sexta-feira, 30 de agosto de 2019

Boa Noite 247 (30.8.19) - O mistério Queiroz




TV 247

Fachin nega soltar Lula em ação que aponta suspeição de procuradores


O ministro Edson Fachin negou pedido de habeas corpus do ex-presidente Lula por suspeição dos procuradores da Lava Jato, com base nos conteúdos revelados pela Vaza Jato. O recurso ainda terá julgamento definitivo pela Segunda Turma do Supremo, mas não há previsão de data

29 de agosto de 2019


247 - O ministro Edson Fachin, so Supremo Tribunal Federal (STF), negou nesta quinta-feira (29) um pedido de habeas corpus do ex-presidente Lula por suspeição dos procuradores da Lava Jato, com base nos conteúdos revelados pela Vaza Jato.

A defesa do ex-presidente argumentou que os procuradores não cumpriram os deveres da impessoalidade e da legalidade, o que causa a nulidade do processo.

No entanto, o ministro considerou que, ao analisar em junho se Lula deveria ser solto por conta da suspeição do ex-juiz Sérgio Moro, a Segunda Turma já negou conceder decisão para libertar o ex-presidente.

"Sendo assim, prima facie, sem prejuízo de ulterior reapreciação da matéria no julgamento final do presente habeas corpus, indefiro a liminar", afirmou Fachin.

Além de negar a liminar, Fachin recusou o pedido de autorização para perícia nas mensagens entre procuradores da Lava Jato de Curitiba, que de acordo com as revelações do The Intercept atuaram em conluio para condenar e prender o ex-presidente.

A defesa também solicitou a suspensão das ações do sítio de Atibaia e do Instituto Lula, com base nos mesmo argumentos.

O recurso negado por Fachin ainda terá julgamento definitivo pela Segunda Turma do Supremo, mas não há previsão de data.


Brasil 247

Glenn Greenwald no Entre Vistas




Diário do Centro do Mundo   -   DCM

quinta-feira, 29 de agosto de 2019

Aloizio Mercadante e Eduardo Moreira debatem reforma tributária e desigualdade (29.8.19)




TV 247

Depois de SBT e Estadão, Globo pode ser o próximo alvo da Vaza Jato


Emissora da família Marinho, que apoiou ostensivamente as ilegalidades cometidas pela operação Lava Jato, pode ser alvo das próximas revelações do The Intercept, sugeriu no Twitter o advogado Eduardo Goldenberg. "Se eu pudesse lhes adiantar tudo que eu sei…”, escreveu

29 de agosto de 2019


247 - O advogado carioca Eduardo Goldenberg sugeriu nesta quinta-feira (29) pelo Twitter que a Rede Globo pode ser o próximo alvo a aparecer em relações comprometedoras com procuradores da Lava Jato, depois de Estado de S.Paulo e SBT aparecerem nos vazamentos. 

“Hoje a #VazaJato mostra que a Operação Lava Jato não existe sem uma imprensa dócil, instrumento fundamental para seus discutíveis e condenáveis métodos. Hoje apareceu um diálogo com o @Estadao. Imaginem o que não há com a @RedeGlobo! Se eu pudesse lhes adiantar tudo que eu sei…”, escreveu.

Segundo Goldenberg, o Intercept deve aprofundar as relações espúrias dos veículos da família Marinho com os investigadores da Lava Jato – e todo processo que resultou no golpe contra Dilma Rousseff e na prisão de Lula.

“E não vai ficar só nisso, não. Muitos veículos de imprensa, durante todos esses anos, fuçaram, como ratos, vazamentos fornecidos pelo @MPF_PGR. Agiram como mendigos, como andrajos, implorando uma migalha que os membros da Operação Lava Jato nunca lhes negou. Fiquem ligados!”, alertou.

Depois da publicação pela Revista Fórum e pelo 247 sobre a indicação de que a Globo deveria ser o próximo alvo dos vazamentos, Goldenberg fez um adendo, dizendo que não é ele quem decide o que será publicado, e que havia escrito apenas uma suposição do que haveria contra a emissora dos Marinho.


Faço adendo sobre matéria do @brasil247. Eu disse “imaginem o que não há com a @RedeGlobo!”. Eu não afirmei que a #VazaJato vai mirar no conglomerado dos Marinho porque não sou eu que decido o que será ou não publicado.
Mas saberemos todos sobre o comportamento sujo da imprensa. https://twitter.com/edugoldenberg/status/1167059568624578565 …



Brasil 247

Bom dia 247 (29.8.19): Macri quebra Argentina e traz lições para o Brasil




TV 247

Eugênio Aragão fala dos procuradores da Lava Jato, Lula, e as derrotas de Moro no STF




TV DCM

Vaza Jato prova que Lava Jato manipulou a imprensa para intimidar investigados


Em novos diálogos da Vaza Jato, o procurador Carlos Fernando Lima, parceiro de Deltan Dallagnol, admitiu aos colegas que usava a imprensa para forjar um ambiente hostil aos investigados e, com isso, conseguir delações por meio de manipulação — o que interfere em seu caráter voluntário

29 de agosto de 2019


Ex-procurador da Lava Jato, que mandou ir na 'jugular' de Lula usando Marisa, ataca The Intercept (Foto: GISELE PIMENTA)

Do Blog da Cidadania, a partir de reportagem do Intercept – Procuradores da força-tarefa da Lava Jato usaram vazamentos com o objetivo de manipular suspeitos, fazendo-os acreditar que sua denúncia era inevitável, mesmo quando não era. O intuito, eles disseram explicitamente em chats do Telegram, era intimidar seus alvos para que eles fizessem delações.

Além de ética questionável, esse tipo de vazamento prova que o coordenador da Lava Jato, Deltan Dallagnol, mentiu ao público ao negar categoricamente que agentes públicos passassem informações da operação. Dallagnol participou de grupos nos quais os vazamentos foram planejados, discutidos e realizados. Em um deles, o próprio coordenador efetuou o tipo exato de vazamento que ele negou publicamente que partisse da força-tarefa.

Um exemplo ilustrativo desse método ocorreu relativamente cedo nas operações. Em 21 de junho de 2015, o procurador da Lava Jato Orlando Martello enviou a seguinte pergunta ao colega Carlos Fernando Santos Lima, no grupo FT MPF Curitiba 2, que reúne membros da força-tarefa: “qual foi a estratégia de revelar os próximos passos na Eletrobrás etc?”. Santos Lima disse não saber do que Martello estava falando, mas, com escancarada franqueza, afirmou: “meus vazamentos objetivam sempre fazer com que pensem que as investigações são inevitáveis e incentivar a colaboração.”

Pela lei das organizações criminosas (que estipulou regras para as delações premiadas), o acordo só pode ser aceito caso a pessoa tenha colaborado “efetiva e voluntariamente”. Mas o procurador confessou aos colegas que usava a imprensa para forjar um ambiente hostil e, com isso, conseguir delações por meio de manipulação — o que interfere em seu caráter voluntário.

21 de junho de 2015 – Grupo FT MPF Curitiba 2

Orlando Martello – 09:03:04 – CF(leaks) qual foi a estratégia de revelar os próximos passos na Eletrobrás etc?
Carlos Fernando dos Santos Lima – 09:10:08 –http://m.politica.estadao.com.br/noticias/geral,na-mira-do-chefe-,1710379
Santos Lima – 09:12:21 – Nem sei do que está falando, mas meus vazamentos objetivam sempre fazer com que pensem que as investigações são inevitáveis e incentivar a colaboração.
Santos Lima – 09:15:37 – Li a notícia do Flores na outra lista. Apenas noticia requentada.
Santos Lima – 09:18:16 – Aliás, o Moro me disse que vai ter que usar esta semana o termo do Avancini sobre Angra
Martello – 09:25:33 – CFleaks, não queremos fazer baem Angra e Eletrobrás? Pq alertou para este fato na coletiva?
Martello – 09:26:00 – Para não perder o costume?


A conversa ocorreu dois dias depois da 14ª fase da Lava Jato (voltada às empreiteiras Odebrecht e Andrade Gutierrez). Os procuradores estavam debatendo estratégias para conseguir um acordo de delação com Bernardo Freiburghaus, apontado como operador de propinas da Odebrecht. Freiburghaus escapou da operação, porque havia se mudado para a Suíça em 2014 e já havia contra ele uma ordem de prisão preventiva com alerta da Interpol.

No chat, Santos Lima assume, sem qualquer constrangimento, que vazava informações para a imprensa. Além disso, o seu próprio comentário, insinua que se tratava de uma prática habitual, dado que ele se refere aos vazamentos no plural — “meus vazamentos”. E o procurador afirma com aparente orgulho e convicção que agia assim com objetivos bem definidos: induzir os suspeitos a agirem de acordo com seus interesses.

É relevante ressaltar que o comentário do procurador não suscitou qualquer manifestação dos outros membros da Lava Jato. No decorrer das conversas, os demais membros do grupo permaneceram calados.

No mesmo dia, Deltan e Orlando anunciaram no chat terem vazado a informação de que os Estados Unidos iriam ajudar a investigar Bernardo para repórteres do Estadão, como forma de pressionar o investigado. Eles estavam antecipando a um jornalista uma movimentação da investigação. Foi Dallagnol o responsável pelo vazamento, como mostra sua conversa como o repórter do jornal.

21 de junho de 2015 – Chat privado
Deltan Dallagnol – 11:43:49 – O operador da Odebrecht era o Bernardo, que está na Suíça. Os EUA atuarão a nosso pedido, porque as transações passaram pelos EUA. Já até fizemos um pedido de cooperação pros EUA relacionado aos depósitos recebidos por PRC. Isso é novidade. Vc tem interesse de publicar isso hoje ou amanhã,SUPRIMIDO, mantendo meu nome em off? Pode falar fonte no MPF. Na coletiva, o Igor disse que há difusão vermelha para prendê-lo, e há mesmo. Pode ser preso em qualquer lugar do mundo. Agora com os EUA em ação, o que é novidade, vamos ver se conseguimos fazer como caso FIFA com o Bernardo, o que nos inspirou.
SUPRIMIDO – 11:45:44 – Putz sensacional! !!!! Publico hj!!!!!!!


A conversa prossegue, e o repórter avisa que a matéria sobre a ajuda dos americanos no caso Odebrecht (que não estava formalizada à época) seria manchete do Estadão no dia seguinte.

De volta ao grupo FT MPF Curitiba 2, uma conversa entre os dias 21 e 22 detalha as intenções da força-tarefa em relação a Bernardo:

21 de junho de 2015 – Grupo FT MPF Curitiba 2
Deltan Dallagnol – 20:33:52 – Amanhã cooperação com EUA pro Bernardo é manchete do Estadão
Dallagnol – 20:34:00 – Confirmado
Carlos Fernando dos Santos Lima – 20:55:16 – Tentei ler, mas não deu. Amanhã vejo. Vamos controlar a mídia de perto. Tenho um espaço na FSP, quem sabe possamos usar se precisar.


A informação vazada pela força-tarefa de fato virou manchete do jornal, e os métodos de pressão sobre o delator são retomados pouco depois, no mesmo chat:


22 de junho de 2015 – Grupo FT MPF Curitiba 2
Deltan Dallagnol – 01:56:40 – Acho que temos que aditar para bloquear os bens dele na Suíça
Dallagnol – 01:56:48 – Conta, Imóvel e outros ativos
Dallagnol – 01:57:00 – Ir lá e dizer que ele perderá tudo
Dallagnol – 01:57:20 – Colocar ele de joelhos e oferecer redenção. Não tem como ele não pegar

No fim das contas, a estratégia fracassou, e Bernardo Freiburghaus não delatou.

O que faz disso ainda mais relevante é que Dallagnol tem negado publicamente que os membros da Lava Jato tenham feito qualquer vazamento. Numa entrevista para a BBC Brasil, após um discurso que ele proferiu em Harvard, em abril de 2017, Dallagnol “disse que agentes públicos não vazam informações — a brecha estaria no acesso inevitável a dados secretos por réus e seus defensores”. Quando perguntado diretamente se a força-tarefa havia cometido vazamentos, o procurador respondeu: “Nos casos em que apenas os agentes públicos tinham acesso aos dados, as informações não vazaram”.

A assessoria de imprensa da Lava Jato negou que os procuradores tenham vazado informações no caso do Estadão, dizendo ao Intercept que a força-tarefa “jamais vazou informações sigilosas para a imprensa, ao contrário do que sugere o questionamento recebido”. Para justificar essa negativa, a força-tarefa argumenta que uma informação passada à imprensa deve ser ilegal ou violar uma ordem judicial para ser caracterizada como “vazamento”. Nesse sentido, a força-tarefa argumenta que o material enviado por Dallagnol ao Estadão não violou, na sua visão, nem a lei nem ordem judicial, e que por isso não pode ser considerado vazamento.

Entretanto, essa reportagem não alega nem sugere que Dallagnol ou Santos Lima tenham cometido o crime de violação do sigilo funcional ou desobedecido ordens judiciais ao vazar para a imprensa informações que não eram de conhecimento público. O argumento da reportagem é que eles fizeram exatamente o que Dallagnol afirmou à BBC que nunca faziam: vazaram informações privilegiadas sobre as investigações que o público e a mídia desconheciam para atingir seus objetivos.

Para defender Dallagnol das evidências claras de que ele mentiu, a força-tarefa está tentando inventar uma nova definição de “vazamento”, um significado que só considera vazamento o que envolve uma violação da lei ou de uma ordem judicial. Mas não é isso que a maioria das pessoas entende como vazamento. Em sua entrevista à BBC Brasil, Dallagnol não negou que a força-tarefa realizasse vazamentos ilegais: ele negou que a força-tarefa tenha realizado quaisquer vazamentos: “agentes públicos não vazam informações”, ele disse, completando: “Nos casos em que apenas os agentes públicos tinham acesso aos dados, as informações não vazaram”.

A insistência da força-tarefa de que nunca realizou nenhum vazamento é especialmente bizarra tendo em vista que o próprio Santos Lima alardeou ter feito exatamente isso, usando a justamente palavra vazamento: “meus vazamentos objetivam sempre fazer com que pensem que as investigações são inevitáveis e incentivar a colaboração”, escreveu, o que demonstra que nem os próprios procuradores entendem a palavra “vazamento” da forma que eles agora definem. Além disso, em sua conversa com o repórter do Estadão, Dallagnol descreveu a informação que ele estava enviando, sobre a proposta de colaboração com os EUA, como “novidade”, e por essa razão insistiu que a informação que ele enviou só poderia ser publicada “mantendo meu nome em off”. Se a informação já era pública, como defende a Lava Jato por meio de sua assessoria, por que pedir off?

Além disso, a própria nota enviada ao Intercept admite que os procuradores adiantaram uma ação da investigação ao Estadão – uma informação privilegiada, portanto, ainda que não protegida por sigilo judicial formalizado. “O único caso mencionado na consulta à força-tarefa se refere a uma reportagem do Estadão que combinava dados disponíveis em processos públicos e uma informação nova, igualmente sem sigilo, sobre possíveis estratégias que se cogitavam adotar no futuro, em relação à formulação de pedido de cooperação a ser enviado, o que não caracteriza vazamento”, diz a nota. De fato, a colaboração com a Suíça citada na reportagem era pública, mas a “informação nova” (o pedido de ajuda aos EUA que foi a manchete do jornal) não era pública porque nem sequer havia sido formalizada até a publicação do texto.

Dessa forma, a negativa da força-tarefa de que os procuradores fizeram exatamente o que Deltan falsamente insistiu que nunca fizeram — vazar para a mídia informações que não eram de conhecimento público — é desmentida pelas próprias palavras dos procuradores, conforme publicadas no chat acima, em que eles mesmos descrevem suas ações como “vazamentos”. É também desmentida pela insistência de Dallagnol ao repórter que as informações passadas ao Estadão não fossem atribuídas a ele. É desmentida ainda pelos repetidos episódios em que os procuradores admitem ter vazado à mídia informações sobre as investigações, quase sempre usando especificamente a palavra “vazamentos” que eles agora buscam redefinir. E é desmentida, por fim, pela nota enviada ao Intercept.

ESSES VAZAMENTOS NÃO ERAM casos isolados. Em 2016, procuradores da Lava Jato falavam abertamente sobre o uso de “vazamento seletivo” para mídia com a intenção de influenciar e manipular um suposto pedido de liberdade para o ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha:

12 de dezembro de 2016 – Grupo Filhos do Januario 1
Carlos Fernando dos Santos Lima – 18:45:31 – Recebi do russo : Off recebi uma notícia que não sei se é verdadeira que haveria uma articulação no STF para soltura do Cunha amanhã
Roberson Pozzobon – 18:51:49 – Essa info está circulando aqui a PGR tb
Paulo Roberto Galvão – 18:57:24 – O Stf seria depredado. Não acredito
Athayde Ribeiro Costa – 18:57:40 –toffi, lewa e gm. nao duvido
Santos Lima – 18:58:37 – É preciso ver quem vai fazer a sessão.
Jerusa Viecilli – 18:58:39 – Pqp
Santos Lima –19:00:58 – Alguma chance de soltarmos a notícia da GOL?
Costa – 19:01:35 – vazamento seletivo … 


Os diálogos provam que ele mentiu à BBC. A negativa aconteceu depois de Dallagnol ter participado de várias conversas nas quais seus colegas de força-tarefa discutiram explicitamente fazer aquilo que ele negava publicamente. Isto é, promover vazamentos e usar a mídia para seus próprios interesses. Ironicamente, o próprio Dallagnol observou à BBC o quão complexa é a tarefa de provar que houve vazamentos, pois, segundo ele, os envolvidos sempre negam: “É muito difícil identificar qual é o ponto (de origem do vazamento), porque se você ouvir essas pessoas, elas vão negar”, afirmou.

As conversas fazem parte de um pacote de mensagens que o Intercept começou a revelar em 9 de junho — série conhecida como Vaza Jato. Os arquivos reúnem chats, fotos, áudios e documentos de procuradores da Lava Jato compartilhados em vários grupos e chats privados do aplicativo Telegram. A declaração conjunta dos editores do The Intercept e do Intercept Brasil (clique para ler o texto completo) explica os critérios editoriais usados para publicar esses materiais.

João Felipe Linhares colaborou com pesquisa nesta reportagem.


Brasil 247

STF arquiva processo contra Jaques Wagner por falta de provas


O ex-governador da Bahia era acusado pelos procuradores da Lava Jato de participar de uma organização criminosa que teria desviado recursos, por meio de caixa 2, da Petrobras. Fachin entendeu, no entanto, que uma vez que não houve a oferta de denúncia pela Procuradoria-Geral da República (PGR) após mais de dois anos de investigação e nem a existência de elementos que justificassem o prosseguimento da investigação na primeira instância, o processo deveria ser arquivado

29 de agosto de 2019

(Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado)

Da revista Fórum – O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Edson Fachin, relator da Lava Jato na Corte, determinou o arquivamento de ação penal movida contra o senador Jaques Wagner (PT-BA).

Wagner foi alvo de perseguição dos procuradores do MPF, que tentaram acelerar a ação contra o petista pouco antes do segundo turno da eleição do ano passado. A revelação foi feita pela série Vaza Jato, do The Intercept Brasil.

O ex-governador da Bahia era acusado pelos procuradores da Lava Jato de participar de uma organização criminosa que teria desviado recursos, por meio de caixa 2, da Petrobras. Fachin entendeu, no entanto, que uma vez que não houve a oferta de denúncia pela Procuradoria-Geral da República (PGR) após mais de dois anos de investigação e nem a existência de elementos que justificassem o prosseguimento da investigação na primeira instância, o processo deveria ser arquivado.

O relator argumentou que o encerramento do inquérito é fundamentado no artigo 18 do Código de Processo Penal (CPP) e não impede a reabertura das investigações caso surjam novas provas.


Brasil 247

quarta-feira, 28 de agosto de 2019

Fachin leva ao plenário do STF pedido de anulação de sentença da Lava Jato e sinaliza inflexão da corte


O ministro do Supremo Tribunal Federal, Edson Fachin, enviou ao plenário do STF a ação que trata da diferença entre réus delatados e delatores na fase de alegações finais em processos judiciais. Ao enviar o caso para o plenário, Fachin sinaliza que foi dado o 'start' para a revisão das fragilidades tecnicas que permeiam todo o modus operandi da Lava Jato.

28 de agosto de 2019


Judge Edson Fachin gestures during a session of the Supreme Court to decide whether judge Edson Fachin continues as rapporteur for JBS and can approve ratification agreements, in Brasilia, Brazil June 22, 2017. REUTERS/Ueslei Marcelino (Foto: UESLEI MARCELINO)

247 - O ministro do Supremo Tribunal Federal, Edson Fachin, enviou ao plenário do STF a ação que trata da diferença entre réus delatados e delatores na fase de alegações finais em processos judiciais. Ao enviar o caso para o plenário, Fachin sinaliza que foi dado o 'start' para a revisão das fragilidades tecnicas que permeiam todo o modus operandi da Lava Jato. 

O processo que o Pleno discutirá foi apresentado pelo ex-gerente da Petrobras Márcio de Almeida Ferreira.

A reportagem do portal G1 informa que "segundo Fachin, é preciso dar 'segurança jurídica' ao tema. 'Com vistas a angariar segurança jurídica e estabilidade jurisprudencial (...) afeto a presente impetração à deliberação do Plenário, cujo objeto traduz controvérsia a merecer exame do colegiado maior sobre prazo sucessivo ou simultâneo para apresentação das razões finais por corréus colaboradores e não colaboradores. Desde logo, (...) indico preferência para julgamento'."

A matéria ainda destaca que "um balanço da Operação Lava Jato indicou nesta quarta que, se o entendimento for mantido pelo plenário, poderão ser anuladas 32 sentenças, envolvendo 143 réus condenados."


Brasil 247

Altman, Amorim, Escobar: Geopolítica





TV 247

Lava Jato teme que outras sentenças sejam anuladas, inclusive condenação de Lula


A decisão inédita do STF de anular a sentença do ex-juiz Sergio Moro que condenou o ex-presidente da Petrobras Aldemir Bendine levou pânico aos procuradores da Operação Lava Jato. Eles dizem ver a medida com "imensa preocupação" e temem que outras condenações da Operação, inclusive a condenação de Lula, também sejam anuladas pela Suprema Corte do país

28 de agosto de 2019


(Foto: Felipe L. Gonçalves/Brasil247 | STF)

247 - A decisão inédita do STF de anular a sentença do ex-juiz Sergio Moro que condenou o ex-presidente da Petrobras Aldemir Bendine levou pânico aos procuradores da Operação Lava Jato. 

Eles dizem ver a medida com 'imensa preocupação e temem que outras condeçaões injustas feitas no âmbito da Operação também sejam anuladas pela Suprema Corte do país. 

Em reportagem do jornalista Felipe Bächtold, a Folha de S.Paulo informa que a força-tarefa da Lava Jato no Paraná divulgou nota falando em "imensa preocupação" com a decisão do STF. 

Na nota, os procuradores afirmam que o precedente abre caminho para anular a maior parte das condenações já expedidas na operação. 

A decisão da Segunda Turma do STF de anular a condenação do ex-presidente da Petrobras Aldemir Bendine baseou-se no argumento de que as defesas apresentaram suas alegações finais nos mesmos prazos, sem distinção entre delatores e acusados. "Se o entendimento for aplicado nos demais casos da operação Lava Jato, poderá anular praticamente todas as condenações, com a consequente prescrição de vários crimes e libertação de réus presos", diz o texto divulgado pelos procuradores do Paraná. 

Por enquanto, a decisão da Segunda Turma vale apenas para a sentença de Bendine. 

A fixação dos mesmos prazos para delatores e delatados foi uma constante ao longo da Lava Jato. 

Em um outro caso em Curitiba que já teve sentença na primeira instância, o do sítio de Atibaia (SP) frequentado pelo ex-presidente Lula, a apresentação das alegações finais ocorreu também dessa maneira, que agora foi questionada. 

Em novembro do ano passado, a juíza Gabriela Hardt fixou prazo de "dez dias para as defesas" apresentarem essas manifestações, sem distinguir entre delatores e delatados. 

A defesa do ex-presidente já disse ter visto similaridades entre o caso de Bendine e os de Lula.


Brasil 247

Greenwald parabeniza procuradora pelas desculpas, e lembra: “jogo cínico de Moro e Deltan foi enganoso desde o início”


"Todos os humanos erram: todos nós. E se desculpar, sobretudo em público, é difícil e merece crédito. Mas: assim como Moro fez quando se desculpou com a MBL, observe como admitem a autenticidade do material quando querem. O jogo cínico de Moro e Deltan foi enganoso desde o início", afirmou o jornalista Glenn Greenwald

28 de agosto de 2019

(Foto: Ag. Senado | Reprodução/Twitter)

247 - O jornalista Glenn Greenwald parabenizou a procuradora Jerusa Viecili, que ironizou a morte de Dona Marisa Letícia em 2017, quando a então esposa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi vítima de um AVC hemorrágico em São Paulo. 

"Todos os humanos erram: todos nós. E se desculpar, sobretudo em público, é difícil e merece crédito. Mas: assim como Moro fez quando se desculpou com a MBL, observe como admitem a autenticidade do material quando querem. O jogo cínico de Moro e Deltan foi enganoso desde o início", escreveu o norte-americano em sua cont ano Twitter.

De acordo com reportagem do Intercept Brasil em parceria com o Uol, em um chat no Telegram, a procuradora debochou do falecimento de Marisa: "querem que eu fique pro enterro?".



Todos os humanos erram: todos nós. E se desculpar, sobretudo em público, é difícil e merece crédito. Mas: assim como Moro fez quando se desculpou com a MBL, observe como admitem a autenticidade do material quando querem. O jogo cínico de Moro e Deltan foi enganoso desde o início: https://twitter.com/jerusabv/status/1166502935053918209 …





Brasil 247

Eugênio Aragão a procuradores da Lava Jato: 'sangro na alma diante da monstruosidade do MP'


O ex-ministro Eugênio Aragão escreve carta pública aos procuradores da Lava Jato. Ele diz: "Sangro na alma sempre que constato a monstruosidade em que se transformou o Ministério Público Federal. E vocês são a toxina que acometeu o órgão. São tudo que não queríamos ser quando lutamos, na Constituinte, pelo fortalecimento institucional. Esse desvio de vocês é nosso fracasso."

27 de agosto de 2019

O novo ministro da Justiça Eugenio Aragão afirma, em entrevista ao Brasilianas, da TV Brasil, que irá ao ar na nesta segunda (4), as 23h, que o país padece da estreiteza da visão penal, simplificadora, deletéria de que todos os problemas do país se resolvem meramente condenando os corruptos; O Brasil padece de uma corrupção sistêmica, diz ele, e não se resolve isso apenas no campo penal; "Tem que se avançar na reforma política, em regras de transparência", defende; ele também diz que um dos grandes problemas institucionais, em sua opinião, é o processo que atravessa o MPF (Foto: Valter Lima)

Da Rede Brasil Atual - Sim. Ex-colegas, porque, a despeito de a Constituição me conferir a vitaliciedade no cargo de membro do Ministério Público Federal, nada há, hoje, que me identifique com vocês, a não ser uma ilusão passada de que a instituição a que pertenci podia fazer uma diferença transformadora na precária democracia brasileira. Superada a ilusão diante das péssimas práticas de seus membros, nego-os como colegas.

Já há semanas venho sentindo náuseas ao ler suas mensagens, trocadas pelo aplicativo Telegram e agora reveladas pelo sítio The Intercept Brasil, num serviço de inestimável valor para nossa sociedade deformada pela polarização que vocês provocaram. Na verdade, já sabia que esse era o tom de suas maquinações, porque já os conheço bem, uns trogloditas que espasmam arrogância e megalomania pela rede interna da casa.

Quando aí estava, tentei discutir com vocês, mostrar erros em que estavam incidindo no discurso pequeno e pretensioso que pululava pelos computadores de serviço. Fui rejeitado por isso, porque Narciso rejeita tudo que não é espelho. E me recusava a me espelhar em vocês, fedelhos incorrigíveis.

A mim vocês não convencem com seu pobre refrão de que “não reconhecem a autenticidade de mensagens obtidas por meio criminoso”. Por muito menos, vocês “reconheceram” diálogo da presidenta legitimamente eleita Dilma Rousseff com o ex-presidente Lula, interceptado e divulgado de forma criminosa.

Seu guru, hoje ministro da justiça de um desqualificado, ainda teve o desplante de dizer que era irrelevante a forma como fora obtido acesso ao diálogo, pois relevaria mais o seu conteúdo. Tomem! Isso serve que nem uma luva nas mãos ignóbeis de vocês. Quem faz coisa errada e não se emenda acaba por ser atropelado pelo próprio erro.

Subiu-lhes à cabeça. Perderam toda capacidade de discernir entre o certo e o errado, entre o público e o privado, tamanha a prepotência que os cega. Não têm qualquer autocrítica. Nem diante do desnudamento de sua vilania, são capazes de um gesto de satisfação, de um pedido de desculpas e do reconhecimento do erro. Covardes, escondem-se na formalidade que negaram àqueles que elegeram para seus inimigos.

Esquecem-se que o celular de serviço não se presta a garantir privacidade ao agente público que o usa. Celulares de serviço são instrumentos de trabalho, para comunicação no trabalho. Submete-se, seu uso, aos princípios da administração, entre eles o da publicidade, que demanda transparência nas ações dos agentes públicos.

Conversas de cunho pessoal ali não devem ter lugar e, diante do risco de intrusão, também não devem por eles trafegar mensagens confidenciais. Se houver quebra de confidencialidade pela invasão do celular, a culpa pelo dano ao serviço é do agente público que agiu com pouco caso para com o interesse da administração e depositou sigilo funcional na rede ou na nuvem virtual.

Pode por isso ser responsabilizado, seja na via da improbidade administrativa, seja na via disciplinar, seja no âmbito penal por dolo eventual na violação do sigilo funcional. Não há, portanto, que apontarem o dedo para os jornalistasque tornaram público o que público devesse ser.

De qualquer sorte, tenho as mensagens como autênticas, porque o estilo de vocês – ou a falta dele – é inconfundível. Mesmo um ficcionista genial não conseguiria inventar tamanha empáfia. Tem que ser membro do MPF concurseiro para chegar a tanto! Umas menininhas e uns menininhos “remplis de soi-mêmes”, filhinhas e filhinhos de papai que nunca souberam o que é sofrer restrições de ordem material e discriminação no dia a dia.

Sempre tiveram sua bola levantada, a levar o ego junto. Pessimamente educados por seus pais que não lhes puxaram as orelhas, vocês são uns monstrengos incapazes de qualquer compaixão. A única forma de solidariedade que conhecem é a de uma horda de malfeitores entre si, um encobrindo ao outro, condescendentes com os ilícitos que cada um pratica em suas maquinações que ousam chamar de “causa”. Matilhas de hienas também conhecem a solidariedade no reparto da carniça, mas, como vocês, não têm empatia.

Digo isso com o asco que sinto de vocês hoje. Sinto-me mal. Tenho vontade de vomitar. Ao ler as mensagens trocadas entre si em momentos dramáticos da vida pessoal do ex-presidente Lula, tenho a prova do que sempre suspeitei: de que tem um quê de psicopatas nessa turma de jovens procuradores, uma deformação de caráter decorrente, talvez, do inebriamento pelo sucesso. Quando passaram no concurso, acharam que levaram o bilhete da sorte, que lhes garantia poder, prestígio e dinheiro, sem qualquer contrapartida em responsabilidade.

Sim, dinheiro! Alguns de vocês venderam sua atuação pública em palestras privadas, em troca de quarenta moedas de prata. Mas negaram ao ex-presidente Lula o direito de, já sem vínculo com a administração, fazer palestras empresariais. As palestras de vocês, a passarem o trator sobre a presunção de inocência, são sagradas. Mas as de Lula, que dão conta de sua visão de Estado como ator político que é, são profanas. E tudo fizeram na sorrelfa, enganando até o corregedor e o CNMP.

Agora, a cerejinha do bolo. Chamam Lula de “safado”, fazem troça de seu sofrimento, sugerem que a trágica morte de Dona Mariza foi queima de arquivo… chamam o luto de “mimimi” e negam o caráter humano àquele que tão odienta e doentiamente perseguem!

Só me resta perguntar: onde vocês aprenderam a ser nazistas? Pois tenho certeza que o desprezo de vocês pelo padecimento alheio não é diferente daqueles que empurravam multidões para as câmaras de gás sem qualquer remorso, escorando-se no “dever para com o povo alemão”. Ao externarem tamanha crueldade para com o ex-presidente Lula, vocês também invocarão o dever para com o Brasil?

Declarem-se suspeitos em relação ao alvo de seu ódio. Ainda é tempo de porem a mão na consciência, mostrarem sincero remorso e arrependimento, porque aqui se faz e aqui se paga. A mão à palmatória pode redimi-los, desde que o façam com a humildade que até hoje não souberam cultivar e empreendam seu caminho a Canossa, para pedirem perdão a quem ofenderam.

Do contrário, a história não lhes perdoará, por mais que os órgãos de controle, imbuídos de espírito de corpo, os queiram proteger. A hora da verdade chegou e, nela, Lula se revela como vítima da mais sórdida ação de perseguição política empreendida pelo judiciário contra um líder popular na história de nosso país. Mais cedo ou mais tarde ele estará solto e inocentado, já vocês…

Despeço-me aqui com uma dor pungente no coração. Sangro na alma sempre que constato a monstruosidade em que se transformou o Ministério Público Federal. E vocês são a toxina que acometeu o órgão. São tudo que não queríamos ser quando lutamos, na Constituinte, pelo fortalecimento institucional. Esse desvio de vocês é nosso fracasso. Temos que dormir com isso.

Eugênio Aragão é jurista e advogado, integrou o Ministério Público Federal de 1987 a 2017 e foi ministro da Justiça em 2016, no governo Dilma Rousseff


Brasil 247

DCM entrevista o governador Flávio Dino




Diário do Centro do Mundo   -   DCM

terça-feira, 27 de agosto de 2019

Gilmar destrói a Lava Jato: que gente ordinária


“É um grande vexame e participamos disso. Somos cúmplices dessa gente. Homologamos delação. É altamente constrangedor", admitiu o ministro do STF, Gilmar Mendes, após as revelações do The Intercept. “A República de Curitiba nada tem de republicana, era uma ditadura completa", completou

27 de agosto de 2019

(Foto: ABr | Senado)

247 - “É um grande vexame e participamos disso", disse o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, reconhecendo que a Corte foi cúmplice do conluio da Lava Jato revelado pelas reportagens do The Intercept.

“Somos cúmplices dessa gente. Homologamos delação. É altamente constrangedor”, acrescentou o ministro.

“A República de Curitiba nada tem de republicana, era uma ditadura completa. (…) Assumiram papel de imperadores absolutos. Gente com uma mente muito obscura. (…) Que gente ordinária, se achavam soberanos”, avaliou Gilmar Mendes, citando a nova reportagem que traz mensagens de procuradores da Lava Jato de Curitiba debochando da morte de familiares do ex-presidente Lula.

Com informações do JOTA.


Brasil 247

Bom dia 247 (27.8.19): Lava Jato ironizou morte de Marisa e luto de Lula




TV 247

Petrobras evacua plataforma em Campos sob risco de afundamento


A Petrobras evacuou um navio plataforma na Bacia de Campos depois de identificar trincas de até 33 metros no casco da embarcação, que provocaram o vazamento de 1,2 mil litros de óleo. A empresa diz que a extensão das trincas está aumentando e que há possibilidade de naufrágio. Drama lembra a P-36, plataforma da empresa que afundou durante o governo FHC.

27 de agosto de 2019


247 - A Petrobras evacuou um navio plataforma na Bacia de Campos depois de identificar trincas de até 33 metros no casco da embarcação, que provocaram o vazamento de 1,2 mil litros de óleo. A empresa diz que a extensão das trincas está aumentando e que há possibilidade de naufrágio. Drama lembra a P-36, plataforma da empresa que afundou durante o governo FHC.

A reportagem do jornal Folha de S. Paulo destaca que "107 pessoas foram retiradas da embarcação, em processo de evacuação iniciado no sábado (24). O Sindicato dos Petroleiros do Norte Fluminense (Sindipetro-NF), chegou a denunciar risco de naufrágio, mas a empresa informou que a embarcação encontra-se em 'equilíbrio estático'."

A matéria ainda lembra que "na noite desta segunda, a petroleira soltou uma nota informando que em um sobrevoo feito pela empresa Modec foi observada a presença de óleo no mar com volume estimado em 6,6 metros cúbicos, além do vazamento identificado."


Brasil 247

Procuradores da Lava Jato ironizaram morte de Marisa Letícia e luto de Lula


Integrantes da Operação Lava Jato ironizaram a morte da ex-primeira-dama, Marisa Letícia, e o luto do ex-presidente Lula. É o que revelam mensagens vazadas pelo site The Intercept, no novo capítulo da Vaza Jato

27 de agosto de 2019

(Foto: REUTERS/Nacho Doce)

247 - Em 24 de janeiro de 2017, Marisa Letícia sofreu um AVC hemorrágico. A internação no hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, é comentada em chat no aplicativo Telegram.


Quando foi confirmada a morte encefálica da ex-primeira-dama, em 3 de fevereiro de 2017, a procuradora da República Laura Tessler, do MPF (Ministério Público Federal) em Curitiba, sugere que Lula faria uso político da perda da mulher. 

Minutos após a confirmação da morte de Marisa Letícia ser noticiada, o tema volta a ser comentado no chat entre os procuradores da Lava Jato. 

Após nota da colunista do jornal Folha de S.Paulo Mônica Bergamo sobre a agonia vivida por Marisa em seus últimos dias de vida ter sido compartilhada no grupo, a procuradora Laura Tessler refuta a possibilidade de o agravamento do quadro da ex-primeira-dama ter acontecido após busca e apreensão na casa dela e dos filhos e condução coercitiva de Lula, determinada pelo então juiz Sergio Moro no ano anterior. "Ridículo... Uma carne mais salgada já seria suficiente para subir a pressão... ou a descoberta de um dos milhares de humilhantes pulos de cerca do Lula", afirma Laura. 

Na mesma conversa, o procurador Januário Paludo, que também integra a força-tarefa da Lava Jato em Curitiba, coloca sob suspeita as circunstâncias da morte de Marisa Letícia. "A propósito, sempre tive uma pulga atrás da orelha com esse aneurisma. Não me cheirou bem. E a segunda morte em sequência", diz ele, sem especificar à qual outra morte se referia. 

A suspeição em relação às circunstâncias da morte da ex-primeira-dama já havia sido exposta por Paludo em 24 de janeiro de 2017, quando Marisa Letícia fora internada. Na ocasião, o chefe da força-tarefa da Lava Jato em Curitiba, Deltan Dallagnol, afirma que Marisa havia chegado debilitada ao hospital. "Um amigo de um amigo de uma prima disse que Marisa chegou ao atendimento sem resposta, como vegetal", afirma Deltan. Paludo reage à frase dizendo: "Estão eliminando as testemunhas". 

Em 4 de fevereiro, o corpo de Marisa Letícia foi velado em São Bernardo do Campo, no ABC Paulista. A fala de Lula na despedida da mulher é compartilhada pela procuradora Laura Tessler no chat. 

Na ocasião, Lula afirmou: "Eles que têm que provar que as mentiras que estão contando são verdade. Então, Marisa, descanse em paz porque esse Lulinha paz e amor vai continuar brigando muito". 

Deltan define a manifestação de Lula como "uma bobagem". "Bobagem total... nguém mais dá ouvidos a esse cara", diz. 

O tema volta ao grupo no dia seguinte, quando o procurador Antônio Carlos Welter diz que "a morte da Marisa fez uma martir [sic] petista e ainda liberou ele pra gandaia sem culpa ou consequência politica". 

A morte de Marisa também foi comentada por outros integrantes do MPF em chats no Telegram. Ainda em 4 de fevereiro, a procuradora da República Thaméa Danelon, da força-tarefa da Lava Jato em São Paulo, critica a participação da procuradora Eugênia Augusta Gonzaga no velório da ex-primeira-dama, o que, para ela, equivaleria a ir ao enterro da "esposa do líder de uma facção do PCC". 

"Olhem quem estava no velório da Ré Marisa Leticia", escreve às 14h07 no grupo Parceiros/MPF - 10 Medidas, ao citar fotografia de Eugênia na cerimônia. Outros procuradores questionam qual seria o problema da presença no velório de Eugênia Gonzaga, que chefiou a Comissão Especial sobre Mortos e Desaparecidos Políticos de 2014 até o começo de agosto. "Acho um desrespeito ao Janot e a todos os colegas envolvidos na LJ. Além disso, demonstra partidarismo. Algo q temos q evitar Apenas isso. Abraços", responde Thaméa às 15h16. Ela se referia a Rodrigo Janot, então procurador-geral da República. "É como um colega ir ai enterro da esposa do líder de uma facção do PCC. No mínimo inapropriado", compara.



Brasil 247

segunda-feira, 26 de agosto de 2019

Boa Noite 247 (26.08.19) - No auge da crise amazônica, Bolsonaro afunda em pesquisa




TV 247

PGR investiga suspeita de ação orquestrada em incêndios na Amazônia


Uma das suspeitas é relacionada ao "dia do fogo", pela qual ruralistas teriam convocado um mutirão para realizar queimadas na Amazônica, a partir de Altamira, no Pará. "Há suspeita de ação orquestrada, há suspeita de uma atuação que foi longamente cultivada para chegar a esse resultado", afirmou Raquel Dodge

26 de agosto de 2019


247 - A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, afirmou nesta segunda-feira (26) que o Ministério Público (MP) investiga suspeitas de que tenha havido uma ação planejada para realizar incêndios criminosos na floresta amazônica. 

Uma das suspeitas é relacionada ao "dia do fogo", onde rualistas teriam convocado um mutirão para realizar queimadas na Amazôniza, a partir de Altamira, no Pará.

"Há suspeita de ação orquestrada, há suspeita de uma atuação que foi longamente cultivada para chegar a esse resultado. E o que nós percebemos da conversa de hoje é que há sinais disso, há elementos que justificam a abertura de inquéritos para investigar e punir os infratores", afirmou Dodge.

"Como resultado da reunião de hoje, estou requisitando a instauração de inquérito para promover a persecução penal daqueles que incentivaram que queimadas fossem adotadas em terras federais e em terras de unidade de conservação federal ao longo da floresta", disse a procuradora.

"O que nós queremos é sincronizar a atuação do Ministério Público brasileiro para que as queimadas e os incêndios cessem e para que os infratores, aqueles que estão cometendo esses gravíssimos crimes de por fogo na floresta sejam identificados e punidos", finalizou.


Brasil 247

Altman: Amazônia queima imagem de Bolsonaro




TV 247

Bom dia 247 (26.8.19): Bolsonaro, "o câncer do mundo"




TV 247

sexta-feira, 23 de agosto de 2019

Bolsonaro fala em reeleição, ataca instituições buscando blindagem e torna Moro um zumbi




Bob Fernandes

Acuado e assustado, Bolsonaro faz pronunciamento e leva panelaço gigantesco


Acuado e assustado com as sanções internacionais, Bolsonaro foi à TV para provocar um dos maiores panelaços já realizados no país e para emitir um discurso protocolar pleno de promessas confusas sobre a devastação da Amazônia. Ele ainda disse: "as queimadas deste ano não [estão] fora da média dos últimos 15 anos"

23 de agosto de 2019


247 - Acuado e assustado com as sanções internacionais, Bolsonaro foi à TV para provocar um dos maiores panelaços já realizados no país e para emitir um discurso protocolar pleno de promessas confusas sobre a devastação da Amazônia. Ele ainda disse: "as queimadas deste ano não [estão] fora da média dos últimos 15 anos"

A reportagem do jornal Folha de S. Paulo informa que Bolsonaro "evitou atacar diretamente autoridades europeias [...] defendeu serenidade e disse que 'espalhar dados e mensagens infundadas dentro ou fora do Brasil não contribui para resolver o problema'."

Ele disse: "incêndios florestais existem em todo o mundo e isso não pode servir de pretexto para possíveis sanções internacionais. O Brasil continuará sendo, como foi até hoje, um país amigo de todos e responsável pela proteção de sua floresta amazônica."


Brasil 247

Por onde anda o general Mourão?




TV GGN

quinta-feira, 22 de agosto de 2019

Exclusivo: Entrevista de Lula à TV 247




TV 247

Nova bomba da Vaza Jato: Dallagnol protegeu os bancos e foi dar palestras na Febraban


Novos trechos da Vaza Jato divulgados pelo The Intercept e El País, mostram que os procuradores da Lava Jato de Curitiba preferiram buscar acordos a investigar acusações contra as instituições financeiras. Enquanto desenhava estratégia, Dallagnol fez palestra na Febraban e secretamente palestrou para banqueiros em evento da XP Investimentos

22 de agosto de 2019

(Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil)

247 - O The Intercept e El País trazem novos trechos da Vaza Jato que mostram que os procuradores de Curitiba preferiram buscar acordos a investigar acusações contra as instituições financeiras. Enquanto desenhava estratégia, Dallagnol fez palestra na Febraban e secretamente palestrou para banqueiros em evento da XP Investimentos.

Na véspera da palestra para a Febraban, o procurador Deltan Dallagnol manifestou em mensagem preocupação sobre a atuação do setor bancário. “Estou preocupado com relação aos nossos passos em relação aos bancos”, escreve ele no chat Filhos do Januario 3. “Eu acho que eles vão se mover e vão mudar nosso cenário, via lei ou regulação (coaf, febraban…). São muito poderosos”, disse. 

Em 17 de outubro de 2018, Deltan deu uma palestra paga pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban) sobre prevenção e combate a lavagem de dinheiro, recebendo R$ 18.088 líquidos. O valor é quase o que ganhou naquele mês inteiro de trabalho: R$ 22.432 de salário líquido, segundo o Portal da Transparência. 

Antes disso, em maio, ele havia negociado uma palestra para CEOs e tesoureiros de grandes bancos brasileiros e internacionais, organizado pela XP Investimentos. O evento foi secreto e teve como tema "Lava Jato e eleições. O The Intercept já havia mostrado que ele previa faturar 400.000 reais com livros e palestras em 2018. 

“O Banco, na verdade os bancos, faturaram muuuuuuito com as movimentações bilionárias dele”, disse o procurador Roberson Pozzobon em outra troca de mensagens com seus colegas em 16 de outubro do ano passado. Pozzobon se refere às movimentações financeiras do empresário e lobista Adir Assad, condenado por lavagem de dinheiro, acusado de envolvimento em diversos escândalos de corrupção. 

Confira a íntegra no El País.


Brasil 247

Brasil está virando um grande México




TV GGN

Bom dia 247 (22.8.19). Bolsonaro: depois das chamas, a CPMF





TV 247

Mais um Nobel da Paz diz que Lula é preso político


O ex-presidente do Timor-Leste e vencedor do prêmio Nobel da Paz de 1996, José Ramos-Horta, afirma que Lula é um preso político. Ele diz: "em qualquer outro país, seja nos Estados Unidos, na Europa, Austrália, até em meu país, o Timor Leste, as revelações do The Intercept teriam provocado a resignação de todos os que estiveram manipulando o processo de Lula, e o tribunal teria mandado arquivar o processo”

21 de agosto de 2019

José Ramos-Horta: Lula não foi julgado conforme o 'rigor internacional'

Da Rede Brasil Atual - Ex-presidente de Timor-Leste e vencedor do Prêmio Nobel da Paz, em 1996, José Ramos-Horta não tem dúvida de que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva é um preso político. Para ele, as reportagens publicadas pelo site The Intercept Brasil e outros veículos da mídia comercial provam que todo o processo que levou à prisão de Lula foi movido por perseguição política. Diz ainda que o ex-juiz e atual ministro da Justiça, Sergio Moro, violou os princípios éticos, a independência e a integridade do Judiciário.

“Em qualquer outro país, seja nos Estados Unidos, na Europa, Austrália, até em meu país, o Timor Leste, as revelações do The Intercept teriam provocado a resignação de todos os que estiveram manipulando o processo de Lula, e o tribunal teria mandado arquivar o processo”, afirmou Ramos-Horta, em entrevista exclusiva para o Jornal Brasil Atual, edição da tarde.

Ramos-Horta avalia que o processo e a consequente prisão de Lula tiveram a intenção de tirá-lo das eleições à Presidência da República, em 2018. “Porque senão, ele ganharia”, acredita, destacando que o ex-presidente sempre foi muito respeitado em todo o mundo. “Lula foi uma figura internacional muito popular, muito respeitada por todos. Foi figura muito respeitada no Banco Mundial e no FMI. Foi uma pessoa que colocou o Brasil na estratosfera.”

O ex-presidente de Timor Leste ainda lembrou que, no governo de Lula, o Brasil chegou a ser elogiado pelo Banco Mundial e pela Organização das Nações Unidas (ONU) por ter a melhor política de erradicação da pobreza, e também enfatizou a aprovação de cerca de 80% de Lula quando deixou a presidência da República, em 2010.
Nobel

Vencedor do Prêmio Nobel da Paz, em 1996, José Ramos-Horta explicou que o comitê norueguês, que elege o ganhador do prêmio, atua sob sigilo e não aceita pressões. “O comitê trabalha em segredo absoluto, portanto, é impossível dizer com previsibilidade quem o comitê Nobel vai contemplar esse ano. E o comitê Nobel não gosta de pressões, não aceita lobby. A decisão é apenas e exclusivamente pelo mérito do candidato”, explicou. O ex-presidente Lula é um dos indicados ao Prêmio Nobel deste ano.
Meio Ambiente

Na entrevista para a Rádio Brasil Atual, Ramos-Horta destaca que o Timor Leste é signatário do Acordo de Paris e honra o que foi acordado, assim como também cumpre todos os tratados de direitos humanos já assinados. “Nós somos orgulhosos neste sentido, e também nos consideramos co-responsáveis pela proteção do meio ambiente em todo o mundo, porque todos somos cidadãos do planeta e temos obrigação de preservar as florestas, rios, lagos e mares.”

Reconhecido por uma vida dedicada a defesa dos direitos humanos, o ex-presidente de Timor Leste diz que qualquer governo, em qualquer país do mundo, que viola a Declaração Universal dos Direitos Humanos, incita o ódio e o racismo, a exclusão social ou a discriminação contra qualquer ser humano, não pode ter apoio. “Seja o Brasil, os Estados Unidos de Donald Trump, a Coreia do Norte ou qualquer outro país.”



Brasil 247

quarta-feira, 21 de agosto de 2019

Dilma: Condenação de Haddad é uma sandice jurídica


"Desde o golpe o Brasil assiste a condenações sem provas por crimes que não foram cometidos. Agora, Haddad foi condenado por um crime que não cometeu e do qual sequer foi acusado. Uma sandice jurídica. Haddad é alvo de perseguição por ter feito 47 milhões de votos no ano passado", afirmou a presidente deposta pelo golpe de 2016, Dilma Rousseff

21 de agosto de 2019


247 - A presidente deposta pelo golpe de 2016, Dilma Rousseff, bateu duro no Judiciário pela condenação do ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad por falsidade ideológica na eleição municipal de 2012. Ainda cabe recurso da decisão.


"Desde o golpe o Brasil assiste a condenações sem provas por crimes que não foram cometidos. Agora, Haddad foi condenado por um crime que não cometeu e do qual sequer foi acusado. Uma sandice jurídica. Haddad é alvo de perseguição por ter feito 47 milhões de votos no ano passado", escreveu Dilma no Twitter.

Hadda repudiou a decisão. "Levei quatro anos da minha vida para provar que o Ricardo Pessoa [ex-presidente da UTC] havia mentido na delação dele. O juiz afastou essa acusação. E o que ele fez? Me condenou por algo de que não fui acusado", declarou Haddad, segundo a coluna Painel, da Folha.

De acordo com o Segundo o juiz Francisco Carlos Inouye Shintate, da 1ª Zona Eleitoral, a UTC Engenharia doou R$ 2,6 milhões não contabilizados à campanha de Haddad. O promotor eleitoral Luiz Henrique Dal Poz, responsável pela acusação, escreveu que Haddad "deixou de contabilizar valores, bem como se utilizou de notas inidôneas para justificar despesas".


Desde o golpe o Brasil assiste a condenações sem provas por crimes que não foram cometidos. Agora, Haddad foi condenado por um crime que não cometeu e do qual sequer foi acusado. Uma sandice jurídica. Haddad é alvo de perseguição por ter feito 47 milhões de votos no ano passado.




Brasil 247