Mensagens encontradas no celular de Mauro Cid derrubam argumento de Jair Bolsonaro de que o ex-ajudante de ordens agia "por conta própria"
21 de agosto de 2023
Jair Bolsonaro e Mauro Cid (Foto: ABr | Agência Senado )
247 - Mensagens encontradas pela Polícia Federal no celular do tenente-coronel Mauro Cid sugerem que Jair Bolsonaro (PL) tinha conhecimento das tentativas de venda e resgate de joias no exterior. Essa descoberta marca um avanço na investigação das joais sauditas presenteadas ao governo Bolsonaro, que já inclui apreensão de celulares, quebras de sigilos bancários e promessa de depoimentos.
A PF está em busca de esclarecer quem autorizou a venda das joias nos Estados Unidos e quem se beneficiou financeiramente dessa transação. De acordo com uma fonte da PF, Mauro Cid trocou mensagens com Bolsonaro que sugerem que o ex-ocupante do Palácio do Planalto estava ciente das negociações envolvendo as joias em questão. >>> Advogado de Mauro Cid afirma que dará múltiplas versões sobre o caso
O processo de investigação inclui a análise minuciosa das joias em si. De acordo com reportagem exibida no Fantástico, peritos do Instituto Nacional de Criminalística da Polícia Federal, em Brasília, estão avaliando as peças para determinar seu valor e credibilidade. O destaque entre as joias é um conjunto feminino com diamantes diversos. O valor total estimado deste conjunto ultrapassa os R$ 4 milhões.
Além disso, foi revelado que um relógio cravejado de diamantes, avaliado em R$ 1 milhão, também faz parte do acervo. Outros conjuntos incluem itens masculinos feitos de ouro branco e ouro rosé, contendo canetas, abotoaduras, anéis e relógios. A análise minuciosa das joias revelou detalhes como 3.161 diamantes exclusivos no conjunto do colar, cada um avaliado individualmente.
Enquanto novos detalhes emergem dessa investigação, as autoridades continuam a examinar dados de celulares e contas bancárias que tiveram seus sigilos quebrados por ordem judicial, incluindo as contas de Jair e Michelle Bolsonaro. As defesas dos envolvidos não quiseram se manifestar.
Brasil 247
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