quinta-feira, 24 de fevereiro de 2022

Batalhão Azov - Neonazismo

 



O Batalhão de Azov (em ucraniano: Полк Азов) é uma organização paramilitar atualmente ligada ao Ministério do Interior da Ucrânia criado em 2014 durante os protestos da Euromaidan.

Originalmente fundado como um grupo paramilitar voluntário, o grupo é acusado de ser uma organização neonazista e neofascista, além de ter envolvimento em vários casos de abusos de direitos humanos e crimes de guerra na Guerra civil no leste da Ucrânia, principalmente em casos de torturas, estupros, saques, limpeza étnica e perseguição de minorias como homossexuais, Judeus e Russos.[2]

História

O grupo foi fundado por volta de 2014, durante a euromaidan, por Hooligans e ultras do FC Metalist Kharkiv e militantes de extrema-direita. O grupo acabou crescendo e logo se tornou uma organização paramilitar bem organizada que apoiava o governo ucraniano na luta contra separatistas pró-russos no leste da Ucrânia. Inicialmente o grupo se auto intitulava "Sect 82", porém após uma bem sucedida e decisiva participação na Batalha de Mariupol,o grupo passou a se chamar "Batalhão de Azov " devido ao fato da cidade de Mariupol se localizar próxima ao mar de Azov.[3]

Em 2015, o grupo passou a ser um regimento da guarda nacional da Ucrânia, logo após o governo ucraniano ter aprovado uma lei que incorporava todas as facções paramilitares pró-governo ao exercito ucraniano, a medida foi fortemente criticada pelo governo russo e por organizações de direitos humanos.[4]
Participação política

Em 2017, o grupo criou o seu braço político, o corpo nacional, um partido ultranacionalista que se opõe tanto a Rússia quanto a entrada da Ucrânia na OTAN e na União Europeia.[5] Em 2016, Andriy Bilietsky, um dos fundadores do Batalhão de Azov, foi eleito vereador em Kharkiv.[6]
Controvérsias
Crimes de guerra

O grupo é acusado de vários crimes de guerra, incluindo execuções extrajudiciais, desaparecimentos forçados, destruição de locais de culto, tortura, estupros e perseguição de minorias. Em 2014, um vídeo no qual um membro do Batalhão de Azov aparece enforcando um soldado pró-russo emergiu na internet e várias mulheres tem relatado casos de estupro por membros do batalhão, algo que os lideres do batalhão negam. O grupo também é acusado de recrutar menores de idade para a guerra.[7]
Neonazismo

O batalhão é acusado de utilizar vários símbolos fascistas e nazistas, como a Suástica, o Sol negro e a saudação romana, além de possuir membros com pensamentos antissemitas, racistas e homofóbicos.

O fundador do grupo, Andriy Biletski, nega que o grupo seja neonazista e afirma que o Batalhão de Azov é um "batalhão nacionalista que visa defender os interesses da Ucrânia".[8]
Recrutamento de estrangeiros

O Batalhão de Azov confirma que possui vários voluntários estrangeiros em suas fileiras, principalmente georgianos, romenos, alemães, ingleses, franceses, libaneses e até mesmo alguns russos.

A maioria desses voluntários são membros ou simpatizantes de grupos neonazistas, supremacistas brancos e ultranacionalistas. Em 2016, a Polícia Federal do Brasil desmantelou uma célula do Batalhão de Azov no Rio Grande do Sul que recrutava neonazistas brasileiros para serem enviados para a Ucrânia[9]

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