terça-feira, 5 de abril de 2022

Lula: "eu mudei, Alckmin mudou e o Brasil mudou"


Ex-presidente Lula defendeu composição com o ex-tucano, agora no PSB, e lembrou que o Brasil precisa de um “movimento de reconstrução da democracia”

5 de abril de 2022

Lu, Alckmin, Lula, Janja (Foto: Ricardo Stuckert)


247 - O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) defendeu nesta terça-feira (5) a possível chapa com o ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin (PSB).

Em entrevista à rádio rede T, do Paraná, Lula avaliou que as pessoas mudam e podem convergir dentro do ambiente democrático. "Eu mudei, o Alckmin mudou e o Brasil mudou. Eu fui adversário do Alckmin, não inimigo. Feliz era o Brasil que tinha disputa entre dois partidos democráticos, porque existia debate civilizado, sobre programa de governo", disse o ex-presidente.

Lula adiantou que a candidatura do ex-governador de São Paulo como vice-presidente para a chapa dele, nas eleições de 2022, será discutida pelo partido em uma reunião marcada para a próxima sexta-feira (8). Segundo Lula, sua ideia não é ser um candidato que represente apenas os ideias do seu partido, mas que lidere um “movimento de reconstrução da democracia”. Ele ainda alertou para os diversos ataques feito por Bolsonaro à imprensa e às instituições democráticas, lembrando do deboche feito pelo deputado Eduardo Bolsonaro contra a jornalista Miriam Leitão.

“Estamos vivendo um período em que o presidente ataca todo dia a democracia e a imprensa. É ele e a sua família toda. O que fizeram com a Miriam Leitão é algo que nunca havia acontecido. Esse tipo de gente, que enaltece torturador, não presta para governar o Brasil. O Brasil precisa de alguém que harmonize o país. Que estimule a paz, a união, o pequeno e micro empresário. É isso que o Brasil está precisando para se tornar uma grande nação”, afirmou ele.

"Eu vou ter uma reunião na sexta-feira em que o PSB vai propor o Alckmin de vice, e isso nós vamos levar para discutir no PT", disse Lula para a rádio Lagoa Dourada, do Paraná.

A formação da chapa para concorrer a Presidência precisa ser aprovada em uma reunião do diretório do PT, mas, apesar de haver resistência de uma ala minoritária, mais à esquerda, a decisão já está tomada e foi negociada antes mesmo de Alckmin se filiar ao PSB.



Brasil 247

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