"Mas, atenção: não basta esbravejar…", alertou o economista
6 de fevereiro de 2023
Paulo Nogueira Batista (à esq.) e Luiz Inácio Lula da Silva (Foto: Felipe L. Gonçalves/Brasil247 | REUTERS/Agustin Marcarian)
247 - O economista Paulo Nogueira Batista Júnior afirmou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) acerta ao criticar a alta dos juros no Brasil, onde o percentual é de 13,75% para a taxa Selic.
"Repito: Lula está batendo um bolão como economista, por ex: ao criticar juros altos. Mas, atenção: não basta esbravejar…", escreveu o estudioso no Twitter.
O deputado federal Guilherme Boulos (PSOL-SP) demonstrou posição favorável à iniciativa do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que discorda de um Banco Central (BC) mais independente do governo.
A Selic, taxa básica de juros da economia, está em 13,75% desde 3 de agosto. Em 1º de fevereiro, o Comitê de Política Monetária (Copom), do BC, manteve o percentual.
O discurso de Lula aconteceu durante a posse do presidente do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Aloizio Mercadante, que defendeu juros mais competitivos para o Brasil.
Ex-presidente do Banco Central e ex-ministro da Fazenda, Henrique Meirelles declarou voto em Lula na última eleição, mas demonstrou nesta segunda-feira (6) ter a favor do corte de gastos para diminuir os juros.
A gestão de Lula pretende retomar os investimentos, medida contrária ao Teto de Gastos, proposta que congelava investimentos públicos. Por esta regra aprovada no governo Michel Temer (MDB) e apoiada pelo de Jair Bolsonaro (PL), o investimento de um ano deve representar o dos 12 meses anteriores e somente corrigido pela inflação, o que impede investimentos públicos e retira direitos sociais.
Após articulações com o Congresso, Lula aprovou em 17 de janeiro a PEC da Transição pelo Congresso. De acordo com a proposta, o governo terá pelo menos R$ 145 bilhões. Desse total, R$ 70 bilhões vão reforçar o orçamento do programa Bolsa Família, garantindo o pagamento no valor de R$ 600 por família, além de um adicional de R$ 150 por criança de até seis anos.
Brasil 247
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