O relatório pode ser usado por Bolsonaro para manter nas ruas os manifestantes que pedem golpe militar
9 de novembro de 2022
Alexandre de Moraes e o ministro da Defesa, Paulo Sérgio Nogueira (Foto: TSE | ABR)
247 - A possibilidade de Jair Bolsonaro utilizar o relatório das Forças Armadas sobre o processo eleitoral, que deve ser divulgado nesta quarta-feira (9), colocou o mundo político em alerta, informam os jornalistas Malu Gaspar e Rafael Moraes Moura no Globo.
O relatório dos militares vai marcar a última etapa do embate entre o bolsonarismo e a Justiça Eleitoral a respeito da segurança das urnas e do sistema eletrônico de votação.
No TSE, a expectativa é a de que o relatório traga conclusões semelhantes ao que os militares já escreveram num ofício enviado ao ministro Alexandre de Moraes, presidente do tribunal, logo após o primeiro turno.
Na mensagem, os militares diziam que o número de voluntários que participaram do teste de integridade das urnas conduzido em um projeto piloto junto com o TSE foi insuficiente. Na ocasião, os militares pediram ao tribunal que todos os eleitores das seções sorteadas para o teste fossem convidados a participar do processo de auditoria.
O relatório poderá ser usado por Jair Bolsonaro, derrotado nas eleições, para manter nas ruas os manifestantes que pedem a anulação do resultado da eleição e um golpe militar.
Desde que amargou uma derrota por uma margem de apenas 2,1 milhões de votos no último dia 30, o chefe do Executivo se mantém recluso no Palácio da Alvorada.
Brasil 247
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