"Quando a sociedade brasileira é convocada para decidir os destinos do país nos próximos anos, nada mais natural que o papel do Estado em nosso projeto nacional de dsenvolvimento seja devidamente debatido". Esta afirmação é do assessor especial de política externa da Presidência da República e coordenador do programa de governo de Dilma Rousseff (governo-PT-partidos aliados) em artigo sob o título "Privatizações e o interesse nacional" publicado hoje na folha de S.Paulo.
Marco Aurélio mostra, assim, o quanto está equivocado o candidato da oposição a presidente, José Serra (PSDB-DEM-PPS) quando foge do debate do assunto ou dá a este um "significado eleitoreiro", de mais um 'trololó' da esquerda, como gosta tanto de dizer. O curioso deste comportamento serrista: segundo o ex-presidente FHC, José Serra não só coordenou o plano de privatizações no governo deles, como dentre todos que o integravam era o maior entusiasta da venda das empresas públicas nacionais.
No auge das privatizações, lembra Marco Aurélio "FHC não hesitou em proclamar o advento de um 'novo Renascimento' mundial, ainda que fosse obrigado a reconhecer que alguns milhões de brasileiros iriam ficar obrigatoriamente fora deste suposto ciclo de 0prosperidade". Ou seja, assumiu e agiu de forma oposto a de José Serra que, em campanha, tem tanto medo do assunto quanto o diabo da cruz.
Serra sabe da desaprovação às privatizações que ele fez
"Os cerca de US$ 100 bilhões conseguidos no processo de privatização comandado pelo (então) ministro José Serra se esfumaram", destaca Marco Aurélio em seu artigo, para complementar: ""Perversidade maior (...) foi o uso de vultosos recursos do BNDES para financiar as empresas estrangeiras que entraram nas privatizações. Resumindo a originalidade brasileira: privatizou-se com dinheiro do Estado brasileiro".
Mais curioso, ainda, neste medo do político (José Serra) que foge da discussão das privatarias - como foram chamadas as privatizações tucanas - é que enquanto desconversa sobre o assunto nos debates e grandes discussões sobre o tema o candidato tucano está desesperadamente explorando a questão no programa e em suas inserções na TV. Tenta convencer o eleitor de que não vai mais privatizar - nem a Petrobras, nem o pré-sal...
Quer dizer, sabe que o assunto é de interesse nacional, da população, que esta desaprova as privatizações, mas ainda vem com esta: "(Privatização) é tema relevante para o PT, que inventa coisas em época de eleição para ganhar votos. Fica criando factóides, até porque não há mais nada a ser privatizado. O PT sim é privatizante."
Não deixem de ler "Privatizações e o interesse nacional", do Marco Aurélio Garcia, publicado hoje na Folha de S.Paulo.
Blog do Zé Dirceu
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