segunda-feira, 25 de outubro de 2010
Sujeira e oportunismo no novo factóide tucano
A pseudo denúncia - já negada por ele em nota oficial - de que o secretário Nacional de Justiça, Pedro Abramovay teria se queixado de pedidos de dossiês feitos pela candidata Dilma Rousseff (governo-PT-partidos aliados) e pelo chefe de gabinete da Presidência da República, Gilberto Carvalho (foto) tem um objetivo claro: ajudar o candidto da oposição, José Serra (PSDB-DEM-PPS) a ganhar no tapetão.
O caso é capa da VEJA desta semana. Ainda que se porte como tal, a revista não é delegacia de polícia, é hoje um panfleto da oposição, mas defesa dos interesses desta esta sua matéria é de um oportunismo eleitoreiro sem tamanho.
A matéria "coincidentemente" vem à tona quando o processo que tramita desde 2002 contra o PT e Gilberto apenas agora, a 10 dias (quando foi acolhido) do 2º turno é objeto de denúncia por decisão da juíza Ana Lúcia Xavier Goldman. A ação tem como acusador João Francisco Daniel - irmão do prefeito assassinado de Santo André, Celso Daniel - para quem o partido e Gilberto são responsáveis por corrupção e desvio de recursos em Santo André (SP).
"Virar manchete na semana da eleição"
Tranquilo, Gilberto antecipou que irá se defender e lembrou que já prestou depoimentos no Ministério Público e em duas CPIs durante este tempo. Também afirmou o óbvio: não tem nada a esconder e quer sim a investigação.
O processo é na área cível e não criminal, destacou Gilberto lembrando: "o acusador(João Francisco Daniel) já se retratou em juízo com o Zé Dirceu (em processo semelhante). Vou apresentar minha defesa, mas estou absolutamente tranquilo. Já me defendi em CPI, no Ministério Público. Estranho é virar manchete na semana que antecede à eleição. Mas o meu couro já está duro".
Sem dúvidas, trata-se de uma denúncia eleitoreira, para ser usada na mídia, na propaganda na TV, e nos debates do candidato José Serra. Este, sem propostas e sem programa de governo apoia-se na onda de boatos que desencadeou e que chegou ao cúmulo na semana passada, ao tentar passar para a população ter sofrido uma agressão, quando foi alvo, apenas, de uma bolinha de papel.
Agressão não colou; volta a história dos dossiês
Como isto não colou, apelam agora para a volta da história dos dossiês - esta capa da VEJA. Também esta declaração da deputada eleita, Mara Gabrilli (PSDB-SP) publicada a meu respeito pelo Estadão de ontem não tem nenhuma base legal. A tucana acusa Carvalho e a mim de corrupção, sem considerar que o irmão de Celso Daniel já se retratou em juízo.
Além disso, é sempre bom lembrar, porque é a isso que eles querem chegar e explorar de novo: os dois inquéritos sobre o assassinato do Celso Daniel - o segundo pedido pela família que, inclusive, escolheu o promotor e a delegada que cuidaram do caso - já desvendaram o crime, os responsáveis foram processados e estão presos. Não há absolutamente nada que vincule o assassinato do ex-prefeito ao PT.
Blog do Zé Dirceu
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