quinta-feira, 5 de novembro de 2020

Serra vira réu no dia de prescrição do caso e responderá por corrupção, caixa 2 e lavagem de dinheiro


Justiça Eleitoral de São Paulo aceitou a denúncia contra o senador José Serra (PSDB-SP), que responderá judicialmente pelos crimes de caixa 2 eleitoral, corrupção e lavagem de dinheiro. Segundo as investigações, o parlamentar recebeu R$ 5 milhões não contabilizados como doação durante a campanha de 2014

5 de novembro de 2020

José Serra (Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil)

247 - O juiz Marco Antonio Martin Vargas, da 1ª Zona Eleitoral de São Paulo, aceitou a denúncia contra o senador José Serra (PSDB-SP), que responderá judicialmente pelos crimes de caixa 2 eleitoral, corrupção e lavagem de dinheiro. O tucano e os empresários José Seripieri Filho, da Qualicorp, Mino Mattos Mazzamati e Arthur Azevedo Filho nessa quarta-feira (4), último dia antes da prescrição do caso. 

Segundo as investigações, o parlamentar recebeu R$ 5 milhões não contabilizados como doação durante a campanha de 2014. O magistrado apontou "indícios suficientemente seguros, idôneos e aptos a indicar, neste momento processual, a plausibilidade da tese acusatória".

O sigilo do processo vale até o dia 28 de novembro, data do segundo turno da eleição municipal. Os relatos foram publicados em reportagem do portal G1.

Em nota divulgada antes da aceitação da denúncia, os advogados do senador, Flávia Rahal e Sepúlveda Pertence, afirmaram que o STF "e o próprio Ministério Público Federal reconheceram a nulidade da absurda busca e apreensão ordenada pela Justiça Eleitoral nos endereços de José Serra, com a determinação de desentranhamento (retirada) de tudo aquilo que foi originado a partir das medidas invasivas e ilegais determinadas contra o senador".

De acordo com a defesa, a Procuradoria Geral da República (PGR) afirmou, em sua manifestação sobre o caso, que "tampouco há indícios acerca da prática de crimes durante e relacionados ao mandato de Senador da República".

"Com isso, houve o arquivamento de toda a parte do inquérito posterior a 2014, comprovando o objetivo que sempre se teve com essa investigação: desmoralizar a imagem e reputação do senador", disseram os advogados.


Brasil 247

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