quinta-feira, 30 de setembro de 2010
Tracking Vox/Band/iG: Dilma mantém 55% dos votos válidos
Faltando apenas três dias para as eleições, o cenário da disputa presidencial permanece estável, dando à candidata do PT, Dilma Rousseff, 55% dos votos válidos no tracking Vox Populi/Band/iG. A conta, que exclui os votos nulos e em branco, mantém a perspectiva de uma vitória da petista ainda no primeiro 1°turno, segundo o Vox Populi. Se a eleição fosse hoje, o tucano José Serra teria 29% dos votos válidos e a candidata do PV, Marina Silva, 13%.
Para vencer no primeiro turno, a candidata do PT precisa obter 50% dos votos válidos mais um.
Quando é analisado o total de intenções de voto, Dilma continua com 49%, mesmo patamar registrado nos últimos cinco dias. O candidato do PSDB, José Serra, aparece na segunda colocação, mantendo 26% da preferência do eleitorado, mesmo índice registrado na medição de ontem.
Marina também continuou com 12% das intenções de voto na medição de hoje, mesmo patamar do dia anterior. Os outros candidatos, juntos, alcançaram 1% dos entrevistados pelo instituto. Ainda segundo o Vox Populi, 4% dos entrevistados pretendem votar em branco no próximo domingo e 8% se declaram indecisos.
Cenário regional
No atual cenário, Dilma mantém dez pontos de vantagem em relação à soma de todos os adversários. O melhor cenário para a candidata petista é o Nordeste, onde ela tem 64% das preferências – contra 18% de Serra e 7% de Marina.
Termômetro da Política
No Sudeste, onde Dilma chegou a ter 48% das intenções de voto há dez dias, o índice chega agora a 42%. Ela oscilou um ponto percentual positivo em relação a ontem, tirando um ponto da candidata do PV, Marina Silva, que oscilou de 16% para 15%.
O maior avanço de Dilma na comparação com a medição de ontem foi no Sul, onde ela passou de 46% para 49%, oscilando além da margem de erro. Nessa mesma região Serra passou de 36% para 32% e Marina se manteve com 6%.
O tracking Vox/Band/iG conta com 2.000 entrevistas, sendo que um quarto dessa amostra é renovada diariamente. A pesquisa é registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) com o número 27.428/10.
Eleitor pode votar com um só documento
Por 8 votos a 2 o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu agora no fim da tarde que não mais será obrigatória a apresentação de dois documentos - o título e mais um com foto - pelo eleitor na hora de votar. A Corte decidiu, no entanto, que é obrigatório a apresentar um documento que tenha fotografia.
Assim, o eleitor não está mais obrigado a apresentar o título em sua secção eleitoral, podendo substituí-lo por carteiras de identidade ou profissional, de motorista, passaporte ou qualquer outro documento desde que este tenha a sua fotografia. Com a decisão, o STF aprovou a Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADIN) apresentada pelo PT que argumentava ser desnecessária a apresentação de dois documentos.
O julgamento de hoje foi iniciado na tarde de ontem e suspenso após um telefonema do candidato da oposição a presidente da República, José Serra, ao ministro do STF, Gilmar Mendes. Após a conversa, o ministro pediu vistas do processo adiando a deliberação. José Serra é a favor da apresentação de dois documentos.
Do blog do Zé Dirceu
Tasso perde altitude e periga não se eleger
O crescimento da candidatura Dilma está produzindo o que só aqueles que confiam no raciocínio e no instinto do povo brasileiro podiam imaginar. E, com a aproximação das eleições, as pesquisas - tirando, claro, o Datafolha, que não é pesquisa, é propaganda – vão mostrando situações em que poucos analistas políticos acreditavam.
Tasso “Jatinho” Jereissati, por exemplo era, há dois meses, “barbada” na eleição do Senado, com 60% das intenções de voto. Vem caindo, caindo – como o Tijolaco.com registrou aqui e aqui – e agora parece que entrou mesmo em pane. Uma pesquisa Vox Populi divulgada ontem à noite igualou-o aos candidatos dilmistas – Eunicio Oliveira, do PMDB, e José Pimentel, do PT -. Os números: Tasso, 46%, Eunício, 44%, e Pimentel, 43%, com margem de erro de 3,5%. Há quatro dias, segundo o Datafolha, ele tinha três pontos sobre Eunício e oito sobre Pimentel.
Vai ser apertado, mas acho que vamos ter dois novos senadores do Ceará apoiando o Governo Dilma.
Do blog do Brizola Neto
Símbolo final da quase campanha de Serra
Nada mais eloquente sobre os meses de quase campanha de José Serra (PSDB-DEM-PPS) do que o ato final de encerramento de sua participação na disputa presidencial deste ano, realizado ontem no bairro da Móoca, onde ele nasceu, na Zona Leste paulistana.
No ato, esvaziado, sem povo e sem seus companheiros tucanos - todos o abandonaram - José Serra era a imagem da desolação. De certa forma era o retrato fiel do que foi sua jornada nesta disputa presidencial. Centralizador, ele caminhou sozinho, com passos erráticos e nem mesmo os candidatos do PSDB o quiseram em suas campanhas nos Estados.
Num clima melancólico, sem a companhia das lideranças nacionais tucanas que não compareceram com a justificativa de estarem em campanha em seus Estados, José Serra, protagonizou as últimas cenas de sua campanha com um discurso de 15 minutos. Ainda tentou mostrar-se otimista e transmitir ânimo aos presentes. O esforço foi inútil. Não conseguiu, registram os jornais.
Após falar com Serra, Mendes pára sessão
DEU NA FOLHA DE S.PAULO
Ministro do STF adiou julgamento que pode derrubar exigência de dois documentos na hora de votar, pedida pelo PT
Candidato e ministro negam conversa, que foi presenciada pela Folha; julgamento sobre se lei vale continuará hoje
Moacyr Lopes Junior e Catia Seabra
Após receber uma ligação do candidato do PSDB à Presidência da República, José Serra, o ministro do Supremo Tribunal Federal Gilmar Mendes interrompeu o julgamento de um recurso do PT contra a obrigatoriedade de apresentação dos dois documentos na hora de votar.
Serra pediu que um assessor telefonasse para Mendes pouco antes das 14h, depois de participar de um encontro com representantes de servidores públicos em São Paulo.
A solicitação foi testemunhada pela Folha.
No fim da tarde, Mendes pediu vista (mais prazo para análise), adiando o julgamento. Sete ministros já haviam votado pela exigência de apresentação de apenas um documento com foto, descartando a necessidade do título de eleitor.
A obrigatoriedade da apresentação de dois documentos é apontada por tucanos como um fator a favor de Serra e contra sua adversária, Dilma Rousseff (PT). A petista tem o dobro da intenção de votos de Serra entre os eleitores com menos escolaridade.
A lei foi aprovada com apoio do PT e depois sancionada por Lula, sem vetos.
Ontem, após pedir que o assessor ligasse para o ministro, Serra recebeu um celular das mãos de um ajudante de ordens, que o informou que Mendes estava na linha.
Ao telefone, Serra cumprimentou o interlocutor como "meu presidente". Durante a conversa, caminhou pelo auditório. Após desligar, brincou com os jornalistas: "O que estão xeretando?"
Depois, por meio de suas assessorias, Serra e Mendes negaram a existência da conversa.
Para tucanos, a exigência da apresentação de dois documentos pode aumentar a abstenção nas faixas de menor escolaridade.
Temendo o impacto sobre essa fatia do eleitorado, o PT entrou com a ação pedindo a derrubada da exigência.
O resultado do julgamento já está praticamente definido, mas o seu final depende agora de Mendes.
Se o Supremo não julgar a ação a tempo das eleições, no próximo domingo, continuará valendo a exigência.
À Folha, o ministro disse que pretende apresentar seu voto na sessão de hoje.
Blog do Noblat
Lula: enfrento hoje o que Vargas enfrentou há 60 anos
Ontem, no ato de comemoração dos 60 anos da Refinaria Landulpho Alves, na Bahia, a pioneira no refino de petróleo do Brasil, Lula comparou os ataques que sofreu Getúlio Vargas, ao decretar o monopólio estatal do petróleo às que vem enfrentando por fortalecer a Petrobras e torná-la operadora exclusiva do pré-sal. E afirmou que, diferente do que aconteceu com Fernando Henrique, que vendeu um naco da empresa no exterior, o povo brasileiro pode contar com que, agora, a Petrobras é e será nossa, para gerar riqueza, trabalho e prosperidade.
Blog do Brizola Neto
"Fui traído pelo meu partido", diz Alvaro Dias ao iG
O senador Alvaro Dias (PSDB-PR) afirmou em visita ao iG nesta quarta-feira que foi traído pelo próprio partido em seu Estado, o Paraná. "Eu fui traído desde o primeiro momento no Paraná pelo meu partido. (...) Não só eu. O candidato à Presidência da República (José Serra) também", disse. Segundo ele, essa "traição" fez com que se sentisse "desobrigado" a apoiar o candidato do PSDB ao governo do Paraná, Beto Richa."Houve uma traição ao compromisso assumido e isso desestruturou o que poderia ser o maior palanque pró-Serra, com forças que acabaram se confrontando", explicou.
Quase vice de Serra, o senador declarou seu apoio ao irmão Osmar Dias (PDT), principal rival de Beto Richa no Estado, e afirmou que além da questão familiar, seu posicionamento contrário ao tucano é uma questão de "princípios éticos". "Figuras desprovidas de certos valores como dignidade não podem receber meu apoio. (Beto Richa) tem uma gestão que eu não aprovo com relação a certos comportamentos e, sobretudo, essa facilidade com que se desrespeita compromissos", disse. Segundo Alvaro Dias, sua decisão de ajudar o irmão, indo contra o próprio PSDB, foi motivada pelas "agressões despropositadas" de Richa a Osmar Dias. "Declarei meu voto, o voto do ser humano, que tem família, e que vota no irmão", afirmou.
Com a decisão controversa, Álvaro Dias se colocou em uma situação delicada, especialmente no caso de derrota da candidatura do irmão, apoiado pelo PT. Isso porque com Beto Richa no poder no Estado, o senador estaria isolado dentro da legenda. "O que me conforta mais nessa decisão é que é o melhor para o Estado", disse.
O senador negou que tenha traído o PSDB. "Tenho sido leal, tenho me colocado à disposição de Serra em todos os momentos. (...) Eu desde o primeiro momento tenho estado ao lado de Serra, mesmo com essa situação desagradável de ter sido indicado a vice", disse. Álvaro Dias garante que, se Serra for para o segundo turno contra a candidata petista à Presidência, Dilma Rousseff, estará ao lado do tucano para "reunir lideranças dispersas em torno de seu projeto".
Para ele, no segundo turno "não há tempo para articulação política" e, por isso, é importante investir na comunicação. O senador diz acreditar na vitória de Serra na eventual segunda etapa "já que os projetos pessoais estão eliminados, os interesses eleitorais locais estão realizados, solucionados para o bem ou para o mal".
IG
quarta-feira, 29 de setembro de 2010
Classes C e D levam supermercados a registrar crescimento de quase 7% nas vendas este ano
São Paulo – O volume de vendas nos supermercados brasileiros cresceu 6,8% entre janeiro e agosto deste ano, em comparação com o mesmo período de 2009, quando foi registrado aumento de 2%. O mas faturamento do setor permaneceu estável, segundo informou a Associação Brasileira de Supermercados (Abras).
“Esse é um sinal de que mais pessoas estão entrando no mercado de consumo. Estão entrando as classes C e D e, por isso, aumenta o volume de vendas. Mas o faturamento não aumenta porque essas pessoas compram produtos de valor mais baixo”, afirmou o presidente da Abras, Sussumu Honda.
As vendas em agosto cresceram 1,2% em relação ao mesmo mês de 2009. Já na comparação com julho, houve redução de 1,4%. Segundo Honda, os resultados são efeito da massa salarial que cresceu 8,8%, indicador que está ligado ao número de empregos gerados este ano.
De acordo com a pesquisa divulgada hoje (29) pela entidade, os itens que mais contribuíram para o aumento do volume de vendas foram bebidas alcoólicas (16,3%) e não alcoólicas (11,1%); alimentos perecíveis (9,2%); limpeza caseira (6,2%); mercearia salgada (5,2%); mercearia doce (3,9%); e higiene e beleza (3,7%).
A cesta de 35 produtos mais consumidos pela população teve, em agosto, queda de preço de 0,27% na comparação com o mês de julho. Com relação a agosto do ano passado, a cesta ficou 4,11% mais cara. As maiores altas ficaram por conta de papel higiênico (4,16%), carne (3,09%) e biscoito maisena (2,85%). Já os produtos que registraram as maiores quedas de preços foram cebola (-27,12%) e batata (-18,17%).
Agência Brasil
Participação do governo na Petrobras
Rio de Janeiro – Com o processo de capitalização da Petrobras, o governo federal aumentou sua participação na estatal, detendo agora 64% do capital votante e 48% do capital social. As informações, já divulgadas no Brasil no início da semana, foram encaminhadas hoje (28) à Securities Exchange Comission (SEC), a reguladora do mercado de capitais dos Estados Unidos.
No comunicado, a Petrobras informa que o capital votante, que são as ações ordinárias, com direito a voto, pertencente ao governo federal, passou de 57,5% para 64%.
Agência Brasil
O incrível pedido de vistas de Gilmar
STF suspende análise de exigência de dois documentos para votar
Gilmar Mendes (foto) pediu vista quando já havia maioria pelo fim da exigência. Obrigatoriedade de apresentação de título de eleitor foi contestada pelo PT.
Débora Santos
Do G1, em Brasília
O Supremo Tribunal Federal (STF) suspendeu o julgamento de ação sobre a obrigatoriedade de apresentação de dois documentos para votar no dia da eleição devido a um pedido de vista do ministro Gilmar Mendes. Eles disse que pretende levar o processo novamente ao plenário nesta quinta-feira (30).
A obrigatoriedade era contestada pelo PT. A suspensão do julgamento aconteceu quando já havia maioria pela derrubada da exigência. O placar era de 7 a 0.
Já haviam votado pela derruba da exigência os ministros Dias Toffoli, Cármen Lúcia, Ricardo Lewandowski, Joaquim Barbosa, Marco Aurélio e Ayres Britto, além da relatora do processo, Ellen Gracie.
A determinação de apresentar os dois documentos na hora de votar foi fixada pela minirreforma eleitoral, aprovada pelo Congresso Nacional no ano passado. A obrigação foi questionada em Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) pelo PT.
Para o partido, a dupla identificação seria uma redundância porque, uma vez cadastrado pela Justiça Eleitoral, o cidadão já é eleitor e só precisaria comprovar a própria identidade.
Segundo a legenda, "a exigência de portar o título de eleitor no ato de votação não é inspirada por nenhuma grande razão prática ou jurídica, redundando em mero formalismo. Esse tipo de rigorismo não é estritamente indispensável para a segurança do sistema de votação, ao passo que certamente afastará do protagonismo político muitos eleitores que não conhecem as minúcias da burocracia eleitoral", afirmou o partido na ação.
Com a nova regra, um dos objetivos da Justiça Eleitoral é promover maior segurança na identificação do eleitor e evitar episódios em que pessoas votam por outras, valendo-se do fato de o título de eleitor não conter foto.
Os documentos oficiais para comprovação de identidade que serão aceitos, segundo o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), são carteira de identidade ou documento de valor legal equivalente (identidades funcionais), certificado de reservista, carteira de trabalho e carteira nacional de habilitação, com foto.
Certidão de nascimento e de casamento não serão aceitas. Outras possibilidades, como a apresentação de cópias autenticadas de documentos, serão resolvidas caso a caso pelo mesário ou pelo juiz eleitoral.
Do blog do Nassif
Para acompanhar a apuração das eleições em tempo real
Richa, no Paraná, consegue censurar pesquisas
O candidato ao governo do Paraná pelo PSDB, Beto Richa, conseguiu impugnar na Justiça Eleitoral do estado a divulgação das sondagens dos institutos de pesquisa Vox Populi, Datafolha e Ibope sobre as intenções de votos, alegando sonegação de informações.
Uma das pesquisas, do Datafolha, divulgada no dia 16, registrou empate técnico entre ele e Osmar Dias (PDT), que tem apoio do PT e do presidente Lula. Enquanto Richa tinha 45% das intenções de voto, Dias aparecia com 40%.
Richa conseguiu na Justiça também a censura a uma reportagem da revista "Istoé" que, em sua edição desta semana, diz que, empurrado por Lula, Dias vem revertendo os resultados desfavoráveis.
Além das três pesquisas barradas na semana passada, ontem a Justiça Eleitoral determinou a impugnação de mais duas: uma do Datafolha e outra do Instituto Brasil.
A decisão foi tomada pelo juiz Nicolau Konkel Jr, do TRE. O coordenador jurídico da campanha de Richa, Ivan Bonilha, justificou a queixa:
— Falta plano amostral e percentual de ponderação em relação a sexo, idade, faixas de renda, níveis de instrução. Uma resolução do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) vincula como pré-requisito expor da forma mais transparente possível.
Bonilha critica em especial o Datafolha, dizendo que induz à resposta.
— Precedendo a pergunta a governador tinha um grupo de perguntas consideradas indutoras, como níveis de aprovação do governo Lula — disse.
A diretora- executiva do Ibope, Márcia Cavallari, disse que "o plano amostral está conforme prevê a legislação eleitoral" e que só no Paraná está ocorrendo impugnação.
Pela última pesquisa do Vox Populi, do dia 20 de agosto, Richa aparece com 47%, dez pontos à frente de Dias. Já a pesquisa Ibope do dia 8 traz Richa com 47%, e Dias com apenas 38%.
Em outra ação, a campanha de Richa obteve no domingo a censura à edição da revista "Istoé", que diz que "as últimas pesquisas mostram que Richa, antes favorito, perdeu o primeiro lugar para Dias". A coligação pede a retratação do trecho.
Do blog do Noblat
Uma das pesquisas, do Datafolha, divulgada no dia 16, registrou empate técnico entre ele e Osmar Dias (PDT), que tem apoio do PT e do presidente Lula. Enquanto Richa tinha 45% das intenções de voto, Dias aparecia com 40%.
Richa conseguiu na Justiça também a censura a uma reportagem da revista "Istoé" que, em sua edição desta semana, diz que, empurrado por Lula, Dias vem revertendo os resultados desfavoráveis.
Além das três pesquisas barradas na semana passada, ontem a Justiça Eleitoral determinou a impugnação de mais duas: uma do Datafolha e outra do Instituto Brasil.
A decisão foi tomada pelo juiz Nicolau Konkel Jr, do TRE. O coordenador jurídico da campanha de Richa, Ivan Bonilha, justificou a queixa:
— Falta plano amostral e percentual de ponderação em relação a sexo, idade, faixas de renda, níveis de instrução. Uma resolução do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) vincula como pré-requisito expor da forma mais transparente possível.
Bonilha critica em especial o Datafolha, dizendo que induz à resposta.
— Precedendo a pergunta a governador tinha um grupo de perguntas consideradas indutoras, como níveis de aprovação do governo Lula — disse.
A diretora- executiva do Ibope, Márcia Cavallari, disse que "o plano amostral está conforme prevê a legislação eleitoral" e que só no Paraná está ocorrendo impugnação.
Pela última pesquisa do Vox Populi, do dia 20 de agosto, Richa aparece com 47%, dez pontos à frente de Dias. Já a pesquisa Ibope do dia 8 traz Richa com 47%, e Dias com apenas 38%.
Em outra ação, a campanha de Richa obteve no domingo a censura à edição da revista "Istoé", que diz que "as últimas pesquisas mostram que Richa, antes favorito, perdeu o primeiro lugar para Dias". A coligação pede a retratação do trecho.
Do blog do Noblat
Tasso em queda livre - Por Brizola Neto
Avisado por um comentarista vejo que o jornal O Povo, de Fortaleza, registra hoje uma nova pesquisa de intenção de voto para o Senado, realizada, aliás, pelo Datafolha. Lá não dá para “marinar” os resultados. Porque todo cearense está vendo que Tasso “tenho jatinho porque posso” Jereissati, está ameaçado de não aterrisar mais no Senado da República. As pesquisas colocavam-no, há 2 meses, voando em céu de brigadeiro, quase com 60% das intenções de voto. Era mais que o dobro de seus adversários, Eunício Oliveira, do PMDB, e José Pimentel, do PT. Agora o “galeguim dos zói azul” está caindo em alta velocidade, como mostra o gráfico aí do lado. Mas isso não é tudo. Segundo o jornal, que é pró-Tasso, nos votos válidos, há um tríplice empate: Tasso tem 33%; Eunício 30% e Pimentel 27%, a uma semana das eleições. Cearense é povo arretado. E lá não tem “zonda verde” nem “zói azul” que vá enganar alguém.
Do blog de Brizola Neto
Do blog de Brizola Neto
A tomada de posição - De Bruno Lima Rocha no blog do Noblat
O editorial do centenário jornal O Estado de São Paulo, datado de 25 de setembro de 2010 é um episódio marcante (leiam o link). Para o entendimento deste analista, assumir posição publicamente implica uma nova era nas relações das empresas jornalísticas com a política brasileira.
No texto intitulado “O mal a evitar”, o periódico da família Mesquita define sua rejeição ao conceito da mídia comportando-se como partido político e ao mesmo assume o apoio para José Serra (PSDB) e Índio da Costa (DEM) alegando buscar evitar um dano maior.
Ao contrário de vários colegas na ciência política contemporânea, entendo que a imprensa (os agentes econômicos cujo produto simbólico condensa informação, opinião e sentido) ainda bebe na tradição da Revolução Francesa e deve sempre expor sua visão de mundo e posicionar-se nas conjunturas políticas. É de sua natureza, e mesmo quando não o explicite, ainda assim realiza estes dois movimentos.
Quando uma das maiores empresas do país define sua preferência no momento político, vejo tal fato como motivo para celebração, uma vez que advogo esta tese há mais de dez anos. Comemoro a façanha como jornalista de formação (me graduei nesta habilitação na UFRJ) e também por ser atuante tanto na mídia alternativa, como no ensino na área de comunicação e política.
Um dos passos para aumentar a participação popular neste regime é o explicitar das posições. Eu mesmo, modestamente, nunca escondi minha não adesão ao processo de democracia indireta e abri a defesa pela via direta, onde as decisões fundamentais passam por plebiscito ou referendum. Reconheço estarmos muito distantes deste modelo democrático radical.
No que diz respeito às relações tensas entre a grande imprensa e o governo, precisamos ter frieza analítica para compreender o motivo do desconforto.
Há duas semanas escrevi aqui que a campanha está sendo pautada pela mídia. Isto não implica necessariamente adulteração factual, mas as ênfases e angulações sempre estão e estarão vinculadas com o ponto de vista de quem produz o conteúdo. É disso que se trata a pugna dos candidatos governistas com as maiores empresas de comunicação do Brasil.
Este processo eleitoral de primeiro turno vem sendo uma disputa em duas partes. Na primeira metade, concomitante com a eliminação do Brasil na Copa do Mundo e, posteriormente, o início da campanha obrigatória, todos os candidatos afirmavam-se pela agenda positiva. Por tabela, tentavam pegar carona na verossimilhança com o governo de Luiz Inácio.
Já na segunda parte do primeiro turno, e concomitante com as denúncias e a contra pautas das mídias, a disputa começa a embaralhar-se. Não se trata de novidade, haja vista o ocorrido na eleição passada, quando a ação dos “aloprados” cria o fato midiático necessário para injetar fôlego na oposição tucana. Fato idêntico deu-se em 2002, com a Operação que estoura a empresa Lunus.
Dessa vez o trabalho das maiores empresas jornalísticas foi o de investigar, requentar (conforme já afirmei aqui neste blog) e difundir uma imagem – em parte correta – de que há (ou havia) um desmando no primeiro escalão da presidência. A oposição trabalha com a evidente manobra de campanha de associar Dilma com sua ex-subordinada, Erenice Guerra. Já a situação advoga, a meu ver de forma muito tímida, a tese de que a mídia “toma partido” e atua a favor de uma ou duas candidaturas.
Não vejo a tomada de posição como problema ou dilema, tanto conceitual como de prática política. A mídia de país algum é “neutra, imparcial e objetiva”. Vou além. Se há algo incompatível com a produção de sentido é a neutralidade.
Contraditoriamente, a afirmação de neutralidade como teoria é facilmente refutável, mas como doutrina tem um efeito de legitimação absurdo. Quando a empresa da família Mesquita explicita sua preferência eleitoral e expõe os motivos, convida seus pares a fazerem o mesmo, aderindo ou não ao seu candidato.
Repito. Tal fato é muito saudável para aumentar a politização dos ainda poucos brasileiros que consomem e compreendem a produção de jornalismo com ênfase na política. Espero, sinceramente, que todo e qualquer veículo midiático, seja grande ou pequeno, empresarial ou sindical, de mercado ou alternativo, privado ou comunitário, faça o mesmo. Só assim derrubamos o falso mito da neutralidade e objetividade e passamos a compreender que a decisão coletiva implica em dissensos e antagonismos.
Bruno Lima Rocha é cientista político www.estrategiaeanalise.com.br / blimarocha@gmail.com
No texto intitulado “O mal a evitar”, o periódico da família Mesquita define sua rejeição ao conceito da mídia comportando-se como partido político e ao mesmo assume o apoio para José Serra (PSDB) e Índio da Costa (DEM) alegando buscar evitar um dano maior.
Ao contrário de vários colegas na ciência política contemporânea, entendo que a imprensa (os agentes econômicos cujo produto simbólico condensa informação, opinião e sentido) ainda bebe na tradição da Revolução Francesa e deve sempre expor sua visão de mundo e posicionar-se nas conjunturas políticas. É de sua natureza, e mesmo quando não o explicite, ainda assim realiza estes dois movimentos.
Quando uma das maiores empresas do país define sua preferência no momento político, vejo tal fato como motivo para celebração, uma vez que advogo esta tese há mais de dez anos. Comemoro a façanha como jornalista de formação (me graduei nesta habilitação na UFRJ) e também por ser atuante tanto na mídia alternativa, como no ensino na área de comunicação e política.
Um dos passos para aumentar a participação popular neste regime é o explicitar das posições. Eu mesmo, modestamente, nunca escondi minha não adesão ao processo de democracia indireta e abri a defesa pela via direta, onde as decisões fundamentais passam por plebiscito ou referendum. Reconheço estarmos muito distantes deste modelo democrático radical.
No que diz respeito às relações tensas entre a grande imprensa e o governo, precisamos ter frieza analítica para compreender o motivo do desconforto.
Há duas semanas escrevi aqui que a campanha está sendo pautada pela mídia. Isto não implica necessariamente adulteração factual, mas as ênfases e angulações sempre estão e estarão vinculadas com o ponto de vista de quem produz o conteúdo. É disso que se trata a pugna dos candidatos governistas com as maiores empresas de comunicação do Brasil.
Este processo eleitoral de primeiro turno vem sendo uma disputa em duas partes. Na primeira metade, concomitante com a eliminação do Brasil na Copa do Mundo e, posteriormente, o início da campanha obrigatória, todos os candidatos afirmavam-se pela agenda positiva. Por tabela, tentavam pegar carona na verossimilhança com o governo de Luiz Inácio.
Já na segunda parte do primeiro turno, e concomitante com as denúncias e a contra pautas das mídias, a disputa começa a embaralhar-se. Não se trata de novidade, haja vista o ocorrido na eleição passada, quando a ação dos “aloprados” cria o fato midiático necessário para injetar fôlego na oposição tucana. Fato idêntico deu-se em 2002, com a Operação que estoura a empresa Lunus.
Dessa vez o trabalho das maiores empresas jornalísticas foi o de investigar, requentar (conforme já afirmei aqui neste blog) e difundir uma imagem – em parte correta – de que há (ou havia) um desmando no primeiro escalão da presidência. A oposição trabalha com a evidente manobra de campanha de associar Dilma com sua ex-subordinada, Erenice Guerra. Já a situação advoga, a meu ver de forma muito tímida, a tese de que a mídia “toma partido” e atua a favor de uma ou duas candidaturas.
Não vejo a tomada de posição como problema ou dilema, tanto conceitual como de prática política. A mídia de país algum é “neutra, imparcial e objetiva”. Vou além. Se há algo incompatível com a produção de sentido é a neutralidade.
Contraditoriamente, a afirmação de neutralidade como teoria é facilmente refutável, mas como doutrina tem um efeito de legitimação absurdo. Quando a empresa da família Mesquita explicita sua preferência eleitoral e expõe os motivos, convida seus pares a fazerem o mesmo, aderindo ou não ao seu candidato.
Repito. Tal fato é muito saudável para aumentar a politização dos ainda poucos brasileiros que consomem e compreendem a produção de jornalismo com ênfase na política. Espero, sinceramente, que todo e qualquer veículo midiático, seja grande ou pequeno, empresarial ou sindical, de mercado ou alternativo, privado ou comunitário, faça o mesmo. Só assim derrubamos o falso mito da neutralidade e objetividade e passamos a compreender que a decisão coletiva implica em dissensos e antagonismos.
Bruno Lima Rocha é cientista político www.estrategiaeanalise.com.br / blimarocha@gmail.com
Finalmente, Estadão confessa apoiar tucano - Por José Dirceu
Em seu principal editorial de domingo, o Estadão, enfim, assumiu o que todos nós já sabíamos, embora até então ele escamoteasse: "Com todo o peso da responsabilidade à qual nunca se subtraiu em 135 anos de lutas, o Estado apoia a candidatura de José Serra à Presidência da República".
É isso mesmo, meus caros, a uma semana das eleições - antes tarde do que nunca... - o jornalão da família Mesquita deu a mão à palmatória e assumiu o apoio irrestrito e incondicional ao candidato da oposição José Serra (PSDB-DEM-PPS). Aliás, sua candidatura, atualmente, só é sustentada pela grande mídia, já que os próprios companheiros de partido do tucano o abandonaram.
Restam a Serra, então, as matérias editorializadas e a conivência dos jornalistas que ainda trabalham por sua candidatura, só que agora, em se tratando do Estadão, de forma assumida. Fora daí, restam os factóides tais como esta campanha absurda contra o governo Lula de que ele quer censurar a imprensa, o que os próprios jornais sabem não ser verdade.
A pseudo censura é o último ponto da estratégia pró-José Serra, para retirar do buraco a sua candidatura. Enfim, com este editorial, pelo menos o leitor do Estadão sabe agora o que está lendo e a quais interesses políticos serve o jornal. Uma inovação, sem dúvidas, e uma vitória nossa.
É isso mesmo, meus caros, a uma semana das eleições - antes tarde do que nunca... - o jornalão da família Mesquita deu a mão à palmatória e assumiu o apoio irrestrito e incondicional ao candidato da oposição José Serra (PSDB-DEM-PPS). Aliás, sua candidatura, atualmente, só é sustentada pela grande mídia, já que os próprios companheiros de partido do tucano o abandonaram.
Restam a Serra, então, as matérias editorializadas e a conivência dos jornalistas que ainda trabalham por sua candidatura, só que agora, em se tratando do Estadão, de forma assumida. Fora daí, restam os factóides tais como esta campanha absurda contra o governo Lula de que ele quer censurar a imprensa, o que os próprios jornais sabem não ser verdade.
A pseudo censura é o último ponto da estratégia pró-José Serra, para retirar do buraco a sua candidatura. Enfim, com este editorial, pelo menos o leitor do Estadão sabe agora o que está lendo e a quais interesses políticos serve o jornal. Uma inovação, sem dúvidas, e uma vitória nossa.
Ibope - PT é disparado o preferido
Outro dado interessante do Ibope é sobre a preferência partidárias dos eleitores brasileiros. O PT é disparado, com 27%, o preferido. Entende-se então o apelo à militância que Dilma Rousseff fez nos últimos dias. Trata-se de um apelo que o PSDB e José Serra teriam dificuldade para fazer, pois apenas 5% dos eleitores dizem preferir a sigla tucana. E só 3% afirmam preferir o PV, de Marina Silva. Eis os dados:
UOL
UOL
Dilma ganharia no primeiro turno se eleição fosse hoje
Pesquisa realizada pelo Ibope sob encomenda da CNI (Confederação Nacional da Indústria) nos dias 25 a 27 de setembro indica que Dilma Rousseff (PT) está com 50% contra 41% de todos os seus adversários somados. Se a eleição fosse hoje, a petista venceria no primeiro turno.
Para ganhar no primeiro turno é necessário ter, pelo menos, 50% mais 1 de todos os votos válidos (os dados apenas aos candidatos, descontados os brancos e os nulos).
A pesquisa Ibope dá 27% para José Serra (PSDB). A candidata Marina Silva (PV) aparece com 13%. Os outros candidatos nanicos somados têm 1%. Há também 4% de brancos e nulos e 4% de indecisos.
Essa pesquisa Ibope foi realizada ao longo de 3 dias (25, 26 e 27). Não pode ser comparada com a pesquisa Datafolha, realizada apenas no dia 27 e que deu Dilma com 46%, Serra com 28% e Marina com 14%.
Ainda assim, o levantamento do Ibope (com 3.010 entrevistas e margem de erro máxima de 2 pontos percentuais) é um indicador de que o desfecho da eleição continua pendendo mais para o lado de Dilma Rousseff. Por esse levantamento, a chance de a petista ganhar no primeiro turno está dada como fora da margem de erro.
terça-feira, 28 de setembro de 2010
Tracking Vox/Band/iG: Dilma tem 55% dos votos válidos
A candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, aparece, pelo terceiro dia consecutivo, com 49% das intenções de voto no tracking Vox Populi/Band/iG publicado nesta terça-feira. A cinco dias da eleição, Dilma tem pouco mais de 55% dos votos válidos, cinco pontos além do que precisaria para vencer no primeiro turno.
Para encerrar a disputa logo na primeira etapa de votação, Dilma precisaria ter a maioria absoluta dos votos válidos, ou seja, 50% mais um. Na conta, são desconsiderados os votos brancos e nulos.
O atual cenário dá a Dilma uma vantagem de 10 pontos sobre a soma das intenções de voto contabilizadas por seus adversários. No tracking, José Serra (PSDB) oscilou um ponto para cima e agora tem 25%. Já a presidenciável do PV, Marina Silva, que um dia antes contava com 13%, agora soma 12% - o que interrompe uma sequência de três dias consecutivos de crescimento. Outros candidatos obtiveram 2%. Brancos e nulos somaram 4% e indecisos 8%. A margem de erro da pesquisa é de 2,2 pontos percentuais.
Apoiada pela alta popularidade do presidente Lula na região, Dilma tem o melhor desempenho entre eleitores do Nordeste: 65%. Na região, no entanto, a ex-ministra da Casa Civil já contou com até 73% das preferências. Na mesma região, Serra teria hoje 15% dos votos, de acordo com a projeção, e Marina, 7%.
Dilma ainda lidera em todas as regiões, mas encontra seu pior cenário no Sudeste, onde ela conta com 42% das intenções de voto – contra 27% de Serra e 16% de Marina. Já o candidato tucano tem mais votos no Sul (34%), contra 45% de Dilma no local.
Na pesquisa espontânea, quando os nomes dos candidatos não são apresentados, a petista aparece à frente, com 43% das citações (um ponto a mais que na pesquisa anterior); Serra tem 22% e Marina, 9%. O tracking Vox/Band/iG conta com 2.000 entrevistas, sendo que um quarto dessa amostra é renovada diariamente.
Quem tem medo da democracia ? - Por Emir Sader
O momento mais trágico da história brasileira – o do golpe de 1964 e da instauração do pior regime político que o Brasil já teve, a ditadura militar – foi o momento da verdade da democracia. O momento revelou quem estava a favor e quem estava contra a democracia. E quem pregava e apoiava a ditadura. Foi um divisor definitivo de águas. O resto são palavras que o vento leva. A posição diante da ditadura e da democracia, na hora em que não havia outra alternativa, em que a democracia estava em risco grave – como se viu depois – foi decisiva para definir que é democrata e quem é ditatorial no Brasil.
Toda a velha imprensa, que segue ai – FSP, Globo, Estadão, Veja – pregou e apoiou o golpe militar, compactuou com a destruição da democracia no Brasil e enriqueceu com isso. Compactuou inclusive com a destruição da Última Hora, o único jornal que sempre resistiu à ditadura. O mesmo aconteceu com a maior parte da elite política da época – uma parte da qual ainda anda por aí, quase todos dando continuidade ao mesmo papel de inimigos da democracia, mesmo se disfarçados de democratas.
A história contemporânea é continuação daquela circunstância e da ditadura que ela instaurou. Se o amplo apoio ao governo Lula provêm, no essencial, em ter, pela primeira vez, diminuído a desigualdade, a injustiça e a exclusão social no Brasil, isto se deve, em grande parte, à monstruosa desigualdade que o modelo implantado pela ditadura – fundado na liberdade total ao capital e no arrocho dos salários, acompanhado da intervenção em todos os sindicatos – promoveu.
Da mesma forma que a polarização atual da política brasileira se centra de novo em torno da alternativa democracia/ditadura. Como naquela época, ambos os lados dizem falar em nome da democracia. Como naquela época, toda aquela imprensa e parte da elite política tradicional, falam da democracia – que eles mesmos ajudaram a massacrar ao pregar e apoiar a instauração da ditadura no Brasil –, mas representam a antidemocracia, representam os interesses tradicionais das elites, que resistem à imensa democratização por que passa o Brasil.
O golpe de 1964 foi realizado para evitar a continuidade de um processo de ampla democratização por que passava o Brasil. A política econômica do governo Jango, a extensão da sindicalização – aos funcionários públicos, aos trabalhadores rurais -, as lutas populares por mais direitos, o começo de reforma agrária, incorporavam crescentes setores populares a direitos essências. Mas isso não era funcional aos interesses das elites dirigentes, comprometidas com interesses econômicos voltados para o consumo das camadas mais ricas da sociedade – a indústria automobilística era o eixo da economia – e para a exportação, em detrimento do mercado interno de consumo popular.
O golpe e a ditadura militar fizeram um mal profundo para o Brasil, mas favoreceram o capitalismo fundado nas grandes corporações nacionais e internacionais, que lucraram como nunca – entre elas os próprios grupos econômicos da mídia. A gritaria de que a democracia estava em perigo, em 1964, serviu para acobertar a ditadura e o regime mais antipopular que já tivemos.
Agora o quadro se repete, já não mais como tragédia, mas como farsa. Vivemos de novo um processo de ampla e profunda democratização da sociedade brasileira. Dezenas de milhões de brasileiros, que nunca haviam tido acesso aos bens mínimos à sobrevivência, adquirem o direito de tê-los, para viver com um mínimo de dignidade. O mercado interno de consumo popular passou a ser elemento integrante essencial do modelo econômico.
A sociedade brasileira, que era a mais desigual da América Latina – que, por sua vez, é o continente mais desigual do mundo -, pela primeira vez, começou a ser menos desigual, menos injusta. Isso incomoda às elites conservadoras brasileiras. Já não podem dispor do Estado brasileiro – e das empresas estatais – como sempre dispuseram. Os donos de jornais, rádios e TVs, já não têm um presidente da república que almoce e jante com eles, com todas as promiscuidades decorrentes daí.
Sentem que o poder se lhes escapa das mãos. Que um presidente – nordestino e operário de origem – conquistou um prestigio e um apoio popular, apesar deles. Tem medo do povo. Quando se dão conta da democratização que começou a acontecer, logo retomam os seus fantasmas da guerra fria e gritam que a democracia está em perigo, quando o que está em perigo são os seus privilégios.
São os mesmos que confundiam seus privilégios com democracia – porque assimilavam democracia com regime que protegia seus interesses -, que agora tem medo da democracia, porque sentem que perdem privilégios. Privilégios de serem os únicos formadores de opinião publica, de serem os que filtravam quem podia ocupar a presidência republica e os outros cargos públicos importantes. Privilégios de terem acesso exclusivo a viajar, a comprar certos bens, a ir ao teatro. Privilégios de decidir as políticas governamentais, de eleger e destituir presidentes.
O que está em perigo são os privilégios das minorias. O que está em desenvolvimento no Brasil é o mais amplo processo de democratização que o país já conheceu. Um processo que apenas começa, que tem que quebrar o monopólio do dinheiro (poder do capital financeiro), da terra (poder dos latifundiários) e o poder da palavra (poder da mídia monopolista), entre outros, para que nos tornemos realmente um país justo, solidário e soberano.
Quem tem medo da democracia? As elites que sempre detiveram privilégios, que agora começam a perdê-los. O povo, os que têm consciência social, democrática, não tem nada a temer. Tem um mundo – o outro mundo possível – a ganhar.
segunda-feira, 27 de setembro de 2010
Carta ao Povo: Juristas lançam manifesto defendendo o governo Lula
Um grupo de renomados juristas divulgou nesta segunda-feira (27) manifesto intitulado "Carta ao Povo Brasileiro", onde reafirmam o compromisso do governo Lula com a preservação e a consolidação da democracia no pais. Os juristas rebatem a tese do "autoritarismo e de ameaça à democracia" que setores da grande imprensa e a oposição vêm tentando imputar ao presidente Lula e ao seu governo, após o presidente ter feito críticas ao comportamento da mídia em relação à candidatura de Dilma Rousseff.
A iniciativa é uma resposta ao manifesto lançado por um outro grupo de juristas de direita, ligados ao PSDB e ao DEM, que lançaram texto a pedido dos empresários da mídia atacando o presidente Lula. (leia mais aqui)
"Nos últimos anos, com vigor, a liberdade de manifestação de idéias fluiu no País. Não houve um ato sequer do governo que limitasse a expressão do pensamento em sua plenitude. Não se pode cunhar de autoritário um governo por fazer criticas a setores da imprensa ou a seus adversários, já que a própria crítica é direito de qualquer cidadão, inclusive do Presidente da República", diz um trecho do documento, assinado por dezenas de personalidades do mundo jurídico, incluindo vários presidentes estaduais da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).
O documento registra ainda que é preciso deixar o povo ""tomar a decisão dentro de um processo eleitoral legítimo, dentro de um civilizado embate de idéias, sem desqualificações açodadas e superficiais, e com a participação de todos os brasileiros".
Veja abaixo a íntegra do manifesto:
Em uma democracia, todo poder emana do povo, que o exerce diretamente ou pela mediação de seus representantes eleitos por um processo eleitoral justo e representativo. Em uma democracia, a manifestação do pensamento é livre. Em uma democracia as decisões populares são preservadas por instituições republicanas e isentas como o Judiciário, o Ministério Público, a imprensa livre, os movimentos populares, as organizações da sociedade civil, os sindicatos, dentre outras.
Estes valores democráticos, consagrados na Constituição da República de 1988, foram preservados e consolidados pelo atual governo.
Governo que jamais transigiu com o autoritarismo. Governo que não se deixou seduzir pela popularidade a ponto de macular as instituições democráticas. Governo cujo Presidente deixa seu cargo com 80% de aprovação popular sem tentar alterar casuisticamente a Constituição para buscar um novo mandato. Governo que sempre escolheu para Chefe do Ministério Público Federal o primeiro de uma lista tríplice elaborada pela categoria e não alguém de seu convívio ou conveniência. Governo que estruturou a polícia federal, a Defensoria Pública, que apoiou a criação do Conselho Nacional de Justiça e a ampliação da democratização das instituições judiciais.
Nos últimos anos, com vigor, a liberdade de manifestação de idéias fluiu no País. Não houve um ato sequer do governo que limitasse a expressão do pensamento em sua plenitude.
Não se pode cunhar de autoritário um governo por fazer criticas a setores da imprensa ou a seus adversários, já que a própria crítica é direito de qualquer cidadão, inclusive do Presidente da República.
Estamos às vésperas das eleições para Presidente da República, dentre outros cargos. Eleições que concretizam os preceitos da democracia, sendo salutar que o processo eleitoral conte com a participação de todos.
Mas é lamentável que se queira negar ao Presidente da República o direito de, como cidadão, opinar, apoiar, manifestar-se sobre as próximas eleições. O direito de expressão é sagrado para todos – imprensa, oposição, e qualquer cidadão. O Presidente da República, como qualquer cidadão, possui o direito de participar do processo político-eleitoral e, igualmente como qualquer cidadão, encontra-se submetido à jurisdição eleitoral. Não se vêem atentados à Constituição, tampouco às instituições, que exercem com liberdade a plenitude de suas atribuições.
Como disse Goffredo em sua célebre Carta: “Ao povo é que compete tomar a decisão política fundamental, que irá determinar os lineamentos da paisagem jurídica que se deseja viver”. Deixemos, pois, o povo tomar a decisão dentro de um processo eleitoral legítimo, dentro de um civilizado embate de idéias, sem desqualificações açodadas e superficiais, e com a participação de todos os brasileiros.
ADRIANO PILATTI - Professor da PUC-Rio
AIRTON SEELAENDER - Professor da UFSC
ALESSANDRO OCTAVIANI - Professor da USP
ALEXANDRE DA MAIA - Professor da UFPE
ALYSSON LEANDRO MASCARO - Professor da USP
ARTUR STAMFORD - Professor da UFPE
CELSO ANTONIO BANDEIRA DE MELLO - Professor Emérito da PUC-SP
CEZAR BRITTO - Advogado e ex-Presidente do Conselho Federal da OAB
CELSO SANCHEZ VILARDI - Advogado
CLÁUDIO PEREIRA DE SOUZA NETO - Advogado, Conselheiro Federal da OAB e
Professor da UFF
DALMO DE ABREU DALLARI - Professor Emérito da USP
DAVI DE PAIVA COSTA TANGERINO - Professor da UFRJ
DIOGO R. COUTINHO - Professor da USP
ENZO BELLO - Professor da UFF
FÁBIO LEITE - Professor da PUC-Rio
FELIPE SANTA CRUZ - Advogado e Presidente da CAARJ
FERNANDO FACURY SCAFF - Professor da UFPA e da USP
FLÁVIO CROCCE CAETANO - Professor da PUC-SP
FRANCISCO GUIMARAENS - Professor da PUC-Rio
GILBERTO BERCOVICI - Professor Titular da USP
GISELE CITTADINO - Professora da PUC-Rio
GUSTAVO FERREIRA SANTOS - Professor da UFPE e da Universidade Católica de Pernambuco
GUSTAVO JUST - Professor da UFPE
HENRIQUE MAUES - Advogado e ex-Presidente do IAB
HOMERO JUNGER MAFRA - Advogado e Presidente da OAB-ES
IGOR TAMASAUSKAS - Advogado
JARBAS VASCONCELOS - Advogado e Presidente da OAB-PA
JAYME BENVENUTO - Professor e Diretor do Centro de Ciências Jurídicas da
Universidade Católica de Pernambuco
JOÃO MAURÍCIO ADEODATO - Professor Titular da UFPE
JOÃO PAULO ALLAIN TEIXEIRA - Professor da UFPE e da Universidade Católica de Pernambuco
JOSÉ DIOGO BASTOS NETO - Advogado e ex-Presidente da Associação dos
Advogados de São Paulo
JOSÉ FRANCISCO SIQUEIRA NETO - Professor Titular do Mackenzie
LENIO LUIZ STRECK - Professor Titular da UNISINOS
LUCIANA GRASSANO - Professora e Diretora da Faculdade de Direito da UFPE
LUÍS FERNANDO MASSONETTO - Professor da USP
LUÍS GUILHERME VIEIRA - Advogado
LUIZ ARMANDO BADIN - Advogado, Doutor pela USP e ex-Secretário de Assuntos
Legislativos do Ministério da Justiça
LUIZ EDSON FACHIN - Professor Titular da UFPR
MARCELLO OLIVEIRA - Professor da PUC-Rio
MARCELO CATTONI - Professor da UFMG
MARCELO LABANCA - Professor da Universidade Católica de Pernambuco
MÁRCIA NINA BERNARDES - Professora da PUC-Rio
MARCIO THOMAZ BASTOS - Advogado
MARCIO VASCONCELLOS DINIZ - Professor e Vice-Diretor da Faculdade de
Direito da UFC
MARCOS CHIAPARINI - Advogado
MARIO DE ANDRADE MACIEIRA - Advogado e Presidente da OAB-MA
MÁRIO G. SCHAPIRO - Mestre e Doutor pela USP e Professor Universitário
MARTONIO MONT'ALVERNE BARRETO LIMA - Procurador-Geral do Município de
Fortaleza e Professor da UNIFOR
MILTON JORDÃO - Advogado e Conselheiro do Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária
NEWTON DE MENEZES ALBUQUERQUE - Professor da UFC e da UNIFOR
PAULO DE MENEZES ALBUQUERQUE - Professor da UFC e da UNIFOR
PIERPAOLO CRUZ BOTTINI - Professor da USP
RAYMUNDO JULIANO FEITOSA - Professor da UFPE
REGINA COELI SOARES - Professora da PUC-Rio
RICARDO MARCELO FONSECA - Professor e Diretor da Faculdade de Direito da
UFPR
RICARDO PEREIRA LIRA - Professor Emérito da UERJ
ROBERTO CALDAS - Advogado
ROGÉRIO FAVRETO - ex-Secretário da Reforma do Judiciário do Ministério da Justiça
RONALDO CRAMER - Professor da PUC-Rio
SERGIO RENAULT - Advogado e ex-Secretário da Reforma do Judiciário do Ministério da Justiça
SÉRGIO SALOMÃO SHECAIRA - Professor Titular da USP
THULA RAFAELLA PIRES - Professora da PUC-Rio
WADIH NEMER DAMOUS FILHO - Advogado e Presidente da OAB-RJ
WALBER MOURA AGRA - Professor da Universidade Católica de Pernambuco
Ações da Petrobras fecham em alta após liderar pregão da Bovespa
Depois de passar a maior parte da manhã operando em baixa, as ações da Petrobras fecharam em alta na Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo). As ações preferenciais (PETR4), as PN, fecharam com valorização de 0,76%, cotadas a R$ 26,50, enquanto as ordinárias (PETR3), as ON, subiram 2,02% e fecharam a R$ 30,25.
As ações da Petrobras emitidas na semana passada com o processo de capitalização começaram a ser negociadas nesta segunda-feira na Bovespa, juntamente com as que já existiam.
As ações PN da Petrobras foram as mais negociadas do dia. Esses papéis somaram mais de R$ 1,5 bilhão em negócios e representaram cerca de um quarto do volume total da Bovespa nesta segunda-feira.
As compras e vendas de ações ON da petrolífera brasileira somaram pouco mais de R$ 600 milhões e representaram quase 10% dos negócios. A Bovespa fechou em alta de 0,91%, aos 68.815,97 pontos, nesta segunda-feira.
As ações preferenciais são as que têm mais liquidez, ou seja, são as mais negociadas. Esses papéis não dão direito a voto, mas dão garantia de preferência na distribuição dos dividendos. Já as ordinárias são as que dão direito a voto -- o investidor participa das decisões estratégicas da empresa.
Segundo o assessor de investimentos da corretora Souza Barros, Luiz Roberto Monteiro, a venda dos papéis da Petrobras ficou concentrada principalmente em três corretoras pelo período da manhã, o que fez com que a cotação das ações PN caísse. “Provavelmente foram investidores estrangeiros que venderam parte do lote que receberam no processo de capitalização”, diz.
Para Monteiro, a demanda pelos novos papéis ficou abaixo do estimado pelo mercado no processo de capitalização. Como consequência, na hora do rateio, inúmeros investidores receberam mais ações do que estimavam e por isso preferiram vender parte do lote que tinham em mãos assim que abriu o pregão.
Na semana passada, a Petrobras concluiu seu processo de capitalização pelo qual arrecadou R$ 120,4 bilhões. A CBLC (Companhia Brasileira de Liquidação e Custódia) divulgou na sexta-feira (24) relatórios sobre a distribuição das novas ações. “As corretoras já informaram aos clientes que participaram da capitalização quantas ações cada um passou a deter”, diz Monteiro. Esses investidores já puderam negociar os novos papéis a partir desta segunda na Bovespa.
De acordo com a CEF (Caixa Econômica Federal), quem participou da capitalização por meio de fundos de investimento saberá na quarta-feira (29) quanto do valor reservado foi efetivamente usado pelo fundo para comprar as novas ações da Petrobras. Nesse caso, os investidores possuem cotas desses fundos, não diretamente ações. Eles só poderão resgatar essas cotas, total ou parcialmente, a partir de quarta-feira.
Quem participou da operação por meio do dinheiro do FGTS deve esperar 12 meses para ter a opção de vender as ações da Petrobras e retornar os recursos para o fundo. A exceção é caso passe a ter direito a sacar o dinheiro do FGTS – se for, por exemplo, demitido ou quiser usar o dinheiro do fundo para comprar o primeiro imóvel. Nesses casos, o investidor pode pedir que o dinheiro em ações da empresa volte para o fundo antes dos 12 meses.
UOL
Vox Populi/Band/iG: Marina mantém crescimento e chega a 13%
Na reta final da campanha, a candidata do PV à Presidência, Marina Silva, alcançou, pela primeira vez desde o início do mês, 13% das intenções de voto no tracking Vox Populi/Band/iG divulgado nesta segunda-feira. O resultado confirma o movimento ascendente da candidata verde desde a semana passada, quando ela ultrapassou a marca de dois dígitos das preferências na medição (um dia antes, Marina tinha 12%).
Dilma Rousseff (PT), com 49%, e José Serra (PSDB), com 24%, mantiveram os índices apurados no dia anterior. Foi o segundo dia seguido que a candidata petista ficou abaixo dos 50% das preferências. Mesmo assim, ela venceria a disputa logo no primeiro turno. A margem de erro da pesquisa é de 2,2 pontos percentuais.
Segundo o tracking, a queda nas intenções de voto para a ex-ministra da Casa Civil foi mais acentuada no Sudeste, onde ela conta hoje com 42% das preferências – eram 47% há menos de dez dias. Ao mesmo tempo, Marina saiu de 11% das intenções de voto no Sudeste e hoje tem 17%. Marina também chega a 17% das preferências entre eleitores do Norte e Centro Oeste.
A melhor avaliação de Dilma ainda é no Nordeste, onde a petista conta com 66% das preferências. O índice, no entanto, já foi de 73% (no último dia 11) na região.
O melhor cenário para o candidato tucano é no Sul, onde ele tem 30% das intenções de voto. Já no Nordeste, Serra tem 17% - seu pior desempenho entre as regiões.
De acordo com o tracking, 10% dos eleitores ainda não sabem ou não responderam em quem pretendem votar no próximo dia 3. Brancos e nulos somam 3%.
A cada dia, o Instituto Vox Populi realiza 500 novas entrevistas presenciais em todas as regiões do País, numa amostra consolidada com 2000 pessoas. O levantamento foi registrado junto ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o nº 27.428/10.
Na pesquisa espontânea, quando o nome dos candidatos não é apresentado, Dilma tem a dianteira, com 42% das citações, seguida por Serra (21%), Marina (10%) e o presidente Lula, que ainda é citado por 2% dos eleitores. Nessa pesquisa o índice de eleitores indecisos chega a 20%.
Dilma defende liberdade de expressão e rechaça tese de ameaça à democracia
No debate dos presidenciáveis da TV Record na noite deste domingo (26), a candidata do PT à presidência, Dilma Rousseff, reiterou sua posição em defesa das liberdades de imprensa e de expressão no Brasil, em vez do silêncio imposto pelas ditaduras. No entanto, Dilma afirmou que não deixará de se defender dos ataques da imprensa sempre que julgar necessário.
“Tenho uma trajetória de vida que me leva a um posicionamento muito claro. Vivi um período negro do Brasil e prefiro as vozes críticas da democracia do que o silêncio das ditaduras”, disse Dilma, rechaçando a tese de que a democracia esteja sob ameaça no Brasil. “Vivemos em pleno estado democrático de direito.”
A candidata rejeitou o clima de ódio que seu adversário tenta criar na reta final da eleição e censurou a “oposição raivosa” deflagrada contra o governo Lula. Sobre a exibição da imagem do presidente Lula no programa eleitoral do adversário do PSDB, Dilma apontou a contradição.
“Considero muito estranho que o candidato Serra use a imagem do presidente Lula à noite e, durante o dia, fale mal do presidente. Fizeram uma oposição bastante raivosa, mas não usamos a prática do ódio. Sempre achamos que a esperança vence o medo”, disse.
Privatização
A candidata Dilma Rousseff defendeu enfaticamente a meritocricia e o profissionalismo na indicação de cargos da administração pública. Lembrando a falta de engenheiros no Ministério de Minas e Energia, quando o assumiu o cargo em 2003, ela explicou que a falta de pessoal também alcançava as agências reguladoras.
Dilma denunciou ainda a falta de regras para setores privatizados pelo governo do PSDB. “Na área de Minas e Energia, as agências estavam bastante precárias, sem plano de cargos e salários. Privatizaram setores sem fazer marco regulatório, o que tornava o serviço das agências bastante complicado”, afirmou Dilma, respondendo ao candidato José Serra.
Segundo ela, este é um dos motivos para o racionamento de energia que prevaleceu no Brasil durante 8 meses. “Eu sou integralmente favorável a fazer cargos de carreira nos ministérios também. Um dos motivos pelo qual este país passou por um racionamento foi o Ministério de Minas e Energia não ter feito planejamento adequado. E isso aconteceu quando você [Serra] era ministro do Planejamento.”
Acusações sem provas
Dilma garantiu que, se eleita, não permitirá que as denúncias de tráfico de influência dentro Casa Civil fiquem sem resposta. Segundo ela, todas as acusações serão apuradas de forma rigorosa, caso a Polícia Federal não conclua as investigações este ano.
“Ninguém está acima de qualquer suspeita. O que é importante é que não se deixe nada sem apurar. Sem sombra de dúvida, se o governo não concluir a apuração tanto do caso da Receita, quanto da Casa Civil, eu irei investigá-lo até o fim”, assegurou Dilma.
Ela afirmou que as instituições devem ser fortalecidas para que sejam capazes de apurar e punir quem, em vez de servir ao Estado, se serve do Estado. Neste sentido, acrescentou, o governo Lula fortaleceu a Polícia Federal.
“Quem está investigando é a Polícia Federal que, desta vez, tem todas as condições e autonomia. [A denúncia] Chega à Justiça, porque se faz um inquérito fundamentado em investigações. Só assim se pode condenar e punir as pessoas”, alertou Dilma.
www.dilma13.com.br
domingo, 26 de setembro de 2010
Artistas e intelectuais lançam Manifesto pela democracia e e pelo povo. Participe !
Centenas de pessoas participaram, ontem à noite (23), do ato contra o golpismo midiático e em defesa da democracia realizado no auditório do Sindicato dos Jornalistas de São Paulo.
Ao final do encontro foi divulgado um manifesto à nação, que estará recebendo assinaturas de adesão nos próximos dias.
Para assinar o manifesto acesse:
http://www.abaixoassinado.org/abaixoassinados/7080
Abaixo a íntegra do texto:
À NAÇÃO - Manifesto de artistas e intelectuais pela democracia e pelo povo
Em uma democracia nenhum poder é soberano.
Soberano é o povo.
É esse povo – o povo brasileiro – que irá expressar sua vontade soberana no próximo dia 3 de outubro, elegendo seu novo Presidente e 27 Governadores, renovando toda a Câmara de Deputados, Assembléias Legislativas e dois terços do Senado Federal.
Antevendo um desastre eleitoral, setores da oposição têm buscado minimizar sua derrota, desqualificando a vitória que se anuncia dos candidatos da coalizão Para o Brasil Seguir Mudando, encabeçada por Dilma Rousseff.
Em suas manifestações ecoam as campanhas dos anos 50 contra Getúlio Vargas e os argumentos que prepararam o Golpe de 1964. Não faltam críticas ao “populismo”, aos movimentos sociais, que apresentam como “aparelhados pelo Estado”, ou à ameaça de uma “República Sindicalista”, tantas vezes repetida em décadas passadas para justificar aventuras autoritárias.
O Presidente Lula e seu Governo beneficiam-se de ampla aprovação da sociedade brasileira. Inconformados com esse apoio, uma minoria com acesso aos meios, busca desqualificar esse povo, apresentando-o como “ignorante”, “anestesiado” ou “comprado pelas esmolas” dos programas sociais.
Desacostumados com uma sociedade de direitos, confunde-na sempre com uma sociedade de favores e prebendas.
O manto da democracia e do Estado de Direito com o qual pretendem encobrir seu conservadorismo não é capaz de ocultar a plumagem de uma Casa Grande inconformada com a emergência da Senzala na vida social e política do país nos últimos anos. A velha e reacionária UDN reaparece “sob nova direção”.
Em nome da liberdade de imprensa querem suprimir a liberdade de expressão.
A imprensa pode criticar, mas não quer ser criticada.
É profundamente anti-democrático – totalitário mesmo – caracterizar qualquer crítica à imprensa como uma ameaça à liberdade de imprensa.
Os meios de comunicação exerceram, nestes últimos oito anos, sua atividade sem nenhuma restrição por parte do Governo.
Mesmo quando acusaram sem provas.
Ou quando enxovalharam homens e mulheres sem oferecer-lhes direito de resposta.
Ou, ainda, quando invadiram a privacidade e a família do próprio Presidente da República.
A oposição está colhendo o que plantou nestes últimos anos.
Sua inconformidade com o êxito do Governo Lula, levou-a à perplexidade.
Sua incapacidade de oferecer à sociedade brasileira um projeto alternativo de Nação, confinou-a no gueto de um conservadorismo ressentido e arrogante.
O Brasil passou por uma grande transformação.
Retomou o crescimento. Distribuiu renda. Conseguiu combinar esses dois processos com a estabilidade macroeconômica e com a redução da vulnerabilidade externa. E – o que é mais importante – fez tudo isso com expansão da democracia e com uma presença soberana no mundo.
Ninguém nos afastará desse caminho.
Viva o povo brasileiro.
Ao final do encontro foi divulgado um manifesto à nação, que estará recebendo assinaturas de adesão nos próximos dias.
Para assinar o manifesto acesse:
http://www.abaixoassinado.org/abaixoassinados/7080
Abaixo a íntegra do texto:
À NAÇÃO - Manifesto de artistas e intelectuais pela democracia e pelo povo
Em uma democracia nenhum poder é soberano.
Soberano é o povo.
É esse povo – o povo brasileiro – que irá expressar sua vontade soberana no próximo dia 3 de outubro, elegendo seu novo Presidente e 27 Governadores, renovando toda a Câmara de Deputados, Assembléias Legislativas e dois terços do Senado Federal.
Antevendo um desastre eleitoral, setores da oposição têm buscado minimizar sua derrota, desqualificando a vitória que se anuncia dos candidatos da coalizão Para o Brasil Seguir Mudando, encabeçada por Dilma Rousseff.
Em suas manifestações ecoam as campanhas dos anos 50 contra Getúlio Vargas e os argumentos que prepararam o Golpe de 1964. Não faltam críticas ao “populismo”, aos movimentos sociais, que apresentam como “aparelhados pelo Estado”, ou à ameaça de uma “República Sindicalista”, tantas vezes repetida em décadas passadas para justificar aventuras autoritárias.
O Presidente Lula e seu Governo beneficiam-se de ampla aprovação da sociedade brasileira. Inconformados com esse apoio, uma minoria com acesso aos meios, busca desqualificar esse povo, apresentando-o como “ignorante”, “anestesiado” ou “comprado pelas esmolas” dos programas sociais.
Desacostumados com uma sociedade de direitos, confunde-na sempre com uma sociedade de favores e prebendas.
O manto da democracia e do Estado de Direito com o qual pretendem encobrir seu conservadorismo não é capaz de ocultar a plumagem de uma Casa Grande inconformada com a emergência da Senzala na vida social e política do país nos últimos anos. A velha e reacionária UDN reaparece “sob nova direção”.
Em nome da liberdade de imprensa querem suprimir a liberdade de expressão.
A imprensa pode criticar, mas não quer ser criticada.
É profundamente anti-democrático – totalitário mesmo – caracterizar qualquer crítica à imprensa como uma ameaça à liberdade de imprensa.
Os meios de comunicação exerceram, nestes últimos oito anos, sua atividade sem nenhuma restrição por parte do Governo.
Mesmo quando acusaram sem provas.
Ou quando enxovalharam homens e mulheres sem oferecer-lhes direito de resposta.
Ou, ainda, quando invadiram a privacidade e a família do próprio Presidente da República.
A oposição está colhendo o que plantou nestes últimos anos.
Sua inconformidade com o êxito do Governo Lula, levou-a à perplexidade.
Sua incapacidade de oferecer à sociedade brasileira um projeto alternativo de Nação, confinou-a no gueto de um conservadorismo ressentido e arrogante.
O Brasil passou por uma grande transformação.
Retomou o crescimento. Distribuiu renda. Conseguiu combinar esses dois processos com a estabilidade macroeconômica e com a redução da vulnerabilidade externa. E – o que é mais importante – fez tudo isso com expansão da democracia e com uma presença soberana no mundo.
Ninguém nos afastará desse caminho.
Viva o povo brasileiro.
Dilma: Capitalização recorde da Petrobras mostra a diferença entre Lula e FHC
A candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, comemorou ontem (24) a capitalização de R$ 120 bilhões na Petrobras. A operação, realizada ontem na Bovespa, foi a maior já feita em todo mundo e garante com sobras o plano de investimento da empresa de R$ 224 bilhões.
“Sem sombra de dúvida seja talvez um dos fatos mais importantes para evidenciar a posição do Brasil no cenário internacional. A capitalização, que foi a mais bem sucedida da história, conseguiu patrimônio e caixa para fazer investimento de R$ 224 bilhões [do plano de negócios da Petrobras]. Tinha muita gente dizendo que não ia dar certo, que o Brasil não devia fazer isso. E foi a maior capitalização do mundo”, disse.
Para Dilma, a capitalização histórica é prova a clara diferença dos modelos em disputa nessas eleições. Enquanto os tucanos venderam partes da empresa para capitalizá-la e tentaram até mudar o nome da Petrobras na tentativa de privatização, o governo do PT atraiu grandes investidores internacionais e ainda aumentou sua participação acionária na estatal para 48%.
“Fizemos tudo isso e ainda ampliamos a participação da União na Petrobras. Em 2000, teve uma redução drástica da participação da União na Petrobras. Nós conseguimos uma capitalização de US$ 70 bilhões e valorização da participação da União para 48%. Eu acho que mostra claramente a diferença entre esse governo e o anterior do Fernando Henrique Cardoso, a forma pela qual concebemos a ampliação da Petrobras. Isso evidencia que não precisa vender patrimônio público para conseguir os R$ 224 bilhões”, analisou.
Nível da campanha
Dilma voltou a dizer que não baixará o nível de sua campanha eleitoral e não alimentará o ódio dos adversários. Questionada sobre a divulgação de vídeos dos adversários da direita na Internet, a petista afirmo que isso mancha a imagem dos autores.
“Eu acho que quem faz esse tipo de coisa mancha e si mesmo. Não é uma prova de bom comportamento na eleição. A eleição é um momento que tem que respeitar o eleitor de debater. Capacidade de gestão quem prova são os fatos e não a soberba de uma pessoa. Nós temos fatos para provar isso”, disse.
“Sem sombra de dúvida seja talvez um dos fatos mais importantes para evidenciar a posição do Brasil no cenário internacional. A capitalização, que foi a mais bem sucedida da história, conseguiu patrimônio e caixa para fazer investimento de R$ 224 bilhões [do plano de negócios da Petrobras]. Tinha muita gente dizendo que não ia dar certo, que o Brasil não devia fazer isso. E foi a maior capitalização do mundo”, disse.
Para Dilma, a capitalização histórica é prova a clara diferença dos modelos em disputa nessas eleições. Enquanto os tucanos venderam partes da empresa para capitalizá-la e tentaram até mudar o nome da Petrobras na tentativa de privatização, o governo do PT atraiu grandes investidores internacionais e ainda aumentou sua participação acionária na estatal para 48%.
“Fizemos tudo isso e ainda ampliamos a participação da União na Petrobras. Em 2000, teve uma redução drástica da participação da União na Petrobras. Nós conseguimos uma capitalização de US$ 70 bilhões e valorização da participação da União para 48%. Eu acho que mostra claramente a diferença entre esse governo e o anterior do Fernando Henrique Cardoso, a forma pela qual concebemos a ampliação da Petrobras. Isso evidencia que não precisa vender patrimônio público para conseguir os R$ 224 bilhões”, analisou.
Nível da campanha
Dilma voltou a dizer que não baixará o nível de sua campanha eleitoral e não alimentará o ódio dos adversários. Questionada sobre a divulgação de vídeos dos adversários da direita na Internet, a petista afirmo que isso mancha a imagem dos autores.
“Eu acho que quem faz esse tipo de coisa mancha e si mesmo. Não é uma prova de bom comportamento na eleição. A eleição é um momento que tem que respeitar o eleitor de debater. Capacidade de gestão quem prova são os fatos e não a soberba de uma pessoa. Nós temos fatos para provar isso”, disse.
Tracking Vox Populi/Band/iG: Dilma tem 49% pela primeira vez
Pela primeira vez, desde o início da pesquisa Tracking Vox Populi/Band/iG no começo do mês, a candidata do PT, Dilma Rousseff, ficou abaixo da casa dos 50% nas intenções de voto. A presidenciável petista recuou de 50% para 49%, enquanto o candidato tucano, José Serra, subiu de 23% para 24% e a presidenciável do PV, Marina Silva, passou de 11% para 12%, chegando a essa pontuação pela primeira vez.
Com isso, a diferença entre os votos em Dilma e a soma dos demais candidatos (contando com 1% atribuído a “outros”) caiu de 15 para 12 pontos percentuais, reduzindo a vantagem da petista de se eleger no primeiro turno.
O Tracking Vox Populi/Band/iG também mostra que 11% estão indecisos e 3% votam em branco ou nulo.
Espontânea
Na consulta espontânea, quando a lista com os nomes dos candidatos não é apresentada ao entrevistado, Dilma oscilou negativamente de 43% para 42%, Serra manteve-se estável em 20% e Marina avançou de 9% para 10%.
O Tracking Vox Populi/Band/iG conta com 2.000 entrevistas, sendo que um quarto dessa amostra é renovada diariamente. A margem de erro é de 2,2 pontos percentuais para mais ou para menos.
Com isso, a diferença entre os votos em Dilma e a soma dos demais candidatos (contando com 1% atribuído a “outros”) caiu de 15 para 12 pontos percentuais, reduzindo a vantagem da petista de se eleger no primeiro turno.
O Tracking Vox Populi/Band/iG também mostra que 11% estão indecisos e 3% votam em branco ou nulo.
Espontânea
Na consulta espontânea, quando a lista com os nomes dos candidatos não é apresentada ao entrevistado, Dilma oscilou negativamente de 43% para 42%, Serra manteve-se estável em 20% e Marina avançou de 9% para 10%.
O Tracking Vox Populi/Band/iG conta com 2.000 entrevistas, sendo que um quarto dessa amostra é renovada diariamente. A margem de erro é de 2,2 pontos percentuais para mais ou para menos.
sábado, 25 de setembro de 2010
Bolsa de São Paulo já é a segunda maior do mundo
A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) tornou-se a segunda maior bolsa do mundo em valor de mercado. Com base nos preços das ações atingidos no pregão desta quinta-feira (23), a bolsa passou a valer R$ 30,4 bilhões, superando a Bolsa de Chicago, nos Estados Unidos (EUA).
Segundo o presidente da Bovespa, Edemir Pinto, só a Bolsa de Hong Kong, na China, vale mais que a Bolsa de São Paulo. Ele disse ainda que a bolsa paulistana vale 25% a mais que a soma das bolsas de Nova York, Nasdaq e de Londres.
No discurso que fez durante o lançamento da oferta pública de ações da Petrobras, Pinto relacionou a valorização da bolsa ao crescimento do mercado de capitais no país. De 2003 a 2010, o valor anual das transações na bolsa passou de R$ 200 bilhões para R$ 2 trilhões, o sexto maior do mundo.
Ele disse, contudo, que ainda há espaço para avanços. Afirmou que, até 2014, o número de pessoas físicas que investem em ações deve passar de 600 mil para 5 milhões. Mais 200 empresas devem abrir capital. “Vamos observar outras aberturas de capitais, principalmente no setor de petróleo e gás”.
Edemir Pinto disse que esse processo pode ser acelerado ainda mais com novas medidas do governo. “Essa expansão pode ser acelerada com políticas públicas. Por exemplo, se reduzirmos os custos regulatórios e de tributos para empresas que vierem ao mercado de capitais para incentivar o investidor.”
Fonte: Agência Brasil
Tracking Vox Populi/Band/iG: Dilma tem 50% e Serra, 23% (-1%)
A candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, manteve-se com 50% das intenções de voto no Tracking Vox Populi/Band/iG divulgado neste sábado. Já o presidenciável tucano, José Serra, oscilou um ponto para baixo, chegando a 23%. Marina Silva, do PV, oscilou um ponto positivamente e, pela primeira vez, atingiu 11% na preferência dos eleitores.
Com esse resultado, Dilma se elegeria em primeiro turno, dado que a soma dos seus adversários chega a 35%, contando com 1% dos votos em outros candidatos além dos três primeiros colocados.
De acorco com o Tracking Vox Populi/Band/iG, 11% dos eleitores estão indecisos e 4% vão votar em branco ou nulo.
Espontânea
Na consulta espontânea, quando a lista com os nomes dos candidatos não é apresentada ao entrevistado, Dilma manteve-se em 43%, Serra ficou estável em 20% e Marina oscilou um ponto, de 8% para 9%.
O Tracking Vox Populi/Band/iG conta com 2.000 entrevistas, sendo que um quarto dessa amostra é renovada diariamente. A margem de erro é de 2,2 pontos percentuais para mais ou para menos.
Com esse resultado, Dilma se elegeria em primeiro turno, dado que a soma dos seus adversários chega a 35%, contando com 1% dos votos em outros candidatos além dos três primeiros colocados.
De acorco com o Tracking Vox Populi/Band/iG, 11% dos eleitores estão indecisos e 4% vão votar em branco ou nulo.
Espontânea
Na consulta espontânea, quando a lista com os nomes dos candidatos não é apresentada ao entrevistado, Dilma manteve-se em 43%, Serra ficou estável em 20% e Marina oscilou um ponto, de 8% para 9%.
O Tracking Vox Populi/Band/iG conta com 2.000 entrevistas, sendo que um quarto dessa amostra é renovada diariamente. A margem de erro é de 2,2 pontos percentuais para mais ou para menos.
Pela primeira vez, pesquisa aponta 2º turno em São Paulo
De acordo com pesquisa Vox Populi, divulgada pelo Jornal da Band na noite desta sexta-feira (24), as eleições estaduais em São Paulo podem ir para o segundo turno. O levantamento aponta Geraldo Alckmin (PSDB) com 40% das intenções de voto, contra 28% de Aloizio Mercadante (PT).
O candidato progressista Celso Russomanno está com 7% da preferência dos eleitores, seguido por Paulo Skaf (PSB), que tem 3% e Paulo Bufalo com 2%. Brancos e nulos somam 7% e indecisos, 13%.
A margem de erro é de 2,5 pontos percentuais, para mais ou para menos. O instituto ouviu 1500 eleitores, entre os dias 18 e 21 de setembro, e a pesquisa está registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o número 31.704/2010.
JB
O candidato progressista Celso Russomanno está com 7% da preferência dos eleitores, seguido por Paulo Skaf (PSB), que tem 3% e Paulo Bufalo com 2%. Brancos e nulos somam 7% e indecisos, 13%.
A margem de erro é de 2,5 pontos percentuais, para mais ou para menos. O instituto ouviu 1500 eleitores, entre os dias 18 e 21 de setembro, e a pesquisa está registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o número 31.704/2010.
JB
Repercussão ruim faz Serra renegar vídeos do PSDB contra Dilma
Era mesmo para ser um "teste", mas os tucanos não esperavam que a repercussão dos vídeos com baixarias contra Dilma e o PT fosse ser tão negativa. Até aliados do tucano reclamaram do baixo nível --conceitual, político e técnico-- das peças produzidas pelo publicitário Adriano Gehres a pedido dos tucanos. Além de decidir não levar os vídeos para a TV, a campanha de Serra ficou tão embaraçada com o episódio que o próprio candidato teve que ir a público mentir e renegar a autoria dos vídeos.
Nesta quinta-feira (23) à noite, depois do debate entre candidatos, José Serra (PSDB), disse "desconhecer" os vídeos de baixaria contra Dilma, onde o PT ora é retratado com se fosse cães ferozes, ora como se fosse um demolidor da democracia, além de outras baixarias: "Não é da campanha. Pode ser do PSDB. Não cheguei a ver. Na minha campanha, eu não conheço", mentiu Serra para os jornalistas. O candidato já tinha visto os vídeos, durante uma reunião da coordenação de sua campanha. O vídeo foi levado a ele por dirigentes tucanos que contestam a linha 'amena" do marqueteiro oficial Luiz Gonzalez. Após assistirem os vídeos e debater a pertinência de sua divulgação, os tucanos aprovaram que ele seria veiculado, primeiro na internet. Se a repercussão fosse positiva para Serra, então colocarima na TV. Serra participou pessoalmente desta decisão.
Mas para não ser desmascarado diante dos jornalistas, o demo-tucano não quis se estender nos comentários sobre os vídeos: "Como comentar alguma coisa que eu não vi? Se não é da minha campanha, não vi"."
O problema é que os vídeos estão assinados (em letras minúsculas, de difícil leitura com a resolução do vídeo) como sendo da "Coligação O Brasil Mais", que é exatamente o que identifica a campanha de José Serra, e desmente o demo-tucano:
O PT ingressou na quinta-feira com um pedido de abertura de inquérito policial no Ministério Público para apurar a prática de crime eleitoral por causa dos vídeos.
A coligação de Dilma também protocolou uma ação no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) pedindo que seja determinada imediatamente a retirada dos vídeos no YouTube.
A própria candidata Dilma Rousseff repudiou nesta sexta-feira os vídeos postados na internet contra a sua candidatura. Na avaliação da candidata, o material não contribui em nada para a melhoria do debate. “Eu acho que quem faz esse tipo de coisa mancha a si mesmo. Não é uma prova de bom comportamento na eleição, que é um momento que tem que respeitar o eleitor para debater a capacidade de gestão”, disse a candidata, acrescentando que os fatos provam a capacidade de gestão, e não a soberba de uma pessoa.
Nesta quinta-feira (23) à noite, depois do debate entre candidatos, José Serra (PSDB), disse "desconhecer" os vídeos de baixaria contra Dilma, onde o PT ora é retratado com se fosse cães ferozes, ora como se fosse um demolidor da democracia, além de outras baixarias: "Não é da campanha. Pode ser do PSDB. Não cheguei a ver. Na minha campanha, eu não conheço", mentiu Serra para os jornalistas. O candidato já tinha visto os vídeos, durante uma reunião da coordenação de sua campanha. O vídeo foi levado a ele por dirigentes tucanos que contestam a linha 'amena" do marqueteiro oficial Luiz Gonzalez. Após assistirem os vídeos e debater a pertinência de sua divulgação, os tucanos aprovaram que ele seria veiculado, primeiro na internet. Se a repercussão fosse positiva para Serra, então colocarima na TV. Serra participou pessoalmente desta decisão.
Mas para não ser desmascarado diante dos jornalistas, o demo-tucano não quis se estender nos comentários sobre os vídeos: "Como comentar alguma coisa que eu não vi? Se não é da minha campanha, não vi"."
O problema é que os vídeos estão assinados (em letras minúsculas, de difícil leitura com a resolução do vídeo) como sendo da "Coligação O Brasil Mais", que é exatamente o que identifica a campanha de José Serra, e desmente o demo-tucano:
O PT ingressou na quinta-feira com um pedido de abertura de inquérito policial no Ministério Público para apurar a prática de crime eleitoral por causa dos vídeos.
A coligação de Dilma também protocolou uma ação no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) pedindo que seja determinada imediatamente a retirada dos vídeos no YouTube.
A própria candidata Dilma Rousseff repudiou nesta sexta-feira os vídeos postados na internet contra a sua candidatura. Na avaliação da candidata, o material não contribui em nada para a melhoria do debate. “Eu acho que quem faz esse tipo de coisa mancha a si mesmo. Não é uma prova de bom comportamento na eleição, que é um momento que tem que respeitar o eleitor para debater a capacidade de gestão”, disse a candidata, acrescentando que os fatos provam a capacidade de gestão, e não a soberba de uma pessoa.
Ato contra golpismo no Rio contrariou militares
O Clube Militar do Rio de Janeiro convocou seus generais para uma reunião com os jornalistas Merval Pereira (O Globo) e Reinaldo Azevedo (Veja) nesta quinta-feira (23). A convocação, intitulada “Democracia ameaçada: restrições à liberdade de imprensa”, afirmava que o Brasil passa por momentos difíceis para a imprensa. Movimentos juvenis e pela democratização da mídia reagiram com protesto.
A convocação dos generais foi a senha para que a União da Juventude Socialista (UJS) convocasse os movimentos sociais do Rio de Janeiro para um representativo ato na porta do Clube Militar. Cerca de 50 jovens seguravam cartazes com palavras de ordem como “Liberdade de imprensa não é liberdade de empresa” ou “Globo + Militares = Golpe”.
Segundo Monique Lemos, presidenta da UJS, “os militares não possuem nenhuma credibilidade para falar em democracia ou em liberdade de expressão”.
A insatisfação dos generais se manifestou por meio de empurrões dados por soldados do exército e por um revoltado advogado do Clube Militar que, desiquilibrado, quebrou o microfone da caixa de som da UJS.
A Globo e a Confecom
Já o diretor da União Nacional dos Estudantes (UNE), Daniel Iliescu, lembrou o processo de Conferência Nacional de Comunicação que ocorreu no fim do ano passado. “A Globo boicotou vergonhosamente o processo democrático de Conferência Nacional de Comunicação que pretende democratizar a mídia no país” afirmou Iliescu.
Theófilo Rodrigues, segurando cartaz contra o "Partido da Imprensa Golpista (PIG)" no ato de quinta-feira (23), no Rio de Janeiro
Momento marcante se deu quando nomes de jovens mortos pela ditadura foram lembrados, como Edson Luís, Osvaldão, Honestino Guimarães, Helenira Rezende, Mauricio Grabois e Stuart Angel.
Uma das preocupações dos manifestantes é a de que não ocorra esse ano no Brasil o que aconteceu em 1964 com João Goulart, em 1973 com Salvador Allende e em 2002 com Hugo Chavez. Para o Secretário de Formação da UJS, Theófilo Rodrigues, “a mídia mostra dia após dia que não está disposta a aceitar a eleição democrática de Dilma Rousseff”.
Portal Vermelho
Começa a virada em SP e MG - Por José Dirceu
Aloisio Mercadante (foto)
Em relação à pesquisa Vox Populi anterior, nosso candidato a governador de São Paulo, Aloizio Mercadante (PT e mais nove partidos aliados) cresceu 11 pontos porcentuais, o adversário tucano Geraldo Alckmin caiu 9 e confirma-se a possibilidade que venho afirmando há dias aqui no blog: a eleição se encaminha para 2º turno no Estado.
A pesquisa Vox Populi/Portal IG/Rede Band veiculada desde ontem à noite mostra o tucano Alckmin, com 40% das intenções de voto e o Mercadante com 28%. Na sondagem eleitoral Vox populi anterior (divulgada dia 16 de agosto), o candidato do PSDB tinha 49% e Mercadante, 17%. A diferença caiu, portanto, de 32 para 12 pontos porcentuais. A votação de todos os candidatos adversários de Alckmin citados pelos eleitores já soma 42%, superior, portanto, à votação do postulante do PSDB.
Por esta Vox Populi os candidatos a governador pelo PP, deputado Celso Russomanno, tem 9%; pelo PSB, Paulo Skaf, 3%; e pelo PV, ex-deputado tucano Fábio Feldman, 2%. A votação dos 3 somada à de Mercadante totaliza 42% superando os 42% de Alckmin hoje. Os demais candidatos ao governo de São Paulo não pontuaram. A pesquisa aponta 7% dos eleitores dispostos a votar em branco ou a anular o voto e 13% ainda indecisos no Estado.
Feita entre os dias 18 e 21 pp., esta pesquisa o Vox Populi ouviu 1.500 eleitores. Você só vai ler sobre esta sondagem eleitoral Vox Populi aqui e em outros blogs progressistas, porque por razões mais do que óbvias, a grande mídia a ignora solenemente. Não lhe interessa registrar a subida de Mercadante que, tudo indica, deverá chegar a 34% ou mais; a tendência de queda de Alckmin e que os outros três candidatos que pontuam nas sondagens (Russomano, Skaf e Feldman) até 3 de outubro devem ultrapassar, somados, os 15%.
Vamos para 2º turno em SP e MG
Hélio Costa (foto)
O boicote à divulgação da pesquisa é mais um sinal gritante de que os tucanos e seus apoiadores na mídia já sentem - e se apavoram - o grande risco de nossa candidata a presidente Dilma Rousseff (governo-PT-partidos aliados) vencer no 1º turno e de que teremos 2º turno em são Paulo e em Minas Gerais, os dois maiores colégios eleitorais do país.
Pudera, mesmo as outras pesquisas que eles estão divulgando com entusiasmo por registrarem pequena oscilação da candidatura Dilma mostram maioria crescente dos candidatos ao governo dos Estados e ao Senado pelo PT e partidos aliados. Mesmo nestas sondagens lhes é impossível esconderem a ampliação da vantagem dos candidatos governistas nas eleições majoritárias, o que deixa patente o contraste com uma improvável queda da Dilma, a não ser no eleitorado de maior renda e escolaridade. Mas até aí a oscilação é pequena e incapaz de mudar a tendência de vitória no 1º turno.
A Vox Populi confirma, portanto, o que já se torna uma tradição nos pleitos majoritários em São Paulo, de o PT atropelar e crescer nas últimas semanas anteriores ao 1º turno. Agora, de qualquer forma, repito: a hora é de irmos para a rua com tudo, da militância se mobilizar e de fazermos campanha como se estivéssemos perdendo. Ou seja, manter e acentuar a mesma disposição de luta que mostramos desde o inicio da virada de Dilma.
Em relação à pesquisa Vox Populi anterior, nosso candidato a governador de São Paulo, Aloizio Mercadante (PT e mais nove partidos aliados) cresceu 11 pontos porcentuais, o adversário tucano Geraldo Alckmin caiu 9 e confirma-se a possibilidade que venho afirmando há dias aqui no blog: a eleição se encaminha para 2º turno no Estado.
A pesquisa Vox Populi/Portal IG/Rede Band veiculada desde ontem à noite mostra o tucano Alckmin, com 40% das intenções de voto e o Mercadante com 28%. Na sondagem eleitoral Vox populi anterior (divulgada dia 16 de agosto), o candidato do PSDB tinha 49% e Mercadante, 17%. A diferença caiu, portanto, de 32 para 12 pontos porcentuais. A votação de todos os candidatos adversários de Alckmin citados pelos eleitores já soma 42%, superior, portanto, à votação do postulante do PSDB.
Por esta Vox Populi os candidatos a governador pelo PP, deputado Celso Russomanno, tem 9%; pelo PSB, Paulo Skaf, 3%; e pelo PV, ex-deputado tucano Fábio Feldman, 2%. A votação dos 3 somada à de Mercadante totaliza 42% superando os 42% de Alckmin hoje. Os demais candidatos ao governo de São Paulo não pontuaram. A pesquisa aponta 7% dos eleitores dispostos a votar em branco ou a anular o voto e 13% ainda indecisos no Estado.
Feita entre os dias 18 e 21 pp., esta pesquisa o Vox Populi ouviu 1.500 eleitores. Você só vai ler sobre esta sondagem eleitoral Vox Populi aqui e em outros blogs progressistas, porque por razões mais do que óbvias, a grande mídia a ignora solenemente. Não lhe interessa registrar a subida de Mercadante que, tudo indica, deverá chegar a 34% ou mais; a tendência de queda de Alckmin e que os outros três candidatos que pontuam nas sondagens (Russomano, Skaf e Feldman) até 3 de outubro devem ultrapassar, somados, os 15%.
Vamos para 2º turno em SP e MG
Hélio Costa (foto)
O boicote à divulgação da pesquisa é mais um sinal gritante de que os tucanos e seus apoiadores na mídia já sentem - e se apavoram - o grande risco de nossa candidata a presidente Dilma Rousseff (governo-PT-partidos aliados) vencer no 1º turno e de que teremos 2º turno em são Paulo e em Minas Gerais, os dois maiores colégios eleitorais do país.
Pudera, mesmo as outras pesquisas que eles estão divulgando com entusiasmo por registrarem pequena oscilação da candidatura Dilma mostram maioria crescente dos candidatos ao governo dos Estados e ao Senado pelo PT e partidos aliados. Mesmo nestas sondagens lhes é impossível esconderem a ampliação da vantagem dos candidatos governistas nas eleições majoritárias, o que deixa patente o contraste com uma improvável queda da Dilma, a não ser no eleitorado de maior renda e escolaridade. Mas até aí a oscilação é pequena e incapaz de mudar a tendência de vitória no 1º turno.
A Vox Populi confirma, portanto, o que já se torna uma tradição nos pleitos majoritários em São Paulo, de o PT atropelar e crescer nas últimas semanas anteriores ao 1º turno. Agora, de qualquer forma, repito: a hora é de irmos para a rua com tudo, da militância se mobilizar e de fazermos campanha como se estivéssemos perdendo. Ou seja, manter e acentuar a mesma disposição de luta que mostramos desde o inicio da virada de Dilma.
Vox Populi: Tarso tem 45%, Fogaça, 22% no Rio Grande do Sul
O Rio Grande do Sul pode decidir as eleições estaduais já no primeiro turno, segundo pesquisa Vox Populi/Band/iG divulgada hoje. O candidato Tarso Genro (PT) subiu de 35% em agosto para 45% em setembro. José Fogaça (PMDB) oscilou negativamente de 24% no mês passado para 22%. Yeda Crusius (PSDB) tem 11% oscilando um ponto para baixo.
Brancos e nulos somam 4% e indecisos, 16%. A pesquisa foi registrada no TRE-RS sob o número 48.960/10 e no TSE sob o número 31.710/10. O instituto ouviu 800 pessoas entre os dias 18 e 21 de setembro. A margem de erro é de 3,5 pontos percentuais para mais ou para menos.
Na disputa presidencial, a candidata petista Dilma Rousseff subiu de 37% para 46% entre os gaúchos. Já o tucano José Serra caiu de 39% para 31%. Marina Silva (PV) oscilou positivamente de 6% para 7%. Os demais candidatos não alcançaram 1% das intenções de voto no Estado. Brancos e nulos somam 2% e indecisos, 14%.
Senado
Na corrida ao Senado, Paulo Paim (PT) e Ana Amélia Lemos (PP) seriam eleitos com 47% e 45% dos votos, respectivamente. Germano Rigotto (PMDB) aparece em terceiro, com 28% das intenções de voto, seguido por Abgail Pereira (PCdoB), com 16%.
Os candidatos Marcos Monteiro (PV), Vera Guasso (PSTU) e Roberto Gross (PTC) têm 1% cada. Brancos e nulos somam 6% e 35% se disseram indecisos no Rio Grande do Sul.
sexta-feira, 24 de setembro de 2010
Empresa fabricante dos caças Gripen montará centro de pesquisa no Brasil
Pedro Peduzzi
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Ainda com esperanças de que o governo brasileiro opte por comprar seus aviões, executivos da Saab, empresa sueca fabricante do caça Gripen, se reuniram hoje (24) com o ministro da Defesa, Nelson Jobim. Segundo o diretor da Saab no Brasil, Bengt Janér, foi uma visita de cortesia para apresentação do novo presidente da empresa.
De acordo com Janér, foi também uma oportunidade de manifestar a intenção da empresa de montar um centro de pesquisa no Brasil, independentemente de o governo brasileiro optar pelos caças suecos.
Apesar de negar ter conversado sobre os caças durante a reunião, Janér deixou o ministério reiterando a confiança de que o Gripen seria o caça mais adequado para o Brasil. “É grande a nossa confiança. Temos o melhor produto para o Brasil”, afirmou.
Na proposta de venda dos caças apresentada pela Saab já constava a montagem de um centro de pesquisa da empresa no país, a exemplo de outros centros montados na Austrália, África do Sul e Inglaterra, além da Suécia. Mas este centro estava condicionado à compra dos caças suecos.
“Viemos informar o ministro sobre nossa decisão de fazer isso mesmo que o governo brasileiro não opte pelo Gripen”, disse Janér. “Ainda não decidimos onde o centro de pesquisa será montado, mas muito provavelmente será em São Paulo por lá haver outros centros de pesquisa interessantes”, adiantou.
Entre os motivos de o Brasil ter sido escolhido para abrigar o novo centro de pesquisa da Saab, Janér destaca o fato de o país ter a terceira maior empresa aeronáutica do mundo (Embraer), além de parques tecnológicos, universidades de ponta na área de aeronáutica e de engenharia e, ainda, por haver várias empresas encubadoras no país.
“Nossa intenção é buscar parcerias de longo prazo com engenheiros e com a indústria nacional para que desenvolvamos projetos de forma conjunta. Nossa visita ao ministro foi também motivada por querermos sua opinião sobre o assunto”, acrescentou.
Segundo Janér, o centro de pesquisa desenvolveria projetos de radares, sensores, guerra eletrônica, sistemas eletro-óticos, comando e controle e, também, produtos para a segurança civil que poderão ser aplicados à proteção de usinas hidrelétricas, estádios e grandes eventos, como as Olimpíadas e a Copa do Mundo.
“Temos muitas tecnologias, como fusão de dados e integração de sistemas, que poderão transbordar da área militar para a aviação civil e para a iniciativa privada”, adiantou Janér. De acordo com o executivo, a empresa obteve sinalização positiva de Jobim. “Ele achou boa a nossa ideia e demonstrou estar satisfeito com a intenção da Saab investir no Brasil”, completou.
Edição: Nádia Franco
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Ainda com esperanças de que o governo brasileiro opte por comprar seus aviões, executivos da Saab, empresa sueca fabricante do caça Gripen, se reuniram hoje (24) com o ministro da Defesa, Nelson Jobim. Segundo o diretor da Saab no Brasil, Bengt Janér, foi uma visita de cortesia para apresentação do novo presidente da empresa.
De acordo com Janér, foi também uma oportunidade de manifestar a intenção da empresa de montar um centro de pesquisa no Brasil, independentemente de o governo brasileiro optar pelos caças suecos.
Apesar de negar ter conversado sobre os caças durante a reunião, Janér deixou o ministério reiterando a confiança de que o Gripen seria o caça mais adequado para o Brasil. “É grande a nossa confiança. Temos o melhor produto para o Brasil”, afirmou.
Na proposta de venda dos caças apresentada pela Saab já constava a montagem de um centro de pesquisa da empresa no país, a exemplo de outros centros montados na Austrália, África do Sul e Inglaterra, além da Suécia. Mas este centro estava condicionado à compra dos caças suecos.
“Viemos informar o ministro sobre nossa decisão de fazer isso mesmo que o governo brasileiro não opte pelo Gripen”, disse Janér. “Ainda não decidimos onde o centro de pesquisa será montado, mas muito provavelmente será em São Paulo por lá haver outros centros de pesquisa interessantes”, adiantou.
Entre os motivos de o Brasil ter sido escolhido para abrigar o novo centro de pesquisa da Saab, Janér destaca o fato de o país ter a terceira maior empresa aeronáutica do mundo (Embraer), além de parques tecnológicos, universidades de ponta na área de aeronáutica e de engenharia e, ainda, por haver várias empresas encubadoras no país.
“Nossa intenção é buscar parcerias de longo prazo com engenheiros e com a indústria nacional para que desenvolvamos projetos de forma conjunta. Nossa visita ao ministro foi também motivada por querermos sua opinião sobre o assunto”, acrescentou.
Segundo Janér, o centro de pesquisa desenvolveria projetos de radares, sensores, guerra eletrônica, sistemas eletro-óticos, comando e controle e, também, produtos para a segurança civil que poderão ser aplicados à proteção de usinas hidrelétricas, estádios e grandes eventos, como as Olimpíadas e a Copa do Mundo.
“Temos muitas tecnologias, como fusão de dados e integração de sistemas, que poderão transbordar da área militar para a aviação civil e para a iniciativa privada”, adiantou Janér. De acordo com o executivo, a empresa obteve sinalização positiva de Jobim. “Ele achou boa a nossa ideia e demonstrou estar satisfeito com a intenção da Saab investir no Brasil”, completou.
Edição: Nádia Franco
Ibope: campanha midiática só tirou 1 ponto de Dilma; ela tem 50%
Teve pouco efeito o bombardeio midiático e da oposição de direita contra a presidenciável Dilma Rousseff (PT). Segundo pesquisa Ibope divulgada nesta sexta-feira (24), a candidata petista tem 50% das intenções de voto (tinha 51% na pesquisa anterior). O tucano José Serra tem 28% (tunha 25) e Marina Silva subiu de 11% para 12%.
Dentre os demais candidatos – Eymael (PSDC), Ivan Pinheiro (PCB), Levy Fidelix (PRTB), Plínio de Arruda Sampaio (PSOL), Rui Costa Pimenta (PCO) e Zé Maria (PSTU) –-, nenhum alcançou 1% das intenções de voto individualmente, mas juntos atingiram 1%. Os eleitores que responderam que votarão em branco ou nulo somaram 5% e os que se disseram indecisos, 5%.
Faltando pouco mais de uma semana para as eleições, Dilma tem nove pontos percentuais a mais do que a soma dos demais concorrentes.
A margem de erro é de 2 pontos percentuais para mais ou para menos. Isso quer dizer que Dilma pode ter entre 48% e 52%; José Serra, entre 26% e 30%; e Marina Silva, entre 10% e 14%.
O levantamento foi encomendado pela TV Globo e pelo jornal O Estado de S.Paulo e divulgado na edição desta sexta no Jornal Nacional. O registro da pesquisa no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) é 31689/2010. Foram ouvidas 3.010 de 21 a 24 de setembro.
Na simulação de um eventual segundo turno entre Dilma e Serra, o Ibope apurou que a petista teria 54% (considerando a margem de erro, tem de 52% a 56%) e Serra, 32% (de 30% a 34%). Votariam nulo ou em branco 7% dos eleitores. Os que se disseram indecisos somam 7%.
A pesquisa também mostrou como os eleitores avaliam o governo Lula. Para 80%, o governo é ótimo ou bom; para 15%, regular; para 4%, ruim ou péssimo. Os que não souberam ou não quiseram opinar chegaram a 1%.
Dentre os demais candidatos – Eymael (PSDC), Ivan Pinheiro (PCB), Levy Fidelix (PRTB), Plínio de Arruda Sampaio (PSOL), Rui Costa Pimenta (PCO) e Zé Maria (PSTU) –-, nenhum alcançou 1% das intenções de voto individualmente, mas juntos atingiram 1%. Os eleitores que responderam que votarão em branco ou nulo somaram 5% e os que se disseram indecisos, 5%.
Faltando pouco mais de uma semana para as eleições, Dilma tem nove pontos percentuais a mais do que a soma dos demais concorrentes.
A margem de erro é de 2 pontos percentuais para mais ou para menos. Isso quer dizer que Dilma pode ter entre 48% e 52%; José Serra, entre 26% e 30%; e Marina Silva, entre 10% e 14%.
O levantamento foi encomendado pela TV Globo e pelo jornal O Estado de S.Paulo e divulgado na edição desta sexta no Jornal Nacional. O registro da pesquisa no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) é 31689/2010. Foram ouvidas 3.010 de 21 a 24 de setembro.
Na simulação de um eventual segundo turno entre Dilma e Serra, o Ibope apurou que a petista teria 54% (considerando a margem de erro, tem de 52% a 56%) e Serra, 32% (de 30% a 34%). Votariam nulo ou em branco 7% dos eleitores. Os que se disseram indecisos somam 7%.
A pesquisa também mostrou como os eleitores avaliam o governo Lula. Para 80%, o governo é ótimo ou bom; para 15%, regular; para 4%, ruim ou péssimo. Os que não souberam ou não quiseram opinar chegaram a 1%.
Rede Brasil Atual: Veja e Globo incitam militares contra Dilma
Um debate entre colunistas de veículos da imprensa convencional promovido na quinta-feira (23) pelo Clube Militar no Rio de Janeiro serviu como reunião de “preparação” dos setores mais conservadores da sociedade brasileira, informa Maurício Thuswohl, da Rede Brasil Atual.
Eles pediram “vigilância” aos militares sobre um eventual governo de Dilma Rousseff (PT), em virtude do que consideram ser ameaças à democracia e à liberdade de expressão. Na opinião dos mensageiros da grande mídia, esses supostos riscos se tornariam mais concretos em caso de vitória da candidata à Presidência Dilma Rousseff, da coligação nas próximas eleições.
Organizado com o apoio do Instituto Millenium sob o tema “A Democracia Ameaçada — Restrições à Liberdade de Expressão”, o debate com os representantes da grande mídia atraiu muito mais público do que a palestra do candidato do PSDB à Presidência, José Serra, realizada no começo do mês no Clube da Aeronáutica. Participaram do debate os jornalistas Merval Pereira, da Rede Globo, Reinaldo Azevedo, blogueiro e colunista da revista Veja, e Rodolfo Machado Moura, diretor de Assuntos Legais da Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (Abert).
Composta em sua maioria por militares da reserva, a plateia ouviu dos debatedores conselhos de prudência e vigilância em relação a um eventual terceiro governo consecutivo de esquerda no Brasil. Entre as “ameaças” citadas, o destaque foi para o terceiro Plano Nacional de Direitos Humanos (III PNDH), para as mudanças na produção cultural e para as conferências setoriais realizadas pelo governo Lula.
Segundo Moura, a Abert monitora atualmente cerca de 400 propostas legislativas para o setor de comunicação — e 380 dessas iniciativas são contrárias aos interesses da entidade. O dirigente citou uma série de medidas do governo Lula que “preocuparam a Abert” nos últimos oito anos, como as propostas de criação do Conselho Nacional de Jornalismo e da Agência do Cinema e Áudio Visual (Ancinav), além do PNDH e da realização das conferências setoriais.
Merval Pereira — que disse ter escrito mais de 2 mil colunas nesses oito anos, quase todas contra o PT ou o governo Lula — anunciou o lançamento de um livro com uma coletânea de cerca de 200 artigos seus “sobre o aparelhamento do Estado”, entre outros temas. Porta-voz privilegiado da TV Globo, Merval foi direto ao ponto e decretou o que pensa a emissora da família Marinho: “O Lula e o grupo que o cerca sabem que existe limite para eles. A sociedade já havia dado os limites do PT, e o PT não pode ultrapassar esses limites”.
A mídia como partido de oposição
Fiel ao seu estilo ultradireitista, Reinaldo Azevedo mostrou-se mais duro e até raivoso nas críticas ao ato contra o “golpismo midiático”, realizado na quinta-feira (23) em São Paulo pelos movimentos sociais. Mas, sobre a manifestação no Clube Militar no Rio de Janeiro, foi só elogios. “Quem diria, um sindicato defendendo a censura e o Clube Militar defendendo a democracia. Os senhores — que no passado fizeram a ditadura e deram o golpe — agora querem democracia.”
Na parte mais razoável de seu discurso, Azevedo admitiu que a grande mídia substituiu a oposição mo Brasil. “O Lula, quando diz que a imprensa é o verdadeiro partido de oposição no Brasil, tem razão à sua maneira”, reconhece o blogueiro da Veja. “A oposição nesse tempo foi tão mixuruca, tão despolitizada e tão vagabunda que sobrou para a imprensa não fazer oposição — mas defender o Artigo 5º da Constituição. Não é que exista uma imprensa de direita para um governo de esquerda.”
O Instituto Millenium foi o organizador, em 1º de março deste ano, do 1º Fórum Democracia e Liberdade de Expressão — um encontro para debater temas semelhantes em São Paulo. Na ocasião, diferentes expoentes da mídia conservadora apresentaram acusações contra o governo Lula, o PT e outros atores sociais. O encontro, na visão de analistas, serviu para organizar a mídia para a cobertura das eleições.
Da Redação, com informações da Rede Brasil Atual
Eles pediram “vigilância” aos militares sobre um eventual governo de Dilma Rousseff (PT), em virtude do que consideram ser ameaças à democracia e à liberdade de expressão. Na opinião dos mensageiros da grande mídia, esses supostos riscos se tornariam mais concretos em caso de vitória da candidata à Presidência Dilma Rousseff, da coligação nas próximas eleições.
Organizado com o apoio do Instituto Millenium sob o tema “A Democracia Ameaçada — Restrições à Liberdade de Expressão”, o debate com os representantes da grande mídia atraiu muito mais público do que a palestra do candidato do PSDB à Presidência, José Serra, realizada no começo do mês no Clube da Aeronáutica. Participaram do debate os jornalistas Merval Pereira, da Rede Globo, Reinaldo Azevedo, blogueiro e colunista da revista Veja, e Rodolfo Machado Moura, diretor de Assuntos Legais da Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (Abert).
Composta em sua maioria por militares da reserva, a plateia ouviu dos debatedores conselhos de prudência e vigilância em relação a um eventual terceiro governo consecutivo de esquerda no Brasil. Entre as “ameaças” citadas, o destaque foi para o terceiro Plano Nacional de Direitos Humanos (III PNDH), para as mudanças na produção cultural e para as conferências setoriais realizadas pelo governo Lula.
Segundo Moura, a Abert monitora atualmente cerca de 400 propostas legislativas para o setor de comunicação — e 380 dessas iniciativas são contrárias aos interesses da entidade. O dirigente citou uma série de medidas do governo Lula que “preocuparam a Abert” nos últimos oito anos, como as propostas de criação do Conselho Nacional de Jornalismo e da Agência do Cinema e Áudio Visual (Ancinav), além do PNDH e da realização das conferências setoriais.
Merval Pereira — que disse ter escrito mais de 2 mil colunas nesses oito anos, quase todas contra o PT ou o governo Lula — anunciou o lançamento de um livro com uma coletânea de cerca de 200 artigos seus “sobre o aparelhamento do Estado”, entre outros temas. Porta-voz privilegiado da TV Globo, Merval foi direto ao ponto e decretou o que pensa a emissora da família Marinho: “O Lula e o grupo que o cerca sabem que existe limite para eles. A sociedade já havia dado os limites do PT, e o PT não pode ultrapassar esses limites”.
A mídia como partido de oposição
Fiel ao seu estilo ultradireitista, Reinaldo Azevedo mostrou-se mais duro e até raivoso nas críticas ao ato contra o “golpismo midiático”, realizado na quinta-feira (23) em São Paulo pelos movimentos sociais. Mas, sobre a manifestação no Clube Militar no Rio de Janeiro, foi só elogios. “Quem diria, um sindicato defendendo a censura e o Clube Militar defendendo a democracia. Os senhores — que no passado fizeram a ditadura e deram o golpe — agora querem democracia.”
Na parte mais razoável de seu discurso, Azevedo admitiu que a grande mídia substituiu a oposição mo Brasil. “O Lula, quando diz que a imprensa é o verdadeiro partido de oposição no Brasil, tem razão à sua maneira”, reconhece o blogueiro da Veja. “A oposição nesse tempo foi tão mixuruca, tão despolitizada e tão vagabunda que sobrou para a imprensa não fazer oposição — mas defender o Artigo 5º da Constituição. Não é que exista uma imprensa de direita para um governo de esquerda.”
O Instituto Millenium foi o organizador, em 1º de março deste ano, do 1º Fórum Democracia e Liberdade de Expressão — um encontro para debater temas semelhantes em São Paulo. Na ocasião, diferentes expoentes da mídia conservadora apresentaram acusações contra o governo Lula, o PT e outros atores sociais. O encontro, na visão de analistas, serviu para organizar a mídia para a cobertura das eleições.
Da Redação, com informações da Rede Brasil Atual
Assinar:
Postagens (Atom)