sexta-feira, 25 de fevereiro de 2022


Soldados russos já operam na cidade. Os russos afirmaram que estão dispostos a negociar

25 de fevereiro de 2022

Posto do Serviço de Guarda de Fronteira do Estado ucraniano danificado por bombardeios na região de Kiev (Foto: Reuters)


247 - A capital da Ucrânia, Kiev, está cercada pelas tropas russas, que começaram uma operação militar na quinta-feira, 24, para destruir as instalações militares ucranianas e derrotar o governo de Volodomyr Zelensky, apoiado pelos Estados Unidos. Soldados russos já operam na cidade, segundo a Folha de S.Paulo.

Eles estão avançando por duas rotas no norte e pelo menos uma no leste da capital. O prefeito da capital ucraniana, Vitali Klitschko, afirmou que cinco explosões já foram ouvidas perto de uma estação de energia na cidade, por entre três e cinco minutos.

O Serviço Estatal de Comunicações Especiais da Ucrânia disse que os confrontos estão em andamento em um subúrbio no leste de Kiev. As forças armadas ucranianas relataram intensos combates em torno de Vasylkiv, uma cidade localizada a cerca de 29 quilômetros ao sul da capital.


Os russos querem a renúncia de Zelensky, mas já afirmaram que estão dispostos a negociar, como apontou o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov. Durante esta sexta-feira, 25, o governo ucraniano buscou evitar negociações, mobilizando tropas neonazistas para lutar contra os russos.

Mais cedo, em vídeo publicado nas redes sociais, Zelensky afirmou que a madrugada será difícil. “O inimigo usará todas as forças disponíveis para quebrar a resistência dos ucranianos. temos que nos manter firmes”, disse.

Negociações

Agora, o porta-voz do governo, Sergiy Nikiforov, destacou que o presidente ucraniano está pronto para começar a negociar um cessar-fogo com a Rússia. “As partes estão se consultando sobre o local e o momento do processo de negociação”, afirmou em postagem no Facebook.

Zelensky havia sugerido anteriormente a capital polonesa de Varsóvia como um local para as negociações em vez da proposta de Minsk de Moscou, mas “desapareceu” logo depois, disse o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov.

O governo da Ucrânia pediu ao primeiro-ministro israelense Naftali Bennett que sediasse e ajudasse a mediar as negociações entre os países, disse o embaixador da Ucrânia em Israel, Yevgen Korniychuk à CNN.

"Nosso presidente acredita que Israel é o único Estado democrático que tem grandes relações com a Rússia e a Ucrânia e que poderia ser usado para facilitar essas negociações", disse. Ele defendeu que Jerusalém é preferível a Minsk, pois a Bielorrússia é uma aliada próxima da Rússia, e a Ucrânia não "acredita na legitimidade" do atual presidente Alexander Lukashenko.

O governo da Hungria, do primeiro-ministro Viktor Orban, ofereceu formalmente uma plataforma para diálogo entre Rússia e Ucrânia enviando a proposta para ambas as partes, segundo a agência de notícias Sputnik.


Brasil 247

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