"A passagem meteórica de Musk pelo Brasil faz soar um alarme (mais um) sobre enormes riscos de manipulação envolvendo a eleição de outubro", afirma a jornalista
21 de maio de 2022
Bolsonaro e Elon Musk (Foto: Reprodução/Twitter)
247 - A jornalista Cristina Serra alerta, em sua coluna na Folha de S. Paulo, que o encontro do bilionário sul africano Elon Musk com Jair Bolsonaro na sexta-feira (20), em um hotel no interior de São Paulo, esconde a possibilidade de que haja uma manipulação eleitoral nas eleições de outubro no Brasil.
“Como se sabe, Musk negocia a compra do Twitter e já avisou que a liberdade de expressão absoluta na rede social, sem qualquer moderação, está acima de tudo. Música para os ouvidos das milícias digitais e sinal verde para a pregação golpista e os discursos de ódio”, ressalta ela no texto.
No texto, Cristina Serra relembra que Musk rebateu uma crítica feita por um seguidor no Twitter sobre o golpe na Bolívia, contra Evo Morales, em 2019, afirmando que "nós daremos golpe em quem quisermos. Lide com isso." “A Bolívia tem as maiores reservas de lítio do mundo, mineral essencial para as baterias de carros elétricos fabricados pela Tesla”, destaca a jornalista.
“Agora, Musk aparece no Brasil para, supostamente, cobrir a Amazônia com internet para monitorar os lugares mais remotos, num contrato sem licitação. No Twitter, o oligarca ofereceu um motivo singelo: conectar escolas rurais. Em momento pré-eleitoral, com disparada do desmatamento e ofensiva da mineração sobre terras indígenas? Conta outra”, pontua a colunista.
“O poder quase incontrolável das big techs tem mostrado graus variados de impacto negativo para as democracias, em vários países. A passagem meteórica de Musk pelo Brasil faz soar um alarme (mais um) sobre enormes riscos de manipulação envolvendo a eleição de outubro”, observa ela no texto.
Brasil 247
Nenhum comentário:
Postar um comentário