatos foi negociado em 2016, e uma aeronave chegou a ser levada ao Irã para testes. Com a chegada de Donald Trump ao poder no ano seguinte, porém, os EUA romperam o acordo nuclear e voltaram a aplicar sanções econômicas contra os iranianos.

Com medo de retaliação norte-americana, a Embraer suspendeu as negociações para a venda das aeronaves.

Os diplomatas do Irã acreditam agora que as relações com o país, no governo Lula, podem ser incrementadas,


Brasil 247

VEJA O MOMENTO VERGONHOSO DO ANÚNCIO DA CASSAÇÃO PELOS VEREADORES CATARI...



Brasil 247

Foco do encontro entre Lula e Biden será o combate à extrema direita internacional


Tanto Brasil como Estados Unidos têm sido alvo de movimentos extremistas

6 de fevereiro de 2023

Luiz Inácio Lula da Silva, Joe Biden e atos terroristas de bolsonaristas em Brasília - 08.01.2023 (Foto: Marcelo Camargo/ABr | Reuters)


247 – As experiências traumáticas do Brasil, com o governo neofascista de Jair Bolsonaro, e dos Estados Unidos, que atravessou a experiência do supremacismo branco, com Donald Trump, serão o ponto central do encontro entre os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Joe Biden, nesta semana.

"Em busca de uma aproximação maior com o presidente americano Joe Biden, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva desembarca nesta semana em Washington e deve focar seu discurso nos ataques golpistas que as duas democracias sofreram recentemente. A ideia do petista é aproveitar o tema para comparar a situação política dos dois países. Lula deve enfatizar que tanto Brasil como EUA resistiram à intentona golpista e precisam, agora, combater a extrema-direita", aponta reportagem do Valor, desta segunda-feira.

"Na visão do governo brasileiro, Brasil e EUA passaram por um 'teste de estresse', com roteiros parecidos e nos quais prevaleceram as instituições democráticas. Nos EUA, onde os ataques foram registrados em 6 de janeiro de 2021, já saíram as primeiras sentenças judiciais aos envolvidos nos ataques ao Capitólio, enquanto no Brasil os inquéritos ainda estão em andamento", diz ele.

Lula tratou dessa questão, inclusive, com a nova embaixadora dos Estados Unidos no Brasil, Elizabeth Bagley, na última sexta-feira. “Nós discutimos mudança climática, direitos humanos, democracia e as fragilidades da democracia não só no Brasil, nos Estados Unidos, mas também no resto do mundo”, explicou ela.


Brasil 247

Humberto Costa aciona Ministério Público e Polícia Federal após denúncias contra Michelle Bolsonaro por corrupção e assédio


Senador Humberto Costa disse que vai entrar com uma série de representações nos órgãos competentes para a apuração de denúncias reveladas pelo Metrópoles

4 de fevereiro de 2023

Michelle Bolsonaro (Foto: REUTERS/Ricardo Moraes)


247 - O senador Humberto Costa (PT-PE) anunciou neste sábado (4) que vai acionar o Ministério Público Federal (MPF) e a Polícia Federal (PF) contra a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro.

Em suas redes sociais, o parlamentar disse que decidiu entrar com o pedido de investigação baseado nas denúncias de assédio moral por parte de Michelle (com aval de Jair Bolsonaro (PL)) contra funcionários do Palácio da Alvorada e sobre a participação da ex-primeira-dama em um possível esquema de ‘rachadinha’ e corrupção, que foi revelado pelo Metrópoles.

Costa detalhou que acionará o Ministério Público do Trabalho (MPT) para apuração de suspeitas de assédio moral contra funcionários terceirizados, bem como a Controladoria Geral da União (CGU) e o Tribunal de Contas da União (TCU).

“Vou solicitar ao Ministério Público Federal e a Polícia Federal que apurem os possíveis crimes de apropriação indébita, corrupção e atos de improbidade administrativa cometidos pela ex-primeira-dama”, tuitou.

“Vamos acionar também o MPT para apuração de responsabilidades em virtude dos maus tratos aos funcionários terceirizados que prestavam serviços no Palácio da Alvorada e vamos pedir ao CGU que apure as responsabilidades funcionais e administrativas dos servidores envolvidos. Além disso, vou solicitar ao TCU a apuração de dano ao patrimônio público e de desvios de recursos públicos”, finaliza o parlamentar.


Brasil 247

domingo, 5 de fevereiro de 2023

Lula avalia que Campos Neto, do Banco Central, sabota seu governo e tenta de forma deliberada levar o Brasil à recessão


Atual presidente do "Banco Central independente" integra um grupo de whatsapp de ministros de Bolsonaro e mantém a maior taxa de juros real do mundo

5 de fevereiro de 2023

Lula - Roberto Campos Neto (Foto: ABr)


247 – O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, que integra um grupo de whatsapp de 'ministros de Bolsonaro', pode estar sabotando o governo federal, ao manter a maior taxa de juros real do mundo. O objetivo seria levar o Brasil à recessão, prejudicando a aprovação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. As informações foram publicadas pela jornalista Mônica Bergamo, na Folha de S. Paulo.

"O presidente Lula e ministros de seu governo consideram que o presidente do Banco Central, Roberto Campos, traiu a confiança que o governo depositava nele para dialogar e participar de um esforço conjunto para que o Brasil supere os problemas econômicos que hoje enfrenta sem passar por uma recessão. No entendimento do mandatário e de sua equipe, o governo atual, com pouco mais de um mês no poder, não tem responsabilidade sobre o déficit fiscal e a inflação, que impulsionam as taxas de juros. E mereceria um voto de confiança em seu compromisso de levar o rombo para 1% neste ano, e de zerá-lo em 2024", escreve Mônica.

"Mesmo diante das metas claras, dizem interlocutores diretos de Lula, o Banco Central não apenas manteve a taxa básica de juros (Selic) em 13,75% ao ano pela quarta reunião consecutiva —a primeira desde que Lula tomou posse—, como endureceu o discurso e disse que deve deixar as taxas em patamares altos por mais tempo", prossegue a jornalista. "Com essa mensagem, o BC estaria dificultando a recuperação do crédito e a atividade econômica no país, e colocando o Brasil na rota da recessão."

A jornalista lembra que o presidente do Banco Central sempre foi alinhado com o bolsonarismo. Em entrevista à Rede TV! nesta semana, Lula deixou claro que está contrariado com Roberto Campos, a quem se referiu como "esse cidadão".

"Quero saber do que serviu a independência do Banco Central. Eu vou esperar esse cidadão [Campos Neto] terminar o mandato dele para fazermos uma avaliação do que significou o banco central independente", disse Lula.


Brasil 247

Roberto Carlos sou vascaino



Bruno Iório

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2023

A EMOÇÃO GENUÍNA DE FELIPE NETO AO FALAR DO ENCONTRO COM DILMA ROUSSEFF....



TV 247

MAS A RESPOSTA DA PLATEIA NO STF FOI BEEEM FRIA... | Cortes 247




TV 247

CONFIRA O QUE VIRALIZOU APÓS A NOVA DERROTA DO BOLSONARISMO NAS ELEIÇÕES...



TV 247

Lula parabeniza Lira e Pacheco e diz que o Brasil precisa de instituições fortes


Vitória do presidente no parlamento isola a extrema-direita e o golpismo bolsonarista

1 de fevereiro de 2023

Da esq. para a dir.: Luiz Inácio Lula da Silva, Rodrigo Pacheco e Arthur Lira (Foto: Reuters)


247 - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse nesta quarta-feira (1) que parabenizou o senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG) e o deputado federal Arthur Lira (PP-AL), que venceram as eleições para as presidências das duas Casas. Os dois parlamentares foram apoiados pelo ocupante do Planalto.

"Telefonei agora para parabenizar @ArthurLira_e @rodrigopacheco pela reeleição para as presidências da Câmara e do Senado. Desejo uma boa gestão. Nosso país precisa de instituições fortes e democráticas", escreveu Lula no Twitter.

Após ser reeleito, Pacheco destacou a importância de parcerias com o governo federal nos próximos anos. Lira fez críticas aos atos golpistas que aconteceram em Brasília (DF) no dia 8 de janeiro, quando bolsonaristas invadiram o Congresso, o Planalto e o Supremo Tribunal Federal.


Brasil 247

Pacheco promete apoiar Lula na reforma tributária e no novo marco fiscal


"Temos um desafio agora pela frente: a reforma tributária e um novo arcabouço fiscal", disse o senador Rodrigo Pacheco

2 de fevereiro de 2023

Jaques Wagner, Rodrigo Pacheco, Lula e Alexandre Padilha (Foto: Ricardo Stuckert)


BRASÍLIA (Reuters) - O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva conseguiu o que queria em seu primeiro teste no Congresso ao ver reeleitos Arthur Lira (PP-AL) para a presidência da Câmara e Rodrigo Pacheco (PSD-MG) como presidente do Senado, ainda que a oposição bolsonarista tenha demonstrado relativa força política entre os senadores.

Os dois parlamentares, que contaram com o apoio do governo nas disputas pelo comando das Casas, reafirmaram seu compromisso com a reforma tributária e com pautas econômicas propostas pelo governo para a recuperação econômica, sem deixar de mencionar a questão fiscal que terá um novo arcabouço.

As vitórias, que eram esperadas, marcam o primeiro triunfo do governo Lula no Legislativo após a posse do presidente no começo do ano. Antes, a então equipe de transição negociou com o Congresso anterior para a aprovação de uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que abriu espaço para o pagamento do Bolsa Família no valor de 600 reais, entre outras medidas para o início do governo.

O Planalto tem muito interesse em um bom relacionamento com os comandos das duas Casas para fazer avançar sua agenda, e Lula telefonou de imediato a ambos os presidentes reeleitos para parabenizá-los, já que tem pela frente votações como a medida provisória do Bolsa Família e o conjunto de medidas anunciadas pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, para reduzir o déficit fiscal.

Depois de contar com forte apoio do governo para derrotar o bolsonarista Rogério Marinho (PL-RN), Pacheco garantiu em discurso que será "colaborativo" com o governo, reiterando o compromisso de submeter a votação reformas e proposições "necessárias e imprescindíveis para o desenvolvimento do país".

"Temos um desafio agora pela frente: a reforma tributária, um novo arcabouço fiscal, porque não podemos admitir que se continue a arrecadação confusa do sistema tributário brasileiro, tampouco podemos permitir que se acabe com a responsabilidade fiscal no nosso país, que é uma conquista da modernidade", disse o presidente do Senado após a confirmação de seu nome.

Lira também mencionou a importância da reforma tributária, dizendo que o "momento pede reformas importantes para o Brasil continuar se desenvolvendo".

"Sabemos que o cobertor é curto e as necessidades sociais gigantes. Mas é justamente para isso que o Brasil conta com a gente. Somos 513 cabeças que, com maturidade, diferentes ângulos de visão e trajetórias de vida, vamos ajudar a construir soluções que evitem o populismo fiscal e melhorem a vida dos brasileiros", afirmou.

RECADOS

Uma das principais lideranças do centrão, Lira obteve votação recorde em eleições na Câmara --464 votos, bem acima dos 257 necessários-- e consolida seu poder político com uma aliança que uniu de bolsonaristas a petistas.

Aliado do governo do ex-presidente Jair Bolsonaro, Lira conquistou a vitória a partir de sua capacidade de articulação, mas também não dever ser desprezado o peso de movimento estratégico do governo, que não apresentou oponente e manifestou-se abertamente favorável a seu nome.

Já no Senado, a disputa foi menos confortável para Pacheco. O senador venceu com 49 votos entre os 81 senadores, abaixo do estimado por seus aliados. Seu adversário, o ex-ministro do governo Bolsonaro Rogério Marinho (PL-RN), obteve 32 votos -- o suficiente para apresentar um pedido de Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), por exemplo.

Ainda assim, ainda que de forma imprecisa, o placar demonstra que o governo teria votos para a aprovação de uma PEC na Casa.

Na esteira dos atos de 8 de janeiro, em que os prédios do Palácio do Planalto, do Congresso e do Supremo Tribunal Federal (STF) foram depredados por bolsonaristas que não aceitam o resultado das eleições de 2022, ambos os presidentes reconduzidos nesta quarta foram enfáticos na defesa da democracia.

Advogaram pela harmonia entre os Poderes da República e condenaram os atos de 8 de janeiro. Mas também aproveitaram para mandar recados.

Lira, por exemplo, flertou com discurso utilizado com frequência por Bolsonaro e seus apoiadores, o da "liberdade de expressão", já confundido por parlamentares bolsonaristas com chancela para mensagens de ódio e agressões a instituições democráticas.

"Seguiremos devotos da democracia e, para tanto, serei uma voz firme a favor das prerrogativas e liberdade de expressão de cada parlamentar, porque precisamos exercer nosso mandato de maneira plena", afirmou.

Na esteira de uma série de embates entre as instituições nos últimos anos, o deputado aproveitou para alertar os demais Poderes sobre o que considera uma usurpação de prerrogativas, ao defender que Legislativo, Executivo e Judiciário respeitem seus limites e fiquem "cada um no seu quadrado constitucional".

"Não dá mais para que as decisões tomadas nessa casa sejam constantemente judicializadas e aceitas sem sustentação legal", discursou.

Pacheco, que no governo passado posicionou-se como defensor da democracia, da confiabilidade das urnas eletrônicas e do sistema eleitoral brasileiro, repetiu que o Brasil precisa de pacificação e de harmonia entre os Poderes. Sinalizou, no entanto, com a possibilidade de limitar o poder de decisões de ministros de tribunais superiores.

"Essa é uma discussão possível, essa é uma discussão sadia, essa é uma discussão que não caracteriza revanchismo ou retaliação", declarou.

"Se há um problema em relação às decisões monocráticas do Supremo Tribunal Federal, legislemos quanto a isso. Se há um problema nos pedidos de vista em relação ao Supremo Tribunal Federal e aos tribunais superiores, legislemos em relação a isso. Se há um problema de competência do Supremo Tribunal Federal, legislemos quanto a isso", defendeu.


Brasil 247