Dilma foi aclamada na UFMG ao proferir aula magna no curso "O impeachment de Dilma Rousseff como golpe de estado". Foi um mar de gente. O auditório estava superlotado, assim como três salas próximas, com telões; A fila chegou a dar volta no prédio da faculdade. Ela pontuou que sua deposição "não deixa de ser golpe por não ser militar"; durante a aula, ela fez uma autocrítica da nomeação de Rodrigo Janot como procurador-geral da República; veja nos vídeos
8 DE AGOSTO DE 2018
247 - Dilma Roussef foi aclamada na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) ao proferir aula magna no curso "O impeachment de Dilma Rousseff como golpe de estado", na cadeira de Ciências do Estado. Foi um mar de gente nesta terça (7). O auditório estava superlotado, assim como três salas próximas, com telões. A fila chegou a dar volta no prédio da faculdade. Ela pontuou que sua deposição "não deixa de ser golpe por não ser militar". E acrescentou: "Diferente do que vivemos no passado, o golpe de 2016 começa a se instituir com o uso da legislação e do processo judicial como mecanismo para aplicar o golpe. No meu caso foi a forçação do crime de responsabilidade." Durante a aula, ela fez uma autocrítica da nomeação de Rodrigo Janot como procurador-geral da República.
Ao explicar a dinâmica do golpe, Dilma explicou como ele se desenrola em três atos: "O golpe não é um momento, é um processo. O impeachment é o ato inaugural do golpe. O segundo ato foi a aprovação da lei do Teto de Gastos. O terceiro ato foi a prisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva".
Dilma criticou a mídia conservadora e a Lava Jato e fez uma autocrítica da nomeação de Rodrigo Janot como procurador-geral da República, sem mencionar o nome dele: ""Eu acredito que talvez nós tenhamos cometido um erro, que foi aceitar a indicação, pelo Ministério Público, de tês candidatos a procurador e, entre os três, o mais votado nós indicaríamos".
No fim da aula, fez uma defesa enfática de Lula: “A campanha contra ele é a sequência do golpe. Precisamos impedir a reprodução deste processo. Temos que ser capazes de lutar e resistir. Somos uma grande nação com uma grande riqueza, que é o povo. O Lula sabia disso. Lula livre!"
A disciplina, optativa aos alunos da UFMG, é coordenada pelo professor de filosofia do Direito, Thomas Bustamante. Ao apresentar Dilma no início da aula, ele afirmou que "não encontrei até agora nenhum argumento jurídico, teórico e moral para dizer que não foi golpe. As justificativas jurídicas do impeachment são inexistentes. Estamos a um passo de perder a democracia. É preciso evitar que aconteça de novo". Ele se disse surpreso com a afluência do público: ""Eu nunca esperava que a resposta do público fosse tão boa assim. Muito menos que pudéssemos ter a Dilma aqui. Quem melhor que ela, que sofreu esse processo todo, para poder falar sobre?"
Assista a aula magna:
Brasil 247
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