Taxa de juros de 13,75%, mantida pela equipe de Campos Neto, ao ano é o maior obstáculo à retomada do desenvolvimento no Brasil
22 de junho de 2023
Miriam Leitão e Roberto Campos Neto (Foto: Reprodução/TV Globo | José Cruz/Agência Brasil)
247 – A jornalista Miriam Leitão publicou uma crítica contundente ao presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, em sua coluna no jornal O Globo. Sob o título "Negacionismo no Banco Central", Leitão abordou a postura do Banco Central diante dos fatos econômicos e suas consequências para o mercado e a economia brasileira. A crítica central de Leitão é que o Banco Central tem adotado uma postura de negacionismo, ignorando os dados e projeções econômicas, bem como as quedas da inflação e dos juros futuros. Segundo a jornalista, essa atitude pode afetar negativamente as expectativas do mercado, que já previa uma queda significativa dos juros até o final do ano.
Miriam ressalta que a maioria absoluta do mercado esperava que o Banco Central suavizasse seu comunicado e indicasse uma queda dos juros na próxima reunião. No entanto, a instituição decepcionou essas expectativas. A jornalista destaca que diversos setores da economia, como o varejo, a indústria e os serviços, além de ex-ministros do governo Bolsonaro, expressaram sua insatisfação diretamente ao Banco Central nos últimos dias.
A jornalista também critica a aparente teimosia do Banco Central em não reconhecer os avanços econômicos, citando um exemplo em que o presidente Roberto Campos Neto teria mencionado o aumento dos juros na Austrália e no Canadá como justificativa para não considerar a deflação registrada no Brasil. Leitão argumenta que essa contradição compromete a credibilidade do Banco Central.
Leitão destaca que o Banco Central está em desacordo com sua própria estratégia ao reafirmar que trabalha com um "horizonte relevante" até 2024, enquanto em qualquer cenário apontado pela própria instituição, a meta de inflação para 2024 está dentro do intervalo estabelecido. A jornalista argumenta que as expectativas já estão ancoradas, mas agora a instituição parece adotar uma postura negacionista diante de um cenário econômico alterado.
Brasil 247
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