sexta-feira, 31 de dezembro de 2021

Lenio Luiz Streck: "Não olhe para a Constituição": o "filme" do negacionismo do Direito


Em sua última coluna de 2021 para o Consultor Jurídico, o jurista Lenio Luiz Streck manda um recado: não existe democracia sem garantias processuais

31 de dezembro de 2021

Lenio Streck defende resistência constitucional contra conluio de juízes e promotores (Foto: OAB)


Conjur - "Há um filme novo na praça: Não Olhe para Cima, do diretor Adam McKay, que nos joga na cara — ou nos dá um pontapé no estômago — os tempos negacionistas e estúpidos que vivemos.

O filme? Sem spoiler, cientistas descobrem um cometa que destruirá a terra. Sabem até o dia e a hora. Mas como contar isso ao mundo para que autoridades, mídia e a malta levem a hecatombe a sério? Como Cassandra deixa de ser?

Em tempos de narrativas, um cometa real, do tamanho do Everest, é transformado em meme. O caos vira brincadeira tik tok. Bem assim. Pior: como que a provar o acerto do filme, muitos néscios interpretam o filme como se desse razão aos negacionistas. Incrível. Uma espécie de "Roger-a-Gente-Somos-Inútil-Effect".

Como na vida real, tudo pode ser transformado em mercadoria, em laiques, em produto de influencers. Nota: aqui completo dez linhas. Quem não consegue ler mais do que isso, já antecipo um Feliz Ano Novo.

Para os demais, sigo. O sujeito está caindo sem paraquedas, é avisado disso e responde: "— isso é na sua opinião". A distopia de MacIntyre foi captada por McKay. O Know Nothing (Saber Nenhum) venceu.

Os negacionistas, mesmo diante dos dados científicos sobre o cometa assassino de planetas, dão a seguinte solução: "não olhe para cima". Pronto. Solucionado está. O que os olhos não veem, o cometa derruba. Mas é só não ver.

Vejam: há os cientistas que descobriram o cometa; e há os que pegaram carona na descoberta... Há os que vasculham telescópios; há os que não vasculham. Mas falam que vasculham. Enfim, como na vida real. No Direito também é assim.

Eis os tempos em que vivemos. O diretor do filme pegou bem o busílis. Pandemia? Aha, não vem como esse papo. Comprar vacina? Não, vamos usar cloroquina. Cloriquejandices.

Aliás, no filme, em vez de tentarem destruir o cometa (vacina), o maior empreendedor do mundo "convence" o governo de que ele pode resolver tudo com Inteligência Artificial (kit cloroquina). Pois é. Há ecos em outras áreas... Algo como o "FATOR NAVAH": em hebraico antigo, significa "dar existência a coisas que não existem" (e tornar inexistentes coisas que existem). Antes de Platão, ali já estava a denúncia de ficções e coisas fake.

Ciência? Para quê? Mais ou menos como os negacionismos no Direito. Por que um terraplanista não vai até a borda do mundo e tira foto para demonstrar sua tese? Simples: É que o terraplanista prefere ficar fazendo narrativas. Vive disso. Porque não há a realidade que diz que há. Se dois jornalistas discutem se está chovendo, cada um escreve seu texto. Mesmo que ambos saiam para verificar, um deles, molhado, volta e diz: "— A chuva é uma questão de opinião". Lembram de um jornalista quem disse que sete votos do STF não eram sete votos? Nem a matemática resiste ao narrativismo. Outra nota: para quem assistir o filme Não Olhe Para Cima, vai um aviso: depois dos letreiros, tem uma cena magnífica que ilustra isso que estou dizendo...!

Assim é no Direito. O meio ambiente vai sendo degradado. Bernd Rüthers denuncia isso com o nome de "degeneração". Mas o que importa é a narrativa. As prisões estão lotadas. Mas não adianta mostrar as prisões. A narrativa cobre tudo. Solução: vamos endurecer as leis. Em vez de investir na educação, aumentemos o orçamento das forças policiais. Não olhe para a Constituição. Não olhe para a educação. Olhe o programa do Datena. E do Ratinho. Tem que prender mais, matar mais. Porque sim. Dane-se a CF. Dane-se a Lei de Hume. Tiremos nossos "deve" de um "é". E não olhemos para cima.

Não olhe para a democracia — é filigrana (sic) — e para o Estado Democrático de Direito (só é bom se me serve; algo como a prescrição). Olhe para as redes sociais que querem a ditadura. Não olhe para livros complexos que tratam do Direito. Não "olhe" textos com mais de dez linhas. Olhe coisas tik tok. Olhe para os textos curtinhos que dizem que "garantias processuais são patologias". Isso dá laiques.

Do mesmo modo, lanço aqui um desafio. Todo o sujeito que estudou direito minimamente (mesmo que seja na faculdade do balão mágico) e que tenha alguma vez assumido a defesa de um algum cliente (mesmo sendo um parente chato e pro bono) está desafiado a mostrar sua petição ou a defesa que vez para seu cliente. Se não usou as técnicas processuais (preliminares de competência, prescrição, decadência, etc, alegação de ilicitude probatória, testemunha inidônea, parcialidade do juiz, negativa de autoria, exceção da verdade, etc) das duas uma: ou é um advogado charlatão que "entregou" seu cliente ou o processo, se criminal, foi declarado nulo (réu sem defesa). Tertius non datur.

Um Direito sem processo (tão odiado ultimamente) é como um médico que quer tratar seus pacientes com frutas e verduras... para doenças que exigem... antibióticos. Vacinas? São fruto de conspiração. Um cometa vem arrasar a terra? Isso é na sua opinião. Não olhe para cima. Não olhe para a ciência.

"— Não olhe para a Constituição, para o procedimento, para as garantias". O problema é que, quando for você precisando delas, talvez o cometa já tenha chegado.

Um recado para professores de Direito, bacharéis, jornalistas e jornaleiros: não existe democracia sem garantias processuais. No mundo todo. E, atenção: isso não é assim por que é minha opinião. Não. Isso é científico.

Feliz Ano Novo. Olhe para 2022. Sem negar o que passou. Marcando na paleta os sacanas de 2021, 2020, 2019... etc.


Consultor Jurídico   -   Brasil 247

quinta-feira, 30 de dezembro de 2021

QUE VENHA 2022, O ANO DA VERDADE PARA OS BRASILEIROS I AFINANDO A NOTÍCI...




TV GGN

Luiz Melodia - Show Completo (DVD Ao Vivo Convida)




Luis Melodia




Giro das 11 - Enchentes na Bahia: Indiferente, Bolsonaro recusa ajuda da...




TV 247

BOM PARA TODOS! O imenso passado deixado por Moro, com Lenio Streck



BOM PARA TODOS   -   TVT

YOUSSEF, DIAS E MORO I SUSPEITAS NAS LICITAÇÕES MILITARES I TVGGN 20H (2...



TV GGN

"Vil e repugnante", diz Flávio Dino, após Bolsonaro recusar ajuda argentina à Bahia


Governador do Maranhão indignou-se com o desprezo de Jair Bolsonaro às vítimas das enchentes

30 de dezembro de 2021

Flávio Dino (Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)


247 – O governador do Maranhão, Flávio Dino, do PSB, reagiu com indignação à decisão do governo federal de recusar a ajuda argentina às vítimas das enchentes na Bahia. Ele defendeu ainda que Justiça anule mais uma "decisão imoral", tomada por Jair Bolsonaro. Confira e saiba mais:

De férias na praia, Jair Bolsonaro mostrou mais uma vez indiferença com o drama da população do sul da Bahia vitimada por enchentes. Seu governo recusou nesta quarta-feira (29) o apoio oferecido pela Argentina às vítimas das fortes chuvas que atingem a Bahia nos últimos dias. A informação é do governo do estado.

Em nota, o governo da Bahia informa: "O país vizinho pretendia enviar imediatamente ao sul da Bahia uma missão com profissionais especializados nas áreas de água, saneamento, logística e apoio psicossocial para vítimas de desastres."

O governador Rui Costa agradeceu em suas redes sociais a oferta de ajuda humanitária e pediu celeridade ao governo federal para autorizar a missão internacional.

Indiferente a essa tragédia, o governo Bolsonaro apenas agradeceu formalmente em documento oficial a proposta argentina e informou que a situação na Bahia está sendo enfrentada.


Brasil 247

Bolsonaro demonstra desprezo à vida humana, diz Rui Costa, governador da Bahia


Bolsonaro permanece na praia e ignora a tragédia na Bahia. Governador critica o titular do Planalto por não ir ao estado em meio a enchentes

30 de dezembro de 2021

Rui Costa e Jair Bolsonaro (Foto: Camila Souza/GOVBA | Reuters)


247 - "O presidente durante toda a sua gestão demonstrava desprezo em relação à vida humana (...) Ele não demonstra nenhum sentimento em relação à dor do próximo", afirmou o governador.

O governador Rui Costa (PT) diz em entrevista à Folha de S.Paulo que o enfrentamento às chuvas que assolam o estado e já causaram ao menos 24 mortes é o maior desafio de sua gestão. As enchentes destruíram estradas, inutilizaram estoques de medicamentos e vacinas e deixaram mais de 90 mil pessoas desabrigadas ou desalojadas.

Questionado pelo jornal se aguardava a visita de Jair Bolsonaro, Rui Costa respondeu que não tinha essa expectativa.

Ele estima que os recursos necessários para recuperar o estado cheguem a R$ 1,5 bilhão e espera que o governo federal possa ajudar com valores significativos.

O governador disse ainda que o estado tem enfrentado a situação e vem tentando mitigar as consequências das enchentes com a mobilização de recursos próprios e a ajuda de outros estados e ressalta que o governo federal não tem nenhuma estrutura de ajuda aos estados para desastres. "Os helicópteros do Exército, da Marinha, são completamente inadequados para esse tipo de coisa. São helicópteros para a guerra, não para sobrevoar áreas urbanas. Um helicóptero daquele tamanho, quando baixa a uma altura mais reduzida, arranca as telhas, é um desastre".

Rui Costa destaca que Jair Bolsonaro durante toda a sua gestão demonstrava desprezo em relação à vida humana. "Durante três anos, em nenhum momento, em nenhum outro desastre, na pandemia, ou em qualquer situação que significasse prestar solidariedade à vida humana ele fez qualquer gesto. É um presidente que não demonstra nenhum sentimento em relação à dor do próximo".

"O mínimo que qualquer presidente pode fazer é dirigir uma palavra de conforto ao seu povo num momento de sofrimento", acrescenta, criticando o ocupante do Palácio do Planalto por não se preocupar em fazer nem isso.


Brasil 247

Merval se rende e prevê volta de Lula em primeiro turno após desastre bolsonarista


Colunista do Globo já aponta cenário de retorno do ex-presidente, em razão do "comportamento psicótico" de Bolsonaro

30 de dezembro de 2021

Merval Pereira e Lula (Foto: Ricardo Stuckert | Reprodução)


247 – "A insensibilidade do presidente Bolsonaro diante do sofrimento alheio, quando ele é difuso, é sinal de que é incapaz de compreender o alcance do papel de um presidente da República, que chegou aonde chegou pelo voto dos cidadãos, e não por escolha divina. Bolsonaro é capaz de comover-se com a morte de um rapper conhecido por fazer 'funk de direita' ou de um militar no exercício de sua função, mas é incapaz de homenagear um grande artista nacional que seja de esquerda ou simplesmente adversário de sua maneira de ver o mundo.
 
Para ele, existem apenas os que são seus apoiadores ou os adversários, não há brasileiros como coletividade, todos os que deveriam estar representados por ele como presidente. Não viajar para a Bahia diante da catastrófica inundação que deixou milhares de desabrigados e mais de 20 mortos, para passear de jet ski no sul do país, é mais um desses episódios que demarcam sua psicótica personalidade", escreve o jornalista Merval Pereira, um dos grandes fomentadores do antipetismo, em sua coluna no Globo.

"A cada atitude dessas, Bolsonaro une a maior parte dos que votaram nele para se livrar do PT na direção contrária, transformando o antipetismo que o levou ao poder numa reação que poderá levar Lula à Presidência logo no primeiro turno, pois se mostrou durante seu desgoverno uma solução pior que aquela que ele representava quando foi eleito.
 
A anticorrupção, grande motor para levá-lo à eleição, já não se mostra suficiente para evitar o PT, pois o bolsonarismo transformou-se num nicho radicalizado que não justifica um voto útil contra Lula ou a esquerda", admite. "O maior eleitor de Lula é o fracasso do governo de Bolsonaro", finaliza.


Brasil 247

segunda-feira, 27 de dezembro de 2021

Federações partidárias: a grande novidade na política brasileira



TV 247




Hildegard Angel ironiza miopia política de Simone Tebet


Presidenciável do MDB, Simone Tebet diz que "ninguém imaginava" que Bolsonaro seria o pior presidente da história

27 de dezembro de 2021

Hildegard Angel e Simone Tebet (Foto: Ederson Casartelli | Pedro França/Agência Senado)


247 - A jornalista Hildegard Angel usou suas redes sociais nesta segunda-feira (27) para ironizar uma declaração da senadora Simone Tebet, presidenciável do MDB.

De acordo com Tebet, "ninguém imaginava" que Bolsonaro seria o pior presidente da história.

“Ela disse: ‘ninguém pensava que Bolsonaro poderia namorar com o autoritarismo, ameaçar as instituições democráticas, pregar o ódio contra as minorias e fazer gestão tão ruim’. Ninguém quem, Pedro Bó?”, ironizou a jornalista.

Saiba mais

A senadora Simone Tebet (MDB-MS) demonstrou falta de capacidade para ser presidente da República, em entrevista ao jornal português Diário de Notícias. "Ninguém imaginava que Bolsonaro seria o pior presidente da história", disse ela. Como Bolsonaro exaltava torturadores e nunca fez nada de último nas quase três décadas em que esteve no Congresso Nacional, a declaração apenas comprova a falta de discernimento da senadora.

"Ninguém podia imaginar uma gestão tão ruim, nem que o presidente Bolsonaro pudesse entrar para a história como o pior presidente da história do Brasil. Ninguém imaginava que ele poderia namorar com o autoritarismo ou ameaçar as instituições democráticas e tentar mudar todo o pensamento de uma geração com o discurso de ódio contra as minorias", disse ainda.

Ao ser questionada sobre seu voto em 2018, no exaltador de torturadores ou no professor universitário Fernando Haddad, ela desconversou. "Eu não costumo declarar voto, então não vou dizer em quem votei, nem em quem votaria no ano que vem se eu não for para a segunda volta. Acho que o voto é secreto, acredito que é uma escolha pessoal e como pré-candidata eu creio que tenho condições de estar na segunda volta contra um dos dois candidatos que hoje se apresenta nas pesquisas como majoritário", afirmou.


Brasil 247

sexta-feira, 24 de dezembro de 2021

Servidores da Receita no Carf fazem renúncia coletiva e chega a 635 número de auditores que entregam cargos


De acordo com o Sindifisco Nacional, a renúncia coletiva deve paralisar o julgamento de recursos no grupo que é conhecido como o 'tribunal' da Receita Federal

23 de dezembro de 2021

Fachada da Receita Federal (Foto: Agência Brasil)


247 - Servidores da Receita Federal que atuam como conselheiros e especialistas no Carf (Conselho Administrativo de Recursos Fiscais) endossaram os protestos contra os cortes no Orçamento e decidiram apresentar uma renúncia coletiva nesta quinta-feira (23).

De acordo com o Sindifisco Nacional (Sindicato dos Auditores Fiscais da Receita Federal), a renúncia coletiva deve paralisar o julgamento de recursos no Carf, que é uma espécie de tribunal da Receita. Ainda segundo o sindicato, 44 servidores que integram órgão aderiram ao movimento e que "o número deve subir" durante o dia.

Com isso, subiu para 635 o número de auditores da Receita Federal que entregaram cargos de chefia no órgão, segundo o Sindicato. Nesta quarta, eram cerca de 500 de chefes de Operação que deixaram os postos após o corte no Orçamento de 2022.


Brasil 247

Nicolelis defende interdição de Queiroga e questiona quantas crianças terão de morrer


"Ministro da Saúde tem que ser interditado/demitido depois de uma das declarações mais absurdas na história da medicina ", disse o neurocientista

24 de dezembro de 2021

(Foto: Felipe L. Gonçalves/Brasil247 | ABr)


247 - O médico e neurocientista Miguel Nicolelis, professor da Universidade de Duke, nos Estados Unidos, usou as redes sociais para defender a demissão do ministro da saúde, Marcelo Queiroga, em função de sua atitude em protelar a vacinação de crianças contra a Covid-19.

“Onde estão as instituições brasileiras? Como é possível que nenhuma se manifeste? Ministro da Saúde tem que ser interditado/demitido depois de uma das declarações mais absurdas na história da medicina brasileira! + de 300 crianças mortas! Quantas crianças mais vão ter que morrer?", postou Nicolelis.

A postagem vem na esteira da decisão de Queiroga em abrir uma consulta pública sobre vacinação infantil, apesar do parecer técnico-científico da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) recomendar a imunização. Ele também minimizou os riscos para esta faixa etária ao afirmar “que não é preciso decidir com urgência sobre a vacinação do grupo”.

Apesar da reticência do Ministério da Saúde em autorizar a vacinação infantil, a Covid-19 matou uma criança com idades entre 5 e 11 anos a cada dois dias no Brasil desde o início da pandemia. Ao todo, foram registrados 6.163 casos e 301 óbitos nesta faixa etária até o dia 6 de dezembro.


Brasil 247

Zanin: protelar vacinação de crianças é repulsivo e inconstitucional


"Protelar a vacinação das crianças é algo repulsivo e inconstitucional (CF, art. 196)", postou o advogado Cristiano Zanin Martins nas redes sociais

24 de dezembro de 2021

(Foto: Felipe L. Gonçalves/Brasil247 | ABr)


247 - O advogado do ex-presidente Lula, Cristiano Zanin Martins, usou o Twitter para afirmar que a protelação da aplicação de vacinas contra a Covid-9 em crianças, como vem sendo feito pelo governo Jair Bolsonaro, é um ato “repulsivo” e "inconstitucional". “Protelar a vacinação das crianças é algo repulsivo e inconstitucional (CF, art. 196)”, escreveu Zanin na rede social.

O artigo 196 da Constituição destaca que “a saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação”.

Nos últimos dias, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou o uso do imunizante produzido pela Pfizer em crianças com idades de 5 a 11 anos. Logo após aprovação, Jair Bolsonaro se posicionou contra a vacinação desta faixa etária e ameaçou divulgar o nome dos servidores do corpo técnico da Anvisa.

O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, disse que é preciso cautela quanto ao assunto e abriu uma consulta pública para debater o assunto. Ele também disse que, caso a vacinação seja aprovada pela pasta, as crianças somente poderão ser imunizadas mediante prescrição médica.


Brasil 247

quarta-feira, 22 de dezembro de 2021

PT recupera força e é o partido com o qual 28% dos brasileiros mais se identificam, aponta Datafolha


MDB e PSDB aparecem em seguida, ambos com 2%

22 de dezembro de 2021

(Foto: Ricardo Stuckert)


247 - A última pesquisa Datafolha, divulgada no domingo (29), aponta que o PT é o partido político com o qual os brasileiros mais se identificam. De acordo com o levantamento, esta identificação alcança 28% da população. Em seguida, estão o MDB e o PSDB, ambos com 2%.

 PL, PSOL e PDT aparecem com 1% e o PSL não pontuou.

A identificação partidária da população com o PT vem crescendo desde abril de 2019, quando 14% dos brasileiros se identificavam com a legenda, e se intensificou após a farsa da Lava Jato vir à tona. Em julho do mesmo ano, o índice subiu para 17% e permaneceu estável em agosto. Em julho deste ano, segundo a pesquisa, 22% da população afirmava sua identificação com a legenda progressista. Este percentual cresceu um ponto em agosto até alcançar 28% em dezembro.


A identificação partidária vai ao encontro dos dados que apontam que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva lidera com folga a corrida presidencial de 2022 e pode ser eleito já no primeiro turno, com 48% dos votos válidos contra 42% da soma de todos os demais candidatos.

A pesquisa foi realizada entre os dias 13 e 16 de dezembro com 3.666 pessoas com mais de 16 anos, presencialmente em 191 cidades do país. A margem de erro é de dois pontos para mais ou menos.


Brasil 247

terça-feira, 21 de dezembro de 2021

domingo, 19 de dezembro de 2021

Bom dia 247, com Attuch, Rodrigo e Florestan (19.12.21)



TV 247

Franklin Martins, ex-ministro, fala sobre chapa Lula-Alckmin, 3ª via e c...



TV Forum



🔥 BANESTADO FOI ABAFADO PARA PROTEÇÃO DO PSDB, diz Requião ✂ TVGGN



TV GGN

EM GRANDE INCERTEZA, CHILE ELEGE PRESIDENTE NESTE DOMINGO


Publicado em 18 de dezembro de 2021

Foto: Patricia Faermann/Outubro de 2019


Jornal GGN – Em grandes incertezas, o Chile espera o seu futuro, no segundo turno das eleições presidenciais deste domingo, 19 de dezembro, que decidem entre o projeto da ultra-direita e aquele que poderá interromper o modelo neoliberal político do país latino-americano.

A disputa acirrada está entre o candidato da esquerda, o ex-líder estudantil e deputado Gabriel Boric (Apruebo Dignidad, com apoio da coalizão da esquerda) e o oponente da ultra-direita José Antonio Kast (Partido Republicano, da Frente Social Cristã), apelidado no país como o “Bolsonaro chileno”.

A incerteza ocorre porque, apesar de Boric aparecer como o favorito das últimas pesquisas eleitorais, a diferença entre os dois adversários foi diminuindo ao longo das últimas semanas e há significativa parcela da população ainda sem decisão. No Chile, há um prazo anterior à votação durante o qual é proibida a divulgação das intenções eleitorais. Esse prazo terminou no dia 4 de novembro, quando foi publicado o último resultado.

Contudo, diversos jornais locais noticiaram ter obtido os resultados dos levantamentos das semanas posteriores. No que seria o último, realizado no dia 10 de dezembro, o candidato da esquerda soma 39% das intenções de voto contra 36% do candidato da extrema direita. Além da diferença apertada, de apenas 3 pontos percentuais, um dado preocupante é que 25% dos entrevistados afirmavam ainda não saber em quem votar.

Assim, no país em que as eleições não são obrigatórias, os dois candidatos centralizaram todos os esforços de campanha nesta semana, cientes de que o próximo presidente do país deverá sair do resultado do “voto a voto” dos últimos dias.

Os últimos dias

Com esse cenário, alguns fatores marcaram a semana das urnas: a intensificação das campanhas nas redes, com o aumento da mobilização de artistas e intelectuais a favor de Gabriel Boric; da mesma forma, a intensificação dos ataques de Kast e seus apoiadores ao candidato da esquerda, com a disseminação de informações pessoais e Fake News; e notícias que prejudicaram os respectivos projetos e, ao mesmo tempo, fortaleceram posições.

Principalmente duas notícias foram as que dominaram as manchetes do país: a primeira, apoiadores de Kast propagandizaram a denúncia de uma jovem contra Boric por assédio; a segunda, a viúva do ditador Augusto Pinochet morreu aos 99 anos, com impunidade.

Apesar de temporariamente enfraquecer a imagem do candidato da esquerda, poucas horas foram necessárias para rebater os apoiadores de Kast. A própria jovem emitiu um comunicado afirmando que o deputado havia pedido desculpas a ela, que a campanha de Jose Antonio Kast “se aproveitou de maneira inescrupulosa e violenta” da situação e que seu voto para este domingo se mantinha em Boric.

Já o segundo episódio dominou o noticiário desta quinta-feira (16): Lucia Hiriart, viúva de Pinochet e que mantinha forte influência sobre a política do ditador, morreu aos 99 anos, com uma fortuna acumulada do general, sem nunca ter sido responsabilizada.

Além da reação geral, com comemorações e condolências, a notícia reascendeu em parte da população a luta que os levou a protestar naqueles históricos últimos meses de 2019 e que foram responsáveis pelo país, hoje, estar discutindo uma nova Constituição que colocará fim à atual, herdada do golpe militar, explicitadamente defendido por Kast.

Se confirmada a última pesquisa eleitoral, com pequena maioria a Boric, os exatamente um quarto da população apta a votar que ainda não se decidiram poderão determinar a resposta final e serem responsáveis por eleger o próximo presidente do Chile.


GGN

sábado, 18 de dezembro de 2021

Esquerda prepara federação, 3ª via se espalha e Ciro fica isolado


Com estratégias distintas, todas as correntes tentam vencer resistências internas e ampliar leque de alianças para 2022

18 de dezembro de 2021

(Foto: Reprodução)


Metrópoles - Com movimento totalmente inverso ao adotado pela chamada 3ª via, que lançou mais de uma dezena de nomes à Presidência da República, os partidos de esquerda sinalizam para um plano de junção em torno da candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no próximo ano.

Nesse quadro de estratégias distintas para a eleição presidencial de 2022, o ex-governador do Ceará Ciro Gomes (PDT) tem ficado cada vez mais isolado. O obstáculo comum a todos os candidatos é a necessidade de vencer resistências, tanto em suas legendas quanto nas eventuais alianças que estão sendo negociadas.


Brasil 247

Prerrogativas - Lava Jato escancarada: o abuso judicial que sempre teve ...




Prerrogativas

Gen. Azevedo no TSE é tutela militar que deve ser repudiada, diz Cristina Serra


Jornalista reconhece nuances no golpismo dos militares, mas condena o ex-ministro da Defesa

18 de dezembro de 2021

General Azevedo e Cristina Serra (Foto: ABr | Reprodução)


247 - Em sua coluna na página 2 da Folha de S Paulo deste sábado a jornalista Cristina Serra enxerga incomum naturalização da tutela militar autoimposta ao Tribunal Superior Eleitoral com a nomeação do general Fernando Azevedo, ex-ministro da Defesa de Jair Bolsonaro, para a diretoria-geral do TSE.

Azevedo, que silenciou no episódio dos tuítes do também general Eduardo Villas-Boas, em 2018, ameaçando o Supremo Tribunal Federal caso liberasse a candidatura presidencial de Lula naquele ano, foi indicado para o cargo no TSE numa articulação entre os ministros José Roberto Barroso, que deixou a presidência do tribunal, e seus dois próximos sucessores no posto, Edson Facchin e Alexandre de Moraes.

"Parcela significativa dos militares não tem feito outra coisa nos últimos anos que não seja política, embora o golpismo deles tenha, de fato, nuances", escreve Serra. "O de Azevedo foi até onde ele conseguiu vergar sua coluna vertebral. Isso, porém, não faz dele um democrata".


Brasil 247

Conheça a casa onde Moro viveu nos EUA, que tem aluguel de R$ 50 mil por mês (vídeo)


“Sergio Moro e Deltan Dallagnol enriqueceram enquanto o Brasil empobreceu”, afirmou o jornalista Joaquim de Carvalho, que, na TV 247, realiza documentário sobre o assunto

17 de dezembro de 2021

(Foto: Reprodução)


247 - O jornalista Joaquim de Carvalho, na TV 247, mostrou gravações de dentro da casa onde o ex-juiz parcial Sergio Moro (Podemos) e sua mulher, Rosângela, moraram enquanto estiveram nos Estados Unidos.

No site da corretora norte-americana Zillow, a casa é indicada com valor de aluguel de US$ 8 mil — quase R$50 mil por mês no câmbio oficial; enquanto o valor da casa é estimado em mais de R$ 15 milhões.

Na TV 247, Joaquim de Carvalho denuncia que Moro, após o julgamento político farsesco contra o ex-presidente Lula (PT) e outras ilegalidades da Lava Jato, “deixou a magistratura vivendo muito melhor do que ele vivia antes”.

“Moro exibe sinais de enriquecimento, de um padrão de vida superior aos seus vencimentos”, destacou o jornalista.

Joaquim também lembrou que Moro recebia da Alvarez & Marsal, uma consultoria norte-americana que administra judicialmente a Odebrecht, que entrou em recuperação judicial depois que foi investigada pela Operação Lava Jato. Isto é, uma empresa que lucra com a falência da empresa brasileira que Moro ajudou a quebrar quando era juiz federal.

“É um caso flagrante de conflito de interesses”, diz Joaquim. “Moro enriqueceu enquanto o Brasil empobreceu”, afirmou.

A TV 247, através do financiamento coletivo na plataforma Catarse, está captando recursos para produzir um documentário sobre o patrimônio das duas principais personalidades da Lava Jato, Moro e o ex-procurador Deltan Dallagnol – que comprou dois apartamentos numa área nobre de Curitiba (PR), que são avaliados, cada um, em cerca de R$ 3 milhões.

“Dallagnol também demonstra que enriqueceu com a Lava Jato”, lembra Joaquim.


Brasil 247

sexta-feira, 17 de dezembro de 2021

Bom dia 247: Lula vence em primeiro turno no Datafolha (17.12.21)



TV 247

Datafolha: Bolsonaro tem o triplo da rejeição de Dilma e FHC


Jair Bolsonaro, em três anos de governo, é o pior presidente avaliado em período equivalente de mandato

17 de dezembro de 2021

(Foto: Sul21)


247 - Pesquisa Datafolha divulgada nesta quinta-feira (16) mostra que Jair Bolsonaro, em três anos de governo, é o pior presidente avaliado em período equivalente de mandato. Ele tem o triplo da reprovação, 53%, que a ex-presidente Dilma (PT) e o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) apresentavam no ano anterior à reeleição.

Ainda que se possa dizer que Bolsonaro teve uma pandemia no meio de seu mandato e que isto poderia ser a causa de tamanha rejeição, Dilma e FHC, à época, também enfrentavam tempos turbulentos.

Em dezembro de 2013, Dilma tentava se recuperar de uma queda histórica de popularidade causada pelas chamadas 'jornadas de junho de 2013', que reivindicavam um rompimento no sistema político. Segundo o ex-ministro Aldo Rebelo, o fato foi provocado por intervenção dos Estados Unidos.

FHC, por sua vez, em 1997, enfrentava os impactos da crise financeira asiática. O tucano ainda tentava se desviar das denúncias de compra de votos para a emenda da reeleição.

"Pelos resultados das últimas pesquisas do Datafolha, a pandemia escancarou aos olhos da opinião pública a inadequação do presidente ao cargo, afastando boa parte dos que o elegeram em 2018 – a maioria dos brasileiros passou a associar atributos negativos à sua imagem", diz texto da Folha de S. Paulo.


Brasil 247

Moro começa a ser abandonado por diferentes setores políticos depois do Datafolha



Opinião nos círculos da oposição e do governo é de que o ex-juiz condenado como suspeito e parcial pelo STF não tem condições de ir adiante na disputa eleitoral de 2022

17 de dezembro de 2021

Sergio Moro (Foto: Ag. Brasil)


247 - O resultado da pesquisa do Datafolha divulgado nesta quinta-feira (16) reforça a previsão de que a disputa da eleição de 2022 será apenas entre Lula, o maior líder popular do país, e Jair Bolsonaro.

No principal cenário apurado pela pesquisa, se a eleição fosse hoje, Lula venceria no primeiro turno. Ele tem 48%, enquanto a soma de votos de todos os outros nomes (Bolsonaro, Moro, Ciro e Doria) chega a apenas 42%. Bolsonaro aparece com 22%, bem atrás de Lula e perdendo para o ex-presidente também no 2º turno, e o ex-juiz suspeito Moro figura com apenas 9%.

Tanto o PT como os governistas avaliam que a pesquisa mostra que Sergio Moro não chegará a lugar nenhum. Eles dizem que quem classifica o ex-juiz como competitivo é apenas ele próprio, setores da mídia e caciques de partidos da centro-direita, informa a coluna Painel da Folha de S.Paulo.


Brasil 247

quinta-feira, 16 de dezembro de 2021

Atlético Mineiro conquista a Copa do Brasil e termina o ano com domínio total no futebol brasileiro

Pela segunda vez na história, o Atlético-MG é campeão da Copa do Brasil

16 de dezembro de 2021

(Foto: Ag. Brasil)


Agência Brasil - Pela segunda vez na história, o Atlético-MG é campeão da Copa do Brasil. Nesta quarta-feira (15), o Galo derrotou novamente o Athletico-PR, desta vez por 2 a 1, na Arena da Baixada, em Curitiba. No duelo de ida, no último domingo (12), os mineiros golearam por 4 a 0 no Mineirão, em Belo Horizonte. A conquista anterior havia sido em 2014.

O feito garantiu aos cofres alvinegros um prêmio de R$ 56 milhões e encerrou um ano inesquecível para o torcedor, marcado também pelo título do Campeonato Brasileiro, que não era festejado há 50 anos. De quebra, os mineiros repetiram o feito que o rival Cruzeiro alcançou em 2003, ao serem campeões dos dois principais torneios do país e do Estadual na mesma temporada.

O atacante Hulk, por sua vez, finalizou a primeira temporada completa dele no futebol brasileiro como o artilheiro do país, com 36 gols, ficando à frente de Gabriel Barbosa, do Flamengo, que balançou as redes uma vez a menos. O 35º gol, que desempatou a disputa do atleticano com o camisa 9 rubro-negro, abriu o marcador no jogo de ida da final.

A partida começou com divididas bruscas de ambos os lados e muita discussão. Com postura mais agressiva, até pela necessidade de tirar quatro gols de diferença no placar agregado (isso para levar o duelo aos pênaltis), o Athletico-PR balançou as redes aos 19 minutos. O meia Léo Cittadini cruzou pela direita e Pedro Rocha concluiu para o gol. O árbitro de vídeo (VAR), porém, viu toque de mão do atacante. O árbitro Anderson Daronco acabou anulando o lance.

Para dificultar a missão dos anfitriões, o Atlético-MG abriu o placar cinco minutos depois. O atacante Eduardo Vargas puxou contra-ataque e abriu na direita com o meia Matías Zaracho, que cruzou rasteiro para o atacante Keno mandar para as redes. O segundo quase saiu aos 29 minutos, com Hulk. O camisa 7 fez boa jogada na direita e tocou por cobertura, na saída do goleiro Santos. A bola foi rente à trave direita rubro-negra.

Na etapa final, o Furacão se lançou ao ataque atrás de um milagre. Aos dez minutos, Vinicius Mingotti (que substituiu Renato Kayzer, que deixou o campo lesionado no primeiro tempo) foi lançado na área, girou e concluiu para as redes. O gol, porém, foi anulado por impedimento milimétrico do atacante.

Com a partida sob controle, o Galo apostou no contra-ataque, trabalhando a bola com paciência, de pé em pé. Foi assim que o volante Allan, aos 24 minutos, teve espaço para finalizar de fora da área, obrigando Santos a uma ótima defesa, no ângulo. Seis minutos depois, não teve jeito: Hulk foi lançado pelo também atacante Jefferson Savarino e tentou encobrir o goleiro do Athletico-PR novamente. Desta vez, com sucesso. Um golaço.

Aos 41, os paranaenses descontaram com o atacante Jaderson, aparecendo às costas da zaga, pela direita, para cabecear no canto de Everson. Na sequência, Savarino até balançou as redes, mas o venezuelano estava impedido e o lance foi invalidado. Nada que alterasse as cores do troféu, definitivamente tingido de preto e branco após o apito final.


Brasil 247

Aumenta no PDT pressão pela retirada da candidatura de Ciro Gomes



Membros do PDT preferem priorizar eleição de deputados e admitem federação com o PT

16 de dezembro de 2021

Ciro Gomes (Foto: REUTERS/Adriano Machado)


247 - Nos bastidores, pedetistas intensificaram a partir desta quarta-feira (15) a movimentação contrária à candidatura de Ciro Gomes ao Palácio do Planalto. Ciro patina nas pesquisas em 3º lugar. Pela pesquisa do Ipec divulgada nesta terça-feira, ele tem 5% de intenções de voto.

Reportagem da Folha de S.Paulo aponta que há um clima hostil entre o candidato e parte da bancada federal na Câmara.

Boa parte da bancada prefere que o PDT não tenha candidato à Presidência e privilegie, na distribuição das verbas de campanha do partido, os candidatos à Câmara dos Deputados.

Há um prazo estipulado informalmente para que a candidatura de Ciro decole para acima de 15% nas pesquisas de intenção de voto: março. Caso contrário, poderá haver uma debandada significativa.

Alguns pedetistas chegam a defender que o partido integre a tentativa de formação de uma grande federação entre partidos de esquerda liderada pelo PT de Luiz Inácio Lula da Silva. A informação é confirmada por integrantes do PT, segundo a Folha.

O PDT da Câmara avalia que se ficar isolado por causa da candidatura de Ciro, vai ter um desempenho fraco.


Brasil 247

terça-feira, 14 de dezembro de 2021

Fux suspende habeas corpus dos quatro réus condenados no julgamento da Boate Kiss


O presidente do STF, ministro Luiz Fux, suspendeu o habeas corpus preventivo dos quatro réus condenados no julgamento da Kiss, e agora eles podem ser presos

14 de dezembro de 2021


(Foto: Edison Vara/Reuters | ABr)


247 - O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Luiz Fux, suspendeu o habeas corpus preventivo dos quatro réus condenados no julgamento da Kiss, aceitando o recurso do Ministério Público do Rio Grande do Sul. Com a suspensão do HC, os condenados podem ser presos.

“Defiro o pedido liminar, com fundamento no §7º do art. 4º da Lei 8.437/92, para suspender os efeitos da decisão proferida nos autos do Habeas Corpus nº 70085490795 (0062632- 23.2021.8.21.7000), pela Primeira Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande do Sul, a fim de haja o cumprimento imediato das penas atribuídas aos réus Elissandro Callegaro Spohr, Mauro Londero Hoffmann, Marcelo de Jesus dos Santos e Luciano Augusto Bonilha Leão, pelo Tribunal do Júri”, decidiu Fux.

Elissandro Callegaro Spohr, que é sócio da boate, pegou 22 anos e 6 meses de reclusão; Mauro Londero Hoffmann, também sócio, foi condenado a 19 anos e 6 meses de reclusão; Marcelo de Jesus dos Santos, vocalista da banda Gurizada Fandangueira, Luciano Bonilha Leão, auxiliar da banda, 18 anos de reclusão.



Brasil 247

Ex-ministro da Defesa, general Fernando Azevedo irá assumir direção-geral do TSE no início de 2022


Entre os departamentos que ficarão sob a responsabilidade do general da reserva Fernando Azevedo está a Secretaria de Tecnologia, que atua no desenvolvimento dos softwares utilizados pelo próprio TSE

14 de dezembro de 2021

Ex-ministro da Defesa General Fernando Azevedo e Silva (Foto: Marcos Corrêa/PR)


247 - O general da reserva Fernando Azevedo, que foi ministro da Defesa do governo Jair Bolsonaro, irá assumir o cargo de diretor-geral do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) até feveriero do próximo ano. Entre os departamentos que ficarão sob a responsabilidade do militar está a Secretaria de Tecnologia, que atua no desenvolvimento dos softwares utilizados pelo próprio tribunal.

Um dos objetivos da ida do general para a Corte está no fato dos magistrados estarem preocupados com a possibilidade de Jair Bolsonaro não reconhecer uma eventual derrota no pleito presidencial de 2022, além de esvaziar a narrativa de que o TSE estaria conspirando contra a reeleição do atual ocupante do palácio do Planalto.

De acordo com a coluna Radar, da revista Veja, “a chegada de Azevedo coincide com o início da gestão do ministro Edson Fachin, que vai presidir o TSE daqui a dois meses. O general vai seguir no cargo durante as eleições, quando a Corte será comandada pelo ministro Alexandre de Moraes — o nome foi acertado entre os dois magistrados”. Moraes deverá comandar a Corte a partir de agosto do próximo ano.

Além de Azevedo, Moraes também ter na sua equipe o ex-advogado-geral da União José Levi, que se desentendeu com Bolsonaro devido a uma ação contra o toque de recolher imposto por Estados para enfrentar o avanço da pandemia de Covid-19.

O general também já atuou como assessor especial do do Supremo Tribunal Federal (STF) e tentou acalmar as relações entre o Judiciário e as Forças Armadas em meio ao crescimento do bolsonarismo e do avanço da extrema direita, em 2018.


Brasil 247

Ipec: Lula venceria no primeiro turno com 56% dos votos válidos



Os dados registrados são desastrosos para Jair Bolsonaro, em queda livre em todos os cenários

14 de dezembro de 2021

(Foto: Stuckert | ABr)


247 - O Ipec – Instituto de Pesquisas e Comunicação –, empresa formada no ano passado por executivos e técnicos remanescentes do antigo Ibope, divulgou no fim da tarde desta terça-feira (14) uma pesquisa de avaliação de governo e de intenção de voto. Os dados registrados são desastrosos para Jair Bolsonaro, em queda livre em todos os cenários, e revelam um crescimento consistente da intenção de voto dos brasileiros no ex-presidente Lula (PT). No 1º cenário do Ipec, se as eleições fossem hoje, Lula teria 48% dos votos, Bolsonaro 21% Moro, 6%, Ciro Gomes, 5%, João Doria, 2%, e André Janones, 2%. No 2º cenário, o ex-presidente Lula teria 49%, Bolsonaro 22%, Moro 8%, Ciro 5% e Doria, 3%. Com esses percentuais, 49% e 48%, o petista Luiz Inácio Lula da Silva venceria em primeiro turno com o cálculo sendo restrito apenas aos votos válidos – sistemática usada pelas regras eleitorais brasileiras. Ele teria, então, 56,3% dos votos, mais do que Fernando Henrique Cardoso obteve nas duas eleições em que venceu no 1º turno, em 1994 e 1998.

Nos índices de avaliação de governo, Jair Bolsonaro colhe um desastre absoluto. 55% dos brasileiros dizem que a gestão dele é “ruim ou péssima”. Apenas 19% a classificam como “ótima ou boa” e 25% cravam-na como “regular”. Ainda se verifica, segundo o Ipec, que 68% desaprovam Bolsonaro como presidente e apenas 27% o aprovam. Além disso, o Ipec revela que 70% dos brasileiros não confiam em Jair Bolsonaro como presidente da República e escassos 27% dizem confiar nele.

O levantamento foi feito entre 9 e 13 de dezembro e ouviu 2.002 pessoas em 144 municípios. A pesquisa foi face a face. A margem de erro é de dois pontos percentuais e o nível de confiança, de 95%. A partir do dia 2 de janeiro todas as pesquisas de intenções de voto terão de ser registradas no Tribunal Superior Eleitoral.


Brasil 247

MP investiga ganhos do ex-juiz suspeito Sergio Moro com a Alvarez & Marsal


Objetivo é apurar valor pago ao ex-juiz que foi considerado parcial pelo STF e responsável pela destruição de 4,4 milhões de empregos

14 de dezembro de 2021

Moro é vaiado durante lançamento de livro no Recife (Foto: Reprodução)


247 – O Ministério Público quer saber quanto o ex-juiz Sergio Moro, declarado parcial e suspeito pela suprema corte brasileira, e apontado pelo Dieese como responsável pela destruição de 4,4 milhões de empregos no Brasil, recebeu da Alvarez & Marsal, consultoria estadunidense que lucrou com a destruição de empresas brasileiras, como Odebrecht e OAS, pela Lava Jato. É o que informa a jornalista Mônica Bergamo, em sua coluna, na Folha de S. Paulo.

"O Ministério Público junto ao Tribunal de Contas da União (TCU) quer ter acesso a todos os documentos relativos ao rompimento do vínculo do ex-juiz Sergio Moro com a empresa de consultoria internacional Alvarez & Marsal. No ofício enviado ao ministro Bruno Dantas, do TCU, o procurador Lucas Furtado é específico: além da data do encerramento do contrato, ele pretende ter acesso aos 'valores envolvidos'. Ou seja, a quanto Moro recebeu de indenização ou algo equivalente", escreve Mônica.

"O ex-ministro da Justiça do governo Bolsonaro começou a trabalhar na empresa em novembro de 2020. A contratação causou polêmica: a Alvarez & Marsal é administradora judicial do processo de recuperação do Grupo Odebrecht. Moro julgou e condenou acionistas e executivos da empresa quando estava na magistratura", pontua ainda a jornalista.

Nesta segunda-feira, o jornalista Joaquim de Carvalho, repórter especial e documentarista da TV 247, lançou um novo projeto destinado a investigar o patrimônio do ex-juiz Moro e do ex-procurador Deltan Dallagnol, que enriqueceram enquanto o Brasil empobreceu.


Brasil 247

Miriam Leitão perde a paciência com Augusto Aras e prevê tragédia em 2022 se Bolsonaro não for contido


Jornalista escreveu sobre a agressão a jornalistas por seguranças de Jair Bolsonaro e cobrou ação contra a escalada fascista

14 de dezembro de 2021



247 – A jornalista Miriam Leitão, colunista do Globo, protesta nesta terça-feira contra a escalada fascista no Brasil, que foi naturalizada pelas econômicas interessadas no desmonte do estado e na aplicação de um novo choque neoliberal já fracassado, e cobra ações do procurador-geral Augusto Aras. "Não é normal nem aceitável que um brutamontes, ostentando uma arma no coldre, ameace bater em jornalistas porque eles estão tentando entrevistar o presidente da República. Não é normal nem aceitável que uma repórter seja agarrada pelo pescoço por um segurança presidencial, naquele golpe chamado 'mata-leão'. São servidores com salários pagos com os nossos impostos e só estão em torno de Jair Bolsonaro em atos de campanha antecipada porque ele exerce a Presidência. Proteger o presidente não é o mesmo que atacar os jornalistas. E os seguranças têm essa liberdade porque são estimulados pela violência do próprio presidente da República", escreve a colunista.

"Vai começar um ano tenso, em que Bolsonaro vai escalar as agressões, porque ele é assim e porque ele está em desvantagem nas intenções de voto. Já sabemos que usará a encenação de valentia contra repórteres desarmados para animar os seus seguidores mais destemperados", prevê ainda a jornalista. "Uma ação foi proposta ontem ao Supremo Tribunal Federal pela Rede Sustentabilidade para garantir a segurança dos jornalistas, e o procurador-geral da República, Augusto Aras, imediatamente defendeu o presidente. Disse que não foram explicitados quais atos do presidente são incompatíveis com os preceitos fundamentais. Que mais Augusto Aras quer que aconteça? Em que momento o procurador-geral da República entenderá qual é o seu papel?", questiona.


Brasil 247

Símbolo de dignidade na política, Dilma Rousseff completa hoje 74 anos


Ao ser golpeada, Dilma alertou para toda a destruição que estava sendo planejada contra o Brasil

14 de dezembro de 2021
Ex-presidenta Dilma Rousseff (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)


247 – A ex-presidente Dilma Rousseff, primeira mulher a exercer o cargo mais alto da República, celebra hoje seus 74 anos de idade, como símbolo de dignidade na política brasileira. Afastada do poder pela Câmara dos Deputados em 12 de maio de 2016 e depois pelo Senado em 31 de agosto do mesmo ano, ela alertou para todo o processo de destruição que estava sendo planejado contra os brasileiros, num projeto que envolvia retirada de direitos trabalhistas, entrega de riquezas nacionais, perda de soberania e desmonte das estruturas de combate à corrupção.

Após o afastamento de Dilma, o poder foi exercido pelo usurpador Michel Temer, que se rodeou dos políticos mais corruptos do Brasil, como Geddel Vieira Lima, e depois por Jair Bolsonaro, que vem destruindo a economia e a imagem internacional do Brasil. O ex-juiz Sergio Moro, que criou as condições para o golpe de 2016 ao quebrar grandes empresas brasileiras e destruir 4,4 milhões de empregos segundo o Dieese, disputa hoje a presidência da República depois de ser declarado parcial e suspeito pelo Supremo Tribunal Federal.

Dilma foi afastada do poder porque não aceitou se render ao projeto da "ponte para a futuro", choque neoliberal que teve como consequência a volta da fome, da pobreza e o aumento vertiginoso da concentração de renda no Brasil. Por este motivo, ela será sempre lembrada como um símbolo de grandeza e dignidade na política brasileira. Confira, abaixo, o vídeo em que ela alertou para a destruição que viria após sua derrubada pelas forças mais pérfidas da sociedade brasileira.


Brasil 247

domingo, 12 de dezembro de 2021

FERNANDO HADDAD: QUEM SÃO OS INIMIGOS DO POVO? - 20 Minutos Entrevista



Opera Mundi

Miriam Leitão se descola de Moro e aponta falhas graves do ex-juiz suspeito



Colunista diz que ele não tem ideias sobre problemas cruciais e aponta seus erros enquanto foi ministro de Jair Bolsonaro

12 de dezembro de 2021




247 – A jornalista Miriam Leitão apontou, em sua coluna deste domingo no jornal O Globo, os principais problemas da candidatura do ex-juiz Sergio Moro, que foi declarado suspeito pelo Supremo Tribunal Federal por atuar com parcialidade contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Segundo ela, Moro não tem ideias sobre temas centrais do País e cometeu diversos erros quando foi ministro de Jair Bolsonaro.

"No mercado financeiro já se ouve o farfalhar dos apoios incondicionais à pessoa sem conteúdo definido, como houve em 2018. O autoengano recomeçou", escreve Miriam. "O problema em torno de Sergio Moro é o quase nada que se sabe sobre suas ideias em várias áreas. Nos 16 meses que ficou no Ministério da Justiça, Moro barrou demarcações de terras indígenas, mandou o fracassado pacote anticrime para o Congresso, embutindo nele o excludente de ilicitude, apoiou indiretamente um motim de policiais no Ceará e abonou os sinais de desvios éticos no governo Bolsonaro, quando começaram a surgir", relembra.

Miriam chega até a questionar a hipocrisia de Moro no tema da corrupção, ao lembrar que ele disse que tinha “confiança pessoal” em Onyx Lorenzoni, quando se descobriu o caixa dois do então coordenador da transição do governo Bolsonaro. "Em 9 de janeiro de 2019, diante do relatório do Coaf mostrando as movimentações suspeitas de Fabrício Queiroz, ele disse que o presidente já havia esclarecido o caso do ex-assessor do filho. Até hoje o caso permanece não esclarecido", escreve Miriam.

A jornalista também aponta os vínculos entre Moro e correntes de extrema direita na polícia. "Houve um evento assustador na sua gestão no Ministério. Greve de policial é proibida, porque é motim de pessoas armadas. E que foram armadas pela sociedade com o fim exclusivo de protegê-la. Policiais militares se amotinaram no Ceará, desafiando o governador Camilo Santana e levando medo à população. Moro enviou o coronel Aginaldo Oliveira para resolver o conflito. Lá, o coronel definiu os amotinados como corajosos e gigantes", relembra. "Moro teve curta experiência administrativa e deixou lacunas e contradições", pontua.


Brasil 247

Requião: “Lula é virtualmente o próximo presidente da República e Sérgio...




Forum

sexta-feira, 10 de dezembro de 2021

“Criem vergonha na cara”, diz Zé de Abreu, aos jornalistas que naturalizam a candidatura Moro


“A justiça que condenou Lula não serve para absolvê-lo?”, questiona

10 de dezembro de 2021

(Foto: Reprodução)


247 - O ator José de Abreu expressou sua indignação com setores da sociedade brasileira que seguem tratando o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva como condenado, mesmo que praticamente todas as suas sentenças tenham sido anuladas, e naturalizando a candidatura do ex-juiz parcial Sergio Moro, que foi condenado como suspeito pelo Supremo Tribunal Federal.

 Confira e leia artigo do Prerro a respeito:

Por incompetência e parcialidade do juiz, nada restou dos processos ficcionais

Antigamente, as escrituras públicas anunciavam: “saibam todos quantos esta virem que no ano da graça de nosso senhor”… Pois, do modo como parte da grande mídia trata das anulações e arquivamentos das ações que existiam contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), parece se exigir uma espécie de escritura pública para tratar do tema —para que se tenha fé pública contra incautos, mentirosos, maledicentes e pessoas que distorcem fatos.

Não é possível que, depois de o Supremo Tribunal Federal declarar o ex-juiz Sergio Moro parcial e suspeito —acusação mais grave ao ofício de um juiz desde que os gregos, ainda na mitologia, estabeleceram a imparcialidade como algo sagrado—, ainda se invertam os papéis e se construam narrativas falsas sobre o ex-presidente.

Veículos de comunicação, ignorando o Estado de Direito, chegam a dizer que declarar a prescrição é filigrana —esquecendo que esse instituto é civilizacional. Esquecem os construtores da fábula “juiz herói” que todos os processos —injustos e ilegais— intentados pelo Ministério Público contra Lula já não existem.

Lula é livre, ficha limpa, sem nódoas e indiscutivelmente inocente, e isto também por três claros motivos: primeiro, porque seu juiz-algoz era incompetente; segundo, porque seu juiz-algoz foi parcial; e, terceiro, porque, com toda essa aventura jurídica proporcionada pelo juiz-algoz e pelo MP-algoz, passou tanto tempo que ocorreu a prescrição, que quer dizer em simples linhas que o Estado perdeu o tempo previsto para apurar determinados fatos e condutas.

Mas Lula não é livre, ficha limpa, sem nódoas e inocente só porque houve prescrição no caso do triplex. Não. Lula é inocente porque nada restou dos processos. Por incompetência e parcialidade do juiz. E por que os processos eram ficcionais. Conduzidos com objetivos políticos e eleitorais.

Lula foi absolvido em quase 20 processos, depois de ter sua vida e a de seus familiares literalmente revirada. Alguns desses processos foram rejeitados porque a denúncia não trazia a correspondente e necessária justa causa. Outros foram encerrados porque os acusadores não demonstraram crime algum, e a defesa provou a inocência. E outros tantos foram anulados ao se demonstrar que o juiz que os conduzia era parcial e queria, a qualquer custo, condenar em vez de julgar. Este mesmo juiz coordenou os trabalhos do Ministério Público sem qualquer tipo de pudor.

Feriu a independência e a autonomia da instituição, e, a pretexto de combater a corrupção, corrompeu todo o nosso sistema de justiça, retirando parte da credibilidade de que tanto necessita para sobreviver.

Impressiona que jornalistas com ou sem formação jurídica insistam em ignorar o que diz o direito a favor de qualquer pessoa. Ora, dizer que o ex-presidente é réu, ou que foi condenado, é como acusar alguém que foi cobrado na Justiça por dever bilhões através da apresentação de uma nota promissória falsa pelo pretenso credor. No processo, a Justiça declara o documento falso, e a manchete do jornal anuncia: “Fulano deve bilhões”, embora a nota promissória seja falsa. Ou ainda: embora a dívida tenha sido declarada inexistente, fulano continua devedor. O leitor pode imaginar as variações desse tema.

Difícil lutar contra narrativas. Um famoso filósofo disse que “não há fatos; só há interpretações”. Parece que, em alguns setores da imprensa, isso “colou”. Parece não existir fatos contra argumentos ou interpretações.

O Estado democrático de Direito exige isonomia no tratamento dos fatos. Vendo as construções de narrativas distorcendo o estado de inocência de Lula, lembramos que já no hebraico do Velho Testamento havia uma denúncia contra esse tipo de narrativa. A palavra é “Navah”, que queria dizer “dar existência a coisas que não existem”. Sim, dizer que Lula não vive em estado de inocência plena é negar fatos e transformar tudo em relatos.

Um desafio a quem insiste nesse tipo de narrativa: contrate um advogado e faça uma representação ao Tribunal Superior Eleitoral para impedir Lula de ser candidato. Pronto. Afinal, se é verdade que Lula não é inocente, então não pode ser candidato.

O que ocorreu em 2018 como farsa, não se repetirá em 2022 como tragédia.

De uma vez por todas: os julgamentos de Lula terminaram. Nada há contra ele. Se alguma declaração de culpa contra alguém existe, é contra o ex-juiz Moro: basta ler os autos dos processos no STF: no habeas corpus 95.518, a corte mostra como Moro bisbilhotou a vida dos advogados e, ignorando o Ministério Público, investigou como se fosse policial; nos processos de Lula, o STF declarou Moro parcial e incompetente. Portanto, se há alguém que deve explicações não é o ex-presidente.

Fosse na Europa, o ex-juiz estaria em maus lençóis. Seria julgado pela Corte Europeia dos Direitos Humanos por parcialidade.

Aliás, vale lembrar entrevista em que o “então ainda juiz” responde, indagado acerca de ser candidato: “Se eu fosse para a política, meu trabalho perderia credibilidade”. Perfeito. Como ele foi para a política, seu trabalho não tem qualquer credibilidade. Por isso, quem deve explicações é ele, e não aquele que ele perseguiu e deixou quase 600 dias injustamente no cárcere.

Simples assim. E, numa palavra final: Moro sempre usou um truque: atirava a flecha e depois pintava o alvo. Até que o STF sacou a trucagem. Explicar essa trucagem daria uma boa pauta.

Eis a sugestão, e o desafio.

Moro precisa se explicar ao país, e à imprensa cabe o importante papel de permitir que isso ocorra.

Nenhuma construção retórica será capaz de mudar a verdade dos autos e dos fatos.

Lula é inocente! E foi vítima de uma perseguição implacável promovida por agentes do Estado a serviço de interesses políticos, eleitorais e não nacionais.

Simples assim.


Brasil 247   -   Prerro


quarta-feira, 8 de dezembro de 2021

Lula lidera com folga e Ciro afunda, segundo pesquisa Quaest


O ex-presidente Lula lidera em todos os cenários, em primeiro e segundo turnos

8 de dezembro de 2021

Lula, Bolsonaro, Moro e Ciro (Foto: Stuckert/ABr)



247 - A nova pesquisa Genial/Quaest mostra o ex-presidente Lula liderando com folga a disputa pela Presidência da República, se aproximando de uma vitória no primeiro turno. O petista lidera em todos os cenários, em primeiro e segundo turnos. Já Jair Bolsonaro permanece em segundo lugar, mas é derrotado em qualquer cenário de segundo turno.

No cenário com sete pré-candidatos, Lula teria 46% dos votos; Bolsonaro, 23%; Sergio Moro viria em terceiro, com 10%; Ciro Gomes, na quarta posição, com 5%; João Doria (PSDB), com 2%; e Rodrigo Pacheco (PSD) e Felipe D’Ávila empatados com 1%. O número de brancos e nulos é de 7% e o de indecisos, 5%

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Nas simulações de segundo turno, Lula vence em todos as situações: 55% dos votos contra 31% de Bolsonaro; 53% contra 29% de Sergio Moro; 54% contra 21% de Ciro Gomes; 57% contra 14% de João Doria; e 58% contra 13% de Rodrigo Pacheco.

O levantamento foi feito presencialmente, com 2.037 entrevistas em 120 municípios nos 26 estados e no Distrito Federa, entre 2 e 5 de dezembro. O nível de confiança da pesquisa é de 95%. A margem de erro é de 2 pontos percentuais, para cima ou para baixo. (Com informações do Extra).


Brasil 247