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Uol
domingo, 31 de outubro de 2010
Camilo Capiberibe é o novo governador do Amapá
Brasília - Camilo Capiberibe (PSB) é o novo governador do Amapá. Com 94,50% das urnas apuradas, Capiberibe está com 53,64% dos votos. O candidato Lucas Barreto (PTB) está com 46,36% dos votos apurados. As abstenções somam 18,4%.
O novo governador Camilo Capiberibe é deputado estadual. É bacharel em direito e mestrando em ciências políticas pela Universidade de Montreal, no Canadá.
Capiberibe tem 38 anos e nasceu no Chile, onde seus pais viveram durante o exílio.
Filiado ao PSB há dez anos, começou sua vida política no movimento estudantil. No partido foi secretário de Organização da Executiva Estadual e, atualmente, é presidente da Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa do Estado do Amapá.
Capiberibe é filho do ex- governador e ex- senador João Capiberibe (PSB), e da deputada Janete Capiberibe (PSB).
Nas eleições de 2008 candidatou-se à prefeitura de Macapá pela coligação Frente pela Mudança (PSB / P-SOL / PMN). Chegou a disputar o segundo turno, obtendo 59.864 votos no total (33,07% dos votos válidos).
Nestas eleições no primeiro turno ele obteve 95. 328 votos (28,68%), enquanto seu adversário, Lucas Barreto (PTB), obteve 28,93% dos votos válidos.
O eleitorado do Amapá é o segundo menor do Brasil, com 420.349 eleitores.
O novo governador Camilo Capiberibe é deputado estadual. É bacharel em direito e mestrando em ciências políticas pela Universidade de Montreal, no Canadá.
Capiberibe tem 38 anos e nasceu no Chile, onde seus pais viveram durante o exílio.
Filiado ao PSB há dez anos, começou sua vida política no movimento estudantil. No partido foi secretário de Organização da Executiva Estadual e, atualmente, é presidente da Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa do Estado do Amapá.
Capiberibe é filho do ex- governador e ex- senador João Capiberibe (PSB), e da deputada Janete Capiberibe (PSB).
Nas eleições de 2008 candidatou-se à prefeitura de Macapá pela coligação Frente pela Mudança (PSB / P-SOL / PMN). Chegou a disputar o segundo turno, obtendo 59.864 votos no total (33,07% dos votos válidos).
Nestas eleições no primeiro turno ele obteve 95. 328 votos (28,68%), enquanto seu adversário, Lucas Barreto (PTB), obteve 28,93% dos votos válidos.
O eleitorado do Amapá é o segundo menor do Brasil, com 420.349 eleitores.
Teotônio Vilela garante reeleição para governo de Alagoas
Da Agência Brasil
Brasília – Com 96,74% das urnas apuradas, Teotônio Vilela (PSDB) garantiu a reeleição em Alagoas. Ele está matematicamente eleito, com 52,80% dos votos válidos, contra 47,20% de Ronaldo Lessa (PDT).
Os votos em branco somam 2,57% e nulos 7,14%. Alagoas tem 2,033 milhões de eleitores. A abstenção registrada foi de 25,58%.
Teotônio Brandão Vilela Filho é formado em economia e foi eleito senador pela primeira vez em 1986, aos 35 anos, tornando-se o mais jovem no cargo no país. Reelegeu-se para o Senado em 1994 e 2002. Em 2006, deixou o mandato para assumir o governo de Alagoas.
Brasília – Com 96,74% das urnas apuradas, Teotônio Vilela (PSDB) garantiu a reeleição em Alagoas. Ele está matematicamente eleito, com 52,80% dos votos válidos, contra 47,20% de Ronaldo Lessa (PDT).
Os votos em branco somam 2,57% e nulos 7,14%. Alagoas tem 2,033 milhões de eleitores. A abstenção registrada foi de 25,58%.
Teotônio Brandão Vilela Filho é formado em economia e foi eleito senador pela primeira vez em 1986, aos 35 anos, tornando-se o mais jovem no cargo no país. Reelegeu-se para o Senado em 1994 e 2002. Em 2006, deixou o mandato para assumir o governo de Alagoas.
O peemedebista Confúcio Moura é eleito em Rondônia
O médico Confúcio Moura (PMDB) foi eleito governador de Rondônia com 58,87% dos votos, com 98,39% das urnas apuradas. O governador João Cahulla (PPS) ficou com 41,13% das preferências. As abstenções representaram 25,61%.
IG
IG
Anchieta Júnior, do PSDB, se reelege em Roraima
Em disputa apertada, o atual governador do Estado bateu o candidato Neudo Campos, do PP, com diferença de menos de dois mil votos
IG
IG
O primeiro discurso da Presidente
É imensa a minha alegria de estar aqui.
Recebi hoje de milhões de brasileiras e brasileiros a missão mais importante de minha vida.
Este fato, para além de minha pessoa, é uma demonstração do avanço democrático do nosso país: pela primeira vez uma mulher presidirá o Brasil. Já registro portanto aqui meu primeiro compromisso após a eleição: honrar as mulheres brasileiras, para que este fato, até hoje inédito, se transforme num evento natural. E que ele possa se repetir e se ampliar nas empresas, nas instituições civis, nas entidades representativas de toda nossa sociedade.
A igualdade de oportunidades para homens e mulheres é um principio essencial da democracia. Gostaria muito que os pais e mães de meninas olhassem hoje nos olhos delas, e lhes dissessem: SIM, a mulher pode!
Minha alegria é ainda maior pelo fato de que a presença de uma mulher na presidência da República se dá pelo caminho sagrado do voto, da decisão democrática do eleitor, do exercício mais elevado da cidadania. Por isso, registro aqui outro compromisso com meu país:
Valorizar a democracia em toda sua dimensão, desde o direito de opinião e expressão até os direitos essenciais da alimentação, do emprego e da renda, da moradia digna e da paz social.
Zelarei pela mais ampla e irrestrita liberdade de imprensa.
Zelarei pela mais ampla liberdade religiosa e de culto.
Zelarei pela observação criteriosa e permanente dos direitos humanos tão claramente consagrados em nossa constituição.
Zelarei, enfim, pela nossa Constituição, dever maior da presidência da República.
Nesta longa jornada que me trouxe aqui pude falar e visitar todas as nossas regiões.
O que mais me deu esperanças foi a capacidade imensa do nosso povo, de agarrar uma oportunidade, por mais singela que seja, e com ela construir um mundo melhor para sua família.
É simplesmente incrível a capacidade de criar e empreender do nosso povo. Por isso, reforço aqui meu compromisso fundamental: a erradicação da miséria e a criação de oportunidades para todos os brasileiros e brasileiras.
Ressalto, entretanto, que esta ambiciosa meta não será realizada pela vontade do governo. Ela é um chamado à nação, aos empresários, às igrejas, às entidades civis, às universidades, à imprensa, aos governadores, aos prefeitos e a todas as pessoas de bem.
Não podemos descansar enquanto houver brasileiros com fome, enquanto houver famílias morando nas ruas, enquanto crianças pobres estiverem abandonadas à própria sorte.
A erradicação da miséria nos próximos anos é, assim, uma meta que assumo, mas para a qual peço humildemente o apoio de todos que possam ajudar o país no trabalho de superar esse abismo que ainda nos separa de ser uma nação desenvolvida.
O Brasil é uma terra generosa e sempre devolverá em dobro cada semente que for plantada com mão amorosa e olhar para o futuro.
Minha convicção de assumir a meta de erradicar a miséria vem, não de uma certeza teórica, mas da experiência viva do nosso governo, no qual uma imensa mobilidade social se realizou, tornando hoje possível um sonho que sempre pareceu impossível.
Reconheço que teremos um duro trabalho para qualificar o nosso desenvolvimento econômico. Essa nova era de prosperidade criada pela genialidade do presidente Lula e pela força do povo e de nossos empreendedores encontra seu momento de maior potencial numa época em que a economia das grandes nações se encontra abalada.
No curto prazo, não contaremos com a pujança das economias desenvolvidas para impulsionar nosso crescimento. Por isso, se tornam ainda mais importantes nossas próprias políticas, nosso próprio mercado, nossa própria poupança e nossas próprias decisões econômicas.
Longe de dizer, com isso, que pretendamos fechar o país ao mundo. Muito ao contrário, continuaremos propugnando pela ampla abertura das relações comerciais e pelo fim do protecionismo dos países ricos, que impede as nações pobres de realizar plenamente suas vocações.
Mas é preciso reconhecer que teremos grandes responsabilidades num mundo que enfrenta ainda os efeitos de uma crise financeira de grandes proporções e que se socorre de mecanismos nem sempre adequados, nem sempre equilibrados, para a retomada do crescimento.
É preciso, no plano multilateral, estabelecer regras mais claras e mais cuidadosas para a retomada dos mercados de financiamento, limitando a alavancagem e a especulação desmedida, que aumentam a volatilidade dos capitais e das moedas. Atuaremos firmemente nos fóruns internacionais com este objetivo.
Cuidaremos de nossa economia com toda responsabilidade. O povo brasileiro não aceita mais a inflação como solução irresponsável para eventuais desequilíbrios. O povo brasileiro não aceita que governos gastem acima do que seja sustentável.
Por isso, faremos todos os esforços pela melhoria da qualidade do gasto público, pela simplificação e atenuação da tributação e pela qualificação dos serviços públicos.
Mas recusamos as visões de ajustes que recaem sobre os programas sociais, os serviços essenciais à população e os necessários investimentos.
Sim, buscaremos o desenvolvimento de longo prazo, a taxas elevadas, social e ambientalmente sustentáveis. Para isso zelaremos pela poupança pública.
Zelaremos pela meritocracia no funcionalismo e pela excelência do serviço público.
Zelarei pelo aperfeiçoamento de todos os mecanismos que liberem a capacidade empreendedora de nosso empresariado e de nosso povo.
Valorizarei o Micro Empreendedor Individual, para formalizar milhões de negócios individuais ou familiares, ampliarei os limites do Supersimples e construirei modernos mecanismos de aperfeiçoamento econômico, como fez nosso governo na construção civil, no setor elétrico, na lei de recuperação de empresas, entre outros.
As agências reguladoras terão todo respaldo para atuar com determinação e autonomia, voltadas para a promoção da inovação, da saudável concorrência e da efetividade dos setores regulados.
Apresentaremos sempre com clareza nossos planos de ação governamental. Levaremos ao debate público as grandes questões nacionais. Trataremos sempre com transparência nossas metas, nossos resultados, nossas dificuldades.
Mas acima de tudo quero reafirmar nosso compromisso com a estabilidade da economia e das regras econômicas, dos contratos firmados e das conquistas estabelecidas.
Trataremos os recursos provenientes de nossas riquezas sempre com pensamento de longo prazo. Por isso trabalharei no Congresso pela aprovação do Fundo Social do Pré-Sal. Por meio dele queremos realizar muitos de nossos objetivos sociais.
Recusaremos o gasto efêmero que deixa para as futuras gerações apenas as dívidas e a desesperança.
O Fundo Social é mecanismo de poupança de longo prazo, para apoiar as atuais e futuras gerações. Ele é o mais importante fruto do novo modelo que propusemos para a exploração do pré-sal, que reserva à Nação e ao povo a parcela mais importante dessas riquezas.
Definitivamente, não alienaremos nossas riquezas para deixar ao povo só migalhas.
Me comprometi nesta campanha com a qualificação da Educação e dos Serviços de Saúde.
Me comprometi também com a melhoria da segurança pública.
Com o combate às drogas que infelicitam nossas famílias.
Reafirmo aqui estes compromissos. Nomearei ministros e equipes de primeira qualidade para realizar esses objetivos.
Mas acompanharei pessoalmente estas áreas capitais para o desenvolvimento de nosso povo.
A visão moderna do desenvolvimento econômico é aquela que valoriza o trabalhador e sua família, o cidadão e sua comunidade, oferecendo acesso a educação e saúde de qualidade.
É aquela que convive com o meio ambiente sem agredi-lo e sem criar passivos maiores que as conquistas do próprio desenvolvimento.
Não pretendo me estender aqui, neste primeiro pronunciamento ao país, mas quero registrar que todos os compromissos que assumi, perseguirei de forma dedicada e carinhosa.
Disse na campanha que os mais necessitados, as crianças, os jovens, as pessoas com deficiência, o trabalhador desempregado, o idoso teriam toda minha atenção. Reafirmo aqui este compromisso.
Fui eleita com uma coligação de dez partidos e com apoio de lideranças de vários outros partidos. Vou com eles construir um governo onde a capacidade profissional, a liderança e a disposição de servir ao país será o critério fundamental.
Vou valorizar os quadros profissionais da administração pública, independente de filiação partidária.
Dirijo-me também aos partidos de oposição e aos setores da sociedade que não estiveram conosco nesta caminhada. Estendo minha mão a eles. De minha parte não haverá discriminação, privilégios ou compadrio.
A partir de minha posse serei presidenta de todos os brasileiros e brasileiras, respeitando as diferenças de opinião, de crença e de orientação política.
Nosso país precisa ainda melhorar a conduta e a qualidade da política. Quero empenhar-me, junto com todos os partidos, numa reforma política que eleve os valores republicanos, avançando em nossa jovem democracia.
Ao mesmo tempo, afirmo com clareza que valorizarei a transparência na administração pública. Não haverá compromisso com o erro, o desvio e o malfeito. Serei rígida na defesa do interesse público em todos os níveis de meu governo. Os órgãos de controle e de fiscalização trabalharão com meu respaldo, sem jamais perseguir adversários ou proteger amigos.
Deixei para o final os meus agradecimentos, pois quero destacá-los. Primeiro, ao povo que me dedicou seu apoio. Serei eternamente grata pela oportunidade única de servir ao meu país no seu mais alto posto. Prometo devolver em dobro todo o carinho recebido, em todos os lugares que passei.
Mas agradeço respeitosamente também aqueles que votaram no primeiro e no segundo turno em outros candidatos ou candidatas. Eles também fizeram valer a festa da democracia.
Agradeço as lideranças partidárias que me apoiaram e comandaram esta jornada, meus assessores, minhas equipes de trabalho e todos os que dedicaram meses inteiros a esse árduo trabalho.
Agradeço a imprensa brasileira e estrangeira que aqui atua e cada um de seus profissionais pela cobertura do processo eleitoral.
Não nego a vocês que, por vezes, algumas das coisas difundidas me deixaram triste. Mas quem, como eu, lutou pela democracia e pelo direito de livre opinião arriscando a vida; quem, como eu e tantos outros que não estão mais entre nós, dedicamos toda nossa juventude ao direito de expressão, nós somos naturalmente amantes da liberdade. Por isso, não carregarei nenhum ressentimento.
Disse e repito que prefiro o barulho da imprensa livre ao silencio das ditaduras. As criticas do jornalismo livre ajudam ao pais e são essenciais aos governos democráticos, apontando erros e trazendo o necessário contraditório.
Agradeço muito especialmente ao presidente Lula. Ter a honra de seu apoio, ter o privilégio de sua convivência, ter aprendido com sua imensa sabedoria, são coisas que se guarda para a vida toda. Conviver durante todos estes anos com ele me deu a exata dimensão do governante justo e do líder apaixonado por seu pais e por sua gente. A alegria que sinto pela minha vitória se mistura com a emoção da sua despedida.
Sei que um líder como Lula nunca estará longe de seu povo e de cada um de nós.
Baterei muito a sua porta e, tenho certeza, que a encontrarei sempre aberta.
Sei que a distância de um cargo nada significa para um homem de tamanha grandeza e generosidade. A tarefa de sucedê-lo é difícil e desafiadora. Mas saberei honrar seu legado.
Saberei consolidar e avançar sua obra.
Aprendi com ele que quando se governa pensando no interesse público e nos mais necessitados uma imensa força brota do nosso povo.
Uma força que leva o país para frente e ajuda a vencer os maiores desafios.
Passada a eleição agora é hora de trabalho. Passado o debate de projetos agora é hora de união.
União pela educação, união pelo desenvolvimento, união pelo país. Junto comigo foram eleitos novos governadores, deputados, senadores. Ao parabenizá-los, convido a todos, independente de cor partidária, para uma ação determinada pelo futuro de nosso país.
Sempre com a convicção de que a Nação Brasileira será exatamente do tamanho daquilo que, juntos, fizermos por ela.
Muito obrigada,
Do blog do Brizola Neto
Tucanos paulistas culpam Aécio
Por rassaf
http://colunistas.ig.com.br/poderonline/2010/10/31/tucanos-ja-comecam-a-...
leições | 19:50Tucanos já começam a culpar Aécio
Xico Graziano
Um dos coordenadores da campanha tucana, Xico Graziano, acabou de culpar o ex-governador Aécio Neves pela derrota de José Serra em Minas Gerais:
- Perdemos feio em Minas Gerais. Por que será?!
Desde o início da campanha, o PSDB, internamente, estabeleceu um patamar de votos no estado para garantir a vitória de Serra e sustentar a justificativa de Aécio ao recusar a vaga de vice. Na ocasião, o agora senador eleito afirmou que isso não faria a menor diferença para o candidato.
Os tucanos, então, anotaram que nenhum presidente perdeu em Minas e que o vice que deu menos votos ao titular da chapa no estado foi José Alencar, em 2006, mesmo assim ele conquistou 50,8% do eleitorado para o presidente Lula.
Blog do Nassif
http://colunistas.ig.com.br/poderonline/2010/10/31/tucanos-ja-comecam-a-...
leições | 19:50Tucanos já começam a culpar Aécio
Xico Graziano
Um dos coordenadores da campanha tucana, Xico Graziano, acabou de culpar o ex-governador Aécio Neves pela derrota de José Serra em Minas Gerais:
- Perdemos feio em Minas Gerais. Por que será?!
Desde o início da campanha, o PSDB, internamente, estabeleceu um patamar de votos no estado para garantir a vitória de Serra e sustentar a justificativa de Aécio ao recusar a vaga de vice. Na ocasião, o agora senador eleito afirmou que isso não faria a menor diferença para o candidato.
Os tucanos, então, anotaram que nenhum presidente perdeu em Minas e que o vice que deu menos votos ao titular da chapa no estado foi José Alencar, em 2006, mesmo assim ele conquistou 50,8% do eleitorado para o presidente Lula.
Blog do Nassif
A festa em Fortaleza
Por j.o.a.o
Nassif, fortaleza ferve. Imagino que todo o nordeste esteja assim. As ruas estão absolutamente tomadas por bandeiras e carros num mar de gente comemorando a vitoria de Dilma Rousseff. As pessoas cantam riem e choram de felicidade. Indescritível!
Blog do Nassif
Nassif, fortaleza ferve. Imagino que todo o nordeste esteja assim. As ruas estão absolutamente tomadas por bandeiras e carros num mar de gente comemorando a vitoria de Dilma Rousseff. As pessoas cantam riem e choram de felicidade. Indescritível!
Blog do Nassif
Dilma Rousseff é a primeira mulher eleita presidente do Brasil
Com 99,99% dos votos apurados, ela obteve 56,05% dos votos válidos.
Engajamento do presidente Lula impulsionou campanha da candidata.
Dilma Vana Rousseff (PT), 62 anos, foi eleita neste domingo (31) a primeira mulher presidente do Brasil. Com 92,53% dos votos apurados, às 20h04, o Tribunal Superior Eleitoral informou que a petista tinha 55,43% dos votos válidos (excluídos brancos e nulos) e não podia mais ser alcançada por José Serra (PSDB), que, até o mesmo horário, totalizava 44,57%.
Em um pronunciamento às 20h13, o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Ricardo Lewandowski, anunciou oficialmente a vitória da candidata do PT. No início da madrugada desta segunda, com 99,99% dos votos apurados, Dilma acumulava 56,05% dos votos válidos (55.748.472 votos) e José Serra, 43,95% (43.708.375).
G1
Engajamento do presidente Lula impulsionou campanha da candidata.
Dilma Vana Rousseff (PT), 62 anos, foi eleita neste domingo (31) a primeira mulher presidente do Brasil. Com 92,53% dos votos apurados, às 20h04, o Tribunal Superior Eleitoral informou que a petista tinha 55,43% dos votos válidos (excluídos brancos e nulos) e não podia mais ser alcançada por José Serra (PSDB), que, até o mesmo horário, totalizava 44,57%.
Em um pronunciamento às 20h13, o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Ricardo Lewandowski, anunciou oficialmente a vitória da candidata do PT. No início da madrugada desta segunda, com 99,99% dos votos apurados, Dilma acumulava 56,05% dos votos válidos (55.748.472 votos) e José Serra, 43,95% (43.708.375).
G1
Marconi Perillo é eleito governador de Goiás pela terceira vez
Com 94,4% das urnas apuradas, tucano supera Iris Rezende (PMDB) e retorna ao Palácio das Esmeraldas depois de disputa acirrada
Boca de Urna do Ibope: Dilma tem 58% das intenções de voto; Serra tem 42%
RIO - Boca de urna do Ibope divulgada na noite deste domingo aponta Dilma Rousseff (PT) à frente da disputa presidencial, com 58% das intenções de voto. José Serra (PSDB) aparece com 42%. Como a margem de erro é de dois pontos, Dilma pode ter entre 60% e 56%; e Serra entre 44% e 40%.
G1
G1
Agnelo vence Roriz e é eleito governador do Distrito Federal
Agnelo Queiroz foi considerado governador eleito do Distrito Federal minutos antes das 18 horas. Na Esplanada dos Ministérios começaram a estourar os fogos e os carros buzinavam nas ruas comemorando o resultado. Com 75% das urnas apuradas, Agnelo estava com 66,44% dos votos válidos contra 33,56% dados a Weslian Roriz, mulher de Joaquim Roriz,m o grande derrotado nessas eleição.
O tempo chuvoso explica o comparecimento nas urnas, um pouco acima de 80%, contrariando as expectativas de alto índice de falta. A vitória de Agnelo não surpreendeu a cidade, que esperava a eleição do petista já no primeiro turno. A surpresa ficou por conta da ida de Weslian para o segundo turno, mas em função da boa votação dada ao candidato Toninho do PSOL.
Ex-ministro dos Esportes durante o primeiro Governo Lula (2003-2006), Agnelo Queiroz tem o apoio do presidente. Médico, uma de suas principais propostas é acumular o cargo de Secretário de Saúde para resolver os problemas na área.
sábado, 30 de outubro de 2010
Ibope, Datafolha, Vox Populi e Sensus apontam vitória de Dilma
Os quatro principais institutos de pesquisa que mediram as intenções de voto para a Presidência neste segundo turno já divulgaram suas últimas pesquisas. Na média, a candidata Dilma Rousseff (PT) tem 56,5% dos votos válidos e José Serra (PSDB) tem 43,5%. Não houve nenhuma mudança significativa em comparação com levantamentos anteriores, o que indica que há enorme chance destes índices se refletirem nas urnas. Veja, abaixo, um resumo das 4 pesquisas:
IBOPE: Nos totais, Dilma 52%, Serra 40%; nos válidos Dilma 56%, Serra 44%
A petista Dilma Rousseff deve ser eleita presidente da República neste domingo 31, com 56% dos votos válidos (que exclui brancos, nulos e indecisos), aponta pesquisa Ibope/Estado/Globo divulgada neste sábado, 30. Seu rival José Serra (PSDB) tem 44% dos votos válidos. Os números mostram uma pequena oscilação em relação à pesquisa Ibope divulgada na quinta-feira, 28, quando Dilma tinha 57% contra 43% de Serra.
Considerando-se o total de votos, Dilma aparece com 52%, contra 40% de Serra. Brancos e nulos somam 5% e indecisos são 3%. Na pesquisa anterior, a petista tinha os mesmos 52% contra 39% do tucano. Brancos e nulos eram os mesmos 5% e indecisos, 4%.
86% afirmaram que seu voto é definitivo e 11% admitiram que ainda podem mudar o voto.
A pesquisa foi realizada no dia 30 de outubro com 3.010 eleitores em 203 municípios de todo o País. A margem de erro é de 2 pontos porcentuais para mais ou para menos. O levantamento está registrado no TSE sob o número 37.917/2010.
VOX POPULI: Nos totais, Dilma 51%, Serra 39%; nos válidos Dilma 57%, Serra 43%
Na última pesquisa Vox Populi/iG antes do segundo turno, a candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, confirma a dianteira de 12 pontos sobre o adversário tucano José Serra evidenciada nos demais levantamentos de intenção de voto. De acordo com os números coletados neste sábado pelo instituto, Dilma tem 51% das intenções de voto, enquanto Serra contabiliza 39%. A um dia da ida às urnas, o número de indecisos totaliza 5%, enquanto brancos e nulos chegam em 5%.
Quando o instituto considera apenas os votos válidos - ou seja, não inclui indecisos, brancos e nulos - Dilma apaece com 57%, enquanto o tucano fica com 43%.
Os números divulgados hoje apontam uma ampliação da vantagem de Dilma sobre Serra. Na última pesquisa Vox Populi/iG, divulgada em 25 de outubro, a petista tinha 49% considerado o total das intenções de votos contabilizadas, dois pontos a menos do que no novo levantamento. Serra, por sua vez, manteve-se estável, já que tinha 38% na pesquisa anterior.
A pesquisa ouviu 3.000 mil eleitores neste sábado e possui margem de erro de 1,8 ponto porcentual, para mais ou para menos. Os dados do levantamento foram registrados na Justiça Eleitoral sob número 37.844/10.
O instituto apontou também que, na véspera da eleição, 90% do eleitorado dizem já ter certeza da escolha de seu candidato para presidente. O índice é maior entre eleitores da petista (94%). Entre eleitores de Serra, 89% afirmam estar certos do voto.
O Vox Populi apontou ainda que 49% dos eleitores assistiram a pelo menos um debate entre os candidatos na TV. Entre esse grupo, 47% dizem que Dilma se saiu melhor nos confrontos, contra 40% que afirmaram o mesmo sobre o desempenho de Serra. A região onde mais eleitores acompanharam os debates televisionados foi o Nordeste: 52%.
A campanha de Dilma também tem maior índice de avaliação positiva (43%) em comparação com a do tucano (32%).
DATAFOLHA: Nos totais, Dilma 51%, Serra 41%; nos válidos Dilma 55%, Serra 45%
Segundo o instituto Datafolha, caso as eleições fossem hoje, a candidata do PT à Presidência da República Dilma Rousseff seria eleita com 51% dos votos contra 41% do candidato do PSDB, José Serra. A pesquisa, realizada ontem e hoje, mostra resultados estáveis, com os dois candidatos oscilando (cada) apenas um ponto positivamente desde quinta-feira.
A margem de erro do levantamento é de dois pontos percentuais. O percentual de indecisos se manteve em 4%. Os eleitores decididos a votar em branco, nulo ou nenhum também atingem 4%. Quando analisados apenas os votos válidos, Dilma tem 55% dos votos válidos. A candidata está dez pontos à frente de José Serra (PSDB), que pontuou 45%.
Em levantamento realizado pelo mesmo instituto nesta última quinta-feira, Dilma tinha 56% e oscilou negativamente um ponto. Serra atingia 44% e atingiu um ponto para cima. De acordo com o instituto, do ponto de vista estatístico, é impossível afirmar se houve ou não variação no período.
O Datafolha entrevistou 6.554 pessoas neste sábado, um número maior do que o de outras sondagens recentes. A pesquisa foi encomendada pela Folha e pela Rede Globo e está registrada no TSE sob o número 37903/2010.
SENSUS: Nos totais, Dilma 50%, Serra 38%; nos válidos Dilma 57%, Serra 43%
A candidata do PT à Presidência da República, Dilma Rousseff, manteve a liderança da disputa presidencial de acordo com a pesquisa CNT/Sensus divulgada hoje (30). Considerando apenas os votos válidos, a petista tem 57,2% e José Serra (PSDB), 42,8%. São 14,4 pontos de vantagem para Dilma. No levantamento anterior, Dilma tinha 58,6% ante 41,4% do tucano, ou seja, ambos oscilaram dentro da margem de erro da pesquisa, que é 2,2 pontos para mais ou para menos.
Considerando os votos totais, Dilma aparece com 50,3% das intenções de voto contra 37,6% do adversário tucano. Dos eleitores entrevistados, 7,9% disseram estar indecisos e 4,1% afirmaram votar em branco ou nulo.
Com relação à última pesquisa do instituto, a rejeição à petista subiu de 32,5% para 34,1% do eleitorado. Já a rejeição a Serra caiu de 43% para 41,7%. A margem de erro da pesquisa é de 2,2 pontos porcentuais para mais ou para menos.
No detalhamento por região, Dilma só perde para Serra no Sul. No Norte/Centro Oeste, a petista tem49,7% contra 44,2% de Serra. No Nordeste, Dilma tem o dobro das intenções de voto do tucano (61,2% contra 30,5%). No Sudeste, a liderança também é de Dilma. Ela tem 47,2% contra 37,6% de Serra. No Sul, a vantagem é do tucano: 44,7% para Serra contra 38,7% d Dilma.
Dilma lidera entre os homens e também no voto feminino. Entre os homens, a petista tem 53% e Serra 37,2%. Já entre as mulheres, Dilma é a preferida de 47,8% das eleitoras e Serra tem o votos de 38,1% das mulheres.
Quando o eleitorado é dividido por escolaridade, Dilma lidera em todos os segmentos, inclusive os com curso superior (48% para Dilma, 41% para Serra). Quando a divisão é por renda, a petista vence o tucano em todas as faixas com exceção dos que ganham acima de 20 salários mínimos, onde Serra tem 57% contra 27% de Dilma. Mas é bom lembrar que apenas 1,3% do eleitorado está nesta faixa de renda.
67,8% acham que Dilma vence
A pesquisa também perguntou aos entrevistados quem eles acham que ganhará as eleições, independente de seus candidatos. Segundo os eleitores, a expectativa de vitória da candidata Dilma Rousseff é de 67,8% e de José Serra é de 23,3%. A taxa de definição de votos está em 78,6%, que corresponde a eleitores que declararam impossibilidade de mudança de voto.
A pesquisa entrevistou dois mil eleitores entre os dias 28 e 29 de outubro, em 136 municípios, e está registrada no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) sob o número 37919/2010.
Portal Vermelho
Amazonas com Dilma
É blefe, não procede, é totalmente mentirosa a notícia publicada por uma revista semanal de grande circulação nacional, segundo a qual o governador reeleito do Amazonas, Omar Aziz (PMN) abandonou a candidatura Dilma Rousseff (governo-PT-partidos aliados) e estaria trabalhando pela do nosso adversário, o candidato da oposição José Serra (PSDB-DEM-PPS).
Omar Aziz continua fiel à candidatura Dilma, assim como os dois senadores eleitos no Estado, o ex-governador Eduardo Braga (PMDB) e a deputada Vanessa Graziottin (PC do B). Omar telefona diariamente ao comando da campanha, mantendo um entendimento perfeito com a coordenação e, inclusive para reiterar sua meta: conquistar, amanhã, para a candidata petista ao Planalto 80% dos votos válidos do seu Estado.
Blog do Zé Dirceu
Vantagem de Dilma em MG beira 20 pontos e desanima tucanos
Apesar do empenho e otimismo de José Serra (PSDB) na última semana de corrida eleitoral, assessores e aliados sabem que uma vitória sobre Dilma Rousseff (PT) é improvável. Por isso não foi reservado nenhum local de comemoração para este domingo, quando eleitores escolherão o substituto do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. No primeiro turno, havia certeza de que tucano passaria a etapa e, por isso, a campanha alugou um espaço para eventos na capital paulista.
O diagnóstico mais duro de que a vitória é improvável veio de Minas Gerais, onde Serra tinha esperança de que o senador eleito Aécio Neves (PSDB) ajudasse a promover uma virada. Na quinta-feira, ele e o governador reeleito, Antonio Anastasia, fizeram um relato de como estava a situação no Estado: Dilma se mantém forte no Norte e no Triângulo Mineiro, onde nem Anastasia venceu.
19 pontos de vantagem para Dilma em MG
Um integrante do PSDB mineiro que mantém diálogo frequente com Serra contou ao iG que a diferença em pontos percentuais entre Dilma Rousseff (PT) e Serra ficará nos números da contagem nacional. De acordo com as últimas pesquisas, a petista está 14 pontos percentuais na frente.
Mas uma pesquisa encomendada pelo jornal O Tempo mostra que a vitória de Dilma em Minas será maior. A pesquisa DataTempo/CP2 realizada em todo o Estado mostra vantagem da candidata do PT de 19 pontos percentuais em relação ao seu adversário tucano. A petista registra 59,50% dos votos válidos (não são considerados os brancos, nulos e os indecisos) contra 40,50% de Serra.
Contabilizando todas as intenções de votos (brancos, nulos, indecisos), Dilma tem 52,53% da preferência do eleitorado contra 35,81% de Serra. Afirmam que não sabem em quem votar ou não respondem 5,40% dos pesquisados. Dizem que vão anular o voto 4,14% e 1,54% pretende votar em branco. Afirma que não quer votar em ninguém 0,58% dos entrevistados.
Na comparação com a pesquisa DataTempo/CP2 divulgada em 20 de outubro, as intenções de voto em Dilma cresceram de 51,22% para 52,53% - variação abaixo da margem de erro, que é de 2,16 pontos percentuais. Já José Serra caiu de 38,37% para 35,81% - um pouco acima da margem de erro.
Na pesquisa espontânea, quando não são apresentados os nomes dos candidatos aos entrevistados, Dilma Rousseff se mantém na liderança. Nessa situação, ela tem 50,80% das intenções de voto contra 34,07% de José Serra.
Dilma vence também em Belo Horizonte
De acordo com a pesquisa DataTempo/CP2, Dilma registra o seu melhor desempenho nas regiões mais pobres do Estado. Nas regiões Norte e Noroeste de Minas, a petista tem 61,50% das intenções de voto contra 30,80% do candidato do PSDB. Situação parecida ocorre nos vales do Jequitinhonha e Mucuri, onde Dilma Rousseff conta com 60,70% da preferência do eleitorado, e José Serra registra 27% do total.
As regiões Central, Oeste e Sudoeste são as que oferecem melhor desempenho para José Serra em Minas Gerais, segundo a pesquisa DataTempo/CP2.
Na região Central, José Serra vence Dilma Rousseff . Ele tem 51,10% das intenções de voto contra 46,70% da candidata petista. Quadro semelhante ocorre nas regiões Oeste, Sudoeste, onde o tucano também supera a petista. Ele registra 50,70% da preferência do eleitorado contra 39,30% de Dilma Rousseff.
Na região metropolitana de Belo Horizonte, onde os candidatos fazem hoje as últimas atividades de campanha, Dilma Rousseff vence José Serra. A petista contabiliza 54,40% das intenções de voto contra 30,70% do tucano. No Triângulo Mineiro, Dilma também vence Serra com 54,90% contra 35,20%.
O Campo das Vertentes é a região em que a candidata Dilma Rousseff (PT) e o seu rival José Serra (PSDB) mais se aproximam. Nessa área do Estado, a petista tem 44% das intenções de voto contra 40,40% do tucano.
Desanimados, tucanos dizem: "Minas é isso"
“Minas é isso. Um retrato do Brasil mesmo”, disse o interlocutor tucano ainda enquanto Serra discursava para militantes do PSDB em evento político realizado na quinta-feira em Montes Claros, município localizado no semi-árido na região Norte de Minas. Na cidade, Dilma deverá vencer com facilidade. No primeiro turno, o tucano ficou em terceiro lugar.
Ex-governador mineiro e senador eleito pelo PSDB, Aécio Neves também estava no evento. Assim como Serra, Aécio tentou demonstrar otimismo. “Acho que ainda dá. Não podemos nos preocupar com pesquisas. Tem um movimento silencioso em favor de Serra”, disse.
Fazendo uma autocrítica, lideranças tucanas avaliam que esse “movimento silencioso”, como classificou Aécio, talvez seja tão silencioso que desanime eleitores, aliados e, especialmente, doadores. A ida de Serra ao segundo amenizou a dificuldade financeira pela qual a campanha tucana passou na primeira etapa, mas não foi o suficiente para enfrentar a robusta empreitada adversária.
Desanimados, auxiliares de Serra tentam se espelhar no “chefe” e manter o vigor no fim da disputa. Na última semana de campanha, o tucano chegou a viajar para quatro Estados no mesmo dia. Ele, sim, não perde o ânimo, apesar dos avisos de auxiliares de que poderá perder a eleição também em Minas.
As pesquisas de intenção de voto também contribuíram para o clima. Até mesmo o levantamento encomendado pelo próprio PSDB ao instituto carioca GPP, ligado ao ex-prefeito do Rio Cesar Maia, apontava vitória de Dilma a poucos dias da eleição. Daí a campanha de difamação da reputação dos principais institutos de pesquisa liderada pelo coordenador da campanha de Serra, o senador Sérgio Guerra.
Como resume uma liderança tucana, a vitória de Serra é mais um desejo do que uma possibilidade real. No Nordeste, o candidato derrotado ao governo de Pernambuco pela aliança tucana, Jarbas Vasconcelos (PMDB), reconhece que o objetivo na região é “diminuir o tamanho da derrota”. Para isso, apostam na abstenção. No primeiro turno, os eleitores contaram com o transporte providenciado por candidatos a deputado para chegarem até as urnas. Sem essa ajuda, agora, a diferença entre Dilma e Serra pode cair, espera o deputado Raul Jungmann (PPS).
A esperança é que Serra consiga tirar a desvantagem em São Paulo e nos Estados do Sul. Em São Paulo, o presidenciável conta com o governador eleito pelo PSDB, Geraldo Alckmin, para garantir uma vitória confortável. A conta é de 5 milhões de votos de vantagem sobre Dilma.
Alencar permanece internado e retoma quimioterapia
Vice-presidente trata uma obstrução intestinal no hospital Sírio-Libanês.
Ele foi internado no último dia 25; Lula fez visita a ele nesta sexta-feira.
O vice-presidente José Alencar voltou a se submeter a tratamento de quimioterapia contra o câncer, informa boletim médico divulgado nesta sexta-feira (29) pelo Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo.
De acordo com a nota, Alencar permanece internado para tratamento de suboclusão (obstrução) intestinal.
Alencar está internado desde o dia o último dia 25. Nesta sexta, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez uma visita ao vice-presidente, antes de embarcar para Recife.
Em julho de 2009, Alencar foi submetido a uma cirurgia motivada por problema semelhante: uma obstrução intestinal causada por tumores abdominais. Alencar tem câncer na região do abdome e já passou por mais de 15 cirurgias.
No mês passado, o vice-presidente foi internado no mesmo hospital em razão de um edema agudo de pulmão. De acordo com a assessoria, o problema pode ter sido uma reação à quimioterapia.
Em julho, por causa de uma crise de hipertensão, ele ficou hospitalizado e passou por um cateterismo.
Veja o boletim médico divulgado nesta sexta-feira
"Boletim médico
O vice-presidente da República, José Alencar, permanece internado no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, para tratamento de suboclusão intestinal.
O paciente segue estável e reiniciou tratamento com quimioterapia.
As equipes médicas que o acompanha são coordenadas pelos Profs. Drs. Raul Cutait, Paulo Hoff, Roberto Kalil e Paulo Ayroza Galvão.
Dr. Antonio Carlos Onofre de Lira Dr. Riad Younes
Diretor Técnico Hospitalar Diretor Clínico"
G1
sexta-feira, 29 de outubro de 2010
De céticos e de cínicos - Por Emir Sader
Algumas vozes espalham o ceticismo na imprensa, nas universidades, de repente passam do ceticismo ao cinismo, já não importa nada, tudo é ruim, cambalache, tudo é igual, o mundo vai para o pior dos mundos possíveis.
Foi uma atitude que foi amadurecendo ao longo das ultimas décadas, passou-se a achar que o século XX foi um século muito ruim para a humanidade, o pior dos séculos, etc. Uma atitude de melancolia, de desencanto, de desânimo, de abandono da luta, traduzida no ceticismo, na crítica, que se alastra para jovens gerações, precocemente envelhecidas.
Todos os governos, todos os partidos, todos os processos traem, decepcionam, se corrompem. O socialismo teria dado em totalitarismo – e se soma nisso à direita. Os sindicalistas só querem defender seus interesses. A esquerda e a direita são iguais, etc., etc.
Como as teorias parecem ser maravilhosas e as práticas concretas, não, preferem ficar com as teorias – se possível, misturando um pouco de Nietzsche, de Foucault, de Tocqueville. Pronto, o pessimismo está constituído como visão trágica do mundo.
Encontra-se lugar na velha imprensa para escrever, contanto que não se critique a própria velha imprensa, e se concentre em criticar a esquerda – a URSS, Cuba, a Venezuela, Lula, o PT. Terminam fortalecendo o desinteresse pela política, fortalecendo a direita e desalentando os jovens, enquanto ainda mantêm seu prestígio com eles. Depois de um certo momento já se confundem diretamente com a direita.
O ceticismo pode ser liberal, certamente não é marxista. O marxismo parte da realidade concreta, mas sempre na perspectiva da sua transformação. Esse pessimismo, somado ao catastrofismo, fortalece o mundo tal qual ele é, promove a impotência diante da realidade.
Uma análise dialética da realidade supõe a apreensão das contradições que articulam o concreto, desembocando em linhas de ações e não na perplexidade, na impotência, na passividade, na melancolia e no ceticismo.
No momento em que o povo brasileiro, no seu conjunto, pela primeira vez, começa a melhorar substancialmente suas condições de vida e o expressa em um apoio como nenhum governo teve, é triste ver uma parte da intelectualidade de costas para o povo, melancolicamente continuando a pregar que tudo está muito ruim, pior do que antes, brigando com a realidade, em um isolamento total em relação ao povo e ao pais realmente existente.
O otimismo, por si só, não é revolucionário, mas todos os grandes líderes revolucionários foram e são otimistas, porque acreditam sempre nas possibilidades de transformação revolucionária da realidade. Enquanto o ceticismo leva à inação e, muitas vezes, até mesmo ao cinismo.
Novo poço do pré-sal pode dobrar as reservas de petróleo do Brasil
A Agência Nacional de Petróleo (ANP) informou nesta sexta (29) que a reserva de Libra, no pré-sal da Bacia de Santos, pode conter mais petróleo do que a soma de todas as reservas já comprovadas no país.
O volume de óleo recuperável em Libra pode chegar a 15 bilhões de barris. Atualmente, as reservas brasileiras somam 14 bilhões de barris. O maior poço já descoberto na plataforma continental até agora foi o de Tupi, também no pré-sal da Bacia de Santos, com reservas estimadas entre 5 bilhões e 8 bilhões de barris.
Segundo a ANP, Libra fica em um bloco de propriedade integral da União e foi auditado pela certificadora Gaffney, Cline & Associates. A certificadora avaliou que o volume recuperável pode variar entre 3,7 bilhões e 15 bilhões de barris, sendo mais provável a possibilidade de extração de 7,9 bilhões de barris.
“Esta descoberta, situada no gigantesco prospecto Libra conforme expresso no relatório da certificadora, valoriza enormemente o patrimônio da União”, afirmou a agência reguladora em nota.
O poço situa-se a 183 quilômetros (km) da costa do Rio de Janeiro, sob 1.964 metros de lâmina d'água e a 5,4 km de profundidade. “A profundidade final prevista, de cerca de 6.500 metros, é estimada para ser alcançada no início de dezembro próximo”, informou a ANP.
Portal Vermelho
Mais de 100 mil fazem festa para Lula no Recife
O centro do Recife parou para ver o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) desfilar em carro aberto no último grande ato da campanha de Dilma Rousseff no Estado, no final da tarde desta sexta-feira (29). De acordo com a Polícia Militar, mais de 100 mil pessoas tomaram conta das ruas.
Nem a chuva que caiu durante todo o percurso, cerca de 3 km, esfriou o entusiasmo da multidão, que fez um verdadeiro carnaval para receber o seu líder mais popular, com direito a orquestras de frevo, fantasias, pernas de pau e inúmeras bandeiras que transformaram a caminhada, da praça Oswaldo Cruz até o Largo do Carmo, numa enorme onda vermelha.
A caminhada começou as 17h15, quando o presidente chegou à praça Oswaldo Cruz. Em coro a multidão começou a gritar: "Lula, guerreiro do povo brasileiro!". Lula subiu em uma caminhonete junto com o governador Eduardo Campos (PSB), os senadores eleitos Armando Monteiro (PTB) e Humberto Costa (PT), o coordenador da Campanha de Dilma em Pernambuco, João Paulo (PT), o prefeito em exercício do Recife, Milton Coelho (PSB), o presidente da Assembléia Legislativa, Guilherme Uchoa (PDT), e o líder do PT na Câmara, Fernando Ferro (PT).
Na entrada da Av. Conde da Boa Vista, uma enorme bandeira vermelha agitada pelos militantes dava a dimensão do entusiasmo da multidão. Nas paradas de ônibus, nas janelas dos prédios e em todos os lugares as pessoas queriam ver de perto o operário que mudou os rumos do país. Quem não tinha bandeiras improvisava outros tipos de adereços vermelhos. Durante o percurso, o presidente recebeu dos populares dois buquês de flores, um chapéu de couro, uma sobrinha de frevo e uma bandeira do Brasil.
Em alguns momentos Lula quebrou o protocolo e foi para apertar a mão de várias pessoas. A dispersão aconteceu uma hora depois do início da caminhada, às 18h15, no Largo do Carmo, com muitos fogos de artifício. O presidente foi direto para a base aérea, de onde seguiu para São Paulo a fim assistir o último debate dos presidenciáveis nesse segundo turno.
Do portal Vermelho
Sérgio Guerra e Agripino Maia afundam no lixo de Brasília
Ex-secretária devassa esquema Qualix
Carlos Carone
carone@jornaldebrasilia.com.br
A ex-secretária Domingas Gonçalves Trindade, 40 anos, foi ouvida ontem na Divisão de Repressão aos Crimes Contra a Administração Pública (Decap), da Polícia Civil do Distrito Federal, sobre as acusações que faz contra o ex-governador Joaquim Roriz; o presidente do PSC-DF, Valério Neves; os senadores Sérgio Guerra (PSDB-PE) e José Agripino Maia (DEM-RN); o empresário Eduardo Badra; e o ex-diretor da Belacap (estatal responsável pelo serviço de ajardinamento e limpeza urbana do DF), Luís Flores. Todos são acusados de se servirem de um esquema de desvio de dinheiro envolvendo a Qualix, empresa que faz o recolhimento do lixo no DF.
O depoimento foi acompanhado da apresentação de uma série de provas documentais. Domingas denunciou um esquema que, até então, não tinha o respaldo de tantos elementos. Ela acusa Roriz, Valério, Agripino e Guerra de receberem propina proveniente de contratos firmados entre o GDF e a Qualix.
O Jornal de Brasília obteve um vídeo (cujos trechos estão ao lado) no qual Domingas faz as mesmas acusações que confirmou à polícia e apresenta as mesmas provas documentais. Ela apresentou aos delegados extratos telefônicos que confirmam contatos constantes entre os envolvidos. A ex-secretária fazia o serviço a mando de seu chefe, Eduardo Badra – que, à época, era diretor da Qualix. Domingas tinha como função organizar a agenda do patrão, além de fazer depósitos bancários e o que chamou de “serviços particulares”.
Enquanto era ouvida pelos investigadores, Domingas ainda apresentou lacres bancários emitidos pelo Banco Central que tinham a marcação de R$ 50 mil cada – são seis, num total de R$ 300 mil.
“Depois de dois, três meses, o doutor Eduardo passou a confiar em mim e fiquei responsável pela chave de um quarto, em uma casa no Lago Sul, onde guardavam o dinheiro. Era tanto dinheiro que ocupava uma cama de casal inteira. Eu cheguei a pegar um dos maços e pensar que ele seria capaz de resolver a minha vida”, contou, em certo trecho do vídeo.
Conversa Afiada de Paulo Henrique Amorim
Tucano em cenas de machismo explícito - Por José Dirceu
Recebi durante todo o dia - na verdade, desde ontem - e-mails de leitoras revoltadas com o que consideram manifestação de machismo do candidato da oposição ao Planalto, José Serra (PSDB-DEM-PPS) no encerramento de sua campanha eleitoral no Triângulo Mineiro - Uberlândia (MG).
Por dar-lhes razão e solidarizar-me com sua revolta, publico aqui alguns dos protestos que me foram enviados por eleitoras. "O senhor José Serra - queixa-se uma delas - está, como todos sabem, fazendo uma campanha em que apela para preconceitos e explorações as mais baixas. Em geral, faz isso com ataques desrespeitosos a Dilma Rousseff".
"Hoje (ontem), porém, ele ofendeu - prossegue a leitora - a todas as mulheres. Ao pedir a eleitoras, em Uberlândia, que conseguissem mais votos, ele se superou, se é possível dizer que se supera quem desce ao preconceito mais vil contra a mulher. Em lugar de pedir que lhe conquistassem votos com argumentos políticos, sugeriu que elas fizessem um leilão de seus atributos físicos."
Ofensa às mães, esposas, amigas, filhas, netas...
Vou reproduzir textualmente, também, e conforme veiculada no UOL, a frase de José Serra que, concluo, lhe tirou ainda mais votos entre as mulheres: “Se você é uma menina bonita, tem que conseguir 15 votos. Pegue a lista de pretendentes e mande um e-mail. Fale que quem votar em mim tem mais chance com você.”
Outra leitora externa assim o seu protesto: "Cercado por grupos de batucada e fanfarra contratados, além de cerca de cinco ônibus vindos de Belo Horizonte com militantes que recebem R$ 40,00 por dia, Serra faltou ao respeito com todas as mulheres que, a cada dia, lutam por conseguir ver reconhecida sua capacidade intelectual e política, que não é em nada inferior à dos homens."
"Dessa forma - prossegue - votar em Dilma, além de ser um ato de reconhecimento a esta luta, passou a ser algo que toda mulher e que todo homem que as respeita deve fazer contra este tipo de visão. Ela é odiosamente machista e agride a inteligência e a dignidade de nossas mães, esposas, amigas, filhas e netas. Pergunte a uma delas se ela aceitaria fazer o que Serra sugere. Não é preciso mais para que qualquer pessoa entenda que tipo de homem é ele."
Sandra de Sá desmente campanha de Serra: vota em Dilma
A cantora e compositora Sandra de Sá declarou em seu perfil do Twitter que não autorizou a campanha de José Serra a usar seu nome em apoio ao candidato. Sandra de Sá teve seu nome divulgado em uma lista de artistas que apoiariam Serra. Porém, a cantora declarou nesta quarta-feira (27) que seu voto é de Dilma Rousseff.
"Gente, meu nome foi colocado, indevidamente, no manifesto do Serra. Como já disse, me decidi ontem. Dilma", escreveu ela no Twitter. Em seguida, falou a um internauta: "Já avisei pra geral. Sou amiga do Índio, mas não autorizei meu nome nessa parada do Serra. Dei autorização, ontem, pra DIlma".
Depois de falar por telefone com a própria Sandra de Sá, a jornalista Hildegard Angel escreveu em seu blog que a cantora confirmou a informação dada na internet. E comparou o caso com o acontecido com a escritora de livros infantis Ruth Rocha.
O caso lembra episódio semelhante, ocorrido com a escritora de livros infantis, Ruth Rocha, que teve seu nome incluído numa lista de apoiadores Dilma, por engano. Diferente do ocorreu com Sandra de Sá e campanha tucana, o escritor Eric Nepomuceno, organizador da lista, explicou que uma homônima de Ruth Rocha havia manifestado seu apoio a Dilma e isso gerou a confusão. Ele também pediu desculpas à escritora.
Outra diferença é que o caso de Ruth Rocha teve grande destaque na imprensa. A carta que escreveu por se sentir ofendida motivou uma matéria e foi publicada na íntegra em O Globo, ocupando, assim, meia página no jornal. Já Sandra de Sá, até então, só teve espaço na internet.
Benvindo humanizacao.clown
Fiquei especialmente feliz com a participação da humanizacao.clown ao nosso blog, como novo seguidor. Espero manter um proveitoso intercâmbio e agradeço sinceramente a essa gente que se preocupa tanto em amenizar o sofrimento de pessoas hospitalizadas, principalmente crianças.
Um abração
LT
Um abração
LT
quinta-feira, 28 de outubro de 2010
Líder do PT defende aprofundamento das investigações sobre privatizações de FHC
O líder do PT na Câmara, Fernando Ferro (PT-PE), defendeu hoje (28) o aprofundamento, pelo Congresso Nacional, das investigações sobre as privatizações "antinacionais" ocorridas durante o governo Fernando Henrique Cardoso (1995-2002). "Com base nas novas denúncias apontadas pelo jornalista Amaury Martins Ribeiro Júnior, em depoimento à Polícia Federal, o Congresso tem de ir fundo nas investigações e apurar o processo de privataria patrocinado pelos tucanos, que dilapidaram o patrimônio nacional a preço de banana".
No depoimento à PF no dia 15, o jornalista relata a investigação que fez sobre o processo de privatização das empresas de telecomunicações durante a gestão de FHC e o esquema de espionagem que teria sido montado por pessoas próximas ao candidato presidencial tucano José Serra contra o então governador de Minas Gerais Aécio Neves, ambos do PSDB.
Disse que, empregado do jornal O Estado de Minas, começou a trabalhar no livro sobre as privatizações em dezembro de 2007, quando um grupo de inteligência, liderado pelo deputado Marcelo Itagiba (PSDB-RJ), estaria tentando levantar dados pessoais de Aécio Neves, para beneficiar Serra.
Lavagem de dinheiro
Ferro observou que Amaury, no depoimento, levantou dados referentes ao processo de lavagem de dinheiro, realizados durante a privatização do Governo Serra / FHC . Amaury concluiu que houve operações de lavagem de dinheiro que envolvem desde a filha e o genro de Serra até o dele, Gregório Marin Preciado, e um dos principais articuladores de sua campanha presidencial, Ricardo Sérgio de Oliveira. O jornalista disse que localizou operações de lavagem de dinheiro processadas num escritório off shore de Ricardo Sérgio de Oliveira.
"Essas denúncias, como outras que envolvem os tucanos, tem encontrado o silêncio da maior parte da mídia, por cumplicidade ou omissão", disse Fernando Ferro. "Por isso, com a retomada da normalidade dos trabalhos do Legislativo, em novembro, o líder proporá à Bancada do PT uma ação específica para apurar de vez os escândalos que pontuaram as privatizações no governo FHC. "O jornalista Amaury Ribeiro Junior reacendeu a suspeita que pairava sobre o assunto desde que Aloysio Biondi fez uma radiografia da entrega do País pelo PSDB e o ex-PFL, atual DEM".
O líder observou que a década de 90 foi marcada pelo neoliberalismo, em que as empresas podiam tudo e o Estado, nada. "FHC seguiu à risca as ordem recebidas do centro do império, que queria destruir os Estados periféricos para fazer prevalecer exclusivamente interesses de empresas privadas. Felizmente, esta onda foi contida , no Brasil, com a eleição de Lula em 2002, fenômeno que se refletiu em toda a América Latina, com a eleição de governos democráticos e populares".
Interesse nacional
Ferro recordou que o resgate do papel do Estado, nos últimos anos, propiciou a implementação de políticas públicas que colocam o interesse nacional e popular acima dos grupos privados, como acontecia na era FHC. "Antes , o Estado fora apropriado por uma parcela da elite brasileira, que visava privilegiar apenas grupos econômicos nacionais e internacionais. Hoje, a situação mudou, o interesse da população brasileira está acima de tudo", disse. Lembrou que o enfrentamento da crise mundial eclodida em 2008 só foi possível, no Brasil, graças à política que tinha sido feita antes, de fortalecimento do Estado. "Se fosse à época de FHC e Serra, o Brasil teria ido para a UTI".
Para Ferro, recentes denúncias envolvendo os tucanos em São Paulo- como irregularidades na concorrência para obras do Metrô e denúncias envolvendo tucanos com desvio de dinheiro da obra do Rodoanel para formação de caixa 2 do PSDB- mostram "um rastro sinistro de desvios de recursos públicos e favorecimento de empresas privadas, uma marca de FHC, Serra e outros expoente do PSDB".
|Liderança do PT / Câmara
Ibope: Dilma tem 57% dos votos válidos e abre 14 pontos de vantagem sobre Serra
Pesquisa Ibope divulgada nesta quinta-feira (28) aponta Dilma Rousseff (PT) com 57% dos votos válidos e José Serra (PSDB) com 43% na disputa em segundo turno pela Presidência da República.
Como a margem de erro da pesquisa é de 2 pontos percentuais, Dilma pode ter entre 55% e 59%, e Serra, entre 41% e 45%. O critério de votos válidos exclui as intenções de voto em branco e nulo e os indecisos.
Na pesquisa anterior do Ibope, divulgada no último dia 20, Dilma aparecia com 56% dos votos válidos e Serra com 44%.
O Ibope entrevistou 3.010 eleitores, de 26 a 28 de outubro. A pesquisa foi encomendada ao instituto pela TV Globo e pelo jornal "O Estado de S. Paulo". Está registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) com o número de protocolo 37596/2010.
Pelo critério de votos totais (que incluem no cálculo brancos, nulos e indecisos), Dilma Rousseff soma 52% das intenções de voto, e José Serra, 39%. As intenções de voto em branco ou nulo acumulam 5%, segundo o Ibope. Os eleitores indecisos são 4%.
Nos votos totais da pesquisa anterior do Ibope, do último dia 20, Dilma tinha 51%, e Serra, 40%. Brancos e nulos eram 5%, e indecisos, 4%.
A descoberta de petróleo na Bacia de Santos
Do Estadão
Descoberta de grande reserva de óleo na Bacia de Santos deve ser anunciada
Poço da área de Libra pode ser a maior descoberta de óleo do Brasil; ANP deve divulgar resultado nas próximas 48 horas
28 de outubro de 2010 | 16h 41
Kelly Lima e Nicola Pamplona, da Agência Estado
RIO - A maior descoberta de óleo do Brasil pode ser confirmada nas próximas 48 horas. Este é o prazo em que a Agência Nacional do Petróleo (ANP) espera concluir a perfuração do poço exploratório da área de Libra, no pré-sal da Bacia de Santos. As estimativas, que constam de relatório da consultoria Gaffney Cline & Associates (GCA) - que avaliou para a agência as reservas do pré-sal, inclusive dos blocos usados na cessão onerosa - dão conta de que Libra pode conter entre 8 bilhões e 12 bilhões de barris.
Segundo fontes do setor, a perfuração da área atingiu ontem pela manhã o seu alvo, a 6,9 mil metros de profundidade. Foram encontrados indícios líquidos que podem ser óleo. A perfuração no poço de Libra, porém, ainda não chegou ao fim, afirmou há pouco a diretora da agência Magda Chambriard.
área pertence à União e, caso aprovado o novo marco regulatório, poderá integrar o primeiro leilão pelo novo modelo de partilha. Como operadora única do pré-sal, a Petrobrás já detém 30% das reservas de Libra, como de todas as outras áreas da região do pré-sal.
A área de Libra está localizada próxima dos blocos BS-4, operado pela Shell, e do BM-S-45, operado pela Petrobrás em parceria com a Shell. Fontes acreditam que, se confirmado o tamanho da megareserva, ela pode "vazar" para estes dois blocos.
Ontem, o gerente executivo de Exploração da Petrobrás, Mario Carminatti, confirmou que a companhia está perfurando o bloco BM-S-45, mas que só dentro de um mês poderá ter alguma notícia da área. Ontem, rumores sobre uma nova grande descoberta movimentaram o mercado financeiro e impactaram a cotação das ações da estatal, que tiveram alta de 1,32% (PN), num dia em que o Ibovespa caiu 0,24%.
Este é o segundo poço perfurado pela Petrobrás sob encomenda da ANP na área de Libra. O primeiro deles, visando a cessão onerosa de cinco bilhões de barris da União para a estatal, apresentou problemas técnicos e foi abandonado. Este segundo poço começou a ser perfurado logo em seguida, em julho, e está sendo concluído agora. Libra foi descartada da cessão onerosa quando percebeu-se que lá havia uma reserva gigantesca, disse uma fonte.
O segundo alvo escolhido pela ANP para fazer a perfuração, de acordo com estas fontes, está localizado em área que foi devolvida pela Shell e que fazia parte do bloco BS-4. As estimativas da Gaffney Cline indicaram para o prospecto de Libra um reserva de, no mínimo, 7,9 bilhões de barris de óleo recuperável. Segundo uma fonte que teve acesso ao relatório, esta estimativa considera um volume de óleo recuperável de 13% na área. Ou seja, os oito bilhões de barris citados seriam apenas 13% do total existente na potencial reserva. As estimativas da ANP consideram um porcentual de óleo recuperável entre 13% e 18%, o que permitiria elevar a projeção total para 12 bilhões de barris.
Mesmo esse porcentual é considerado conservador por especialistas, já que a média internacional é de 20%. A própria Petrobrás, ao apontar o volume recuperável estimado de Tupi entre 5 e 8 bilhões de barris, considera que este volume seja equivalente a algo entre 20% e 25% da reserva "in place" (o total de óleo contido em um reservatório, que nunca pode ser integralmente extraído).
Há dois meses, o diretor geral da ANP, Haroldo Lima, chegou a comentar que se confirmado o volume de 8 bilhões de barris de óleo na área, o bônus de assinatura num eventual leilão de partilha de Libra poderia chegar a até R$ 25 bilhões.
Divulgação
O diretor-geral da ANP, Haroldo Lima, afirmou há pouco que pretende divulgar nesta sexta-feira, 29, a confirmação de reservas do poço de Libra, que está sendo perfurado em parceria com a Petrobrás no pré-sal da Bacia de Santos. Lima não quis adiantar detalhes, alegando que a agência precisa ainda coletar últimas informações sobre o poço. Segundo ele, até o momento a agência trabalha com o cenário moderado estipulado pela consultoria Gaffney Cline Associates (GCA), que estima reserva de 7,9 bilhões de barris.
A própria GCA porém, em um cenário otimista que eleva o volume para 16 bilhões de barris. Ele participou da cerimônia de retirada do primeiro óleo definitivo de Tupi.
O golpismo valerá a pena ?
São cada vez mais fortes os indícios que que a Folha de S.Paulo prepara para sexta-feira uma edição destinada a disparar a “última bala” contra a candidatura Dilma Rousseff.
A insistência em obter os autos do processo contra ela, dos tempos de ditadura, no Supremo Tribunal Federal e, depois, no STF, visa, essencialmente, dar cobertura a uma matéria que já está escrita.
Até porque grande parte deste processo está copiada nos arquivos da Universidade de Campinas e são de acesso público. Fazem parte da coleção “Brasil, nunca mais”, do Arquivo Edgard Leuenroth, daquela Universidade.
Neles, segundo o próprio diretor do Arquivo, Alvaro Bianchi, “, não há nada nesses processos que vincule diretamente Dilma Rousseff a ações armadas, como sequestros, expropriações ou atentados contra alvos civis e militares, nem mesmo a greves ou manifestações estudantis. Ao contrário. Mesmo seus inquisidores não conseguiram estabelecer esse vínculo, não restando –senão- acusá-la vagamente de ‘subversão’ ”.
O professor Bianchi é insuspeito, pois é a favor da liberação indiscriminada dos arquivos do STM. Mas também é contra sua manipulação:
- Suprimir a memória para não perder votos não é boa coisa. Falsificá-la para ganhá-los também não, escreveu ele, num artigo publicado na Carta Capital, onde descreve o conteúdo da documentação relativa a Dilma.
O professor pode ter suas razões. Nem mesmo concordo com elas, pois a revelação daquilo que foi dito – ou que se alegou terem dito – em sessões de torturas abomináveis viola de tal forma o direito das pessoas que só elas, individualmente, podem julgar se querem tornar público, como protesto, ou se aquilo fere a si ou a terceiros,
Afinal, se esta mesma imprensa acha abominável a quebra de sigilo fiscal, revelando aquilo que pessoas disseram à Receita Federal, como pode achar normal ter o direito de revelar detalhes do que foi obtido usando de violências bárbaras? Ou o crime cometido da delegacia fiscal de Mauá é mais grave do que aquele que se cometeu nas câmaras de tortura do regime ditatorial?
A discussão, porém, não se dá nem neste plano das ideias. Não há um pingo de “direito à informação” ou liberdade jornalística neste episódio.
O material – tentando envolvê-la em casos de sangue, não posso afirmar se direta ou indiretamente- está pronto para ser publicado de forma a não ser respondido. Sexta-feira, calam-se os horários eleitorais. No final de semana das eleições, não há possibilidade razoável de contestação. Impera o silêncio, e falarão sozinhos o Jornal Nacional, a Veja, O Globo…
Não será a ética ou o amor pela verdade que os impelirá, nem também o que lhes impedirá.
A única dúvida que lhes resta é se isso adiantará para derrotar Dilma e eleger Serra.
Do blog do Brizola Neto
Disparada de Dilma em Goiás é ótimo sinal
Ainda não saíram os resultados da pesquisa nacional do Ibope, mas o resultado divulgado mais cedo, sobre as intenções de voto dos eleitores goianos deixa a gente otimista.
Lá, na pesquisa anterior, divulgada dia 20, Serra ganharia de Dilma com 47% a 45% das intenções de voto.
Agora, na contagem total das declarações de voto, Dilma aparece com 51% e Serra com 39%. Neste critério, a vantagem de Dilma é de 12 pontos percentuais.
Considerados apenas os votos válidos, a contagem ficaria em 57% para Dilma e 43% para Serra: 14 pontos.
Goiás tem 4 milhões de eleitores, 3% do eleitorado nacional. No primeiro turno, no estado, Dilma teve ??42,2% no estado e Serra, 39,5%, considerados os votos válidos. Pela pesquisa, agora, Dilma teria ganho quase 15 pontos percentuais; Serra, apenas 3,5%.
Brizola Neto
Metrô: turma do Serra teve US$ 10 mi bloqueados na Suiça
Irmão do presidente do Metrô, na gestão Serra, teve US$ 10 milhões bloqueados na Suíça
O escândalo de corrupção na licitação do Metrô de São Paulo, de certa forma, era anunciado, para quem acompanha a escalada de abafamento e impunidade da corrupção tucana em São Paulo.
Em 2009, o ex-secretário estadual de transportes metropolitanos, Jorge Fagali Neto, teve uma conta na Suíça com pedido de bloqueio pela Justiça de São Paulo, devido ao rastreamento do dinheiro de propinas da Alstom, por contratos com o Metrô.
Até o Jornal Nacional, da TV Globo foi obrigado a noticiar o sequestro das contas, mas escondeu que o irmão do titular das contas é o atual presidente do Metrô, desde a gestão José Serra no governo paulista.
Mesmo assim, com esse pedido de sequestro dessa conta milionária na Suíça, o então governador José Serra manteve José Jorge Fagali na presidência do Metrô, o irmão de Jorge Fagali Neto.
Por que José Serra abafou a corrupção no Metrô, no escândalo da Alstom?
Por que impediu que CPI’s na Assembléia Legislativa investigasse?
Por que não fez uma rigorosa auditoria no Metrô?
Um irmão de alguém com 10 milhões de dólares bloqueados na Suíça, vindos de propinas justamente dos contratos com o Metrô, não deveria ser considerado impedido eticamente, para dirigir a empresa? E sem condições para mandar investigar internamente um escândalo destes contra seu próprio irmão?
Que rabo preso tem José Serra com estes escândalos, para não apurar e não afastar as pessoas? São perguntas inquietantes que a nação brasileira quer saber
Do blog Os Amigos do Presidente Lula
O escândalo de corrupção na licitação do Metrô de São Paulo, de certa forma, era anunciado, para quem acompanha a escalada de abafamento e impunidade da corrupção tucana em São Paulo.
Em 2009, o ex-secretário estadual de transportes metropolitanos, Jorge Fagali Neto, teve uma conta na Suíça com pedido de bloqueio pela Justiça de São Paulo, devido ao rastreamento do dinheiro de propinas da Alstom, por contratos com o Metrô.
Até o Jornal Nacional, da TV Globo foi obrigado a noticiar o sequestro das contas, mas escondeu que o irmão do titular das contas é o atual presidente do Metrô, desde a gestão José Serra no governo paulista.
Mesmo assim, com esse pedido de sequestro dessa conta milionária na Suíça, o então governador José Serra manteve José Jorge Fagali na presidência do Metrô, o irmão de Jorge Fagali Neto.
Por que José Serra abafou a corrupção no Metrô, no escândalo da Alstom?
Por que impediu que CPI’s na Assembléia Legislativa investigasse?
Por que não fez uma rigorosa auditoria no Metrô?
Um irmão de alguém com 10 milhões de dólares bloqueados na Suíça, vindos de propinas justamente dos contratos com o Metrô, não deveria ser considerado impedido eticamente, para dirigir a empresa? E sem condições para mandar investigar internamente um escândalo destes contra seu próprio irmão?
Que rabo preso tem José Serra com estes escândalos, para não apurar e não afastar as pessoas? São perguntas inquietantes que a nação brasileira quer saber
Do blog Os Amigos do Presidente Lula
Minha experiência de trabalho com o Ministro José Serra - Por Helvécio Bueno, médico sanitarista
Sou Helvécio Bueno, 57 anos, nascido em São Gotardo – MG, morei em Belo Horizonte de 1961 a 1971 e, desde 1972 moro em Brasília. Formei em medicina pela Universidade de Brasília – UnB, fiz especialização em saúde pública e administração de sistemas de saúde e sou mestre em saúde coletiva.
Entrei para a Secretaria de Saúde do DF em 1982. Na SES-DF fui médico sanitarista do Centro de Saúde n° 4 de Taguatinga – CST4, depois da Coordenação de Saúde da Comunidade, em seguida Chefe do CST4 e vice diretor do Hospital Regional de Taguatinga – HRT.
Em 1985 fui convidado para trabalhar no Ministério da Saúde – MS como técnico do Grupo de Trabalho para a Erradicação da Poliomielite no Brasil – GT Pólio. Trabalhei no MS de 1985 a 1999. Foram quase 15 anos e nesse período convivi com os seguintes ministros da saúde:
1. Carlos Corrêa de Menezes Sant’anna 15 de março de 1985 13 de fevereiro de 1986 José Sarney
2. Roberto Figueira Santos 14 de fevereiro de 1986 23 de novembro de 1987
3. Luiz Carlos Borges da Silveira 23 de novembro de 1987 15 de janeiro de 1989
4. Seigo Tsuzuki 16 de janeiro de 1989 14 de março de 1990
5. Alceni Guerra 15 de março de 1990 23 de janeiro de 1992 F. Collor de Mello
6. José Goldemberg 24 de janeiro de 1992 12 de fevereiro de 1992
7. Adib Jatene 12 de fevereiro de 1992 2 de outubro de 1992
8. de outubro de 1992 29 de dezembro de 1992
8. Jamil Haddad 29 de dezembro de 1992 18 de agosto de 1993 Itamar Franco
9. Saulo Moreira 19 de agosto de 1993 30 de agosto de 1993
10. Henrique Santillo 30 de agosto de 1993 1 de janeiro de 1995
11. Adib Jatene 1 de janeiro de 1995 6 de novembro de 1996 FHC
12. José Carlos Seixas 6 de novembro de 1996 13 de dezembro de 1996
13. Carlos Albuquerque 13 de dezembro de 1996 31 de março de 1998
14. José Serra 31 de março de 1998 20 de fevereiro de 2002
Nesses anos tive a oportunidade de ser o Coordenador do GTPólio e acompanhar o último caso desta doença ocorrido no Brasil; a seguir, como 1º diretor do Departamento de Operações da Fundação Nacional de Saúde – DEOPE/FUNASA pude coordenar a criação do Programa Nacional de Agentes Comunitários de Saúde – PNACS (depois mudado para PACS) e, do Programa Nacional de Parteiras Tradicionais – PNPT (descontinuado na gestão seguinte). Em 1991/1992 participei da reestrutração, por meio de empréstimos junto ao Banco Mundial, do Programa Nacional de Controle das DST/Aids – PN DST/Aids onde fui o 1° Chefe da Unidade de Controle das DST e posteriormente Chefe da Unidade de Assistência à Aids (o PN DST/Aids foi criado em 1985 na gestão do ministro Carlos Santana).
Em 1996 foi criada, no MS, a Secretaria de Políticas de Saúde da qual fui convidado para ser o 1º diretor do Departamento de Avaliação de Políticas de Saúde e depois, em 1998, diretor do Departamento de Informação em Saúde. Nesse período, participei da criação, em conjunto com a Organização Pan-Americana da Saúde – OPAS e fui o 1° coordenador da secretaria técnica da Rede Interagencial de Informações para a Saúde – RIPSA e, junto com o DATASUS, da Rede Nacional de Informações em Saúde – RNIS.
Aí assumiu o MS o ministro José Serra.
Meu 1º contato com o então ministro José Serra ocorreu da seguinte maneira: eu estava participando de uma reunião com todo o 1º escalão do MS na sala de reunião, ao lado do gabinete do ministro, que não se encontrava. A reunião era conduzida pelo Chefe de Gabinete. Depois de uma hora e meia de reunião, no momento em que falava o Secretário de Políticas de Saúde, o ministro Serra entrou na sala, não cumprimentou ninguém, interrompendo o palestrante, sem pedir licença, perguntou ao Chefe de Gabinete o que ele, Serra, precisava saber do que já havia ocorrido naquela reunião. Pegou o Chefe de Gabinete pelo braço e levou-o para seu gabinete deixando seu 1° escalão e alguns convidados sem dirigir-lhes uma única palavra. Essa era a forma com que tratava seus subordinados, o sorriso só aparecia na presença da mídia.
Porém, o mais importante e demonstrativo de seu caráter, foi quando, após 1 ano de sua posse, o ministro Serra solicitou uma avaliação da situação de saúde do país e, quando apresentei, entre outros dados, o aumento da mortalidade infantil na região nordeste ele simplesmente disse: “esta informação não pode sair deste ministério”. Foi quando, em setembro de 1999, pedi demissão do cargo que ocupava no MS.
Além disso, o candidato Serra diz, em sua propagando política, que criou o Programa de Aids e o medicamento genérico. O programa de Aids foi criado pelo ministro Carlos Santana em 1985 e reestruturado, ganhando dimensão internacional, em 1992, na gestão do ministro Adib Jatene; já o genérico foi criado em abril de 1993 pelo ministro Jamil Haddad, durante o governo de Itamar Franco.
Destes 14 ministros, com os quais convivi, destaco pela relevância do trabalho em prol da saúde da população brasileira o ministro Adib Jatene, Henrique Santillo e Carlos Albuquerque.
Se trago este depoimento é unicamente pela preocupação com o destino da maior parte da população brasileira que necessita continuar a melhorar sua qualidade de vida, não só de sobrevivência, mas de cidadania. Toda minha vida profissional, como médico sanitarista, foi dedicada à saúde pública, mas nunca me filiei a nenhum partido político, pois isso me dá a independência necessária para criticar quem precisa e elogiar só quem merece.
Brasília – DF, 20 de outubro de 2010.
Helvécio Bueno
Blog do Luis Nassif
Vamos virar o jogo em Goiás
Pesquisa IBOPE divulgada nesta 4ª feira aponta empate técnico na disputa pelo 2º turno entre os concorrentes a governador de Goiás, o tucano senador Marconi Perillo e o candidato que apoiamos, o ex-prefeito de Goiânia, ex-governador e ex-ministro Iris Rezende (foto), do PMDB.
Considerados apenas os votos válidos (sem contabilizar brancos, nulos e indecisos), Perillo está com 51% e Iris com 49%, na pesquisa que tem margem de erro de 3 pontos percentuais para mais ou para menos. No levantamento o IBOPE ouviu 1.204 eleitores em 55 municípios goianos entre domingo e 3ª feira.
Já considerando a votação total Marconi Perillo aparece com 46% e Iris Rezende, com 45%. Por este IBOPE os indecisos em Goiás somam 5% e os brancos e nulos, 4%.Agora militância do PT, do PMDB e dos demais partidos aliados a Iris, é sair do empate e nós, por nossa história, tradição e garra é que temos condições de ganhar o jogo.
Mantendo-nos nas ruas, num animado corpo a corpo, de casa em casa, eleitor a eleitor vamos tirar essa pequena diferença e conquistar uma boa virada para Iris Rezende. Assim garantiremos uma votação ainda maior para nossa candidata a presidente, Dilma Rousseff (governo-PT-partidos aliados), no domingo, também em Goiás.
Sem comentários
Em nota oficial divulgada à noite, ontem, a candidata derrotada do PV à Presidência da República, senadora Marina silva (PV-AC) denunciou que aliados do candidato tucano ao Planalto, José Serra (PSDB-DEM-PPS) distribuíram via e-mails antiga declaração sua - portanto, fora do contexto em que foi feita - como se fosse de apoio à candidatura presidencial tucana neste 2º turno.
"Não usem meu nome para o vale-tudo eleitoral", diz uma irritada Marina em sua nota. Além da má fé implícita na distribuição da corrente, o e-mail distribuido pelos simpatizantes de Serra não só manipula o teor como distorce e procura atribuir outro sentido a declaração de Marina.
De acordo com sua assessoria, um endereço de correio eletrônico falso e um post do blog "Eu Vou de Serra 45" redistribuiu aos eleitores da senadora verde uma declaração dada por ela ainda durante o 1º turno quando disse: "O Brasil não pode ser entregue a quem não conhece".
Cuidado com as manipulações e provocações
A nota distribuída, publicada pelo blog "Eu Vou de Serra 45" afirma: "Em campanha no Sul do País, a candidata Marina Silva, do PV, fez críticas em relação ao desconhecimento geral sobre a biografia da candidata do PT, Dilma Rousseff". Em sua declaração Marina não citava o nome da concorrente do PT e nem a nota do blog "Eu Vou de Serra 45" situa que ela a fez no Sul, ainda na campanha para o 1º turno".
Infelizmente, muitos não aprenderam nada com os resultados das urnas e continuam a promover a política de mais baixo nível ao usar estratagemas banais para buscar votos", lamentou a senadora na nota que divulgou.
Não comento porque a manipulação já fala por si do que são capazes os tucanos em seu desespero. Mas não posso deixar de alertar nossa militância, aliados e amigos para os riscos a que estamos todos expostos no vale tudo da oposição. Vamos redobrar a atenção com as manipulações e não cair nas provocações.
Blog do Zé Dirceu
Eduardo Jorge é o boateiro oficial do Serra
O impoluto vice-presidente do PSDB, Eduardo Jorge, o coitadinho que teve seu sigilo fiscal quebrado na Receita, embora ninguém tenha visto, está fazendo um trabalho da maior dignidade na campanha do Serra: Manda seus emissários ligarem para jornalistas transmitindo notícias falsas sobre a saúde de Dilma Rousseff.
Quem denunciou a conduta ética do tucano foi o jornalista Ilimar Franco, de O Globo, que contou que na noite da quarta-feira passada representantes de Eduardo Jorge “dispararam telefonemas para ‘informar’ que Dilma estava mal, no aeroporto de Guarulhos, embarcando para a Europa”, quando ela se encontrava em Goiânia, participando de um comício.
Dilma enfrentou um câncer ano passado e explorar a doença para fins eleitorais é de uma sordidez ímpar. Boatos semelhantes circulam pela internet, afirmando que Dilma tem câncer terminal e não assumirá a presidência.
Se Eduardo Jorge não tem mais o que fazer, que vá cuidar do Paulo Preto, que pode trazer a Serra verdadeiras dores de cabeça e não aquela simulada pela bolinha de papel que o atingiu no Rio.
Blog do Brizola Neto
Debate na Globo só terá pergunta de eleitor
Como ninguém aguenta mais a forma como são feitos os debates entre os candidatos à Presidência, a TV Globo decidiu inovar, confinando em um hotel 80 eleitores indecisos que o Ibope vem selecionando pelo país, conta o Estadão.
Somente estes eleitores dirigirão questões a Dilma e Serra, que não farão perguntas um ao outro. Na véspera do debate, cada um destes eleitores enviará à Globo cinco perguntas sobre 20 temas. A TV Globo escolherá as 12 perguntas mais relevantes sobre cada tema. Segundo o Estadão, William Bonner faria perguntas complementares, mas a proposta foi recusada pela equipe do PT.
Os eleitores indecisos ficarão em uma arquibancada em torno dos candidatos, que escolherão por sorteio quem lhes fará a pergunta. Dilma e Serra terão dois minutos para responder, mesmo tempo destinado a réplicas e tréplicas.
Os candidatos poderão caminhar pela área destinada a eles, como aconteceu entre Lula e Serra, em 2002, embora Dilma ainda não esteja 100% recuperada na torção do pé direito.
O que precisa ser esclarecido é qual o critério de seleção dos indecisos pelo Ibope? Eles representam as diferentes faixas de renda, nível educacional e distribuição regional da população brasileira? Com base em que a Globo escolherá as perguntas mais relevantes? O debate da Globo é o último antes da votação, e todo o cuidado é pouco.
Do blog do Brizola Neto
quarta-feira, 27 de outubro de 2010
Theotonio dos Santos: Carta aberta a Fernando Henrique Cardoso
Carta aberta a Fernando Henrique Cardoso
O plano Real não derrubou a inflação e sim uma deflação mundial que fez cair as inflações no mundo inteiro. A inflação brasileira continuou sendo uma das maiores do mundo durante o seu governo. O real foi uma moeda drasticamente debilitada. Isto é evidente: quando nossa inflação esteve acima da inflação mundial por vários anos, nossa moeda tinha que ser altamente desvalorizada. De maneira suicida ela foi mantida artificialmente com um alto valor que levou à crise brutal de 1999. Outro mito é que seu governo foi um exemplo de rigor fiscal. Um governo que elevou a dívida pública do Brasil de 60 bilhões de reais em 1994 para mais de 850 bilhões, oito anos depois, é um exemplo de rigor fiscal? O artigo é de Theotonio dos Santos.
Theotonio dos Santos, na Carta Maior, por sugestão do leitor
Meu caro Fernando,
Vejo-me na obrigação de responder a carta aberta que você dirigiu ao Lula, em nome de uma velha polêmica que você e o José Serra iniciaram em 1978 contra o Rui Mauro Marini, eu, André Gunder Frank e Vânia Bambirra, rompendo com um esforço teórico comum que iniciamos no Chile na segunda metade dos nos 1960. A discussão agora não é entre os cientistas sociais e sim a partir de uma experiência política que reflete contudo este debate teórico. Esta carta assinada por você como ex-presidente é uma defesa muito frágil teórica e politicamente de sua gestão. Quem a lê não pode compreender porque você saiu do governo com 23% de aprovação enquanto Lula deixa o seu governo com 96% de aprovação. Já discutimos em várias oportunidades os mitos que se criaram em torno dos chamados êxitos do seu governo. Já no seu governo vários estudiosos discutimos, já no começo do seu governo, o inevitável caminho de seu fracasso junto à maioria da população. Pois as premissas teóricas em que baseava sua ação política eram profundamente equivocadas e contraditórias com os interesses da maioria da população. (Se os leitores têm interesse de conhecer o debate sobre estas bases teóricas lhe recomendo meu livro já esgotado: Teoria da Dependencia: Balanço e Perspectivas, Editora Civilização Brasileira, Rio, 2000).
Contudo nesta oportunidade me cabe concentrar-me nos mitos criados em torno do seu governo, os quais você repete exaustivamente nesta carta aberta.
O primeiro mito é de que seu governo foi um êxito econômico a partir do fortalecimento do real e que o governo Lula estaria apoiado neste êxito alcançando assim resultados positivos que não quer compartilhar com você… Em primeiro lugar vamos desmitificar a afirmação de que foi o plano real que acabou com a inflação. Os dados mostram que até 1993 a economia mundial vivia uma hiperinflação na qual todas as economias apresentavam inflações superiores a 10%. A partir de 1994, TODAS AS ECONOMIAS DO MUNDO APRESENTARAM UMA QUEDA DA INFLAÇÃO PARA MENOS DE 10%. Claro que em cada pais apareceram os “gênios” locais que se apresentaram como os autores desta queda. Mas isto é falso: tratava-se de um movimento planetário.
No caso brasileiro, a nossa inflação girou, durante todo seu governo, próxima dos 10% mais altos. TIVEMOS NO SEU GOVERNO UMA DAS MAIS ALTAS INFLAÇÕES DO MUNDO. E aqui chegamos no outro mito incrível. Segundo você e seus seguidores (e até setores de oposição ao seu governo que acreditam neste mito) sua política econômica assegurou a transformação do real numa moeda forte. Ora Fernando, sejamos cordatos: chamar uma moeda que começou em 1994 valendo 0,85 centavos por dólar e mantendo um valor falso até 1998, quando o próprio FMI exigia uma desvalorização de pelo menos uns 40% e o seu ministro da economia recusou-se a realizá-la “pelo menos até as eleições”, indicando assim a época em que esta desvalorização viria e quando os capitais estrangeiros deveriam sair do país antes de sua desvalorização, O fato é que quando você flexibilizou o cambio o real se desvalorizou chegando até a 4,00 reais por dólar. E não venha por a culpa da “ameaça petista” pois esta desvalorização ocorreu muito antes da “ameaça Lula”. ORA, UMA MOEDA QUE SE DESVALORIZA 4 VEZES EM 8 ANOS PODE SER CONSIDERADA UMA MOEDA FORTE? Em que manual de economia? Que economista respeitável sustenta esta tese?
Conclusões: O plano Real não derrubou a inflação e sim uma deflação mundial que fez cair as inflações no mundo inteiro. A inflação brasileira continuou sendo uma das maiores do mundo durante o seu governo. O real foi uma moeda drasticamente debilitada. Isto é evidente: quando nossa inflação esteve acima da inflação mundial por vários anos, nossa moeda tinha que ser altamente desvalorizada. De maneira suicida ela foi mantida artificialmente com um alto valor que levou à crise brutal de 1999.
Segundo mito; Segundo você, o seu governo foi um exemplo de rigor fiscal. Meu Deus: um governo que elevou a dívida pública do Brasil de uns 60 bilhões de reais em 1994 para mais de 850 bilhões de dólares quando entregou o governo ao Lula, oito anos depois, é um exemplo de rigor fiscal? Gostaria de saber que economista poderia sustentar esta tese. Isto é um dos casos mais sérios de irresponsabilidade fiscal em toda a história da humanidade.
E não adianta atribuir este endividamento colossal aos chamados “esqueletos” das dívidas dos estados, como o fez seu ministro de economia burlando a boa fé daqueles que preferiam não enfrentar a triste realidade de seu governo. Um governo que chegou a pagar 50% ao ano de juros por seus títulos para, em seguida, depositar os investimentos vindos do exterior em moeda forte a juros nominais de 3 a 4%, não pode fugir do fato de que criou uma dívida colossal só para atrair capitais do exterior para cobrir os déficits comerciais colossais gerados por uma moeda sobrevalorizada que impedia a exportação, agravada ainda mais pelos juros absurdos que pagava para cobrir o déficit que gerava.
Este nível de irresponsabilidade cambial se transforma em irresponsabilidade fiscal que o povo brasileiro pagou sob a forma de uma queda da renda de cada brasileiro pobre. Nem falar da brutal concentração de renda que esta política agravou dráticamente neste pais da maior concentração de renda no mundo. Vergonha, Fernando. Muita vergonha. Baixa a cabeça e entenda porque nem seus companheiros de partido querem se identificar com o seu governo…te obrigando a sair sozinho nesta tarefa insana.
Terceiro mito – Segundo você, o Brasil tinha dificuldade de pagar sua dívida externa por causa da ameaça de um caos econômico que se esperava do governo Lula. Fernando, não brinca com a compreensão das pessoas. Em 1999 o Brasil tinha chegado à drástica situação de ter perdido TODAS AS SUAS DIVISAS. Você teve que pedir ajuda ao seu amigo Clinton que colocou à sua disposição ns 20 bilhões de dólares do tesouro dos Estados Unidos e mais uns 25 BILHÕES DE DÓLARES DO FMI, Banco Mundial e BID. Tudo isto sem nenhuma garantia.
Esperava-se aumentar as exportações do pais para gerar divisas para pagar esta dívida. O fracasso do setor exportador brasileiro mesmo com a espetacular desvalorização do real não permitiu juntar nenhum recurso em dólar para pagar a dívida. Não tem nada a ver com a ameaça de Lula. A ameaça de Lula existiu exatamente em conseqüência deste fracasso colossal de sua política macro-econômica. Sua política externa submissa aos interesses norte-americanos, apesar de algumas declarações críticas, ligava nossas exportações a uma economia decadente e um mercado já copado. A recusa dos seus neoliberais de promover uma política industrial na qual o Estado apoiava e orientava nossas exportações. A loucura do endividamento interno colossal. A impossibilidade de realizar inversões públicas apesar dos enormes recursos obtidos com a venda de uns 100 bilhões de dólares de empresas brasileiras. Os juros mais altos do mundo que inviabilizava e ainda inviabiliza a competitividade de qualquer empresa.
Enfim, UM FRACASSO ECONOMICO ROTUNDO que se traduzia nos mais altos índices de risco do mundo, mesmo tratando-se de avaliadoras amigas. Uma dívida sem dinheiro para pagar… Fernando, o Lula não era ameaça de caos. Você era o caos. E o povo brasileiro correu tranquilamente o risco de eleger um torneiro mecânico e um partido de agitadores, segundo a avaliação de vocês, do que continuar a aventura econômica que você e seu partido criou para este país.
Gostaria de destacar a qualidade do seu governo em algum campo mas não posso fazê-lo nem no campo cultural para o qual foi chamado o nosso querido Francisco Weffort (neste então secretário geral do PT) e não criou um só museu, uma só campanha significativa. Que vergonha foi a comemoração dos 500 anos da “descoberta do Brasil”. E no plano educacional onde você não criou uma só universidade e entou em choque com a maioria dos professores universitários sucateados em seus salários e em seu prestígio profissional. Não Fernando, não posso reconhecer nada que não pudesse ser feito por um medíocre presidente.
Lamento muito o destino do Serra. Se ele não ganhar esta eleição vai ficar sem mandato, mas esta é a política. Vocês vão ter que revisar profundamente esta tentativa de encerrar a Era Vargas com a qual se identifica tão fortemente nosso povo. E terão que pensar que o capitalismo dependente que São Paulo construiu não é o que o povo brasileiro quer. E por mais que vocês tenham alcançado o domínio da imprensa brasileira, devido suas alianças internacionais e nacionais, está claro que isto não poderia assegurar ao PSDB um governo querido pelo nosso povo. Vocês vão ficar na nossa história com um episódio de reação contra o vedadeiro progresso que Dilma nos promete aprofundar. Ela nos disse que a luta contra a desigualdade é o verdadeiro fundamento de uma política progressista. E dessa política vocês estão fora.
Apesar de tudo isto, me dá pena colocar em choque tão radical uma velha amizade. Apesar deste caminho tão equivocado, eu ainda gosto de vocês ( e tenho a melhor recordação de Ruth) mas quero vocês longe do poder no Brasil. Como a grande maioria do povo brasileiro. Poderemos bater um papo inocente em algum congresso internacional se é que vocês algum dia voltarão a freqüentar este mundo dos intelectuais afastados das lides do poder.
Com a melhor disposição possível mas com amor à verdade, me despeço
thdossantos@terra.com.br
http://theotoniodossantos.blogspot.com/
(*) Theotonio Dos Santos é Professor Emérito da Universidade Federal Fluminense, Presidente da Cátedra da UNESCO e da Universidade das Nações Unidas sobre economia global e desenvolvimentos sustentável. Professor visitante nacional sênior da Universidade Federal do Rio de Janeiro.
http://www.viomundo.com.br/politica/theotonio-dos-santos-carta-aberta-a-fernando-henrique-cardoso.html
O plano Real não derrubou a inflação e sim uma deflação mundial que fez cair as inflações no mundo inteiro. A inflação brasileira continuou sendo uma das maiores do mundo durante o seu governo. O real foi uma moeda drasticamente debilitada. Isto é evidente: quando nossa inflação esteve acima da inflação mundial por vários anos, nossa moeda tinha que ser altamente desvalorizada. De maneira suicida ela foi mantida artificialmente com um alto valor que levou à crise brutal de 1999. Outro mito é que seu governo foi um exemplo de rigor fiscal. Um governo que elevou a dívida pública do Brasil de 60 bilhões de reais em 1994 para mais de 850 bilhões, oito anos depois, é um exemplo de rigor fiscal? O artigo é de Theotonio dos Santos.
Theotonio dos Santos, na Carta Maior, por sugestão do leitor
Meu caro Fernando,
Vejo-me na obrigação de responder a carta aberta que você dirigiu ao Lula, em nome de uma velha polêmica que você e o José Serra iniciaram em 1978 contra o Rui Mauro Marini, eu, André Gunder Frank e Vânia Bambirra, rompendo com um esforço teórico comum que iniciamos no Chile na segunda metade dos nos 1960. A discussão agora não é entre os cientistas sociais e sim a partir de uma experiência política que reflete contudo este debate teórico. Esta carta assinada por você como ex-presidente é uma defesa muito frágil teórica e politicamente de sua gestão. Quem a lê não pode compreender porque você saiu do governo com 23% de aprovação enquanto Lula deixa o seu governo com 96% de aprovação. Já discutimos em várias oportunidades os mitos que se criaram em torno dos chamados êxitos do seu governo. Já no seu governo vários estudiosos discutimos, já no começo do seu governo, o inevitável caminho de seu fracasso junto à maioria da população. Pois as premissas teóricas em que baseava sua ação política eram profundamente equivocadas e contraditórias com os interesses da maioria da população. (Se os leitores têm interesse de conhecer o debate sobre estas bases teóricas lhe recomendo meu livro já esgotado: Teoria da Dependencia: Balanço e Perspectivas, Editora Civilização Brasileira, Rio, 2000).
Contudo nesta oportunidade me cabe concentrar-me nos mitos criados em torno do seu governo, os quais você repete exaustivamente nesta carta aberta.
O primeiro mito é de que seu governo foi um êxito econômico a partir do fortalecimento do real e que o governo Lula estaria apoiado neste êxito alcançando assim resultados positivos que não quer compartilhar com você… Em primeiro lugar vamos desmitificar a afirmação de que foi o plano real que acabou com a inflação. Os dados mostram que até 1993 a economia mundial vivia uma hiperinflação na qual todas as economias apresentavam inflações superiores a 10%. A partir de 1994, TODAS AS ECONOMIAS DO MUNDO APRESENTARAM UMA QUEDA DA INFLAÇÃO PARA MENOS DE 10%. Claro que em cada pais apareceram os “gênios” locais que se apresentaram como os autores desta queda. Mas isto é falso: tratava-se de um movimento planetário.
No caso brasileiro, a nossa inflação girou, durante todo seu governo, próxima dos 10% mais altos. TIVEMOS NO SEU GOVERNO UMA DAS MAIS ALTAS INFLAÇÕES DO MUNDO. E aqui chegamos no outro mito incrível. Segundo você e seus seguidores (e até setores de oposição ao seu governo que acreditam neste mito) sua política econômica assegurou a transformação do real numa moeda forte. Ora Fernando, sejamos cordatos: chamar uma moeda que começou em 1994 valendo 0,85 centavos por dólar e mantendo um valor falso até 1998, quando o próprio FMI exigia uma desvalorização de pelo menos uns 40% e o seu ministro da economia recusou-se a realizá-la “pelo menos até as eleições”, indicando assim a época em que esta desvalorização viria e quando os capitais estrangeiros deveriam sair do país antes de sua desvalorização, O fato é que quando você flexibilizou o cambio o real se desvalorizou chegando até a 4,00 reais por dólar. E não venha por a culpa da “ameaça petista” pois esta desvalorização ocorreu muito antes da “ameaça Lula”. ORA, UMA MOEDA QUE SE DESVALORIZA 4 VEZES EM 8 ANOS PODE SER CONSIDERADA UMA MOEDA FORTE? Em que manual de economia? Que economista respeitável sustenta esta tese?
Conclusões: O plano Real não derrubou a inflação e sim uma deflação mundial que fez cair as inflações no mundo inteiro. A inflação brasileira continuou sendo uma das maiores do mundo durante o seu governo. O real foi uma moeda drasticamente debilitada. Isto é evidente: quando nossa inflação esteve acima da inflação mundial por vários anos, nossa moeda tinha que ser altamente desvalorizada. De maneira suicida ela foi mantida artificialmente com um alto valor que levou à crise brutal de 1999.
Segundo mito; Segundo você, o seu governo foi um exemplo de rigor fiscal. Meu Deus: um governo que elevou a dívida pública do Brasil de uns 60 bilhões de reais em 1994 para mais de 850 bilhões de dólares quando entregou o governo ao Lula, oito anos depois, é um exemplo de rigor fiscal? Gostaria de saber que economista poderia sustentar esta tese. Isto é um dos casos mais sérios de irresponsabilidade fiscal em toda a história da humanidade.
E não adianta atribuir este endividamento colossal aos chamados “esqueletos” das dívidas dos estados, como o fez seu ministro de economia burlando a boa fé daqueles que preferiam não enfrentar a triste realidade de seu governo. Um governo que chegou a pagar 50% ao ano de juros por seus títulos para, em seguida, depositar os investimentos vindos do exterior em moeda forte a juros nominais de 3 a 4%, não pode fugir do fato de que criou uma dívida colossal só para atrair capitais do exterior para cobrir os déficits comerciais colossais gerados por uma moeda sobrevalorizada que impedia a exportação, agravada ainda mais pelos juros absurdos que pagava para cobrir o déficit que gerava.
Este nível de irresponsabilidade cambial se transforma em irresponsabilidade fiscal que o povo brasileiro pagou sob a forma de uma queda da renda de cada brasileiro pobre. Nem falar da brutal concentração de renda que esta política agravou dráticamente neste pais da maior concentração de renda no mundo. Vergonha, Fernando. Muita vergonha. Baixa a cabeça e entenda porque nem seus companheiros de partido querem se identificar com o seu governo…te obrigando a sair sozinho nesta tarefa insana.
Terceiro mito – Segundo você, o Brasil tinha dificuldade de pagar sua dívida externa por causa da ameaça de um caos econômico que se esperava do governo Lula. Fernando, não brinca com a compreensão das pessoas. Em 1999 o Brasil tinha chegado à drástica situação de ter perdido TODAS AS SUAS DIVISAS. Você teve que pedir ajuda ao seu amigo Clinton que colocou à sua disposição ns 20 bilhões de dólares do tesouro dos Estados Unidos e mais uns 25 BILHÕES DE DÓLARES DO FMI, Banco Mundial e BID. Tudo isto sem nenhuma garantia.
Esperava-se aumentar as exportações do pais para gerar divisas para pagar esta dívida. O fracasso do setor exportador brasileiro mesmo com a espetacular desvalorização do real não permitiu juntar nenhum recurso em dólar para pagar a dívida. Não tem nada a ver com a ameaça de Lula. A ameaça de Lula existiu exatamente em conseqüência deste fracasso colossal de sua política macro-econômica. Sua política externa submissa aos interesses norte-americanos, apesar de algumas declarações críticas, ligava nossas exportações a uma economia decadente e um mercado já copado. A recusa dos seus neoliberais de promover uma política industrial na qual o Estado apoiava e orientava nossas exportações. A loucura do endividamento interno colossal. A impossibilidade de realizar inversões públicas apesar dos enormes recursos obtidos com a venda de uns 100 bilhões de dólares de empresas brasileiras. Os juros mais altos do mundo que inviabilizava e ainda inviabiliza a competitividade de qualquer empresa.
Enfim, UM FRACASSO ECONOMICO ROTUNDO que se traduzia nos mais altos índices de risco do mundo, mesmo tratando-se de avaliadoras amigas. Uma dívida sem dinheiro para pagar… Fernando, o Lula não era ameaça de caos. Você era o caos. E o povo brasileiro correu tranquilamente o risco de eleger um torneiro mecânico e um partido de agitadores, segundo a avaliação de vocês, do que continuar a aventura econômica que você e seu partido criou para este país.
Gostaria de destacar a qualidade do seu governo em algum campo mas não posso fazê-lo nem no campo cultural para o qual foi chamado o nosso querido Francisco Weffort (neste então secretário geral do PT) e não criou um só museu, uma só campanha significativa. Que vergonha foi a comemoração dos 500 anos da “descoberta do Brasil”. E no plano educacional onde você não criou uma só universidade e entou em choque com a maioria dos professores universitários sucateados em seus salários e em seu prestígio profissional. Não Fernando, não posso reconhecer nada que não pudesse ser feito por um medíocre presidente.
Lamento muito o destino do Serra. Se ele não ganhar esta eleição vai ficar sem mandato, mas esta é a política. Vocês vão ter que revisar profundamente esta tentativa de encerrar a Era Vargas com a qual se identifica tão fortemente nosso povo. E terão que pensar que o capitalismo dependente que São Paulo construiu não é o que o povo brasileiro quer. E por mais que vocês tenham alcançado o domínio da imprensa brasileira, devido suas alianças internacionais e nacionais, está claro que isto não poderia assegurar ao PSDB um governo querido pelo nosso povo. Vocês vão ficar na nossa história com um episódio de reação contra o vedadeiro progresso que Dilma nos promete aprofundar. Ela nos disse que a luta contra a desigualdade é o verdadeiro fundamento de uma política progressista. E dessa política vocês estão fora.
Apesar de tudo isto, me dá pena colocar em choque tão radical uma velha amizade. Apesar deste caminho tão equivocado, eu ainda gosto de vocês ( e tenho a melhor recordação de Ruth) mas quero vocês longe do poder no Brasil. Como a grande maioria do povo brasileiro. Poderemos bater um papo inocente em algum congresso internacional se é que vocês algum dia voltarão a freqüentar este mundo dos intelectuais afastados das lides do poder.
Com a melhor disposição possível mas com amor à verdade, me despeço
thdossantos@terra.com.br
http://theotoniodossantos.blogspot.com/
(*) Theotonio Dos Santos é Professor Emérito da Universidade Federal Fluminense, Presidente da Cátedra da UNESCO e da Universidade das Nações Unidas sobre economia global e desenvolvimentos sustentável. Professor visitante nacional sênior da Universidade Federal do Rio de Janeiro.
http://www.viomundo.com.br/politica/theotonio-dos-santos-carta-aberta-a-fernando-henrique-cardoso.html
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