"O atual governador não se fantasia de Rambo, mas também confunde política de segurança com incentivo ao bangue-bangue", escreve o jornalista Bernardo Mello Franco
25 de maio de 2022
Cláudio Castro (Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil)
247 - O jornalista Bernardo Mello Franco aponta em sua coluna no jornal O Globo que sob o governo do bolsonarista Cláudio Castro foram feitas no Rio de Janeiro duas das três mais letais operações policiais da história.
"No início do mês, a Polícia Civil foi ao Jacarezinho e destruiu um monumento que lembrava os 28 mortos da operação mais letal da história do Rio. Dias depois, o governador Cláudio Castro visitou a favela e festejou o ato de truculência. Declarou que o memorial, erguido por ativistas de direitos humanos, fazia 'apologia ao crime' ” - escreve Mello Franco.
"O atual governador não se fantasia de Rambo, mas também confunde política de segurança com incentivo ao bangue-bangue. Seu chefe de polícia, Allan Turnowski, disse que gostaria de ocupar as favelas com tanques de guerra. O discurso tinha fins eleitoreiros: o delegado acaba de deixar o cargo para se candidatar a deputado pelo partido de Castro e Bolsonaro".
"Ontem a necropolítica produziu outro banho de sangue no Rio. Uma operação liderada pelo Bope deixou ao menos 22 mortos na Vila Cruzeiro. A favela ficou tristemente famosa pela execução do jornalista Tim Lopes por traficantes, em 2002. Vinte anos depois, é palco de mais uma calamidade carioca".
O jornalista lembra que em 21 meses a gestão de Cláudio Castro já é responsável por duas das três maiores chacinas policiais registradas no Rio. Em campanha à reeleição, o bolsonarista parece buscar dividendos políticos no incentivo à violência fardada.
Braasil 247
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