sexta-feira, 29 de março de 2019

Bom dia 247 (29.3.19): está no ar a conspiração para depor Bolsonaro




TV 247

CNMP ABRE AÇÃO CONTRA DALLAGNOL POR FUNDO DE R$ 2,5 BI DA FUNDAÇÃO LAVA JATO

Corregedor nacional do Ministério Público, Orlando Rochadel, instaurou inquérito disciplinar contra o procurador Deltan Dallagnol e outros 12 procuradores da Lava Jato que atuaram no acordo firmado com a Petrobras para a criação de uma fundação privada que receberia; medida pede o afastamento imediato de Dallagnol da Lava Jato, depois que ele negociou com a Caixa alternativas de investimento nos procedimentos para organizar a fundação que administraria o fundo de R$ 2,5 bilhões com dinheiro da Petrobras

28 DE MARÇO DE 2019 

Gabriela Coelho, do Conjur - O corregedor nacional do Ministério Público, Orlando Rochadel, determinou a instauração de reclamação disciplinar contra os procuradores regionais designados para atuar no acordo extrajudicial firmado entre o MP e a Petrobras para a criação de uma fundação da operação "lava jato".

Rochadel deu prazo de dez dias para que os procuradores Deltan Martinazzo Dallagnol, Antônio Carlos Welter, Isabel Cristina Groba Vieira, Januário Paludo, Felipe D'ella Camargo, Orlando Martello, Diogo Castor De Mattos, Roberson Henrique Pozzobon, Julio Carlos Motta Noronha, Jerusa Burmann Viecilli, Paulo Roberto G. De Carvalho, Athayde Ribeiro Costa e Laura Gonçalves Tessler se pronunciem sobre a atuação.

O corregedor acatou, no dia 23, pedido de parlamentares do Partido dos Trabalhadores após apresentarem reclamação em que classificam a atuação da "lava jato" como "desmensurada".

"Atribuem aos membros ministeriais a prática de infração funcional em virtude de suposta atuação abusiva, ao argumento de que teriam figurado como signatários de um Acordo de Assunção de Compromissos com a empresa Petrobrás S/A, com o objetivo de conferir destinação de valores pagos a título de multa por atuação irregular nos Estados Unidos da América, sem possuírem, como aduzido, atribuição legal para assim agir", diz o corregedor.

A fundação seria criada a partir do litígio entre Petrobras e Estados Unidos. Acusada de fraudar o mercado de ações, a estatal teria que pagar taxas milionárias ao país. Em vez disso, fez um acordo segundo o qual esse dinheiro seria investido na criação de uma fundação no Brasil, com o objetivo de organizar atividades anticorrupção. Em troca de o dinheiro ser repatriado, a Petrobras assinou um documento no qual se comprometeu a repassar informações de seus negócios e inovações para os EUA.

Na reclamação, os parlamentares do PT afirmam que os membros do MP devem observar o ordenamento jurídico brasileiro e as competências atribuídas a cada poder. "A 'lava jato' possui competência exclusivamente criminal, não podendo atuar em acordos cíveis. Fica claro que houve afronta constitucional", defendem.

"Os membros da operação extrapolaram suas atribuições constitucionais, evidenciando abuso de poder e má-fé e não podem ser impunes", acrescentam.

Segundo os parlamentares, o Código Penal é claro ao afirmar que compete à União e aos estados destinar valores, bem e direitos recuperados pela decisão condenatória pelo crime de lavagem de dinheiro. "Essa destinação deverá ser precedida de deliberação da União e não por um acordo do MP."

A reclamação apresentada pede ainda o afastamento imediato do procurador Deltan Dallagnol da coordenadoria da operação "lava jato" em Curitiba.

No fim de janeiro, Dallagnol começou a negociar com a Caixa Econômica Federal alternativas de investimento nos procedimentos para organizar a fundação que administraria o fundo de R$ 2,5 bilhões formado com dinheiro da Petrobras. Entretanto, o acordo foi suspenso em 12 de março.


Brasil 247

quinta-feira, 28 de março de 2019

Gloria Gaynor - Can't take my eyes off you





LT   -   You Tube

RÚSSIA IGNORA ERNESTO ARAÚJO E DIZ QUE FICA O TEMPO QUE FOR NECESSÁRIO NA VENEZUELA

A Rússia afirmou nesta quinta-feira (28) que as tropas que chegaram nos últimos dias à Venezuela permanecerão no país "o tempo que for necessário" para o regime de seu aliado, o presidente Nicolás Maduro; na quarta-feira (26), o presidente norte-americano, Donald Trump, pediu à Rússia que saia da Venezuela, após a tensão criada pelo envio de militares e materiais russos para Caracas; e o chanceler brasileiro, Ernesto Araújo, repetiu o que foi dito por Washington, que os militares russos enviados à Venezuela devem deixar o país se o seu propósito for o de "manter o governo de esquerda no poder"

28 DE MARÇO DE 2019

RFI com 247 - A Rússia afirmou nesta quinta-feira (28) que as tropas que chegaram nos últimos dias à Venezuela permanecerão no país "o tempo que for necessário" para o regime de seu aliado, o presidente Nicolás Maduro.

Na quarta-feira (26), o presidente norte-americano, Donald Trump, pediu à Rússia que saia da Venezuela, após a tensão criada pelo envio de militares e materiais russos para Caracas. A União Europeia (UE), por sua vez, fez uma advertência contra qualquer ação que possa agravar a situação.

"A Rússia não desrespeitou nada, nem os acordos internacionais, nem o Direito venezuelano. Ela não muda o equilíbrio de forças na região e não ameaça ninguém, diferentemente de Washington", ressaltou Maria Zakharova, porta-voz da diplomacia russa. Ela também classificou as críticas americanas de "tentativa arrogante de dizer a Estados soberanos como eles devem se relacionar entre eles".

“Eles estão trabalhando na implementação dos acordos assinados no campo da cooperação técnica e militar. Quanto tempo levará? Enquanto for necessário para o governo venezuelano", declarou aos jornalistas a porta-voz da diplomacia russa, Maria Zakharova. "Nem a Rússia, nem a Venezuela são províncias dos Estados Unidos", insistiu a representante russa.

Dois aviões russos, um Antonov An-124 e um Ilyushin Il-62, chegaram na semana passada à Venezuela. Segundo a imprensa local, eles transportavam 99 militares e 35 toneladas de material, sob o comando do chefe do Exército de Terra, general Vasili Tonkoshkurov.

O ministro de Relações Exteriores do Brasil, Ernesto Araújo, disse nesta quinta-feira, 28, que os militares russos enviados à Venezuela devem deixar o país se o seu propósito for o de "manter o governo de esquerda no poder".

Em entrevista à Reuters, Araújo disse que ele espera que a Rússia reconheça que apoiar o presidente Nicolás Maduro "apenas aprofundará o colapso da economia e sociedade venezuelanas", e que o único modo de sair da crise é realizar eleições sob um governo interino liderado pelo líder da oposição Juan Guaidó.

Acordo de cooperação militar

Rússia e Venezuela fecharam, em 2011, um acordo de cooperação militar que prevê a venda de armas russas para Caracas financiadas com crédito russo. "Todas as ações e gestos que agravem ainda mais as tensões apenas criarão mais obstáculos para uma solução pacífica e democrática a esta crise", afirmou o porta-voz da Comissão Europeia, Carlos Martín.

Denunciada pelos Estados Unidos, a presença de militares russos na Venezuela "não está, em nenhum caso, ligada a possíveis operações militares", garantiu o adido de defesa da embaixada da Venezuela na Rússia, José Rafael Torrealba Pérez, nesta quinta-feira, em Moscou. "Trata-se apenas de cooperação militar e técnica. A presença russa não está vinculada a possíveis operações militares", declarou Torrealba Pérez. Ele afirmou ainda que um representante do Ministério venezuelano da Defesa também visitará Moscou no final de abril.

Uma fonte diplomática russa que não quis ser identificada, citada pela agência pública de notícias Sputnik, disse que este envio não tinha "nada de misterioso" e que entra "no marco da cooperação técnica e militar" entre os dois países.

Reunião do Grupo de Contato Internacional

Os países latino-americanos do Grupo de Contato Internacional (GCI) sobre a Venezuela se reúnem nesta quinta-feira (28) em Quito para debater uma solução pacífica para a crise no país. O encontro tem o “objetivo central de encontrar, através do trabalho conjunto de diferentes Estados de nossa região e na Europa, um meio de saída rápido para o conflito”, declarou o ministro equatoriano das Relações Exteriores, José Valencia.

A chefe da diplomacia europeia, Federica Mogherini, e diversos ministros das Relações Exteriores estarão presentes. Uma entrevista coletiva está prevista para as 19h locais. O GCI foi lançado no dia 7 de fevereiro em Montevidéu, fixando o prazo de três meses para a organização de uma eleição presidencial antecipada na Venezuela.

A iniciativa partiu da União Europeia e inclui oito países europeus – Alemanha, Espanha, França, Holanda, Itália, Portugal, Reino Unido e Suécia – e quatro latino-americanos: Bolívia, Costa Rica, Equador e Uruguai.



Brasil 247

Bom dia 247 (28.3.19): governo Bolsonaro se desintegra




TV 247

quarta-feira, 27 de março de 2019

Boa Noite 247 (27.3.19) - Estudantes dão exemplo e afugentam Bolsonaro




TV 247

DINO IRÁ HOMENAGEAR A MEMÓRIA DOS MARANHENSES PERSEGUIDOS PELA DITADURA

O governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB-MA), anunciou que seguirá lutando em defesa da democracia, ao contrário do governo de Jair Bolsonaro, que pretende comemorar o 31 de março em todos os quarteis do País; O governador anunciou que irá homenagear dois maranhenses que foram perseguidos durante o período sombrio; "Democracia Sempre, Ditadura Nunca Mais. Sábado 16h irei homenagear a memória de dois perseguidos pela ditadura militar no Maranhão", disse ele

27 DE MARÇO DE 2019 

247 - O governador do Maranhão, Flávio Dino, anunciou que seguirá lutando em defesa da democracia, ao contrário do governo de Jair Bolsonaro, que pretende comemorar o 31 de março em todos os quarteis do País. O governador anunciou em seu Twitter que irá homenagear dois maranhenses que foram perseguidos durante o período sombrio que o País enfrentou de 1964 a 1985.


Democracia Sempre, Ditadura Nunca Mais. Sábado 16h irei homenagear a memória de dois perseguidos pela ditadura militar no Maranhão: o poeta Bandeira Tribuzi e a médica Maria Aragão. Todos estão convidados.


Brasil 247

segunda-feira, 25 de março de 2019

Boa Noite 247 (25.3.19) - Temer solto é derrota da Lava Jato




TV 247

Live do Conde: Bolsonaro, esse a natureza marca!




TV 247

Bom dia 247 (25.3.19): General enquadra Olavo e Bolsonaro



TV 247

DCM Café da Manhã: Todos contra todos no cabaré de Bolsonaro. Por Joaquim de Carvalho




Diário do Centro do Mundo   -   DCM

BERCOVICI SOBRE A LAVA JATO: CINCO ANOS DE DESTRUIÇÃO NA ECONOMIA

"Foram 5 anos de absoluta destruição de vários setores da nossa economia. No setor naval, no setor de petróleo e gás, que foi extremamente abalado pela Lava Jato, nossa petroquímica foi quase toda destruída. Em determinados setores há uma destruição que parece que o Brasil passou por uma verdadeira guerra. Foi uma avalanche, um terremoto em uma série de áreas importantes da nossa economia", diz Gilberto Bercovici, professor de direito econômico da USP, em entrevista à TV 247

24 DE MARÇO DE 2019 

247 - Gilberto Bercovici, advogado e professor de direito econômico da USP, afirmou que a operação Lava Jato, que completou 5 anos recentemente, trouxe grandes danos à economia brasileira, principalmente aos setores naval, de petróleo e gás.

"Foram 5 anos de absoluta destruição de vários setores da nossa economia. No setor naval, no setor de petróleo e gás, que foi extremamente abalado pela Lava Jato, nossa petroquímica foi quase toda destruída. Em determinados setores há uma destruição que parece que o Brasil passou por uma verdadeira guerra. Foi uma avalanche, um terremoto em uma série de áreas importantes da nossa economia", disse Bercovici.

O professor explicou que a Lava Jato trabalha de uma maneira que afeta a imagem das empresas que estão sendo investigadas, acarretando em prejuízo para a instituição. "A Lava Jato tem um pressuposto de criminalizar a política econômica. Independentemente de eventuais atos de desvios de recursos que possam ter ocorrido na gestão da Petrobrás ou de qualquer outra das empresas envolvidas o que está havendo é uma criminalização da política econômica".

Ele exemplificou como isso aconteceu com o BNDES e a Petrobrás. "A gente vê isso quando, por exemplo, se questiona a política do BNDES de financiamento de determinados setores, ou quando você acha que qualquer tipo de investimento da Petrobrás na verdade é fruto de corrupção ou para beneficiar alguém que levou alguma vantagem ou pagou por essa vantagem. O investimento público está sendo criminalizado".

Bercovici também falou sobre a venda do pré-sal e disse que é possível reestatizar este patrimônio. "Basta o governo decretar a nacionalização da empresa e negociar a indenização. Não há nada no ordenamento jurídico brasileiro que impeça isso, pelo contrário, no caso do pré-sal, especificamente, eu entendo que é necessário (a reestatização), não dá para essa riqueza ficar nas mãos de multinacionais estrangeiras".

O professor de direito econômico criticou a decisão da Petrobrás de vender as refinarias de petróleo."Só alguém que não tem nenhuma noção de petróleo, que não sabe o que é empresa integrada, não sabe a importância do refino para a geração de recursos para uma empresa petrolífera. Refino é o setor que mais gera recursos".

O também advogado concluiu dizendo que a Lava Jato só trouxe destruição ao país e comparou o presidente Jair Bolsonaro a um urubu. "Faz 5 anos de Lava Jato e o que a gente conseguiu? A gente só destruiu, o país entrou em uma espiral de crise que parece que não sai nunca mais, perdeu completamente o rumo e não é à toa que se elege um sujeito desse (Bolsonaro), é nessa hora que aparece esse tipo de gente, parece urubu que fica voando em torno de carniça, vive da desgraça alheia, vive de cadáver. Político que se elege com discurso de ódio nunca termina bem".

Elite já busca um caminho para derrubar Bolsonaro

24 de Março de 2019

Por Leonardo Attuch


O maior problema da elite brasileira hoje se chama Jair Messias Bolsonaro. Sim, Bolsonaro não é um problema apenas para o povo brasileiro, que sofre com o maior desemprego da história e um governo que parece ser incapaz de apresentar qualquer proposta capaz de viabilizar a retomada do crescimento. Bolsonaro é um problema sobretudo para as forças que o colocaram no poder.

Comecemos pelos produtores rurais, que se animaram com a possibilidade de "fuzilar a petralhada", acabar com a fiscalização ambiental e enquadrar como "terroristas" movimentos sociais como o MST. O instinto selvagem da turma deu com os burros n'água. A União Europeia já avisou que não avançará em acordos comerciais com o Brasil, em razão da perplexidade que o bolsonarismo provoca no mundo civilizado. Acossada pelos Estados Unidos, a China trocará a soja brasileira pela dos produtores americanos. E os países árabes já começaram a retaliar o Brasil em razão da nova política externa, que quebra a tradição do Itamaraty e chancela agressões do governo de Israel aos palestinos. Hoje, Bolsonaro é o maior inimigo do agronegócio brasileiro. Ernesto Araújo, o chanceler, apenas segue suas ordens.

Passemos, pois, ao sistema financeiro. Toda a aposta da Avenida Faria Lima em Bolsonaro estava ancorada numa premissa falsa: a de que ele comandaria a chamada 'reforma da Previdência', que transfere a poupança pública do INSS para os bancos privados. Depois do embate deste fim de semana entre Bolsonaro e Rodrigo Maia, já está mais do que claro que o presidente não tem nenhum interesse em aprovar uma reforma que é extremamente impopular. Bolsonaro já disse que não foi eleito para mexer nas aposentadorias e apenas mantém as aparências quando sinaliza apoiar o plano de Paulo Guedes. Dentro de algumas semanas, cairá a ficha e até seu superministro da Fazenda perceberá que foi usado.

Os meios de comunicação conservadores também merecem um capítulo à parte. Todos endossaram a farsa, criada pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, de que o segundo turno da eleição seria disputado entre dois extremos, quando a realidade opunha um professor moderado, já testado na prefeitura de São Paulo, e um candidato de extrema-direita. Em peso, a mídia fechou com Bolsonaro porque temia a 'regulação dos meios de comunicação' proposta pelo Partido dos Trabalhadores. O que faz Bolsonaro? Corta a publicidade, avança na comunicação direta com o público e elege grupos de comunicação e jornalistas como seus principais inimigos.

O Congresso Nacional também sai extremamente fragilizado da eleição de Bolsonaro. Hoje, todos aqueles que endossaram o atentado à democracia comandado por Eduardo Cunha, Aécio Neves e Michel Temer e deram "tchau, querida" devem estar arrependidos. A política foi criminalizada, não existe mais o chamado presidencialismo de coalizão e quem quiser algum cargo terá que negociar com o general Santos Cruz. Cunha e Temer estão presos. Aécio virou um zumbi no parlamento.

Chegamos então aos militares. Em tese, foram os grandes vencedores. Ocupam hoje os cargos abertos com a chamada "despetização" da máquina pública e estão praticamente fora da reforma da Previdência (que não passará), mas o Brasil nunca foi tão subalterno como agora. Se antes do golpe os militares ainda desfrutavam de uma boa imagem na sociedade, o risco que correm hoje é gigantesco. Bolsonaro é o presidente pior avaliado em seus primeiros meses e a corrosão de seu capital político se dá numa velocidade inédita.

Diante desse quadro, o Brasil já voltou a funcionar em modo golpe. No sábado, Merval Pereira, principal colunista do Globo, disse que Bolsonaro é um "sem-noção" e avisou que placas tectônicas da política começaram a se mover – o que talvez signifique que a Globo esteja se movendo. Na terça-feira, a Federação das Indústrias reunirá 500 empresários em torno do vice Hamilton Mourão. Aliás, os empresários industriais também sofrem com a estagnação econômica de um país que não cresce há mais de quadro anos – ou seja, desde quando começou a ser tramado o golpe contra a ex-presidente Dilma Rousseff.

O fato é que a elite já busca um caminho para se livrar de Bolsonaro, que, por sua vez, tentará se segurar nas redes sociais e também com o apoio que tem da administração de Donald Trump. Hoje, Bolsonaro só não é um problema para os Estados Unidos.


Brasil 247

GENERAL ENQUADRA OLAVO E DIZ QUE GURU DO CLÃ É DESEQUILIBRADO

"Eu nunca me interessei pelas ideias desse sr. Olavo de Carvalho", disse o general Santos Cruz, secretário de Governo, sobre os ataques que o astrólogo Olavo de Carvalho, guru do clã Bolsonaro, tem feito aos militares – em especial, ao vice Hamilton Mourão. "Por suas últimas colocações na mídia, com linguajar chulo, com palavrões, inconsequente, o desequilíbrio fica evidente", criticou o ministro. Olavo, que atua contra os interesses do Brasil, tem dito que os militares são "cagões" e defende que o Brasil se afasta da China e de outros parceiros comerciais

25 DE MARÇO DE 2019 

247 – Os generais que cercam Jair Bolsonaro começam a enquadrar o astrólogo Olavo de Carvalho, que tem sido apresentado como guru intelectual do clã presidencial. "Eu nunca me interessei pelas ideias desse sr. Olavo de Carvalho", disse o general Santos Cruz, secretário de Governo, sobre os ataques que Olavo tem feito aos militares – em especial, ao vice Hamilton Mourão.

"Por suas últimas colocações na mídia, com linguajar chulo, com palavrões, inconsequente, o desequilíbrio fica evidente", criticou o ministro, em entrevista à jornalista Thais Bilenky, na Folha.

Olavo, que atua contra os interesses do Brasil, tem dito que os militares são "cagões" e defende que o Brasil se afasta da China e de outros parceiros comerciais.

Em sua ida aos Estados Unidos, Bolsonaro fez questão de exaltar a figura de Olavo. "Um dos grandes inspiradores meus está aqui à minha direita, o professor Olavo de Carvalho, inspirador de muitos jovens no Brasil. Em grande parte devemos a ele a revolução que estamos vivendo", declarou. A cena, filmada, foi para as redes sociais.

O general Santos Cruz também criticou Steve Bannon, outro ídolo do clã. "Sobre o cidadão norte-americano Steve Bannon, eu só posso dizer que, para mim, ele nunca teve qualquer significado", disse o ministro. "Eu só vi um comentário absolutamente inconveniente, que demonstra falta de preparo político e social e falta de noção de limites", afirmou.


Brasil 247

CNJ, QUE NADA FEZ SOBRE MORO, VAI INVESTIGAR JUÍZES QUE FORAM À VIGÍLIA LULA LIVRE

Para o corregedor nacional de Justiça, ministro Humberto Martins, ao participarem do ato "Boa noite, presidente Lula", na noite de quinta-feira 21, em Curitiba, os magistrados transgrediram a Lei Orgânica da Magistratura Nacional (Loman) e o Código de Ética da Magistratura; o mesmo órgão, no entanto, não puniu ou investigou Sergio Moro por grampear e publicar áudios de uma presidenta da República

24 DE MARÇO DE 2019 

247 - O corregedor nacional de Justiça, ministro Humberto Martins, determinou o levantamento de informações sobre a participação de magistrados no ato "Boa noite, presidente Lula", na noite de quinta-feira 21, na sede da Polícia Federal, em Curitiba.

Para o ministro, ao participarem do ato, que é feito pelos militantes desde os primeiros dias de detenção do ex-presidente Lula, os magistrados transgrediram a Lei Orgânica da Magistratura Nacional (Loman) e o Código de Ética da Magistratura.

"O CNJ disse q vai investigar os juízes q estiveram na vigília Lula Livre pelo boa "noite Lula". Mas ñ faz nenhum comentário nenhum sobre o juiz Bretas ir para posse de Bolsonaro c/ Witzel em avião da FAB, e inúmeras outras manifestações dele e de Moro nas redes sociais. Difícil!", criticou, no Twitter, a presidenta do PT, deputada federal Gleisi Hoffmann (PR).

O mesmo órgão não puniu Sergio Moro por grampear e publicar áudios da presidenta da República Dilma Rousseff, tirar fotos e participar de eventos com políticos do PSDB ou mesmo aceitar um ministério no governo Bolsonaro, o qual ajudou a eleger ao manter preso seu principal adversário, o ex-presidente Lula.

Leia abaixo matéria sobre o tema publicada no site do CNJ:

Participação de magistrados em ato público é investigado pela Corregedoria
O corregedor, ministro Humberto Martins, solicitou informações para verificar quais são os magistrados que participaram do ato

O corregedor nacional de Justiça, ministro Humberto Martins, determinou o levantamento de informações sobre a participação de magistrados no ato "Boa noite, presidente Lula", na noite da quinta-feira (21/3), na sede da Polícia Federal, em Curitiba. O gesto simbólico é realizado desde os primeiros dias de detenção do ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva.

Segundo o ministro, a Corregedoria Nacional de Justiça está alerta aos acontecimentos de Curitiba e adotará as providências necessárias com relação aos magistrados que, ao participarem do ato, transgrediram a Lei Orgânica da Magistratura Nacional (Loman) e o Código de Ética da Magistratura.

"A Corregedoria Nacional está levantando informações sobre o ato público e a participação dos magistrados no evento. Vamos verificar se houve transgressão ao previsto na Loman e no Código de Ética da Magistratura para, posteriormente, instaurar os pedidos de providências", afirmou Humberto Martins.

O corregedor nacional recebeu um programa do ato público em que constam nomes de magistrados. A partir do documento, o ministro solicitou informações para verificar quais são os magistrados que se fizeram presentes ao ato público, pois podem ter tanto juízes ativos quanto aposentados. "É necessário fazer essa distinção, uma vez que os magistrados inativos não se submetem ao Conselho Nacional de Justiça", destacou Martins.


Brasil 247

domingo, 24 de março de 2019

Bom dia 247 (24.3.19): Bolsonaro não quer a reforma da Previdência




TV 247

Prisão de Temer deu-se após reunião com Cia




TV 247

CIENTISTA POLÍTICO DIZ QUE MERCADO ERROU AO ATACAR O PT E PREVÊ ISOLAMENTO DE BOLSONARO

"Bolsonaro não irá recuar. Vai se isolar, nas redes sociais, detonando todo mundo. A base parlamentar vai pro inferno, a mídia vai botar fogo e o empresariado vai se afastar dele. Os parlamentares vão tocar o horror, pauta bomba, etc", diz o cientista político Alberto Carlos de Almeida, que também aponta os erros dos ataques ao PT

24 DE MARÇO DE 2019 

247 – "Bolsonaro não irá recuar. Vai se isolar, nas redes sociais, detonando todo mundo. A base parlamentar vai pro inferno, a mídia vai botar fogo e o empresariado vai se afastar dele. Os parlamentares vão tocar o horror, pauta bomba, etc", diz o cientista político Alberto Carlos de Almeida. "PT e PSOL irão capitalizar a insatisfação crescente", aponta.

Numa sequência de tweets, ele também afirmou que o mercado financeiro cometeu um erro crasso ao atacar o PT.

Confira:


Bolsonaro não irá recuar. Vai se isolar, nas redes sociais, detonando todo mundo. A base parlamentar vai pro inferno, a mídia vai botar fogo e o empresariado vai se afastar dele. Os parlamentares vão tocar o horror, pauta bomba, etc.





1/ Erros crassos do mercado financeiro: defender a prisão de Lula e apoiar Bolsonaro. Caso Lula estivesse solto na campanha, Haddad poderia ter ganho. Com Haddad na presidência e Lula no Instituto Lula, a reforma da previdência estaria caminhando, pois ambos, pragmáticos,

· 10h

1/ Erros crassos do mercado financeiro: defender a prisão de Lula e apoiar Bolsonaro. Caso Lula estivesse solto na campanha, Haddad poderia ter ganho. Com Haddad na presidência e Lula no Instituto Lula, a reforma da previdência estaria caminhando, pois ambos, pragmáticos,


2/ articulariam sua aprovação. Com Bolsonaro não haverá reforma alguma. Outro erro do mercado: apoiar o impeachment de Dilma. Se ela tivesse ficado até o final provavelmente o PSDB teria vencido em 2018.



PT e PSOL irão capitalizar a insatisfação crescente.


Brasil 247

sábado, 23 de março de 2019

CAMINHONEIROS SE MOBILIZAM PARA NOVA PARALISAÇÃO


Por entender que os principais compromissos assumidos por Michel Temer em 2018 não estão sendo cumpridos, os caminhoneiros ameaçam iniciar uma nova paralisação; o governo, através do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), monitora as primeiras movimentações, que novamente acontecem pelo WhatsApp; os motoristas planejam greve para o dia 30 de março; "os primeiros dados são de que, neste momento, o movimento não tem a mesma força percebida no ano passado, mas há temor de que os caminhoneiros possam se fortalecer e cheguem ao potencial explosivo da última greve", informa o Estado de S. Paulo

23 DE MARÇO DE 2019 

247 - Por entender que os principais compromissos assumidos por Michel Temer em 2018 não estão sendo cumpridos, os caminhoneiros ameaçam iniciar uma nova paralisação. O governo, através do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), monitora as primeiras movimentações, que novamente acontecem pelo WhatsApp. Os motoristas planejam greve para o dia 30 de março, informa o Estado de S. Paulo neste sábado (23).

"Os primeiros dados são de que, neste momento, o movimento não tem a mesma força percebida no ano passado, mas há temor de que os caminhoneiros possam se fortalecer e cheguem ao potencial explosivo da última greve. Dentro do Palácio, o objetivo é ser mais ágil e efetivo e não deixar a situação sair de controle por ficarem titubeando sobre o assunto, como aconteceu com o ex-presidente Michel Temer, no ano passado", informa a reportagem.

Wallace Landim, o Chorão, presidente das associações Abrava e BrasCoop, que representam a classe de caminhoneiros, teve encontros, na semana passada, com o ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, com a diretoria da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) e com o secretário executivo do Ministério da Infraestrutura, Marcelo Sampaio.

Landim ouviu dos ministros que o presidente Jair Bolsonaro deverá se manifestar sobre os pedidos dos caminhoneiros até a próxima semana. Entre as reivindicações, os caminhoneiros reclamam que as empresas têm descumprido o pagamento do valor mínimo e cobram uma fiscalização mais ostensiva da ANTT. Os caminhoneiros também querem que o governo estabeleça algum mecanismo para que o aumento dos combustíveis seja feito somente uma vez por mês, e não mais diariamente.


Brasil 247

Bom dia 247 (23.3.19): Maia, mercado e Fiesp cercam Bolsonaro





TV 247

Carluxo pavimentou o caminho que levará à queda de Bolsonaro. Por Carlos Fernandes

Publicado por Carlos Fernandes
- 22 de março de 2019



Há algo bem errado que não está certo!




É preciso que se dê os créditos.

Carlos Bolsonaro, o “Tonho da Lua”, faz com o governo do pai o que a oposição está a anos-luz de conseguir.

Misto de uma espécie de eminência parda com bobo-da-corte, o Zero 2 causa mais estragos políticos do que qualquer operação espetaculosa da Lava Jato.

Incapaz de avaliar as consequências do que faz, o rapaz consegue gerar uma crise com a mesma velocidade e desenvoltura de um tweet.

E foi com essa arma de alta letalidade, o Twitter, que o prodígio abateu um dos mais fortes aliados do presidente na reforma da previdência.

Rodrigo Maia, o homem com poder de ditar o que se coloca ou não na pauta de votações da Câmara dos Deputados, jogou a toalha naquilo que representa o divisor de águas para a viabilidade política do governo.

Enfurecido com as pressões descompensadas do ministro Sérgio Moro e com a subsequente prisão do sogro, Moreira Franco, a gota d’água se deu com a postagem do Carluxo o colocando na vala comum da velha política.

Não que seja uma inverdade, diga-se de passagem, mas a habilidade de diplomacia da criatura equipara-se a de um selvagem.

Em apoio a Moro e seu projeto “copia e cola” de pacote anticrime, o aspirante a filósofo de botequim postou enigmático: “Há algo bem errado que não está certo”.

Edgar Allan Poe deve ter se contorcido no túmulo.

Mistérios a parte, Maia tratou de pôr as cartas à mesa. Disse, irredutível, que a partir de agora faz parte da “nova política” o que equivale dizer que todas as suas ações se resumem “a não fazer nada e esperar por aplausos das redes sociais”.

E teve mais.

Categórico, afirmou que a total responsabilidade por conquistar votos para a reforma da previdência cabe, exclusivamente, ao presidente Jair Bolsonaro, não mais a ele.

Danou-se.

Sabedores que somos da capacidade do clã Bolsonaro na fina arte do diálogo, não seria absurdo afirmar que o bilhete único que garante a sua permanência no cargo esvaiu-se esgoto abaixo.

Se Jair Bolsonaro não entregar a “encomenda” da reforma da previdência, coisa cada vez mais plausível, absolutamente ninguém o avalizará na cadeira presidencial frente a esse verdadeiro espetáculo do absurdo que se transformou sua gestão.

Ridicularizado mundo afora, não será o establishment que dará seu aval para quem nada lhes dá em troca.

Que os donos do poder aceitem um palhaço na presidência da República, Jair é a prova cabal, mas que isso tem seu preço, logo a família buscapé irá descobrir.

Na desgraça que se avizinha para a monarquia estabelecida atualmente no Brasil, Carlos Bolsonaro possui um papel proeminente.

Ninguém mais do que ele trabalhou tanto para pavimentar o caminho que os levará a ruína.


Diário do Centro do Mundo   -   DCM

sexta-feira, 22 de março de 2019

'LAVA JATO É O CÂNCER DA DEMOCRACIA BRASILEIRA', AFIRMA JESSÉ DE SOUZA

Jessé de Souza, sociólogo e autor de livros como "A Elite do Atraso" e "A Classe Média no Espelho", chamou de "canalhas" os que comandam a operação Lava Jato; "Desde 2014 vem cometendo arbitrariedades, manipulando o moralismo postiço do público, chantageando a política e entregando o Brasil para ocupar o poder em benefício próprio", disse

22 DE MARÇO DE 2019

247 - O sociólogo Jessé de Souza, autor de livros como "A Elite do Atraso" e "A Classe Média no Espelho", afirmou que desde o início da operação Lava Jato, muitas arbitrariedades e abusos foram cometidos. 

Jessé considera que a Lava Jato utiliza os processo para chantagear a política apara favorecer os seus interesses. 

"A Lava Jato é o câncer da democracia brasileira. Desde 2014 vem cometendo arbitrariedades, manipulando o moralismo postiço do público, chantageando a política e entregando o Brasil para ocupar o poder em benefício próprio. Canalhas!", escreveu o sociólogo em sua página no Twitter.


A Lava Jato é o câncer da democracia brasileira. Desde 2014 vem cometendo arbitrariedades, manipulando o moralismo postiço do público, chantageando a política e entregando o Brasil para ocupar o poder em benefício próprio. Canalhas!


Brasil 247

Altman comenta campanha Lula Livre e Temer preso





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Bom dia 247 (22.3.19): a prisão de Temer e suas consequências





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REINALDO AZEVEDO SOBRE BRETAS: SOMA DE ABERRAÇÕES LEGAIS

O jornalista Reinaldo Azevedo afirma que a prisão do ex-presidente Michel Temer é uma aberração legal; a expressão usada por Azevedo é: "o lavajatismo arreganha os dentes mais uma vez"; segundo o colunista do jornal Folha de S. Paulo, Bretas desenvolve uma tese-manifesto sobre o artigo 312 do Código Penal, a saber, a que preconiza a prisão como garantia da ordem pública; ele ainda diz que o despacho consome 34 páginas tentando justificar por que pediu a prisão preventiva - e não apresentando razões concretas para tal

22 DE MARÇO DE 2019 

247 - O jornalista Reinaldo Azevedo afirma que a prisão do ex-presidente Michel Temer é uma aberração legal. A expressão usada por Azevedo é: "o lavajatismo arreganha os dentes mais uma vez". Segundo o colunista do jornal Folha de S. Paulo, Bretas desenvolve uma tese-manifesto sobre o artigo 312 do Código Penal, a saber, a que preconiza a prisão como garantia da ordem pública. Ele ainda diz que o despacho consome 34 páginas tentando justificar por que pediu a prisão preventiva - e não apresentando razões concretas para tal. 

Em sua coluna, Reinaldo Azevedo destaca que "ainda que todas as imputações feitas ao ex-presidente fossem verdadeiras, não há uma só evidência de que esteja pondo em risco a 'ordem pública ou econômica' —isto é, cometendo crimes—; constrangendo testemunhas ou eliminando provas, o que ameaçaria a instrução criminal, ou dando sinais de que pretende fugir, o que impediria a aplicação da lei penal. E só por essas razões se pode prender alguém preventivamente. As que motivaram a denúncia devem ser avaliadas na hora do julgamento, acompanhadas de provas."

O jornalista acrescenta: "o Partido da Polícia vinha amargando algumas derrotas na Justiça nos últimos dias. Sua mais fulgurante estrela, o ex-juiz Sergio Moro, apagou-se no governo, restando-lhe, como ficou claro no embate de quinta com Rodrigo Maia (DEM-RJ), presidente da Câmara, falar uma linguagem abertamente populista e eleitoreira. E olhem que 2022 ainda está longe. Moro foi à Câmara dar pitaco no andamento dos trabalhos da Casa. Levou um chega pra lá de Maia e reagiu com uma nota em que diz: 'Talvez alguns entendam que o combate ao crime pode ser adiado indefinidamente, mas o povo brasileiro não aguenta mais'. E encerrou sua mensagem com um 'Que Deus abençoe esta grande nação'. Como se percebe, Deus também foi capturado."


Brasil 247

Lava Jato prende Temer após derrotas e perda de protagonismo na mídia

21 de Março de 2019

Por Aquiles Lins


A prisão do ex-presidente Michel Temer e do ex-ministro Moreira Franco nesta quinta-feira, 21, ocorre imediatamente após uma série de revezes sofridos pela operação Lava Jato.

Os dois foram presos por determinação do juiz Marcelo Bretas, da Lava Jato do Rio de Janeiro, numa investigação relacionada às obras da usina nuclear de Angra 3. Segundo o Ministério Público Federal, o consórcio responsável pela obra pagou propina ao grupo de Temer. Também foi preso o coronel João Baptista Lima Filho, apontado como o PC Farias de Temer.

O principal revés da Lava Jato foi a suspensão, pelo Supremo Tribunal Federal, do acordo entre a Petrobrás e autoridades dos Estados Unidos, pelo qual a estatal brasileira pagaria valores devidos a acionistas que foram lesados com os desvios apurados nas investigações. Esse acordo previa que 20% da multa paga pela Petrobras ficaria nos Estados Unidos e os outros 80% ficariam ao Brasil – correspondentes a R$ 2,5 bilhões. A decisão acabou suspendendo o acordo consequente, firmado entre a Lava Jato e a Petrobrás, e homologado pela juíza Gabriela Hardt, que repassava metade do valor destinado ao Brasil, ou seja R$ 1,25 bilhão, a uma fundação privada, capitaneada pelos procuradores do Ministério Público Federal de Curitiba.

Outro golpe sofrido pela Lava Jato foi a decisão do Pleno do STF de que crimes como corrupção e lavagem de dinheiro, quando investigados junto com caixa dois, devem ser processados na Justiça Eleitoral, e não na Federal, como queriam os membros da Lava Jato. Com este entendimento, um inquérito que investiga Michel Temer e os ex-ministros Eliseu Padilha e Moreira Franco, no caso da doação de R$ 10 milhões ao MDB, negociada no Palácio do Jaburu com a Odebrecht, foi enviado à Justiça Eleitoral de São Paulo.

O inquérito instaurado pelo presidente do STF, Dias Toffoli, para investigar investigar "ações caluniosas, difamantes e injuriantes" contra a Corte e de seus integrantes também representa uma derrota aos membros da Lava Jato, especialmente os procuradores. Relator do caso, o ministro Alexandre de Moraes, o mesmo que suspendeu o acordo da Lava Jato com a Petrobrás, disse que os procuradores que criticaram a medida podem "espernear à vontade".

A prisão de Temer e Moreira Franco ocorre também um dia depois de o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, espinafrar o ex-juiz e ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, patrono da Lava Jato, que cobrou-o, em mensagens enviadas na madrugada desta quarta-feira, a tramitação do seu "pacote anti-crime". Rodrigo Maia chamou Moro de "funcionário de Jair Bolsonaro", e disse que seu pacote foi um "copia e cola" do projeto apresentado pelo então ministro da Justiça Alexandre de Moraes. Um detalhe curioso é que Moreira Franco é casado com a sogra de Rodrigo Maia.

Obviamente não é possível estabelecer relações de causalidade entre as derrotas da Lava Jato, acima mencionadas, e a prisão de Michel Temer. No entanto, não resta dúvidas de que a Lava Jato tomou a dimensão que tomou em grande parte graças ao apoio da mídia. Nos últimos dias, sua narrativa vinha sofrendo abalos, bem como sua própria credibilidade. Era preciso uma reação rápida. Esta veio na prisão de um ex-presidente da República que, ressalte-se, é um corrupto e não foi eleito para o cargo, tendo-o usurpado por meio de um golpe que contou com a compra de dezenas (centenas?) de deputados, como deixou claro o doleiro Lúcio Funaro na delação que serviu de base para a prisão de Temer.

Com a prisão de Michel Temer e Moreira Franco, a Lava Jato manda um recado claro à classe política como um todo. A qualquer momento em que se sentir ameaçada, a Lava Jato escolherá um novo alvo para apresentar à opinião pública e reocupar o seu espaço na mídia. E nesta guerra aberta, nesta anarquia institucional, fica cada vez mais cristalino que a presidente Dilma Rousseff foi vítima de um golpe e que o ex-presidente Lula é mantido como preso político.

Após ter alimentado o monstro, o STF já iniciou sua inflexão. Terá força para continuar e enquadrar de vez a Lava Jato nos parâmetros da Constituição?


Brasil 247

quinta-feira, 21 de março de 2019

Boa Noite 247 (21.3.19) - O troféu da Lava Jato




TV 247

Popularidade de Bolsonaro em queda livre



20 de Março de 2019


Por Helena Chagas



Por Helena Chagas, para o Jornalistas pela Democracia - O presidente Jair Bolsonaro continua queimando de forma acelerada seu patrimônio de popularidade. De janeiro para cá, segundo pesquisa do IBOPE divulgada hoje, o índice dos que acham o governo bom ou ótimo despencou 15 p.p, passando de 49% para 34%. O percentual dos que consideram o governo ruim ou péssimo subiu de 11%, em janeiro, para 24%.



Com esses números, Bolsonaro é o presidente eleito de primeiro mandato com menos popularidade no terceiro mês de governo. Fernando Henrique tinha 41% de bom e ótimo em março de 1995; Lula tinha 51% em março de 2003 e Dilma Rousseff tinha 56% nesse mesmo mês em 2011. No segundo mandato, FHC e Dilma tinham menos do que Bolsonaro hoje, mas não cabe a comparação com presidentes reeleitos.



Nem tudo está perdido para Bolsonaro, que ainda tem 51% de aprovação pessoal a seu modo de governar e a confiança de 49% dos entrevistados. Mas também esses índices estão caindo. Eram 57% e 55%, respectivamente, no mês passado.



A curva da popularidade bolsonariana corre para baixo, e se não houver um freio de arrumação no governo, vai continuar despencando. Aliados do presidente já falam em demissão de ministros problemáticos - Vélez? Ernesto? Damares? - e sua substituição por gente indicada pelos partidos.



A consequência imediata da queda da popularidade presidencial torna Bolsonaro mais dependente do Congresso, mais vulnerável a suas demandas e, sobretudo, diminui seu poder de fogo para aprovar a reforma da Previdência no formato enviado ao Congresso.



Não existe vácuo no poder. Sempre que o Executivo se fragiliza, o Congresso fica mais forte. Se não estancar sua perda de popularidade, ou se não conseguir fechar uma aliança com os partidos tradicionais que lhe dê blindagem política, a tendência é que, até o fim do ano, tenhamos mais um refém do presidencialismo à brasileira no Planalto.


Brasil 247

NASSIF: JÁ COMEÇOU A CONTAGEM REGRESSIVA PARA A QUEDA DE BOLSONARO

"Há dois pontos centrais que ajudarão a marcar o final de Bolsonaro, o breve. O primeiro, a constatação das cortes brasilienses de que a escandalização com o governo não se resume a eleitores desiludidos, mas às próprias Forças Armadas. À esta altura, não há como o Alto Comando não se dar conta dos riscos de se deixar o país nas mãos desses desatinados. O segundo, é o fim da blindagem da Lava Jato", diz o jornalista Luis Nassif, que também denuncia chantagens contra ministros do STF

21 DE MARÇO DE 2019 

247 – O jornalista Luis Nassif, editor do jornal digital GGN, avalia que já começou a contagem regressiva para a queda de Jair Bolsonaro. Há dois pontos centrais que ajudarão a marcar o final de Bolsonaro, o breve. O primeiro, a constatação das cortes brasilienses de que a escandalização com o governo não se resume a eleitores desiludidos, mas às próprias Forças Armadas. À esta altura, não há como o Alto Comando não se dar conta dos riscos de se deixar o país nas mãos desses desatinados. Especialmente à medida em que vai ficando claro o envolvimento do clã com milícias digitais e milícias criminosas", diz ele, em coluna publicada na noite de ontem.

"O ponto de inflexão foi a reação do STF (Supremo Tribunal Federal) contra o jogo de chantagens das milícias digitais e os ataques de procuradores nas redes sociais, com a decisão do presidente Dias Toffoli de mandar investigar a origem dos ataques. Por aí se quebrará a parte mais ostensiva da influência dos bolsonaristas-lavajateiros, com suas ameaças digitais", afirma.

Nassif cita ainda os ministros que sofreram chantagens e se renderam às milícias digitais: (1) Luís Roberto Barroso – com o dossiê envolvendo sogra e esposa e investimentos imobiliários em Miami, (2) Luiz Edson Fachin – farta documentação (inclusive fotográfica) do trabalho realizado pela JBS em favor da sua eleição para o cargo, (3) Carmen Lúcia – a casa que adquiriu, sub-avaliada, de um vendedor próximo a Carlinhos Cachoeira, e (4) Luiz Fux – é o tal Ministro que está sendo agora alvo de ameaças.

Ele também afirma que o fim do bolsonarismo chegará quando o caso Marielle vier a ser desvendado. "Nada disso ajudará a segurar a enchente quando o caso das milícias e de Marielle Franco for finalmente desvendado", finaliza.


Brasil 247

terça-feira, 19 de março de 2019

Bom dia 247 (19.3.19): Bolsonaro vai "libertar" a Venezuela?




TV 247

BOLSONARO É ALVEJADO PELA FOX NEWS COM PERGUNTAS SOBRE MILÍCIAS E MARIELLE

Em entrevista à Fox News, Jair Bolsonaro foi alvejado com perguntas sobre sua ligação com as milícias e com a morte de Marielle Franco; anunciado como "Trump dos trópicos", ele rebateu as acusações, não sem deixar escapar um ato falho; ele questionou a repórter sobre "qual seria sua motivação para mandar matar a vereadora", estabelecendo um pressuposto de que se tivesse motivo, poderia ter mandado matar - ou que 'mandar matar' é algo que depende apenas e tão somente de motivação

19 DE MARÇO DE 2019 

247 - Em entrevista à Fox News, Jair Bolsonaro foi alvejado com perguntas sobre sua ligação com as milícias e com a morte de Marielle Franco. Anunciado como "Trump dos trópicos", ele rebateu as acusações, não sem deixar escapar um ato falho. Ele questionou a repórter sobre "qual seria sua motivação para mandar matar a vereadora", estabelecendo um pressuposto de que se tivesse motivo, poderia ter mandado matar - ou que 'mandar matar' é algo que depende apenas e tão somente de motivação. 

A posição de Bolsonaro sobre execuções e políticas de extermínio é conhecida. Ele defendeu várias vezes e abertamente, a eliminação em massa de sem-terra, petistas e esquerdistas, sem causar uma cifra de horror na imprensa tradicional brasileira. 

À Fox News, Bolsonaro disse: "sou um capitão do Exército brasileiro e parte dos oficiais da polícia do Rio de Janeiro são grandes amigos meus. Por coincidência, um desses suspeitos de ter matado a Marielle não era na verdade vizinho meu, mas morava do outro lado de uma outra rua [do condomínio]. Mas, a mídia sempre me criticou e estabeleceu uma conexão."

Segundo a reportagem do portal UOL, "ele negou conhecer o suspeito em questão, o sargento reformado da Polícia Militar Ronnie Lessa, e disse não ter tempo para manter uma vida social com moradores do condomínio. Lessa foi preso na terça passada (12) junto ao ex-policial militar Élcio Vieira de Queiroz por supostamente terem participado dos assassinatos de Marielle e de seu motorista, Anderson Gomes em 14 de março do ano passado."

Palavras de Bolsonaro: "só descobri que ele vivia lá depois de ver as notícias."

Ainda, segundo a reportagem, "o presidente ainda voltou a dizer que só conheceu Marielle após a morte dela e questionou qual seria a possível motivação para mandar matar a política. Em seguida, lembrou do atentado à faca sofrido na campanha eleitoral na cidade mineira de Juiz de Fora e reclamou que a mídia 'nunca falou que a esquerda tentou matou o Jair Bolsonaro'."



Brasil 247

TIJOLAÇO: PALOCCI SEM PÉ NEM CABEÇA

O jornalista Fernando Brito, editor do blog Tijlaço, diz que o depoimento de Antonio Palocci seria cômico se não fossem das coisas trágicas: "o escândalo que viraram as delações premiadas como barganha penal e o fato de que o ex-ministro da Fazenda ter se tornado um rebotalho humano que se arrasta de vara em vara oferecendo seus serviços como 'alcaguete do imaginário'"

19 DE MARÇO DE 2019 

Por Fernando Brito, do Tijolaço -O enésimo depoimento de Antonio Palocci acusando Lula seria cômico, se não fossem duas coisas trágicas: o escândalo que viraram as delações premiadas como barganha penal e o fato de que o ex-ministro da Fazenda ter se tornado um rebotalho humano que se arrasta de vara em vara oferecendo seus serviços como "alcaguete do imaginário".

Diz ele que Lula tratou, direta e pessoalmente, com o presidente francês Nicolas Sarkozy de propinas na compra de helicópteros, submarinos e dos caças franceses Rafale que, aliás, nem comprados foram.

Como Lula não fala francês e Sarkozy não fala português, é óbvio que, no mínimo, seria necessário que alguém, de lá ou de cá, estivesse intermediando esta história e, como testemunha – e não falante do francês – Palocci teria de apontar.

E não aponta.

A historia é caricata, como se dois presidentes de repúblicas fossem abordar assim, diretamente, um ao outro:

— Sarcô, s'il vous plâit, est qui tu va me donnez um por forá pour je comprê le subimarã?

— Clarô, Lulá, dit-moi canté que cê querr...

Ou será que os dois iriam usar os intérpretes do Itamarati e do Quai D'Orsay para acertarem propinas?

E a história de que o filho de Lula o teria procurado para que ele pedisse ao pai dinheiro em seu nome como patrocínio?

Não é apenas falta de lógica: é falta de lógica com falta absoluta de qualquer elemento de prova ou mesmo de indício de que as coisas tenham se passado desta maneira incoerente.

Ou, se Palocci sabe alguma coisa de francês, "sans queue ni tête".

O nosso "sem pé nem cabeça".


Brasil 247