A ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Roussef, disse, neste sábado (20), em Santa Catarina, que está satisfeita com os resultados das últimas pesquisas, mas destacou que o "salto alto" não a fará avançar na disputa pela Presidência. Ela ressaltou que as comparações entre o governo Lula e os anteriores serão "inevitáveis" durante a campanha.
Sobre comparações entre ela e o pré-candidato José Serra (PSDB), afirmou: "Não costumo me manifestar sobre comparações. Principalmente em relação ao Serra. Não é só o projeto de governo que vai ser comparado. Nós podemos dizer o que fizemos. Temos capacidade de fazer o futuro. Foram 12 milhões de empregos gerados diante da inexistência disso na gestão anterior", ressaltou.
Na última sexta, em entrevista na qual assumiu pela primeira vez que será candidato, Serra afirmou apostar em um "confronto de biografias" durante a campanha e avaliou que população fará "um juízo mais pessoal a respeito dos candidatos". A declaração soou como uma sinalização de que ele teme o confronto de projetos e serviços prestados à população.
Sem fugir a esse debate, Dilma enumerou várias ações do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, como o programa "Bolsa Família" e o "Minha Casa, Minha Vida". A ministra da Casa Civil participou neste sábado do 4º Congresso Estadual do PT em Santa Catarina. O evento duraria o dia todo no município de São José, na região da Grande Florianópolis.
Na atividade, Dilma Rousseff falou sobre o "desempenho exemplar" do governo Lula, especialmente em relação à baixa da inflação e à garantia de sustentabilidade que o Brasil teve durante a crise financeira.
Ao comentar depois seu rápido crescimento nas pesquisas, Dilma procurou evitar o salto alto, afirmando que não iria comentar uma possível vitória em primeiro turno. "Não comentamos pesquisa porque muita água ainda vai rolar debaixo desta ponte. De salto alto ninguém sobe em pesquisa. Colocamos um tênis e ganhamos fôlego para brigar", ponderou.
"Quem é mulher sabe como é difícil subir um morro com salto alto. Imagina uma corrida presidencial. Não dá certo e o risco de tropeçar é grande", afirmou, bem humorada.
A pré-candidata foi muito assediada desde o seu desembarque de helicóptero num hotel de São José, cidade da região metropolitana de Florianópolis. Abordada sobre possibilidades de coalizão com o PMDB em Santa Catarina a pré-candidata deixou claro que o PT nunca escondeu a importância que dá a uma coligação com os peemedebistas em todo o Brasil.
"Vemos com bons olhos a aliança com o PMDB. Mas, serão alianças construídas sem imposições. Vamos governar o País considerando os processos de coalizão como uma forma de governabilidade", afirmou.
Sobre o fato de o presidente Lula ter perdido as eleições anteriores no Estado, a ministra fez questão de enfatizar que o Brasil vive outro momento. "Nosso País nunca esteve tão bem e nunca gerou tanto emprego. As cidades nunca tiveram tantos benefícios. Há um conjunto de realizações. Mas, é o povo que vai decidir", disse.
Ao final da entrevista coletiva, Dilma relembrou os tempos de militância durante o período de Ditadura Militar. "Sabemos que a democracia não só é possível como a construímos em nosso governo", finalizou. Após a conversa com jornalistas, a pré-candidata participou junto com os militantes do PT Estadual da festa de 30 anos do partido.
Na presença da ministra, que visita a cidade em caráter extra-oficial, o diretório estadual do PT catarinense homologou a pré-candidatura da senadora Ideli Salvatti ao governo do Estado.
Do portal Vermelho
domingo, 21 de março de 2010
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