terça-feira, 31 de agosto de 2021

SIMONE TEBET: MDB DISPUTARÁ O PLANALTO, BOMBA NA CPI, BARROS INDICIADO e...



TV GGN

Randolfe diz que CPI vai recorrer de decisão de Nunes Marques: "que segredos o motoboy esconde?"



O motoboy Ivanildo Gonçalves Dias teria sacado um total de R$ 4,74 milhões para a VTC Log, uma empresa de logística com contratos no Ministério da Saúde e responsável pelo transporte de insumos e vacinas

30 de agosto de 2021

Randolfe Rodrigues (Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado)


247 - Vice-presidente da CPI da Covid, o senador Randolfe Rodrigues (Rede), afirmou que irá recorrer da decisão do ministro Kassio Nunes Marques, do Supremo Tribunal Federal (STF), que desobrigou o motoboy Ivanildo Gonçalves Dias de comparecer em sessão na comissão do Senado marcado para esta terça-feira, 31.

“Pelo visto, a VTClog é realmente MUITO poderosa. Que segredos o motoboy esconde? Respeitamos a decisão do ministro Nunes Marques, mas iremos recorrer da decisão!”, afirmou o senador no Twitter.


Em decisão liminar nesta segunda-feira, 30, Nunes Marques também permitiu que, caso o motoboy compareça à sessão, ele poderá ficar em silêncio e está desobrigado a firmar o compromisso de dizer a verdade.


A liminar de Nunes Marques considerou que não há correspondência entre os fatos investigados pela CPI e as informações que serviram de base para a convocação de Ivanildo.

"Não há, assim, congruência entre os fatos determinantes da abertura da CPI ― políticas públicas no enfrentamento da pandemia que alcançou o Brasil em 2020 ― e aqueles que serviram de fundamento para a convocação do impetrante: movimentação financeira da VTClog sem determinação do período; saques pelo impetrante, nos últimos dois anos, de altos valores destinados a sua empregadora; relação de confiança da empresa VTClog com o impetrante; e transporte, em sua moto, de R$ 430 mil, em 24 de dezembro de 2018, 'noite de Natal'”.
O caso

Segundo denúncias, o motoboy sacou um total de R$ 4,74 milhões para a VTC Log, uma empresa de logística com contratos no Ministério da Saúde e responsável pelo transporte de insumos e vacinas.

Na ação no STF, o advogado Alan Diniz Moreira Guedes de Ornelas, que o defende, diz que "sua função é de motoqueiro e, em decorrência disto, realiza todas as diligências que dependem de deslocamento, inclusive bancárias".

Para a defesa de Ivanildo, o requerimento aprovado pela CPI "aponta fantasiosas ilicitudes praticadas pelo impetrante que, por sua vez, somente exerce a profissão de motoboy na empresa VTCLOG e, ainda, utiliza de dados financeiros sigilosos que abrangem período não compreendido pela pandemia". Diz ainda que a convocação é um "ato emanado através de ilegalidades".

A defesa avalia que "o que se verifica através das diversas sessões até então realizadas é que alguns excessos são praticados para o fim de causar devassa pessoal e jurídica de agentes públicos, empresas privadas, instituições e pessoas físicas, assim como no caso do presente mandado de segurança".



Brasil 247

Ministério da Saúde admite que Covid-19 pode ter nova onda em setembro


Variante delta, diminuição da proteção das vacinas e afrouxamento das regras sanitárias estão entre as explicações para o aumento das hospitalizações que pode ocorrer em setembro

31 de agosto de 2021

(Foto: REUTERS / Amanda Perobelli)


247 - O Ministério da Saúde já trabalha com a possibilidade de uma alta nos casos de Covid-19 no mês de setembro e também de hospitalizações.

A variante delta, que é mais contagiosa, e a diminuição da proteção das vacinas na população mais idosa, a primeira a se imunizar, estão entre as explicações para a preocupação com a aceleração no número de casos. Estados e municípios, por outro lado, avançaram na reabertura econômica e no afrouxamento das regras sanitárias.

Uma das medidas que o Ministério da Saúde acredita que podem frear um crescimento maior do número de casos de Covid-19 é a aplicação da terceira dose da vacina nos imunossuprimidos e nos mais idosos, que começam a receber o reforço a partir de 15 de setembro, informa a jornalista Mônica Bergamo em sua coluna na Folha de S.Paulo.

O ritmo da vacinação ainda é insuficiente para que se chegue à cobertura vacinal desejável, de pelo menos 90% da população imunizada com segunda dose até 31 de dezembro de 2021, afirmam os pesquisadores Guilherme Werneck, Ligia Bahia, Jessica de Lima Moreira e Mário Sheffer.


Brasil 247

Paulo Guedes vive seu pior momento no governo, mas descarta pedir demissão


Insatisfação é generalizada com a gestão de Paulo Guedes à frente do Ministério da Economia

31 de agosto de 2021

Cartaz na Faria Lima chama Paulo Guedes de 'Faria loser' (Foto: Reprodução/Twitter)


247 - "O ministro da Economia, Paulo Guedes, vive seu pior momento desde que entrou no governo Bolsonaro", escreve a jornalista Bela Megale no Globo.

A foto do ministro da Economia de Bolsonaro foi estampada em cartazes na avenida Faria Lima, centro financeiro de São Paulo, com a mensagem “Faria Loser”. Mas Guedes tem dito que não pretende deixar o governo.

A jornalista destaca que a gestão de Guedes tem gerado uma insatisfação generalizada, inclusive entre aliados do titular do Palácio do Planalto, tanto no governo quanto no Congresso Congresso.

Brasil 247

PT lança nesta terça-feira livro sobre golpe contra Dilma


A obra defende maior presença do Estado na economia e critica severamente a agenda econômica no Congresso, atacando desmonte da economia nacional

31 de agosto de 2021

Dilma faz pronunciamento sobre o impeachment , 31 de agosto de 2016 o (Foto: Roberto Stuckert Filho)


247 - "O enredo da tragédia golpista na condução da política macroeconômica mais parece um samba de uma nota só: ajuste e reformas", diz um trecho do livro que o Partido dos Trabalhadores lança nesta terça-feira (31), na passagem do quinto aniversário do golpe de Estado que afastou do poder a presidente Dilma Rousseff.

A obra, chamada "Brasil: 5 anos de golpe e destruição", foi produzida pela Fundação Perseu Abramo.

Segundo o livro, os governos pós-Dilma, de Michel Temer e Jair Bolsonaro, comportaram-se como "profetas do apocalipse fiscal, para os quais a quebra do país é sempre uma questão de tempo”. Há críticas ao teto de gastos, criado no governo Temer.

O texto, coordenado por Sandra Brandão, ex-assessora de Dilma na Presidência, também ataca a gestão de Bolsonaro na área social, de direitos humanos, meio ambiente e política externa, entre outras, informa o Painel da Folha de S.Paulo.


Brasil 247

Bolsonaro flerta com golpe dentro do golpe, diz Dilma 5 anos após golpe de Estado de 2016


Para a ex-presidente, afastada pelo impeachment há cinco anos, a crise atual é desdobramento do golpe de Estado de 2016

31 de agosto de 2021

Dilma Rousseff (Foto: ricardo stuckert)


247 - Em entrevista ao portal da Fundação Perseu Abramo, a ex-presidente Dilma Rousseff afirma que “o golpe de 2016 é o ato zero do golpe, é o ato inaugural, mas o processo continua". "É o pecado original dessa crise que o país atravessa. É a partir dali que se desenrola todo o processo golpista”, diz. "O que estamos vivendo são as etapas do possível endurecimento do regime político no Brasil. O governo flertando com a possibilidade de um golpe dentro do golpe", afirma.

Nesta terça-feira (31) transcorre o quinto aniversário do golpe de Estado que afastou Dilma do governo sob falsas acusações.

Dilma afirmou que o país vive a possibilidade de um segundo golpe, informa a Folha de S.Paulo. "É preciso entender o jogo. O golpe ocorreu em 31 de agosto de 2016. O que estamos vivendo agora é a possibilidade de um novo golpe baseado nas formas derivadas da guerra híbrida. Lá atrás, houve um golpe parlamentar, Judiciário e midiático. Mas, sobretudo, um golpe do setor financeiro, do capitalismo financeirizado. Um golpe neoliberal", afirma.

Na entrevista ao portal da Fundação Perseu Abramo, Dilma afirmou que "ali aconteceu uma ruptura violenta contra o status quo da democracia" e que o impeachment permitiu "dois crimes imediatos" contra o país: o teto dos gastos e a destruição da Amazônia.

A ex-presidente disse que o processo de militarização da política é anterior à eleição de Bolsonaro e vem desde o governo Temer.


Brasil 247

domingo, 29 de agosto de 2021

Bom dia 247, com Attuch, Rodrigo e Florestan (29.8.21)




Brasil 247

Janio de Freitas: quem nega altos riscos na ação de bolsonaristas no 7 de Setembro está a serviço de Bolsonaro


O jornalista alertou para o risco de golpe devido às manifestações marcadas para o dia 7 de setembro a favor de Jair Bolsonaro

29 de agosto de 2021

Ato bolsonarista na Avenida Paulista e o jornalista Janio de Freitas (Foto: Reprodução)


247 - "Quem nega altos riscos na ação de bolsonaristas no 7 de Setembro —um coro que cresce a cada dia— está a serviço de Bolsonaro ou comete uma leviandade", escreve Janio de Freitas em sua coluna publicada no jornal Folha de S.Paulo.

De acordo com o colunista, "sabe-se que o bolsonarismo é perigoso em si mesmo, sempre potencialmente criminoso nos meios e nos fins". "E Bolsonaro, ele sim, emite sinais claros de sentimentos opressivos, de cerco e medo: o ataque frontal ao Supremo, a incessante corrida a aglomerações excitáveis de Norte a Sul, o agravamento de suas falas — e a convocação às "manifestações do 7 de Setembro do povo", continua.

"Nesse estado de país enlouquecido, as polícias militares passam de proteção social a fontes de medo coletivo. Os militares do Exército, que exigiram a referência à segurança interna, na Constituição, como domínio seu, reduzem-se a uma incógnita nos riscos das manifestações", acrescenta.


Brasil 247

sábado, 28 de agosto de 2021

“Restrições à candidatura Lula partem da Casa Branca”, diz Latuff

Brasil 247

O cartunista e ativista afirmou em entrevista à TV 247 que o projeto golpista de Bolsonaro e dos militares recebe apoio da Casa Branca. De acordo com ele, os americanos estão interessados em dificultar a candidatura de Lula, como mostra o histórico da região. Assista

27 de agosto de 2021

Carlos Latuff / Casa Branca (Foto: Felipe L. Gonçalves/Brasil247 | REUTERS/Cheriss May)


247 - O cartunista e ativista Carlos Latuff, em entrevista na série ‘Grandes Jornalistas’, da TV 247, afirmou que o governo de Joe Biden, nos Estados Unidos, busca dificultar a candidatura do ex-presidente Lula. Em ascensão nas pesquisas, Lula defende que a América Latina atue como um bloco independente nas relações internacionais.

O pré-candidato do PT criticou o discurso do presidente americano sobre a América Latina: “é quase como se fosse um discurso de dominação: 'você não pode crescer. Eles não podem ter soberania’”.

Para Latuff, os Estados Unidos atuam no sentido de impedir a autodeterminação da região, principalmente em países como Venezuela e Cuba. “Um dos pontos marcantes do governo Lula foi a política internacional, que fez com que o Brasil se destacasse bastante. O governo Lula criou o bloco econômico BRICS, se aliou à Venezuela de Hugo Chávez, que também tinha uma linha de se afastar da esfera de influência dos Estados Unidos. E os Estados Unidos começaram a trabalhar para a desestabilização desses governos. O Brasil talvez tenha sido um dos últimos a sofrer esse processo, após Venezuela, Bolívia, Paraguai, Honduras e Argentina. Então, a prisão do Lula não foi uma coisa somente local. Isso teve interesses da Casa Branca”, disse.

A interferência da Casa Branca na política brasileira se dá através dos militares, que apoiam o projeto golpista de Jair Bolsonaro, explicou o cartunista. “Costumo dizer inclusive que os militares, quando ameaçam as instituições caso o Lula seja eleito, isso também tem a ver com orientações da Casa Branca. Não é à toa que a CIA tem visitado o Brasil e se encontrado com o Bolsonaro”, completou.

Dilma: nosso lugar não é com os EUA, mas é a independência, ao lado da China


Em aula promovida pela Escola de estudos latino-americanos e globais (Elag), a ex-presidente Dilma Rousseff fala sobre o desenvolvimento econômico chinês e sua influência na América Latina, e denuncia o papel nocivo da submissão aos Estados Unidos

27 de agosto de 2021

Ex-presidenta Dilma Rousseff (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)


O texto a seguir é uma adaptação da 3ª aula, dada pela ex-presidenta do Brasil Dilma Rousseff, do Curso internacional “Estado, política e democracia na América Latina”, da Escola de estudos latino-americanos e globais (Elag).
China e América Latina

Desde a crise financeira de 2008, o crescente atrito entre a China e os Estados Unidos tornou-se aparente. Durante o governo Obama, e mais ainda no governo Trump, de forma declarada e aberta, os atritos aumentaram. A pandemia da Covid-19 acelerou essas tendências.

Nesse contexto, a China vem utilizando um manejo mais sofisticado do chamado “soft power”. Durante a 73ª Assembleia Geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), em maio de 2020, ele propôs considerar as vacinas contra a Covid-19 um bem público global. Ao mesmo tempo, destinou dois bilhões de dólares em dois anos à OMS, instituição boicotada pelos Estados Unidos sob Trump.

O governoTrump demonstrou uma incompetência fantástica para lidar com a pandemia. A China, por sua vez, apresentou um dos melhores manejos dessa crise excepcional, com baixo número de mortes e controle rígido do índice de infecção.

A decisão do ex-presidente norte-americano de retirar seu país da OMS contrasta com a posição mais colaborativa e pró-ativa da China diante da pandemia.

Acredito que a Covid-19 marca uma virada na história das relações internacionais, particularmente na relação conflituosa entre os Estados Unidos e a China.

Xangai e Xi Jinping(Photo: Reuters)Reuters


O desenvolvimento da China e sua inserção no sistema internacional

A China teve um desempenho impressionante desde 1978, quando Deng Xiaoping assumiu a liderança do Partido Comunista da China (PCCh), da Comissão Militar Central e do governo chinês, adotando uma política de reforma e abertura. Esta é a fase de oportunidade estratégica que se estende por mais de três décadas, que será seguida, com algumas modificações, pelos seguintes líderes e chefes do governo chinês, como Jiang Zemin, Hu Jintao, Wen Jiabao e agora também, de alguma forma, expandida por Xi Jinping.

Esse processo, que se desenvolveu com a primazia e o domínio do PCCh, teve como objetivo acelerar quatro modernizações: agricultura; indústria; defesa; e ciência e tecnologia. De 1979 a 2013, a economia chinesa cresceu a uma taxa média de 9,8% e ultrapassou 10% em dois períodos: de 1991 a 2001 e de 2001 a 2013. O crescimento chinês não foi afetado nem pela crise financeira asiática de 1997, nem pela crise financeira global de 2008. O que aconteceu desde 2009 foi uma injeção brutal de recursos e estímulos por parte do governo chinês. Em 2010, a economia chinesa cresceu 10,4%, enquanto o mundo desenvolvido teve taxas de crescimento muito baixas ou mesmo negativas.

Durante este período, o governo chinês promoveu um forte setor privado, inicialmente nas chamadas “Zonas Especiais de Exportação” no sul da China e nas proximidades de Hong Kong. Este setor produtivo privado se espalhou para o resto da China nas últimas três décadas. Também construiu um setor público mais dedicado a áreas consideradas estratégicas, destacando-se na produção de bens intermediários - como aço, petróleo e armas - e na indústria espacial e aeronáutica. Ao mesmo tempo, promoveu importantes reformas na agricultura, principalmente ao permitir a expansão da pequena produção da agricultura familiar, articulando-a com as cooperativas e, simultaneamente, com as fazendas estatais.
É importante ressaltar que a civilização chinesa tem uma tradição de dar importância central à produção de conhecimento. Nos últimos anos, a China enviou milhões de estudantes para se formarem nas melhores universidades do mundo. A educação, a ciência e a tecnologia do país estruturaram, reestruturaram e modernizaram suas instituições com enormes investimentos governamentais. A China investe pesadamente em pesquisa científica e desenvolvimento tecnológico.

Também em inovação, posicionando-se para receber grandes investimentos estrangeiros, sem dúvida mantendo um forte controle sobre seu destino, e sem alienar ou esfriar seu controle interno sobre o setor bancário e as finanças.

Por sua vez, foi realizada uma grande descentralização, privilegiando as províncias, característica chinesa desde o Império nas suas diferentes dinastias. Sucessivos governos seguiram nessa direção e aprimoraram os mecanismos macroeconômicos de gestão e intervenção no mercado, instituindo principalmente um sistema de preços combinado com um sistema de planejamento indicativo.

É importante notar que, após o colapso e queda da União Soviética em 1991, a economia chinesa decidiu aprofundar uma remodelação radical do Exército Popular de Libertação. Isso porque percebeu a influência da tecnologia e das novas formas de conflitos armados que a Guerra do Golfo estabeleceu.

Em 2010, a China substituiu o Japão como a segunda maior economia do mundo. De acordo com o Fundo Monetário Internacional, em 2014, a economia chinesa atingiu uma nova marca ao se tornar a maior economia do mundo pelo critério de paridade do poder de compra do PIB. Na verdade, o PIB nominal da China era de US $ 10,4 trilhões, o que o coloca em cerca de 60% do PIB nominal dos EUA. Mas, em qualquer caso, é muito significativo ter atingido 60% em termos nominais e ultrapassado a paridade em termos de poder de compra. A China, aliás, mantém sua taxa de crescimento atual e bom desempenho relativo. Portanto, espera-se que supere a economia dos EUA em PIB nominal até 2030. Mesmo antes da pandemia da Covid-19, em 2019, o PIB chinês cresceu o equivalente a duas vezes o PIB dos EUA. O crescimento pode ser ainda maior, devido aos efeitos globais da pandemia e à má gestão dela pelo governo dos Estados Unidos durante o governo Trump.

A China também exerce o seu estatuto de maior exportador e distingue-se por ser a maior detentora de reservas monetárias, sendo a única grande economia com elevado excedente de capital e que, portanto, não se encontra sobrecarregada com enormes dívidas externas. Nos últimos anos, o crescimento chinês começou a desacelerar e está atingindo o chamado 'novo normal', com uma taxa entre 6% e 7%, o que é atribuído ao esgotamento do modelo impulsionado pelas exportações e investimentos em capitais fixos, especialmente em infraestrutura. Com o planejamento quinquenal, já se via que era preciso combinar esse crescimento, impulsionado pelas exportações e investimentos, com um ganho a partir do aumento, da expansão e do dinamismo do consumo interno. No entanto, mesmo considerando níveis entre 6% e 7%, o crescimento chinês ainda é muito superior ao das economias desenvolvidas, que ficará em torno de um pico de 3,1%.
Xi Jinping está acelerando as estratégias chinesas derivadas dos planos e decisões de cinco anos do governo e do PCCh. Um dos motivos é, sem dúvida, enfrentar a pandemia. O outro é o conflito entre os Estados Unidos e a China e a ameaça de um desacoplamento (decoupling) entre a economia chinesa e a americana.

Por exemplo, no plano "Made in China 2025", o presidente Xi Jinping propõe uma forte aceleração da produção doméstica de semicondutores, o que é importante porque, diante da ameaça de deslocamento da economia chinesa com a dos EUA, a China tem que tentar antecipar sua quase autossuficiência na produção local por meio do plano mencionado. Ao mesmo tempo, o presidente Xi Jinping lançou uma proposta chamada "dupla circulação", combinando o crescimento impulsionado pela demanda interna do consumo com o comércio exterior.

A política de contenção da China sob o governo Trump foi caracterizada pela guerra comercial sobre as tarifas, ainda mais pela tentativa de bloquear a tecnologia. Por exemplo, a Huawei em relação à rede 5G ou com a perseguição ao TikTok. A principal estratégia dos Estados Unidos tem sido promover o desacoplamento de ambas as economias, para enfraquecer a China.

Bandeiras dos Estados Unidos e da China(Photo: Diário do Povo)

A encruzilhada latino-americana

O conflito entre Estados Unidos e China impacta, é claro, na América Latina.

A China estabeleceu acordos bilaterais com Argentina, Brasil, México e vários países da região, tornando-se nosso maior comprador comercial e nosso principal provedor de investimentos estrangeiros diretos.

O apoio da China ao fortalecimento e reconhecimento da UNASUL e da CELAC também foi muito importante. Ainda na última cúpula do BRIC, durante meu governo, houve um encontro de quase todos os países latino-americanos com a China.

No que diz respeito aos Estados Unidos, que é a maior economia do mundo e a maior potência militar, duas grandes mudanças afetaram a relação com a América Latina e a geopolítica mundial nas últimas décadas. Por um lado, a expansão do neoliberalismo. De outro, o fim da Guerra Fria com a queda do Muro de Berlim, que transformou os Estados Unidos em uma nação hegemônica quase unipolar. Essas forças de tendência agiram e influenciaram a estrutura econômica e política até agora.

O neoliberalismo alterou a própria dinâmica do sistema capitalista.

Desde a financeirização da economia, à busca do Estado mínimo, à adoção de um sistema tributário regressivo e a uma desregulamentação mais radical do mercado de trabalho e da atividade bancária e financeira, tem havido uma grande concentração de renda no topo da esfera social da pirâmide, reduzindo o crescimento econômico. Processos que também se tornaram modelos para toda a ordem internacional liderada pelos Estados Unidos. O crédito e as finanças, motores da economia produtiva e facilitadores do crescimento econômico, tornaram-se um verdadeiro obstáculo e um vento contrário ao crescimento: uma barreira cujo centro está na especulação financeira desenfreada da qual se suga toda a riqueza. O pior sintoma desta patologia é a imensa desigualdade que se introduz nos Estados Unidos e também nos países ocidentais, produto de uma fantástica concentração de renda e de riquezas, da imposição de um trabalho precário com salários estagnados, que também produziu uma fragilidade econômica avassaladora com suas respectivas consequências políticas graves como, por exemplo, o surgimento de uma onda de extrema direita e a criação de bolhas e crises especulativas.

Quero destacar uma questão muito séria: a forma como os Estados Unidos interferem em alguns países hoje. Não só as guerras do Afeganistão e do Iraque, que foram extremamente desastrosas para a própria economia dos Estados Unidos, mas também todos os processos da chamada «guerra híbrida», especialmente aqui no nosso continente: com os golpes em Zelaya, em Honduras, Lugo, no Paraguai , contra meu governo, no Brasil. Além disso, o bloqueio econômico contra Cuba e Venezuela, que considero um desastre. Também o que aconteceu na Bolívia, com a OEA servindo de instrumento para essa trama semelhante a outras ocorridas aqui na América Latina, mas com a característica, além disso, de uma forte presença policial e militar.

Ex-presidenta Dilma fortaleceu a Petrobras(Photo: Divulgação)


O desafio da inserção latino-americana na economia mundial

As pressões dos EUA sobre a América Latina e contra a China têm se espalhado cada vez mais para novos campos. Um exemplo disso é o caso grave do ataque à empresa chinesa Huawei e da pressão sobre a rede 5G.

O grande problema da rede 5G é que hoje não existe alternativa de outras empresas, além da Huawei, para estabelecer uma rede com essas características. Principalmente porque a rede da Huawei usa tecnologia 4G LTE e a atualiza, tornando-a mais barata. Mas não é apenas mais barato: é muito mais eficiente e consistente. Hoje, dois requisitos são essenciais. O primeiro, ter uma comunicação ultra confiável e de baixa latência, necessária para usos críticos, por exemplo, em carros autônomos onde não pode haver latência e a rede não pode cair. Esses são casos específicos em que atrasos na conectividade não podem ser tolerados. A outra é a capacidade de lidar com a próxima explosão da chamada “internet das coisas” (IoT, na sigla em inglês - Internet of Things): a comunicação de máquina para máquina, com dispositivos interconectados transferindo uma imensidade de dados cada vez mais intensos e profundos. Esses recursos exigirão uma infraestrutura substancialmente nova e, portanto, serão amplamente explorados nesta e na próxima década.
Forçar os países latino-americanos a não adotar a tecnologia 5G é impedir que tenham acesso a uma estrutura ultramoderna essencial.

Não é que os norte-americanos estejam dizendo "não compre isto, compre outro." O que eles estão fazendo é simplesmente bloquear a tecnologia 5G. Em todo o mundo, há um amplo reconhecimento de que tanto a latência quanto a capacidade de dados dessa rede desenvolvida pela empresa Huawei é muito grande.

A guerra comercial, política e tecnológica dos Estados Unidos contra a China exige que respondamos a uma série de questões cruciais para nossa região. Qual é o rumo da América Latina e como ela entrará na Quarta Revolução Industrial e Tecnológica? O limiar da inovação não é Uber e Airbnb, que são plataformas. A porta de entrada para as transformações tecnológicas e econômicas é a infraestrutura, no caso, o desenvolvimento da rede 5G. O fundamental é ter acesso a um intercâmbio de tecnologia que permita chegar à inteligência artificial, à comunicação máquina a máquina e ao desenvolvimento de novas aplicações. Portanto, a discussão na América Latina é como acessar a tecnologia nesse conflito.

Xi Jinping e 5G(Photo: Reuters)Reuters


Há um preconceito subjacente a um certo olhar geopolítico hegemônico que demoniza a China. Esse preconceito é baseado em duas premissas. A primeira, que a China, especialmente para o establishment norte-americano, nunca seria uma ameaça ao domínio econômico dos Estados Unidos no mundo, porque era um país agrário, quase feudal, com uma economia muito precária. Uma opinião concebível em 1980, quando a economia chinesa representava apenas 5% da economia norte-americana. Mas totalmente insano hoje. A única explicação plausível para essa leitura é uma alta miopia ideológica, que se baseia na segunda suposição: que o crescimento chinês era insustentável, já que o sistema político chinês não foi definido pelas ideias liberais dos Estados Unidos, mas pela doutrina do PCCh, o que seria um obstáculo intransponível ao desenvolvimento nacional.

Podemos verificar que havia uma visão do PCCh como burocrático e decadente, assim como a do Partido Comunista da União Soviética no final dos anos 1980 e 1990. Ao mesmo tempo, não se percebia isso, apesar de todas as contradições políticas e dos conflitos internos do PCCh, tanto nos períodos pré-Mao, quanto no momento pós-Mao - especialmente no período de reforma e abertura - o que produziu o maior repúdio nas autoridades chinesas, tanto de Deng, quanto Jiang Zemin e Xi Jinping, foi que eles foram considerados como "os Khrushchevs chineses" ou o "Gorbachevs chineses". Isso porque na China eles atribuíram a Khrushchev e Gorbachev erros graves que colaboraram na destruição da União Soviética. De acordo com os líderes chineses, a reforma política (Glasnost) nunca poderia ter sido feita antes de uma reforma econômica que produzisse crescimento e prosperidade para o povo. Cabe a nós avaliar isso à luz da história. Mas, em qualquer caso, não é possível supor que o socialismo chinês, com sua praticidade absoluta que interfere na economia de mercado, no sistema de preços e no planejamento indicativo sob o monopólio político do PCCh, desconheça que isso vem produzindo uma coesão política e cultural e crescimento econômico.

É interessante notar que o PCCh também abandonou a ideia de que representava apenas os interesses dos trabalhadores e incluía a representação dos capitalistas também. Em 2002, o sucessor de Deng Xiaoping, Jiang Zemin, propôs a teoria das três representações, segundo a qual o PCCh representa simultaneamente as forças produtivas sociais avançadas que explicam a produção, incluindo os capitalistas; a cultura avançada que explica o desenvolvimento e a imensa acumulação da civilização chinesa; e os interesses sociais da maioria das pessoas que respondem pelo consenso político.

Temos que pensar em como nos inserir em um mundo onde essas tensões vão se intensificar.

Sabemos que os Estados Unidos têm uma característica fundamental: um grande desenvolvimento científico de base, que não é, não pode e não será, pelo menos a curto e médio prazo, objeto de disputa significativa porque atinge uma dimensão internacional, através de suas universidades, seus laboratórios e seus centros de inovação públicos e privados. Ao mesmo tempo, a China caminha no sentido de treinar e fortalecer sua base educacional, científica e tecnológica. Acho muito importante para a América Latina perceber que precisa sair da comoditização e buscar a reindustrialização com outras características. Devemos ter uma posição autônoma e independente. Quem for capaz de ter uma relação mais construtiva com a América Latina é quem devemos apoiar e com quem devemos nos relacionar.
A América Latina não deve de forma alguma ser dominada por uma subordinação cega aos Estados Unidos.

Não podemos nos condenar ao atraso científico, tecnológico e de inovação. Não podemos nos condenar a interferências indevidas. Acho que o governo Biden abre algumas perspectivas. Mas, até hoje, não temos evidências de grandes mudanças nas relações entre os Estados Unidos e a América Latina durante os governos democráticos. Espero que seja diferente com o Biden.

Nessa correlação de forças, a América Latina é muito fraca. Mas devemos praticar uma não alienação altiva e ativa. Quando o Brasil ingressou no BRICS, junto com China, Índia, Rússia e África do Sul, não tínhamos um alinhamento subordinado com ninguém. Tínhamos uma política independente. O que está acontecendo hoje no mundo latino-americano é um grande enfraquecimento do poder de barganha de nossas economias. O Brasil está sujeito aos desígnios de Bolsonaro, espero que somente até as próximas eleições. A Argentina vive seu momento mais difícil, pois a dívida deixada por Macri - com a satisfação do Fundo Monetário Internacional - se somou à crise da Covid-19, colocando a economia argentina em situação de extrema fragilidade. Alberto Fernández está fazendo milagres. E o México ... tão longe de Deus e tão perto dos Estados Unidos.
Não podemos sustentar a neutralidade. Acho que nessa relação o que podemos ter é uma posição maior de negociação, porque somos o continente com maior capacidade de alimentar o mundo.

Temos todas as riquezas minerais que você possa imaginar, desde as custosas terras usadas para fazer baterias até o petróleo: não esqueçamos que a Argentina tem muito petróleo; não esqueçamos que o Brasil tem o Pré-Sal; não vamos esqueçamos que a Venezuela é a maior reserva de petróleo do mundo; não vamos esqueçamos a enorme importância do México. Então, nossa inserção pode ser autônoma e pode ser negociada em igualdade de condições com outros países.
Não é possível continuar reproduzindo o complexo de inferioridade de algumas elites e oligarquias que nada fizeram senão se submeter aos Estados Unidos de forma vergonhosa.

Além do não alinhamento, devemos ter nossas habilidades de negociação; uma força comum integrada como a que tínhamos na UNASUL ou podemos ter na CELAC. O G20, com três países latino-americanos, é fantástico. Agora, deve haver mais países latino-americanos. Por que não a Colômbia? É um processo em que só nós, somando os 680 milhões que somos, nos daremos a força necessária para negociar com eficácia.

A China não é uma democracia liberal. A China é controlada pelo PCCh. Como disse o primeiro-ministro de Cingapura, há um mal-entendido em relação ao PCCh, que é um partido civilizador que faz parte de toda a tradição civilizatória da China.
A China é extremamente pragmática. Portanto, não está na mente da China interferir na maneira como as pessoas escolhem internamente sua organização social, econômica, política e cultural. Existe uma diferença de foco, de visão.

O próprio Kissinger mostrou duas coisas. Primeiro, que a visão estratégica da China era diferente da ocidental. O jogo de estratégia ocidental mais complexo é o xadrez, com o objetivo de cercar a rainha e matar o rei. O jogo chinês, o Go, é um jogo de estratégia e de cerco. Não se ganha com ações diretas e com conquista, com guerra: a melhor forma de vencer não é lutando. Essa é a visão chinesa, e devemos procurar entendê-la da mesma forma que devemos entender que eles não têm a mesma perspectiva religiosa que nós. O que é chamado de realismo chinês é expresso no ditado "confucionista na vida pública, taoísta na vida privada e budista na morte".

Nosso lugar não é com os Estados Unidos. Nosso lugar é a independência, ao lado da China

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*O Curso Internacional "Estado, política e democracia na América Latina" é uma iniciativa destinada a militantes e ativistas sociais, funcionários públicos, docentes e estudantes universitários, pesquisadores, sindicalistas, dirigentes de organizações políticas e não governamentais, trabalhadores da imprensa e toda pessoa interessada nos desafios da democracia na América Latina e no Caribe. Foi promovido pelo Grupo de Puebla, o Observatório Latino-Americano da New School University, o Programa Latino-Americano de Extensão e Cultura da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) e a UMET.


Brasil 247

Jair Renan mostra no Instagram vídeos de mansão de R$ 3,2 milhões


Casarão no Lago Sul é alugada pela família desde junho deste ano. Jair Renan Bolsonaro mostrou festa nos stories no último fim de semana

27 de agosto de 2021

(Foto: Reprodução)


Por Celimar de Meneses e Matheus Garzon, Metrópoles - Publicações de Jair Renan Bolsonaro, o filho 04 do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), mostram a mansão de R$ 3,2 milhões que a família aluga no Lago Sul, área nobre de Brasília. O filho do dirigente e a mãe, Ana Cristina Siqueira Valle, moram na residência desde junho deste ano, segundo reportagem do Uol.

Cantando Boate Azul e hits da música sertaneja, os vídeos foram postados no último domingo (22/8). Renan e Ana Cristina deram uma festa na mansão nova com a presença de influenciadores digitais como Diego Pupe, Bricia Helen e Duda Martins.

Mansão

Ainda segundo o Uol, o imóvel onde acontece a festa foi comprado por R$ 2,9 milhões em 31 de maio, alguns dias antes da mudança da família de Bolsonaro. O proprietário é Geraldo Antônio Machado, corretor que mora em uma casa modesta em Vicente Pires, a cerca de 30 km da propriedade.


Brasil 247

Freixo diz que Bolsonaro não tem força política para implantar uma nova ditadura


"O governo Bolsonaro é em si um golpe. Como está cada vez mais enfraquecido, ele tenta adensar mais o fanatismo e a radicalização política”

28 de agosto de 2021

Exército e o deputado Marcelo Freixo (Foto: Agência Brasil | Câmara dos Deputados)


Da Rede Brasil Atual – O deputado federal Marcelo Freixo (PSB-RJ) diz ser “inacreditável” o Brasil debater a possibilidade de um golpe por parte do presidente da República em pleno 2021. Segundo ele, diariamente Jair Bolsonaro atenta contra a democracia, participando, inclusive, da convocação de novos atos antidemocráticos para 7 de setembro.

Em entrevista ao jornalista Juca Kfouri, no Entre Vistas, da TVT, Freixo afirma que Jair Bolsonaro tem como objetivo destruir a materialização da vitória contra um período sombrio da história brasileira: a criação da Constituição Federal de 1988. “É exatamente ela que está ameaçada pelo governo Bolsonaro”, aponta o parlamentar.

“A gente vê a tentativa de anular a Constituição de 1988. Bolsonaro é um projeto de extrema-direita que tenta anular a resposta principal ao golpe de 1964. O governo Bolsonaro é em si um golpe. Isso não significa que ele vai repetir a ditadura, porque não tem força política. Como está cada vez mais enfraquecido, ele tenta adensar mais o fanatismo e a radicalização política”, explicou Marcelo Freixo.

Disputa pelo 7 de setembro

Bolsonaro e seus apoiadores marcaram manifestações em todo o Brasil para o próximo dia 7, com o objetivo de intimidar instituições como o Supremo Tribunal Federal (STF). Por outro lado, movimentos sociais articulam, no mesmo dia, novos atos da Campanha Nacional Fora Bolsonaro.

O deputado federal não acredita que ocupar as ruas contra Bolsonaro, num dia de extrema tensão, seja positivo. Na avaliação de Freixo, o presidente mira uma “democracia fragilizada” e as articulações progressistas e de esquerda precisam estar ao lado das instituições, sem entrar em qualquer tipo de enfrentamento físico, o que faria parte do “jogo da extrema-direita”, como ele define.

“Não podemos disputar a defesa da democracia no campo do Bolsonaro. O 7 de setembro vai marcar mais uma ruptura democrática e outro enfraquecimento de Bolsonaro, então não é um momento de fazer outro ato contra ele. Há vídeos falando sobre invasão ao Congresso e ao Supremo, e não podemos estar nesse cenário. Nosso lugar é na democracia e ao lado das instituições, ou seja, não se pode dar palanque a uma falsa simetria. Nós não podemos cair numa isca tão previsível como essa”, apontou o parlamentar.

A milícia e o bolsonarismo

Marcelo Freixo também falou sobre suas perspectivas ao longo prazo e a necessidade de derrubar o fascismo nas eleições de 2022. O deputado acredita que desidratar o movimento bolsonarista será um trabalho mais demorado, após dar o primeiro passo: vencer Bolsonaro nas urnas.

“É a primeira vez que a extrema-direita vence uma eleição. Ela já existiu, desde o integralismo, mas nunca teve mais de 10%. Agora, ela venceu e pode disputar de novo em 2022. Por isso, precisamos ter responsabilidade e um projeto de país. Derrotar o bolsonarismo não é possível agora, mas precisamos reduzir o efeito dele para voltar aos seus 10% anteriores. Derrubar o voto impresso foi um passo, as eleições de 2022 serão mais um e, depois, será preciso criar uma comunicação capaz de reduzir o bolsonarismo”, finalizou. Confira:


Brasil 247

Família Bolsonaro multiplica dinheiro, diz Manuela D'Ávila


Ela questionou a mudança de Jair Renan e Ana Cristina Valle para uma mansão de R$ 3,2 milhões em Brasília, sem que ambos tenham renda para isso

28 de agosto de 2021

(Foto: Felipe L. Gonçalves/Brasil247)


247 – Manuela D'Ávila, liderança do PCdoB, questionou a inexplicável mudança de Jair Renan, filho de Jair Bolsonaro, e sua ex-mulher Ana Cristina Valle, sua ex-mulher, para uma mansão de R$ 3,2 milhões, sem que qualquer um dos dois disponha de renda para isso, o que evidencia que o clã Bolsonaro dispõe de mecanismos clandestinos para pagar suas despesas.


Brasil 247

sexta-feira, 27 de agosto de 2021

Giro de Lula pelo Nordeste amplia base política do petista e costura alianças para 2022


Lula fragmenta base de Bolsonaro e volta do Nordeste com apoio de líderes de PP e PSD. Em 12 dias de visitas à região, o ex-presidente conversou com diferentes setores organizados, entre estes empresários, movimentos sociais e segmentos evangélicos

27 de agosto de 2021

Lula em encontro com movimentos sociais em Fortaleza (CE) (Foto: Ricardo Stuckert)


247 - O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) encerrou nesta quinta-feira (26) sua viagem de 12 dias por seis estados do Nordeste e deixou a região com o apoio público de líderes locais de siglas como PP e PSD já no primeiro turno das eleições presidenciais de 2022.

A direção do PT avalia que Lula cumpriu a missão a que se propôs com a viagem: retomar contatos com antigos aliados, refazer pontes e pavimentar apoios para 2022, seja no primeiro ou no segundo turno.

Legendas como PSB e MDB estiveram no centro das conversas políticas no Nordeste. Mas também houve avanço no diálogo com PSD e PP, além de tratativas pontuais com legendas como Cidadania, PV, Podemos e até mesmo com setores do PDT, informa reportagem da Folha de S.Paulo.

No seu giro nordestino, o ex-presidente conversou também com diferentes setores organizados, entre estes empresários, movimentos sociais e segmentos evangélicos.


Brasil 247

Centrão já admite derrota de Bolsonaro em 2022

O grupo direitista apelidado de centrão se divide na avaliação das chances de Jair Bolsonaro em 2022 e setores de peso já admitem que ele não será reeleito

          27 de agosto de 2021

Arthur Lira, líder do centrãl, e Jair Bolsonaro (Foto: ABr)



247 - O centrão está dividido sobre a disputa eleitoral de 2022. Uma importante ala do bloco avalia que a chance de o presidente conquistar o segundo mandato está cada vez mais distante.

Em conversas reservadas, o núcleo do Progressistas, partido do presidente da Câmara, Arthur Lira (AL), e do ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira, tem traçado o cenário de derrota de Bolsonaro e aposta que a eleição para o Palácio do Planalto pode até mesmo ser decidida no primeiro turno, informa O Estado de S.Paulo.

Com inflação, juros e desemprego em alta, a população sente os efeitos da deterioração econômica e do aumento do preço dos alimentos, do gás de cozinha, da conta de luz e da gasolina. A insatisfação popular se alastra e isto não é uma situação passageira.

Esse cenário é agravado por uma nova onda da pandemia, crise hídrica e ameaças antidemocráticas e golpistas de Bolsonaro.

Tudo isso leva pessimismo às fileiras dos partidos do centrão e à avaliação de que Bolsonaro será derrotado em 2022.


Brasil 247

quinta-feira, 26 de agosto de 2021

Noam Chomsky ao 247: império americano continua "esmagador", mesmo após ...



Brasil 247

TV GGN 20H, A CONTAGEM REGRESSIVA PARA O CONFRONTO COM PMs



TV GGN

Lula dispara contra Bolsonaro: "Brasil não merecia alguém tão ignorante, tão incivilizado"


Em discurso na Bahia, ex-presidente apontou quem tem responsabilidade pela chegada de Bolsonaro ao poder. "Sabemos quem é o culpado: o ódio contra Dilma na campanha de 2014, a cassação injusta dela com o impeachment, a tentativa de destruir minha imagem"

25 de agosto de 2021

Lula (Foto: Reprodução)


247 - Em mais uma etapa de sua viagem pelo Nordeste, o ex-presidente Lula participou na noite desta quarta-feira (25) de um encontro com movimentos sociais e lideranças políticas da Bahia e disparou contra Jair Bolsonaro, um presidente "incivilizado", segundo o petista.

Lula apontou quem são os responsáveis pela chegada de Bolsonaro ao poder: aqueles que deram um golpe contra a ex-presidente Dilma Rousseff em 2016 e promoveram uma perseguição judicial contra ele nos anos seguintes.

"O Brasil não merecia alguém tão ignorante, tão incivilizado. O Brasil não merecia alguém que não é capaz de fazer um discurso de três minutos porque não tem argumento, e por isso ele é obrigado a fazer fake news e contar seis mentiras por dia. Não merecemos isso e sabemos quem é o culpado disso: o ódio contra Dilma na campanha de 2014, a cassação injusta dela com o impeachment, a tentativa de destruir minha imagem perante a opinião pública", afirmou.

Brasil: pária internacional

O petista falou do desgaste da imagem brasileira no exterior promovida pelo atual governo e ironizou a visita do presidente da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embaló, a Bolsonaro. "Não tem um presidente civilizado que queria vir aqui, e não tem nenhum presidente civilizado que queira recebê-lo [Bolsonaro]. Ontem ele precisou mandar um avião da FAB buscar o presidente da Guiné-Bissau, que é igual ele, de extrema direita. O Bolsonaro mandou buscar ele para poder colocar na biografia dele que ele recebeu um presidente da República. O nosso país não merece essa humilhação, não merece ser tratado como uma 'republiqueta'. Nosso país é muito grande, nós já fomos a sexta economia do mundo"

Ainda na temática internacional, Lula disse que, se eleito, voltará a priorizar as relações do Brasil com a África e a América do Sul. "A ganância da elite brasileira é uma só: se submeter aos caprichos norte-americanos, tanto é que nosso presidente bateu continência para a bandeira americana. Se a gente voltar a governar esse país, a gente vai voltar a ter uma relação privilegiada e prioritária com o continente africano, a gente vai fortalecer a América do Sul."

"Estou convencido de que nós poderemos reconstruir esse país e voltar a fazer esse país ser respeitado no exterior", disse também


Brasil 247

Folha ataca Lula em editorial e contesta as suas vitórias judiciais


Jornal da família Frias minimiza o significado das vitórias judiciais de Lula e sinaliza que jogará artilharia pesada contra o ex-presidente durante a campanha

26 de agosto de 2021

Ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (Foto: Ricardo Stuckert)


247 – Embora o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva já tenha conseguido 17 vitórias judiciais em processos montados para destruir sua reputação e garantir a ascensão de um governo de caráter fascista no Brasil, que executa um choque neoliberal, o jornal Folha de S. Paulo sinaliza, em seu editorial desta quinta-feira, que tratará Lula não como inocente, que foi preso político e passou 580 dias encarcerado a partir da decisão de um ex-juiz declarado suspeito pelo Supremo Tribunal Federal, mas como um inimigo.

"Uma sequência de vitórias judiciais abriu o caminho para uma nova candidatura presidencial de Luiz Inácio Lula da Silva, mas está longe de dirimir as questões sobre o passado e o futuro do líder petista", escreve o jornal dos Frias. No texto, o jornal cria seu próprio tribunal e minimiza a presunção de inocência de Lula. "Lula, como qualquer cidadão, deve ser considerado inocente até prova em contrário. Mas Lula é também candidato em potencial ao Planalto, e não um candidato qualquer. Hoje, lidera as pesquisas. Se vier a participar da disputa, como parece muito provável, os eleitores não disporão de um veredito da Justiça a respeito de suas relações com empreiteiras que fizeram negócios lícitos e ilícitos com seu governo. Não houve reexame de provas e depoimentos, e dificilmente haverá tempo para tal", aponta o texto. "É um fardo pesado para um candidato, e não menos para um possível presidente."


Brasil 247

terça-feira, 24 de agosto de 2021

“Brasil pode ser do tamanho dos sonhos de Getúlio”, diz Lula, 67 anos depois de seu suicídio


“Quando vocês verem o preço da gasolina ou uma mãe de família sem dinheiro para comprar um botijão de gás, lembrem que esse país pode e precisa ser do tamanho dos sonhos de Getúlio. E não o pesadelo mesquinho de Paulo Guedes e Bolsonaro”, disse o ex-presidente em Natal

24 de agosto de 2021

Getúlio Vargas, Lula (Foto: Ricardo Stuckert)


247 - De passagem por Natal (RN) nesta terça-feira (24), o ex-presidente Lula (PT) falou que “o Brasil pode ser do tamanho dos sonhos de Getúlio”, no dia que marca 67 anos do suicídio do ex-presidente.

“Estou em Natal hoje, 24 de agosto, 67 anos da morte de Getúlio Vargas. É triste ver que estão liquidando o legado da Petrobrás, que Getúlio criou em 53, numa grande luta do povo brasileiro pela soberania”, postou Lula no Twitter.

“Quando vocês verem o preço da gasolina ou uma mãe de família sem dinheiro para comprar um botijão de gás, lembrem que esse país pode e precisa ser do tamanho dos sonhos de Getúlio. E não o pesadelo mesquinho de Paulo Guedes e Bolsonaro”, acrescentou.

Em um evento à noite na capital do Rio Grande do Norte, o petista voltou a falar sobre a data e o legado do estadista. “Há 67 anos Getúlio Vargas dava um tiro no coração”, lembrou, recordando ainda seu passado na política. “Eu nasci no movimento sindical, era crítico de Getúlio, demorei muito tempo pra entender a importância dele. Um homem que foi responsável pela consolidação dos direitos trabalhistas do povo desse país”.

Leia a carta de suicídio de Getúlio Vargas comentada pela jornalista Denise Assis.


Brasil 247

Chico Buarque e Carol Proner decidem se casar


O músico e a jurista se relacionam desde 2017

24 de agosto de 2021

(Foto: Ricardo Stuckert)


247 – O cantor e compositor Chico Buarque e a jurista Carol Proner decidiram se casar. "Os nomes do cantor e compositor e da professora da UFRJ (Universidade Federal do Rio) aparecem no Diário Oficial da Justiça do Rio, que anuncia a intenção do casal. A publicação foi feita pelo cartório do 3º Distrito de Petrópolis, na região serrana do Rio, e foi feita na semana passada. A oficial registradora, Patricia Baranda, afirma que todos os documentos exigidos por lei foram apresentados", informa o site F5."

Chico é pai de Helena, Sílvia e Luísa, as três do casamento com Marieta Severo, 74. Carol Proner é mãe de Francisco, 21, e Bárbara, 20", informa o F5.


Brasil 247

Após ataque grosseiro a Lula, Bial pede a Haddad para intermediar entrevista com ex-presidente


Em participação no Manhattan Connection em abril, Pedro Bial disse que precisaria de um polígrafo para entrevistar Lula

Por Plinio Teodoro 24 ago 2021 

Fernando Haddad e Pedro Bial (Reprodução)


Após ataque grosseiro, dizendo que teria que ter um polígrafo para entrevistar Lula durante participação no programa Manhattan Connection, Pedro Bial pediu ao ex-prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), para intermediar um convite para entrevistar o ex-presidente petista em seu programa na Globo.

O convite aconteceu ao final da entrevista de Haddad na noite desta segunda-feira (23).

“Professor, primeiro quero agradecer a sua elegância e gentileza de sempre, mas eu queria fechar essa conversa quem sabe abrindo portas para uma outra conversa. Você sabe que quando eu fui estrear esse programa no início de 2017, sabe quem foram os dois primeiros convidados pra esse programa? Um foi o Fernando Henrique. E o outro…?”, perguntou Bial. “Imagino que o Lula”, respondeu Haddad. “Então”, seguiu Bial, “o convite continua em aberto”.

De forma educada, Haddad afirmou que “farei chegar a ele, com toda a certeza”.

Polígrafo

Em entrevista ao Manhattan Connection no dia 14 de abril, Bial fez piadinha com o nome do ex-presidente para agradar a bancada do programa, que até então tinha como um dos âncoras Diogo Mainardi.

Indagado por Lucas Mendes se haveria algum convidado que negou ir ao Programa do Bial, o apresentador da Globo disse que Lula aceitou participar de entrevista no talk show, desde que seja feita ao vivo.

“O Lula já até disse que gostaria de fazer o programa comigo, mas tinha que ser ao vivo. Pode até ser ao vivo, mas teria que ter um polígrafo acompanhando todas as falas dele”, disse Bial (veja o vídeo aqui).

Com a repercussão negativa, Bial escreveu um artigo, publicado na Folha de S.Paulo, em que conta uma longa para tentar justificar a agressão.

No texto, o jornalista recorda que “o ex-presidente disse que queria falar para mim, mas só se fosse ao vivo, pois não tinha confiança na minha edição. Conheço Lula há 40 anos, já o entrevistei algumas vezes, apenas uma ao vivo, quando fez suas primeiras declarações como presidente eleito, ao ‘Fantástico’, em 2002”.

A seguir, ele diz que “grosseria é pressupor malícia e ousar impor condições como ‘só faço ao vivo, não confio na edição’”.

“Não, o caso é pessoal. Lula sabe muito bem que já mentiu a meu respeito. A verdade está registrada, há provas e testemunhas”, escreve o apresentador.


Forum

"Acredite quem quiser em diálogo com Bolsonaro", aponta editorial da Folha


Jornal indica o risco de tentativa de golpe no feriado de Sete de Setembro

24 de agosto de 2021

(Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil | Ricardo Stuckert)


247 – "Crescem as tensões em torno dos atos relacionados ao feriado do Dia da Independência, enquanto o presidente da República se mantém empenhado no conflito institucional e manifestações extremistas de seus seguidores vêm à tona. Especialmente alarmante é o caso do coronel Aleksandro Lacerda, líder de sete batalhões da PM paulista, a fazer descarada pregação política em rede social, beirando a apologia da violência ao chamar sua audiência às ruas", aponta editorial da Folha de S. Paulo, publicado nesta terça-feira.

"Já o mundo político ainda hesita em uma resposta mais dura aos arreganhos bolsonaristas. Não está claro, até aqui, como o Senado deliberará sobre a indicação de André Mendonça ao Supremo; o presidente da Casa, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), indicou que pretende dar nova chance a um encontro entre os chefes dos Poderes. Reunidos nesta segunda (23), os governadores também preferiram uma atitude acomodatícia, defendendo o entendimento entre as cúpulas de Executivo, Legislativo e Judiciário para superar a crise. Percebem-se a cautela e a preocupação em não acirrar ainda mais os ânimos, mas acredite quem quiser em diálogo com Bolsonaro", finaliza o editorialista.


Brasil 247

Grupo Prerrogativas alerta para ameaça de sublevação das PMs e escalada de ataques à democracia


Em nota, o grupo de advogados e juristas alertou que ações do governo Bolsonaro ​acarretam riscos à democracia e são ofensivas ao Estado de Direito

24 de agosto de 2021

Polícia Militar de São Paulo (Foto: Diogo Moreira)


247 - O grupo Prerrogativas, que inclui juristas, advogados, professores, pareceristas e ex-membros do Ministério Público, divulgou nota nesta segunda-feira (23) alertando para os riscos da escalada de atos ofensivos ao Estado de Direito praticados pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e seus apoiadores, informa a jornalista Mônica Bergamo em sua coluna na Folha de S.Paulo.

"Não bastassem as reiteradas ameaças dirigidas por Bolsonaro ao STF, culminadas pela abusiva e irresponsável apresentação ao Senado de pedido de impeachment do ministro Alexandre de Moraes, surgem agora sinais de que o presidente da República está engajado em fomentar a sublevação de oficiais das polícias militares em favor de seus delírios golpistas", afirma o Prerrogativas.

Nesta segunda-feira (23), o chefe do Comando de Policiamento do Interior-7 (CPI-7), coronel Aleksander Lacerda, foi afastado de suas funções depois de convidar "amigos" para a manifestação bolsonarista do dia 7 de setembro em Brasília.

O Prerrogativas diz que é "intolerável" que as forças policiais "sejam insufladas a tomar parte em manifestações contrárias à integridade das instituições de Estado".

"É hora de repelir, de uma vez por todas, o golpismo corrosivo da nossa Democracia e da nosso regime constitucional! O Brasil precisa de uma agenda de reconstrução e não de destruição dos seus laços sociais, políticos e institucionais", destaca a nota.

Leia a íntegra da nota do Prerrogativas:

"Em sua constante defesa da estabilidade democrática, o grupo de juristas Prerrogativas, composto por profissionais e docentes da área jurídica, vem alertar a sociedade brasileira para a escalada de atos gravemente ofensivos ao Estado de Direito, praticados pelo presidente da República e por seus apoiadores.

Não bastassem as reiteradas ameaças dirigidas por Bolsonaro ao STF, culminadas pela abusiva e irresponsável apresentação ao Senado de pedido de impeachment do ministro Alexandre de Moraes, surgem agora sinais de que o presidente da República está engajado em fomentar a sublevação de oficiais das polícias militares em favor de seus delírios golpistas.

Assim como não há pertinência constitucional a retaliações contra o legítimo exercício da jurisdição pelos magistrados do Supremo, é intolerável que as forças policiais dos estados da Federação sejam insufladas a tomar parte em manifestações contrárias à integridade das instituições de Estado.

Ao agir dessa maneira, Bolsonaro trai abertamente o compromisso obrigatório que os chefes de Estado devem observar ante à Constituição da República, que assegura a intangibilidade do Poder Judiciário e a autonomia federativa dos estados-membros. As atitudes subversivas de Bolsonaro e de seus apoiadores buscam deteriorar a autoridade do STF e dos governadores.

É hora de sairmos em defesa da autêntica institucionalidade democrática, fundada na soberania popular, e do nosso sistema federativo. É hora de repelir, de uma vez por todas, o golpismo corrosivo da nossa Democracia e da nosso regime constitucional! O Brasil precisa de uma agenda de reconstrução e não de destruição dos seus laços sociais, políticos e institucionais."


Brasil 247

segunda-feira, 23 de agosto de 2021

No Ceará, Lula encontra Cid Gomes e o chama de “companheiro de luta”


“Dividimos uma longa caminhada em defesa da democracia e de um projeto de inclusão. E compartilhamos a preocupação com o momento que atravessa nosso país”, comentou o ex-presidente. Mais cedo, ele divulgou seu encontro com o tucano Tasso Jereissati

23 de agosto de 2021

Lula encontra Cid Gomes acompanhado de Camilo Santana (Foto: Ricardo Stuckert)


247 - Depois de se reunir por cerca de uma hora com o senador tucano Tasso Jereissati, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se reuniu também nesta segunda-feira (23) em Fortaleza com o senador Cid Gomes (PDT-CE), irmão de Ciro, que deve disputar a presidência com Lula em 2022 e que vem intensificando ataques ao petista.

A foto com o senador do PDT foi publicada nas redes sociais de Lula na noite desta segunda, junto com a seguinte mensagem: “Hoje reencontrei um companheiro de luta em Fortaleza: o senador Cid Gomes. Uma boa conversa. Dividimos uma longa caminhada em defesa da democracia e de um projeto de inclusão. E compartilhamos a preocupação com o momento que atravessa nosso país”. O governador Camilo Santana (PT) também estava presente no encontro.

Mais cedo, na foto com Tasso Jereissati, Lula comentou: “Diálogo importante com o senador @tassojereissati hoje em Fortaleza. Democracia no centro da discussão. Os democratas desse país têm a responsabilidade e o desafio de resgatar a civilidade na política brasileira pelo bem do Brasil”.

Em sua passagem pelo Ceará, o ex-presidente também esteve com o ex-presidente do Senado Eunício Oliveira (MDB-CE).

No sábado (21), durante visita ao Porto do Pecém, em São Gonçalo do Amarante, na região metropolitana de Fortaleza, Lula disse que está disposto a conversar com Ciro.

“Minha mãe me dizia para não brigar, por isso se um não quer, dois não brigam. Estou aberto a conversar com quem quiser falar comigo. Respeito muito o Ciro, mas entendo que meus adversários me critiquem. Se ele for na televisão e falar bem, eu ganho a eleição”, declarou.


Brasil 247