Situação da economia argentina deteriora-se rapidamente, depois de dois anos e meio de governo neoliberal de Maurício Macri; o dólar chegou na manhã desta quinta ao valor recorde de 40 pesos e as taxas básicas de juros do Banco Central argentino foram elevadas a 60%, sem que haja sinais de controle da crise; a receita econômica de Macri é idêntica à de Temer, que se favorece das reservas cambiais construídas pelos governos do PT
30 DE AGOSTO DE 2018
247 - Clima de pânico nesta manhã de quinta-feira (30) na Argentina, com o país quebrado em meio a uma crise cambial de enormes proporções. Ás 11h15 o jornal independente argentino Página 12 publicava a seguinte notícia em seu site, sob o título "Segue para a cima e não para":
"A desvalorização continua a se intensificar. Apenas uma hora após a abertura do mercado, o dólar voltou a subir e foi vendido em bancos e casas de câmbio a 35,79 pesos, 29 centavos a mais do que ontem. A escalada continuou e ao recorde de 40 pesos.
Para conter a corrida, o Banco Central anunciou um aumento de sua taxa básica de juros para 60%, o que fez o dólar voltar um pouco: ele é vendido a cerca de 38 pesos.
A tentativa do governo de tranquilizar os mercados não deu resultado e minutos depois que o chefe Gabinete presidencial, Marcos Peña, tentou acalmar a corrida cambial, mas o mercado voltou a dar as costas para ele. "Temos que continuar trabalhando. Nós não acreditamos que estamos enfrentando um fracasso econômico. A Argentina vai progredir e se fortalecer ... todos os indicadores dizem ", disse Peña nesta manhã, ao descartar uma mudança no gabinete, já que "não há soluções mágicas nesse sentido ". Os mercados também não escutaram.
Ontem, ao registrar o sétimo dia consecutivo de alta, o Banco Cental tentou conter a corrida, mas os 300 milhões de leiloados não chegaram a acalmar o mercado e o dólar fechou em 35,50. Nem as palavras do presidente Mauricio Macri, que anunciou um novo acordo com o Fundo Monetário Internacional para avançar os desembolsos de crédito por 50.000 milhões de dólares."
Enquanto isso, no Brasil, dólar volta a operar em alta nesta quinta, após cair na véspera, e ronda as máximas históricas. Às 11h38, a moeda norte-americana subia 1,39%, a R$ 4,1747. Na máxima do dia, chegou a R$ 4,1782. Na mínima, a R$ 4,1195. A seguir neste ritmo, o dólar pode encerrar o dia na maior cotação de fechamento da história frente ao real. A situação do país é diferente da Argentina, em função da solidez das reservas cambiais construídas nos governos do PT, mas o clima de tensão está dos dois lados da fronteira.
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Brasil 247
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