sexta-feira, 22 de outubro de 2010
Ato com Dilma reúne prefeitos e lideranças de 430 cidades de MG
A candidata à Presidência, Dilma Rousseff (PT), chegou no início da tarde desta sexta-feira ao Iate Clube, em Belo Horizonte, para um encontro com lideranças do Estado. Os organizadores estimaram a presença de representantes de 430 cidades de Minas Gerais, sendo 250 prefeitos. Entre eles, filiados ao DEM e ao PSDB. Na semana passada, o candidato tucano reuniu-se em Belo Horizonte com representantes de 450 cidades mineiras. O Estado tem 853 municípios.
Durante o ato, Dilma recebeu ainda o apoio de prefeitos de partidos da base de José Serra (PSDB), como o prefeito de Manaus, Amazonino Mendes, e o de Belém, Duciomar da Costa, ambos do PTB. Dilma recebeu ainda o apoio da única prefeita do PV em uma capital, Micarla de Souza, de Natal.
No início do ato, a candidata recebeu um manifesto de apoio dos integrantes do PV estadual Zé Fernando, candidato derrotado ao governo de Minas, e Fábio Ramalho, deputado federal reeleito. Dilma também recebeu camisas dos três maiores times de Minas - Cruzeiro, Atlético e América. A camisa do Cruzeiro foi entregue pelo ex-jogador do clube, Dirceu Lopes.
Mineiridade
Durante o ato, Dilma reforçou suas origens mineiras e apresentou um pacote de benfeitorias aos municípios mineiros. No início de seu discurso, a candidata falou do apreço que tem pelo estado onde nasceu e pela capital mineira. ''Foi aqui que eu iniciei o processo de conscientização da cidadania e aprendi a lutar pela diversidade'', disse a candidata, se referindo aos anos em que ingressou no movimento de combate à ditadura. ''Aqui em Minas eu me convenci que um outro brasil era possível, sem ditatura, democrático, com direito de expressão, comprometido com a liberdade imprensa. Por isso Minas tem na bandeira 'liberdade ainda que tardia''', completou. A candidata ainda se referiu ao estado dizendo que Minas '' é uma ilha cercada de Brasil por todos os lados''.
A candidata disse ainda que uma de suas promessas é incluir pequenos e médios municípios no PAC 2. A candidata justificou que muitos não conseguiram entrar no programa por causa de falhas no projeto técnico, mas afirmou que se o projeto for reelaborado, eles poderão entrar no programa.
Esta é a segunda visita de Dilma a Belo Horizonte em menos de uma semana. No último sábado, ela esteve na capital mineira com o presidente Lula, que discursou em favor da afilhada política. As visitas à cidade fazem parte da estratégia da coordenação da campanha do PT, que quer reforçar as origens mineiras de Dilma, de olho nos votos do segundo maior colégio eleitoral do país. Dilma nasceu em Belo Horizonte, apesar de ser radicada no Rio Grande do Sul, mas segundo um levantamento interno do PT, 42% dos mineiros ainda não sabem que a candidata é nascida em Minas.
À noite, a candidata irá fazer um comício com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em Uberlândia, no Triângulo Mineiro. Especula-se que neste sábado ela irá voltar à capital mineira para participar de um ato político nas ruas, com a militância e aliados do partido.
Meta é ter 2,5 milhões de votos a mais que Serra em MG
Com o mapa dos votos do Estado em mãos, a campanha de Dilma Rousseff trabalha na tentativa de ampliar a vantagem da petista em Minas Gerais no segundo turno em relação ao ex-governador José Serra. A intenção, segundo o vice-presidente do PT-MG, deputado federal Miguel Correa Júnior, é colocar 2,5 milhões de votos à frente do adversário tucano. Para isso, no entanto, terão que conter o tucanato mineiro e, principalmente, a influência do senador eleito Aécio Neves (PSDB), que trabalha pela campanha de Serra no Estado.
Correa Júnior admite que há pontos preocupantes, como as regiões Leste, Centro e Sul do Estado. Com o mapa desenhado da situação no primeiro turno, ele exemplifica os principais obstáculos: "Em Belo Horizonte, por exemplo, onde a Marina Silva (PV) venceu, acho que ganhamos, mas por muito pouco, cerca de 5% de diferença. Já na região metropolitana, onde há bolsões beneficiados com o PAC e o Bolsa Família, acreditamos que a Dilma vai crescer muito".
Para emplacar a diferença pensada pelo comando da campanha em Minas, a concorrente teria que herdar uma boa parte dos votos de Marina. No primeiro turno, Dilma teve 5.067.399 votos no Estado, contra 3.317.872 de Serra - cerca de 1,7 milhões de diferença - e 2.291.502 da senadora verde. Além de não perder eleitores, a petista teria que conquistar outros 800 mil votos para chegar à meta de 2,5 milhões de frente.
Grupo de emergência
Na busca de barrar o efeito de Aécio, um grupo de emergência foi escalado pelo Planalto. Uma das aquisições foi o vice-presidente José Alencar (PRB), que participa de alguns eventos, mas, em função do tratamento constante de saúde, não pode ficar na linha de frente. Assim, o ministro da Articulação Institucional, Alexandre Padilha, tem estado em Minas sistematicamente. A mira: os 853 prefeitos do Estado.
"Quem tem a força nacional para falar com os prefeitos no interior são o presidente Lula, a Dilma e o Padilha. Sem a disponibilidade óbvia dos dois primeiros, Padilha tem atuado muito", afirma Miguel Correa. O ministro, segundo o dirigente petista, aproveita o bom trânsito que tem com prefeitos em todo o País para tentar abrir portas em direção à Dilma Rousseff.
Vermelho
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