quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Em São Paulo, Lula é aplaudido, Kassab é vaiado e Dilma ganha repente


Hermano Freitas, Portal Terra

SÃO PAULO -

Em clima eleitoral, o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), e o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (DEM), tiveram uma recepção distinta no bairro popular de Paraisópolis, zona sul da capital paulista. A recepção entusiasmada que o presidente recebeu de centenas de moradores constrastou a acolhida fria dirigida ao prefeito Gilberto Kassab (DEM), um dos principais aliados do presidenciável José Serra (PSDB) em São Paulo. No evento, a candidata Dilma Rousseff (PT), que não estava presente, ganhou o "repente" de um artista popular.

Enquanto Lula recebeu aplausos calorosos em diversos momentos, especialmente quando anunciou o nascimento de seu neto Pedro, Kassab foi vaiado durante parte de seu discurso.

O prefeito recebeu vaias quando foi anunciado, quando entregou a chave de uma das 240 unidades das obras de urbanização de Paraisópolis - parceria do governo federal com o a Prefeitura de São Paulo - e durante parte de sua fala.

Com habilidade, Kassab pediu aplausos para a comunidade, ao perceber os apupos. Questionado, o governador de São Paulo, Alberto Goldman (PSDB), disse não ter ouvido nada. Kassab deixou o local sem dar entrevistas.

Apesar da ausência de Dilma, ela foi lembrada por um repentista, que recebeu o microfone das mãos do presidente Lula. Entre os versos, o poeta popular cantou que a petista "vem à frente" e o "Lula novamente". Nas ruas de Paraisópolis, faixas em alusão ao centenário do Corinthians w uma pintura de Lula em um dos muros do bairro. Kassab ganhou um "obrigado", em outro muro. Lá, foi descrito como "amigo da comunidade".

Antes de Lula discursar, um cantor popular também se referiu veladamente a Dilma: "todo mundo sabe como votar, não vou nem dizer nada".

Durante o discurso, o Lula afirmou que os moradores de coberturas do Morumbi não vão mais se envergonhar ao olhar para Paraisópolis e disse ainda que as obras de urbanização da favela são uma reparação do descaso de décadas.

O governador Alberto Goldman defendeu que as moradias populares sejam construídas no local original de moradia da população e não em loteamentos afastados do local de trabalho deles.

JB

Nenhum comentário:

Postar um comentário