POR FERNANDO BRITO · 11/12/2019
As folhas de pagamento do Tribunal de Justiça de Pernambuco – e várias outras, pelo país, se forem divulgadas – é um escárnio com o povo do Nordeste.
Juízes recebendo salários milionários – literalmente milionários, como o da juíza da capital que tem um contracheque bruto de R$ 1.298.550,56 – sem qualquer constrangimento moral pelo que estão fazendo.
77% dos desembargadores com rendimentos de mais de R$ 100 mil, três vezes mais que o teto constitucional.
Pessoas que decidem quem e como os homens e mulheres do povo devem ser castigados.
Às vezes, por furtar um pedaço de carne ou um chocolate.
A casta que julga, que ganha mais que este teto, é menos do que o 0,1% que mais ganha no Brasil.
O pior, porém, não é o dinheiro que abocanha, é o poder que não larga.
Há uma legião de homens e mulheres que, com honrosas exceções, vivem as suas próprias vidas sem o senso de justiça.
Formaram uma aristocracia autoritária e insensível, em geral.
Para ser uma democracia, o Brasil vai precisar eliminar estes absurdos. Não existe direito adquirido de afrontar a pobreza pública.
Tijolaço
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