Esse regime é uma espécie de "feijoada institucional", que leva pedaços de democracia e sobras de ditadura
5 de junho de 2022
(Foto: Aquiles Lins)
247 - "O esquisito regime brasileiro, feijoada institucional que leva pedaços de democracia e sobras variadas de ditadura, não é o mesmo dos três anos anteriores. Sendo brasileiro, muda para pior", escreve o jornalista Jânio de Freitas em sua coluna na Folha de S.Paulo.
Segundo o jornalista, esse regime é "a assimilação, como práticas normais no exercício de funções públicas, da licenciosidade de Bolsonaro ante os limites legais, morais e políticos".
Jânio de Freitas considera "uma aberração" a "pretensa argumentação" do ministro do STF Nunes Marques para invalidar decisão do Tribunal Superior Eleitoral.
"Esse ocupante de uma cadeira no Supremo, por nomeação de Bolsonaro e aprovação do Senado, faz na decisão escancarada defesa de fake news como costume e como ativismo antidemocrático".
Jânio de Freitas também submete a crítica severa a ideia de dar armas a 10 mil policiais militares aposentados. "É um atentado antissocial" a medida já adotada pelo governo do Rio de Janeiro.
Fazem parte da "licenciosidade antidemocrática" na opinião do colunista, a corrupção e a atitude do procurador-geral da República, Augusto Aras, de não levar às devidas consequências as conclusões do relatório da CPI da Covid.
"A licenciosidade antidemocrática, modelada pela ditadura e amparada pelos mesmos de então, faz do país um grande fim de festa. Com feijoada", conclui.
Brasil 247
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