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sexta-feira, 16 de agosto de 2024

sexta-feira, 9 de agosto de 2024

segunda-feira, 5 de agosto de 2024

Macron telefona para Lula e elogia posição do Brasil sobre a Venezuela

 


"Lula reiterou seu compromisso com a busca de uma solução pacífica entre as partes e que respeite a soberania do povo venezuelano", diz o Planalto

05 de agosto de 2024

Presidente Lula recebe Emmanuel Macron, presidente da França, em visita de Estado em Brasília (Foto: Ricardo Stuckert)



247 - O presidente da França, Emmanuel Macron, telefonou para o presidente Lula (PT) nesta segunda-feira (5) e, além de agradecê-lo pela presença da primeira-dama, Janja, na abertura das Olimpíadas de Paris, elogiou a posição do governo brasileiro diante das eleições venezuelanas.

O órgão eleitoral venezuelano declarou a reeleição de Nicolás Maduro como presidente do país, com pouco mais de 50% dos votos. No entanto, não foram divulgadas as atas de votação, o que levou o Brasil a não reconhecer o resultado. Enquanto isso, a oposição, liderada por Maria Corina Machado e Edmundo González Urrutia, alega ter vencido o pleito.

Lula disse a Macron no telefonema, segundo informou o Palácio do Planalto, que segue em busca "de uma solução pacífica entre as partes e que respeite a soberania do povo venezuelano".

Leia:

Presidente Lula recebe telefonema do presidente da França, Emmanuel Macron

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva recebeu nesta segunda-feira, 5 de agosto, em Santiago, telefonema do presidente francês Emmanuel Macron.

Na conversa, o presidente Macron agradeceu a presença da primeira-dama Janja da Silva na abertura das Olímpiadas e o presidente Lula agradeceu o carinho de Macron e de sua esposa na recepção à delegação brasileira.

Macron elogiou a posição de Brasil, Colômbia e México emitida em nota conjunta na última quinta-feira (1/8), e a posição do país de estímulo ao diálogo entre o governo e a oposição venezuelana.

O presidente Lula reiterou seu compromisso com a busca de uma solução pacífica entre as partes e que respeite a soberania do povo venezuelano.


Brasil 247

Kamala Harris lidera com 47% das intenções de voto, diz estudo do The Economist

 

A pesquisa dá maior ênfase a confrontos diretos entre os principais candidatos e analisa "eleitores prováveis"

05 de agosto de 2024

Vice-presidente e provável candidata democrata à Presidência dos EUA, Kamala Harris, em Houston 01/08/2024 REUTERS/Kevin Lamarque (Foto: REUTERS/Kevin Lamarque)


247 – Um estudo do jornal norte-americano The Economist revelou que a vice-presidente dos Estados Unidos, Kamala Harris, lidera a intenção de voto do país com 47% contra 46% de Donald Trump.

O levantamento dá maior ênfase a pesquisas que consideram apenas confrontos diretos entre os principais candidatos e analisa "eleitores prováveis" em vez de todos os eleitores registrados ou adultos. O estudo também se baseia em dados que incluíam Joe Biden na disputa até 21 de julho, quando ele abandonou a candidatura.

No primeiro dia de campanha, com o apoio de Biden, Harris estava empatada com Trump em 46%. Nas semanas seguintes, as intenções de voto subiram para 47%.
Para garantir os 270 votos necessários do colégio eleitoral e vencer a eleição, Harris precisa conquistar estados-chave como Pensilvânia e Michigan, que têm mostrado tendência à direita nas últimas eleições.


Brasil 247

quinta-feira, 1 de agosto de 2024

quarta-feira, 24 de julho de 2024

segunda-feira, 22 de julho de 2024

quarta-feira, 3 de julho de 2024

sábado, 22 de junho de 2024

“Campos Neto não tem condições de continuar presidente do BC”, diz Pedro Serrano

 


Jurista questiona em entrevista a suposta autonomia do Banco Central e defende mudança no modelo de indicação do presidente da autoridade monetária.

21 de junho de 2024

Pedro Serrano (Foto: Reprodução/TV 247)

247 - O jurista Pedro Serrano criticou, em entrevista à TV 247, a conduta do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, e questionou sua capacidade de continuar no cargo, ao reagir à decisão da autoridade monetária de manter a taxa básica de juros em 10,5%. Segundo Serrano, a chamada "autonomia" do BC prejudica a soberania popular e as promessas do governo do presidente Lula.

"Verificando a conduta desse presidente do Banco Central, o Campos Neto, ela revela, a meu ver, que ele não tem condição de continuar a exercer a presidência da instituição. Se concedeu autonomia ao Banco Central no sentido de contar com um mandato para o seu presidente descoincidente do mandato do presidente da República. A primeira questão que isso traz é que a descoincidência de mandato gera um déficit na soberania popular. O povo elege um governo para que ele desenvolva uma política econômica", disse.

Serrano também expressou preocupação sobre a independência do Banco Central em relação ao mercado financeiro: "O segundo elemento importante é que muito se cogita que isso daria autonomia para o Banco Central em relação, vamos dizer, às alterações da política. Mas nada garante que não haja a captura do Banco Central pelo mercado, que é o que nós observamos hoje. Muito se fala que deve-se preservar a autonomia do Banco Central em relação à política, em relação ao poder executivo, ao legislativo. Mas tem que se falar que é muito mais relevante que haja autonomia do Banco Central em relação ao mercado".

O jurista defendeu a necessidade de reformar o modelo de indicação do presidente do Banco Central. "Portanto, eu acho que não apenas ele deveria ser afastado, como na realidade nós precisaríamos pensar em mudar o modelo", disse.


Brasil 247

sábado, 15 de junho de 2024

sábado, 8 de junho de 2024

China e Cuba reafirmam compromisso com a construção do socialismo


Compromisso com o socialismo é a base para as relações de amizade entre o Partido Comunista de Cuba e o Partido Comunista da China

08 de junho de 2024

Bruno Rodríguez, chanceler de Cuba e Liu Janchao, chefe das Relações Internacionais do PCCh (Foto: Prensa Latina)


Prensa Latina - O chanceler de Cuba, Bruno Rodríguez, e o diretor do Departamento Internacional do Comitê Central do Partido Comunista da China (PCCh), Liu Jianchao, reafirmaram neste sábado (8) em Pequim a forte determinação de ambos os países na construção do socialismo.

Liu expressou o apoio à nação caribenha no enfrentamento ao injusto bloqueio econômico, comercial e financeiro imposto pelos Estados Unidos e contra as sanções unilaterais.

Ele também elogiou o caráter inquebrantável de Cuba na salvaguarda de seus interesses nacionais.

Igualmente, demonstrou confiança na capacidade do país para superar obstáculos e alcançar novas vitórias na construção do socialismo.

Por sua vez, o também membro do Birô Político do Comitê Central do Partido Comunista de Cuba e enviado especial do presidente cubano, Miguel Díaz-Canel, expressou a especial prioridade aos vínculos com o gigante asiático e o PCCh.

Rodríguez sublinhou a importância dos vínculos históricos com base na mais estreita unidade em torno dos dois partidos, manifestou o apoio cubano ao princípio de uma só China e a oposição à ingerência em seus assuntos internos.

Ambas as partes reconheceram o forte consenso e a confiança política entre os máximos líderes dos dois Partidos e países, bem como a vontade de fortalecer os intercâmbios partidários e promover um maior desenvolvimento mediante a implementação da cooperação bilateral em todos os setoretodos os setores.


Brasil 247

sexta-feira, 24 de maio de 2024

General dos EUA reforça pressão para que o Brasil se distancie da China



Laura Richardson, que participa de exercícios militares no Rio de Janeiro, defende que o Brasil não integre a Rota da Seta

24 de maio de 2024, 05:26 h

Laura Richardson (Foto: Comando Sul dos EUA)
 
247 – Durante sua estadia no Brasil para exercícios militares conjuntos entre a Marinha dos EUA e a Marinha brasileira, a general americana de quatro estrelas, Laura Richardson, aproveitou para defender uma aproximação estratégica entre Brasil e Estados Unidos, enquanto alertava sobre os supostos riscos representados pela crescente influência da China na América Latina.Em uma entrevista ao Valor, Richardson ressaltou a longa história de relações bilaterais entre Brasil e EUA, contrastando-a com a relação mais recente do Brasil com a China.
 
Ela afirmou que, "enquanto as democracias compartilham uma história de 200 anos, a parceria com a China tem apenas 50 anos", levantando preocupações sobre a influência e as intenções do regime chinês na região.A general enfatizou a importância da cooperação entre democracias, destacando que as relações democráticas são baseadas no respeito mútuo, ao contrário das relações com regimes autoritários, como o da China. "Como democracias, respeitamos uns aos outros. Respeitamos a soberania uns dos outros. Respeitamos o povo um do outro, as democracias, o que não acontece com um país comunista, porque eles não respeitam os direitos de seu próprio povo", disse ela.

Ela expressou preocupação com as práticas da China, especialmente no que diz respeito aos empréstimos da Iniciativa do Cinturão e Rota, alertando para as cláusulas prejudiciais e para a perda gradual de soberania que os países podem enfrentar ao aderir a esses acordos.Além disso, Richardson destacou os esforços conjuntos na luta contra as organizações criminosas transnacionais na região, ressaltando que essas entidades representam uma ameaça à segurança e à estabilidade, abrindo espaço para a influência chinesa através de investimentos e acordos econômicos. Ela enfatizou a importância de medidas para fortalecer a segurança econômica e promover o desenvolvimento sustentável na região, como meio de combater a influência negativa das organizações criminosas.

Ao abordar o tema do terrorismo, Richardson destacou a preocupação com a presença de suspeitos de envolvimento com grupos islâmicos na região de Foz do Iguaçu, enfatizando a necessidade de cooperação entre Brasil, Estados Unidos e outros países para enfrentar essa ameaça comum.

No contexto das relações bilaterais entre Brasil e EUA, Richardson enfatizou os pontos em comum e os desafios compartilhados, destacando a importância de uma parceria forte e colaborativa para enfrentar os desafios do século XXI.

Brasil 247

quarta-feira, 22 de maio de 2024

Trabalhadores dos Correios protestam após prejuízo bilionário de banco americano


Segundo a categoria, fundo de pensão dos funcionários move mais de dez ações judiciais para reparar danos deixados por gestão do banco BNY Mellon

Trabalhadores dos Correios em manifestação realizada em novembro do ano passado.Créditos: Divulgação/FENTECT

Trabalhadores dos Correios realizam, na manhã desta quarta-feira (22), uma manifestação em frente à sede do banco BNY Mellon, localizado na Vila Nova Conceição, em São Paulo, para cobrar responsabilidades da instituição financeira sobre os prejuízos causados em sua gestão.

De acordo com funcionários, o banco americano trouxe prejuízos bilionários ao Postalis, o Instituto de Previdência Complementar dos Correios, após ser contratado para administrar os investimentos. A situação compromete até hoje os benefícios de aposentadoria e pensão dos trabalhadores dos Correios, principalmente o Plano de Benefício Definido (PBD), que acumula déficit e obriga participantes e patrocinadoras a pagar contribuições extraordinárias para manter as complementações de aposentadoria e pensão.

O Postalis mantém mais de dez ações judiciais no Brasil para reparação destes danos, que aguardam decisões definitivas. Uma dessas iniciativas é a ação civil pública movida pelo Ministério Público Federal, que conta com o Instituto como assistente de acusação, com valor estimado em R$ 8 bilhões. Além da batalha na Justiça, o Postalis também tenta há anos fazer com que a subsidiária do BNY Mellon no Brasil assuma suas responsabilidades, mas as negociações não avançam.

Participam da manifestação representantes da Federação dos Aposentados e Aposentaveis dos Correios (FAACO), da Associação dos Profissionais dos Correios (ADCAP), da Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios e Telégrafos e Similares (FENTECT) e da Federação Interestadual dos Sindicatos dos Trabalhadores e Trabalhadoras dos Correios (FINDECT), assim como de outros sindicatos do Brasil, em especial do setor bancário.

REVISTA FÓRUM

terça-feira, 21 de maio de 2024

>Ministros do TCU recebem até R$ 246 mil de "férias indenizadas"



"O discurso de austeridade do presidente do TCU não guarda coerência com a prática no Tribunal, onde parece vicejar um 'liberou geral' de vantagens", diz Miola

20 de maio de 2024
Tribunal de Contas da União (Foto: Leopoldo Silva/Agência Senado)

Jeferson Miola  -  Articulista

O presidente do Tribunal de Contas da União/TCU, Bruno Dantas, cobra do governo federal a parcimônia nas despesas para socorrer a população gaúcha atingida pelos efeitos do evento climático que ele não exige e não pratica no Tribunal que preside.

Em entrevista ao jornal Estadão [19/5], Dantas alertou que o esforço para salvar o Rio Grande do Sul “não pode significar um ‘liberou geral’”.

“Não se pode permitir que, a pretexto de socorrer as pessoas, outras despesas que não as necessárias sejam feitas ao arrepio da legislação”, disse.

Ocorre, no entanto, que o discurso de austeridade administrativa e orçamentária do presidente do TCU não guarda coerência com a prática corrente no Tribunal, onde parece vicejar, ali sim, um verdadeiro “liberou geral” de vantagens e ganhos pessoais estratosféricos.

No Portal da Transparência do TCU pode-se conhecer a remuneração de servidores ativos e aposentados, de pensionistas e das autoridades ativas e aposentadas.

São consideradas autoridades ativas do TCU os nove ministros titulares, três ministros substitutos, um procurador-geral, dois subprocuradores-geral e quatro procuradores.

A análise dos contracheques destas 19 autoridades revela uma realidade de privilégios e elevados ganhos pecuniários, cujas moralidade e legalidade precisam ser demonstradas.

Além do salário [subsídio] de 41 mil reais por mês, os integrantes do TCU conseguem engrossar o contracheque com outros ganhos adicionais, alguns deles eventuais e outros regulares, como “auxílio alimentação”, “benefício pré-escola”, “abono permanência” e “outros auxílios financeiros”, como os R$ 44,3 mil recebidos a este título em fevereiro de 2024 pelo ministro Johnathan Pereira de Jesus.

Os holerites de Suas Excelências também podem ser engordados com a rubrica “abono pecuniário”. O ministro Lucas Rocha Furtado, por exemplo, ganhou R$ 33.413 sob esta rubrica em abril de 2023.

E existe também a rubrica “outras vantagens indenizatórias”, pela qual o ministro João Augusto Nardes recebeu R$ 15.996 em abril passado.

Mas as vantagens e ganhos extras não ficam por aí. Os integrantes do TCU ainda podem reforçar a conta bancária e o patrimônio através de pelo menos três outros mecanismos: “recebimento de diárias”, “ressarcimento de assistência médica”, e “férias indenizadas”.

Levantamento das remunerações do TCU de fevereiro/2023 a abril/2024 mostra que ministros e procuradores do TCU receberam até 246.245 reais a título de “férias indenizadas” neste breve intervalo de 15 meses [tabela].


Como mostra a tabela, 13 das 19 autoridades do Tribunal receberam entre R$ 245 mil e R$ 202 mil; outras três receberam entre R$ 109 mil e R$ 189 mil, e três oscilaram entre R$ 68 mil e R$ 71 mil.

O Tribunal gastou ao todo R$ 3,6 milhões neste período a título de indenização de férias, o que equivale a uma média de R$ 191,4 mil por beneficiário.

Considerando o salário mensal de R$ 41 mil, esta cifra de R$ 246,2 mil paga no intervalo de um ano e três meses corresponderia à indenização pecuniária de férias relativas a seis anos de trabalho, o que não é o caso presente.

Os dados disponíveis mostram, ainda, que os ganhos relativos a férias não se restringem às indenizações feitas, e abarcam outros mecanismos que contribuem para aumentar ainda mais os ganhos pessoais.

Ao longo do período de tempo pesquisado [fev/23 a abr/24], as autoridades receberam o abono de 1/3 de férias, ao redor de R$ 13 mil. O ministro Benjamim Zymler, por exemplo, recebeu o valor de R$ 24.885,75 nesta rubrica em janeiro/2023.

E, além disso, existem lançamentos a título de “adiantamento do salário de férias”.

A assessoria de imprensa do TCU foi questionada a respeito de tais pagamentos. Uma vez recebidos, os esclarecimentos serão informados.


Brasil 247

segunda-feira, 15 de abril de 2024

Gleisi rebate Mirian Leitão e fala sobre o que viu na China: ‘Prosperidade e inclusão’

 Atualizado em 14 de abril de 2024 
Presidente do PT Gleisi Hoffmann. Foto: Divulgação
Por Gleisi Hoffmann
Li a coluna da jornalista Míriam Leitão, por quem tenho respeito, apesar de divergências, que fala sobre nossa visita à China e questiona o momento dessa viagem e de minhas declarações, tendo em vista a ofensiva da extrema-direita com seus argumentos mentirosos sobre comunismo e uma ditadura no Brasil.
Logo de início deixa claro, corretamente, que o PT governou o Brasil sempre de forma democrática. Essa visita já estava programada faz tempo, desde a vinda ao Brasil, em setembro do ano passado, do dirigente do comitê Central do PCCh, Li Xi.

Alguns esclarecimentos são necessários para que se entenda o processo e a importância dessas relações para o nosso país:

3. Não existe um modelo acabado de socialismo, é uma construção a partir da realidade, cultura e condições políticas de cada país. O PT defende o socialismo democrático, a ser construído de acordo com nossa realidade, condições e vantagens competitivas. Ao fim e ao cabo, o que queremos é que o povo brasileiro seja considerado nesse processo, saindo da miséria e pobreza, tendo condições dignas de vida. Para isso precisamos ser ousados, como foram os chineses, sempre considerando a nossa realidade.

Gleisi com Li Xi, secretário do Partido Comunista da China. Foto: Divulgação

4. O que vi na China foi uma sociedade próspera, que cresce, inclui a população e influencia o mundo. Com grandes investimentos na indústria, infraestrutura e tecnologia. Eles têm um planejamento para o desenvolvimento do país. Sim é o Partido Comunista quem governa, de forma planejada e organizada. E isso vem dando certo para a maioria do povo chinês.

5. Aqui, somos histórica e culturalmente diferentes. Temos diversidade partidária e de opiniões, mas isso não impede de planejarmos um modelo de desenvolvimento que corresponda às dimensões, à potencialidade e às necessidades do Brasil. Os chineses têm como meta, por exemplo, o investimento de 10% do seu PIB em pesquisa e desenvolvimento. E nós, qual é a meta q nos move?

6. Somos grandes, importantes na geopolítica, e nos tratamos como pequenos, amedrontados por um debate conjuntural, que se não enfrentarmos nos levará a derrota no desenvolvimento do país. É preciso ousadia da elite brasileira para fazer do Brasil uma potência. E ele pode e deve ser.

7. O PT chega até aqui sem esconder suas posições, talvez por isso chegamos. Disputando idéias e defendendo causas, e isso com o DNA democrático, que foi uma das causas fundantes da nossa existência.

8. Há muito preconceito sobre a vida no Oriente. Os ocidentais nutrem uma prepotência enorme em relação ao que conhecem pouco. Não precisamos copiar ninguém, apenas reconhecer o sucesso alheio e ver quais ensinamentos nos proporcionam.

9. O agronegócio brasileiro e o setor de minérios sabem muito bem o que a China representa para seus interesses. Se acham que é uma ditadura a ser combatida podiam começar por encerrar as relações comerciais que têm com o país governado pelo Partido Comunista. Ao fim ao cabo, esses setores de tanto sucesso no Brasil, estão alimentando e incentivando a governança chinesa.

Glenn quer “colonizar” o Brasil com “chorume do monturo bolsonarista”, diz Reinaldo Azevedo

 Por Reinaldo Azevedo 

Glenn Greenwald escreve artigo na Folha em que acusa ilegalidades em decisões do STF. Não há argumentos jurídicos. Só o chorume que escorre do monturo bolsonarista. Por que ele faz isso? Não especularei a respeito agora. Apego-me a outra questão. Glenn acusa a esquerda de ser servil a Alexandre, ignorando divergências do passado.

Pois é… Tudo tem de ser visto no seu tempo. Se o ministro, dentro das regras do jogo, enfrenta os fascistoides e golpistas, nada há de estranho em tal apoio. Se Glenn vê nisso uma incoerência, ele próprio é personagem de uma contradição que lhe parece condenável.

Quando o bolsonarismo tentou chutá-lo do Brasil — numa mistura de autoritarismo, ilegalidade, xenofobia e homofobia —, Glenn recebeu o apoio unânime das esquerdas, que ele agora ataca. Parece um empate de contradições, mas não é. Explico: 1: a esquerda era, sim, hostil a Alexandre e hoje apoia muitas de suas decisões pq ele enfrenta os neofascistas; 2: Glenn, antes apoiado pelas esquerdas contra as ameaças neofascistas, hoje está em campo oposto e alinha suas posições com os que queriam expulsá-lo ou prendê-lo.

Como se nota, nos dois casos, há, na verdade, coerência dos progressistas. Quem precisa explicar suas novas e más companhias é Glenn, não a esquerda. A propósito: Glenn revela uma alma, digamos, algo colonialista em relação ao Brasil: toma as leis de seu país de origem como universais. E, também no seu caso, é uma sorte que não seja.

Glenn Greenwald. Foto: Divulgação

Nos EUA, um episódio como o dos hackers poderia lhe render cadeia por “contempt of court”. No Brasil, tentar golpe de estado pode render processo e cadeia — para jornalista ou não. Mas jamais um jornalista será ameaçado por não revelar sua fonte. Moro, hoje aliado de Glenn, bem que tentou.

Mas as esquerdas, hoje inimigas do buliçoso e belicoso jornalista americano, denunciaram a ameaça ilegal. Glenn precisa parar com essa mania de achar que está aqui para “civilizar” os nativos. No que respeita à defesa da democracia, os EUA têm muito a aprender com o Brasil contemporâneo, não o contrário.

Desde que saiu do Intercept, Glenn tenta encontrar por aqui um lugar no mercado das ideias. Até agora não conseguiu nada além de ser linha auxiliar do bolsonarismo, que queria expulsá-lo do Brasil e chegou a acusá-lo de fazer parte, com o então marido, de um complô para conseguir uma vaga na Câmara.