quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Fertilizante: auto-suficiência do país à vista


Já temos potássio, dispomos das condições e produzimos nitrogênio e, numa manhã de boas notícias - leia nota abaixo - temos mais esta: o governo do Mato Grosso anunciou a descoberta de um depósito de 430 milhões de toneladas de fosfato, minério básico para a produção de fertilizantes agrícolas.

Esta quantidade de fosfato, conforme avaliaram as autoridades no anúncio oficial, é suficiente para sustentar por mais de 700 anos a demanda nacional de fertilizantes, hoje atendida em sua maior parte por importações.

Tão boa quanto esta notícia é o seu complemento: o depósito de fosfato está incrustrado numa área de 4.300 hectares na qual o governo matogrossense, em parceria com o Serviço Geográfico Nacional, descobriu uma reserva de ferro que pode ser a maior do mundo, com 11,5 bilhões de toneladas do minério.

Tucanos liquidaram nossa indústria de fertilizantes

Uma reserva de ferro superior, inclusive, a das minas de Carajás (Pará) com 7,2 bilhões de toneladas, tidas até agora como a maior do minério do mundo. Ainda que o teor de ferro da reserva matogrossense seja inferior a da paraense - 41% ante 67% de Carajás.

"É o nosso pré-sal", definiu para a Folha de S.Paulo o governador do Mato Grosso, Silval Barbosa (PMDB), candidato à reeleição, sobre os dois depósitos de ferro e fosfato situados em Mirassol D´Oeste, município da região Leste do Estado.

Nossa torcida deve ser, então, para que a reserva de fosfato do Mato Grosso, quando devidamente explorada, torne o Brasil auto-suficiente na produção de fertilizantes. Já nos encaminhávamos para isto quando, na década de 90, os governos tucanos de FHC/Serra, naquela febre de privatizações que os marcava, praticamente liquidaram nossa indústria nacional no setor vendendo-a a grupos multinacionais.

Do blog do Zé Dirceu

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