sábado, 4 de setembro de 2010
Presidente do PT-SP diz que contador nunca foi filiado
Claudio Leal, Vagner Magalhães, Portal Terra
SÃO PAULO - O presidente do PT de São Paulo, Edinho Silva, afirmou neste sábado (4), em Guarulhos, que o contador Antonio Carlos Atella Ferreira, acusado de quebrar o sigilo fiscal de Verônica Serra, filha do candidato do PSDB à presidência da República, José Serra, nunca foi filiado ao partido. De acordo com Edinho, ele entrou com um pedido de filiação em 2003, mas devido a problemas burocráticos, ela nunca foi efetivada.
"Essa filiação foi encaminhada ao Tribunal Regional Eleitoral e ele não participa da vida interna do PT nem é um integrante do Partido dos Trabalhadores porque não existe dentro do PT, no cadastro dos nossos filiados, o nome dele", disse.
Segundo Edinho, quando ele tentou se filiar ao partido, os seus dados estavam incompletos e a ficha não chegou a ser aceita.
"Nós fomos atrás de todos os registros que o Partido dos Trabalhadores, têm. Todos os levantamentos dos filiados, que nós fazemos cotidianamente, por contra dos processos internos que o PT vive. Os processos de eleições, dos encontros, dos seminários. Em nenhum momento nós encontramos o registro desse senhor como participando do quadro dos militantes filiados do PT. Posteriormente nós fomos ao levantamento do TRE e lá nós constatamos que de fato, em 2003 deu entrada no diretório municipal de Mauá o pedido de filiação", disse.
Segundo ele, por divergência no nome de Atella, o TRE não aceitou a filiação. "Por diversas vezes o diretório municipal de Mauá fez contato com esse senhor, para que ele procurasse o diretório municipal, para que esses dados fossem corrigidos. Ele nunca procurou o diretório municipal, consequentemente ele não foi aceito pela Justiça Eleitoral e tampouco foi considerado filiado do PT. Porque ele nunca participou de nenhuma atividade do PT. Para nós essa filiação não foi aceita pelo TRE como também não foi aceita pelo PT".
Entenda o caso
O caso veio à tona por meio de uma reportagem do jornal O Estado de S. Paulo, publicada na noite de terça-feira (31), apontando que documentos da investigação da Corregedoria da Receita Federal revelaram o acesso de dados fiscais da empresária Verônica Serra, filha do presidenciável tucano. O acesso teria sido feito pela funcionária Lúcia de Fátima Gonçalves Milan, que trabalha na agência da Receita, em Santo André (SP), no dia 30 de setembro de 2009.
Na procuração citada pelo órgão consta a assinatura que seria da filha do candidato tucano feita no dia 29 de setembro de 2009. O portador Antonio Carlos Atella Ferreira teria, segundo a documentação em poder da Receita, reconhecido firma no dia 30 de setembro, no mesmo dia em que retirou as cópias no órgão. Para a Receita , no entanto, a apresentação da procuração descaracteriza a quebra de sigilo.
Nesta quarta-feira (1), o 16º Tabelião de Notas de São Paulo afirmou que "o reconhecimento de firma é falso" na procuração supostamente assinada pela filha do candidato José Serra. Verônica também negou que tenha assinado tal documento.
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