Líder do PT na Câmara, deputado Paulo Pimenta comenta o que chama de "fatos estarrecedores" os divulgados pelo diretor-geral da Polícia Federal, Rogério Galloro; "Desde quando um delegado tem que fazer consultas para cumprir uma ordem judicial? Desde quando o Ministério Público tem essas atribuições?", questiona Pimenta, sobre o telefone da procuradora-geral da República, Raquel Dodge, para que não soltasse Lula; "Agora a pergunta que não quer calar: quem investigar essa quadrilha de togados?", indaga Pimenta; referindo-se a Moro, ele diz que "o chefe do bando é um juiz criminoso"
13 DE AGOSTO DE 2018
247 - O líder do PT na Câmara, deputado Paulo Pimenta (RS), fez um discurso na tribuna do plenário nesta segunda-feira 13 em que se mostra indignado com o que chama de "fatos estarrecedores" os divulgados pelo diretor-geral da Polícia Federal, Rogério Galloro, em entrevista neste fim de semana ao jornal O Estado de S.Paulo.
"Desde quando um delegado tem que fazer consultas para cumprir uma ordem judicial?", questiona Pimenta, sobre a confissão do delegado, quando recebeu a determinação judicial para soltar o ex-presidente Lula, no dia 8 de julho, pelo desembargador Rogério Favreto, do TRF-4.
"Aí diz que recebeu uma ligação da Raquel Dodge, que dá uma ordem para que a determinação não fosse cumprida. Desde quando o Ministério Público tem essas atribuições?", questiona novamente.
"Mas o mais estarrecedor ainda estava por vir. O delegado recebeu uma ligação do presidente do TRF-4, do desembargador [Carlos Eduardo Thompson] Flores, que anuncia que vai dar um despacho, e até que saia esse despacho, não é para que a ordem judicial seja cumprida", continua Pimenta.
"O delegado faz uma confissão detalhada de um crime e tipifica a conduta de cada um dos agentes criminosos que atuou nesse consórcio. Mas eu pergunto a vossas excelências: se de fato eles sabiam que estavam cometendo um crime, e que se associaram para que a lei não fosse cumprida, mesmo sabendo que era um ato criminoso, e se a nossa legislação diz que a associação de três ou mais pessoas para cometer um crime é bando ou quadrilha, como eu posso caracterizar senão como ação de uma quadrilha que se associou para desrespeitar a lei e usar de seus cargos para perseguir um indivíduo, motivado por interesses pessoais e ideológicos?", indaga o parlamentar em seu discurso.
"Agora a pergunta que não quer calar: quem investigar essa quadrilha de togados?", questiona finalmente. "O chefe do bando é um juiz criminoso", afirma, referindo-se a Sergio Moro.
Brasil 247
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