Em nota, o instituto paulista que faz parceria com o laboratório chinês Sinovac e a Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo disseram que o recuo de Jair Bolsonaro na compra de 46 milhões de doses da Coronavac “vai na contramão de todos os avanços conquistados até aqui nas negociações” entre os governos estadual e federal
21 de outubro de 2020
Bolsonaro | produção de vacina (Foto: ABr | Divulgação/Josué Damacena (IOC/Fiocruz))
247 - O Instituto Butantan e a Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo divulgaram uma nota nesta quarta-feira (21) contra declarações feitas por Jair Bolsonaro contra a vacina chinesa no combate à Covid-19 e sobre o recuo do governo federal na compra de 46 milhões de doses da Coronavc.
O instituto paulista, que faz parceria com o laboratório chinês Sinovac, disseram que “a postura [de Bolsonaro] vai na contramão de todos os avanços conquistados até aqui nas negociações” entre os governos federal e de São Paulo, por meio de reuniões entre o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, o secretário de Saúde de São Paulo, Jean Gorinchteyn, o diretor do Butantan, Dimas Tadeu Covas, e o governador de São Paulo, João Doria (PSDB).
O texto contesta a versão do ministério da Saúde após a reação negativa de Bolsonaro, e lembrou que Pazuello chegou a afirmar que “a vacina do Butantan será a vacina brasileira”. “A frase é clara e sequer dá margem para interpretações divergentes, sendo descabida a afirmação do ministério de que houve ‘uma interpretação equivocada’”, reforça a nota. Depois das declarações de Bolsonaro, a pasta deletou postagem nas redes sociais em que anunciava a compra das doses da Coronavac.
Ainda na nota, o Instituto Butantan e a Secretaria de Saúde afirmam que a “vacina é mais segura em comparação às outras”, com menor percentual de efeitos colaterais nos ensaios clínicos até então, e espera que o governo federal honre seu compromisso.
A embaixada da China em Brasília respondeu, sem citar Jair Bolsonaro, críticas feitas à Coronavac - vacina contra a Covid-19 produzida pelo país, e defendeu a parceria entre o Instituto Butantan e a empresa chinesa Sinovac.
Brasil 247
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