TV 247
domingo, 30 de janeiro de 2022
sexta-feira, 28 de janeiro de 2022
"A elite acha normal que 1% da população concentre um terço da renda nacional", diz José Dirceu. "O País vai explodir", adverte
Em entrevista ao Sua Excelência, O Fato, na TV 247, ex-ministro da Casa Civil de Lula defende alianças amplas por governabilidade e mudanças urgentes em 2023
28 de janeiro de 2022
Reprodução | ABr (Foto: Reprodução | ABr)
247 – “É possível mudar o Brasil. A imensa maioria dos brasileiros sabe que o principal problema do Brasil é a desigualdade social, que vem da concentração de renda”, diz José Dirceu, advogado, militante do PT, como ele se identificou no card do programa Sua Excelência, O Fato, que foi ao ar ao vivo na TV 247 na última 3ª feira, 25 de fevereiro, às 10h e tem link para a íntegra no final deste texto. E segue, na altura dos 20min da entrevista, revelando quão afiada está a percepção que tem do País e da conjuntura: “Tem que taxar os ricos. E o problema se agrava quando fechamos o foco nas mulheres e na maioria de negras e negros. Vem aí também uma geração 1995/2005 que vai começar a votar. A minha filha, que nasceu em 2010, vai votar em 2026. Essa geração não aceita esse establishment político. Não aceita essa situação social do Brasil. Ela já começou a se manifestar na eleição de 2020. Haverá uma mudança no Brasil. A elite brasileira não vai poder dormir em paz. Se ele está achando que o problema é o Lula, o PT, ela está completamente enganada. O problema do Brasil é o Brasil.”
Para Dirceu, que foi ministro da Casa Civil de Lula, foi deputado federal e presidiu o Partido dos Trabalhadores, “é estultice querer dizer que é normal ter um País onde 1% da população fica com ⅓ da renda e 50% da população com apenas 10% a renda nacional”. Segundo ele, “não há nenhum País com a potência que o Brasil é”. E alerta: “O que eles (as elites) estão fazendo com o Brasil, historicamente falando aqui, é inacreditável. Em dois governos você põe a Educação brasileira com ensino integral – toda ela – e põe a nossa Educação no Século 21. Ela está no Século 20 ainda. Sem uma revolução científica, educacional, tecnológica, nós não vamos a lugar nenhum”.
José Dirceu chama atenção para a total falta de compromisso da elite nacional para com o futuro do Brasil. “Eu não vejo nas elites brasileiras nenhum sentido nacional, nenhum sentido de projeto de País. Estão mudando para Miami. Estão gastando o que ganharam no rentismo, em Miami. Eu pergunto: onde estão os líderes políticos e os líderes empresariais brasileiros que vão pensar o Brasil? Mesmo que seja num pacto, com concessões nossas e deles… agora, se nós não avançarmos, com essas reformas básicas, se eles persistirem nesse modelo, o País vai explodir. É uma ilusão deles. Vai cair na cabeça deles”.
Dirceu defende a legitimidade das negociações e pactos de Lula
“O que nós precisamos é fazer campanha eleitoral e ganhar a maioria na Câmara e no Senado. Sem isso, não se vai a lugar nenhum”, explicita o ex-ministro e ex-presidente do PT, para quem as negociações e alianças que o ex-presidente Lula vem construindo estão corretas. “Nós estamos perdendo muito tempo com a discussão do vice do Lula. Perdendo muito tempo com essa discussão. Se nós queremos mudar o Brasil, todos aqueles que são militantes, ou que têm consciência política, cidadãs, cidadãos, têm que convencer a maioria da população a votar em deputados e senadores de nosso campo”.
Dirceu alerta que, além de urgentes, as mudanças passam por uma Reforma Política que vê como essencial para evitar a “explosão” do Brasil. “É só olhar para Brasília, olhar o que está acontecendo no Orçamento do País, as emendas impositivas, o Orçamento secreto, não vou nem falar do bolsonarismo, do negacionismo, do obscurantismo, do fundamentalismo”, diz. E prossegue: “tem que mudar o Parlamento! Inclusive, para poder mudar as instituições. Tem que fazer Reforma Política. Esse sistema político vai apodrecer. Vai cair de podre. Achar que não vai acontecer nada no Brasil, que as novas gerações vão aceitar essa encenação patética que nós assistimos em Brasília? Sobre o Orçamento do País?”
A partir desse ponto da entrevista, José Dirceu aborda a urgente e necessária repactuação tributária. “O País já não tem recursos, já enfrenta dificuldades, já acumulou uma dívida que só cresce por causa da política de juros, por causa do cartel bancário. Por causa do rentismo. Porque a Europa toda paga juro negativo, senão a Itália, o Japão, por exemplo, já tinham quebrado há muito tempo. Até os Estados Unidos tinham quebrado”, diz ele. “Então a minha visão é essa: nós temos de nos concentrar para dar a Lula aquilo que ele precisa para fazer as reformas que o Brasil exige. Mesmo que tenha que se pactuar, negociar… aliás, o Lula sempre pactuou, sempre negociou, sempre procurou o consenso progressivo, nunca retaliou adversário a não ser na disputa eleitoral. Aí, nós tivemos que derrotar os que, por exemplo, não aprovaram a CPMF… desses, só um se elegeu. Dos sete ou oito que foram contra a CPMF. Mas, não houve retaliação no governo, não como o bolsonarismo faz”.
“Eu não vejo o Lula assumindo a Presidência da República para não fazer mais e melhor”, deixa claro o ex-ministro da Casa Civil. “E, também, para deixar de atender à expectativa e ao anseio do povo brasileiro. Senão, ele não precisa ser presidente da República”, diz. “Ele pode apoiar alguém, eleger alguém, e dizer que cumpriu o papel dele. O Lula está enfrentando o desafio que está enfrentando, com a idade que nós temos, eu faço 76 anos agora em março, igual a ele, porque ele tem um compromisso com o povo brasileiro, com os pobres, com os deserdados deste País, com os trabalhadores, com esses todos que estão na expectativa de ter um governo, como ele diz, que volte a pôr o povo no Orçamento e os ricos no imposto de renda”.
Dirceu enfatiza duramente as diferenças de renda da população brasileira. “Querem achar que é normal 1% da população ter um terço da renda? E 50% com apenas 10%? Eles querem entrar para a OCDE (Organização de Cooperação para o Desenvolvimento Econômico, conhecido como ‘Clube dos Ricos’ para o qual o Brasil foi formalmente convidado na última semana, com regozijo do governo Bolsonaro) né? Querem fazer tudo igual à OCDE… o Sistema Financeiro, a Lei de Patentes, a abertura comercial, tudo no modelo OCDE. Mas, quando chega na questão tributária eles não querem copiar o modelo da OCDE”, ironiza. E prossegue: “Eu quero o modelo tributário da OCDE no Brasil. Já dá ao governo parte da renda nacional para ciência, tecnologia e educação. Para combater a pobreza e a miséria. Porque nós provamos que não há como crescer no mundo de hoje sem distribuição de renda. Com pré-distribuição de renda, até”.
Revelando uma capacidade ímpar de fazer análise e síntese da situação nacional, Dirceu propõe: “tem que fazer uma distribuição de renda para a economia voltar a se movimentar. E os bancos públicos? Qual o País do mundo que tem quatro, cinco bancos públicos? Com a metade da capacidade de empréstimo e do ativo bancário nas mãos de bancos públicos? E não usa isso a favor do desenvolvimento? Qual o País que tem uma empresa como a Petrobras? Todas as empresas estão virando empresas de energia. A Petrobras era uma empresa de energia. Reduziram a Petrobras a uma empresa de produzir petróleo, apenas. Uma coisa que daqui a 30, 40 anos, vai ser secundário, produzir petróleo.... Em vez de nós avançarmos, estamos retrocedendo”, adverte de forma dura e séria. E prossegue: “Deram a renda do petróleo, fabulosa, para 15 grupos econômicos. Para dois milhões de investidores do Brasil e de fora… uma renda que poderia estar resolvendo o problema social do Brasil. Resolvendo nossos impasses ambientais, financiando o passivo em ciência e tecnologia. Essa renda toda… eles expropriam a renda nacional da classe trabalhadora e pagam o juro pro rentismo. Não é que depois volta pro trabalhador”.
Na altura dos 35min da entrevista, José Dirceu é claro e direto em relação ao processo de negociação ampla, ao centro, que vem sendo empreendido pelo ex-presidente Lula. “Temos uma longa e dura disputa eleitoral pela frente. Não podemos cometer o erro de não ampliar ao máximo o apoio ao Lula”, adverte. “Com diálogo, conversar inclusive com os adversários, Porque nós vamos ter que construir pontes para poder governar e resolver os principais problemas do País nos primeiros meses de governo porque a expectativa será enorme”.
Brasil 247
Kennedy: Moro tem a cara de pau de dizer que não enriqueceu
Segundo o jornalista Kennedy Alencar, se o ex-juiz parcial "fosse medido pela régua que usou na Lava Jato, tava bem lascado”
28 de janeiro de 2022
Reprodução (Foto: Reprodução)
247 - O jornalista Kennedy Alencar comentou nas redes sociais, nesta sexta-feira, 28, sobre o enriquecimento do ex-juiz parcial Sergio Moro (Podemos), que revelou ter ganho R$ 3,5 milhões em um ano trabalhando pela consultora norte-americana Alvarez & Marsal, que ganhou dinheiro com as empresas falidas pela Lava Jato.
“E ainda tem a cara de pau de dizer que não enriqueceu. Em que país vive essa figura? Se fosse medido pela régua que usou na Lava Jato, tava bem lascado”, escreveu Kennedy no Twitter.
Brasil 247
"O contrato deve ser investigado", cobra José Eduardo Cardozo, após Moro divulgar em live pagamentos da Alvarez & Marsal
Ex-ministro da Justiça no governo Dilma Rousseff disse que "parece evidente que há conflito de interesses e o contrato deve ser investigado"
28 de janeiro de 2022
José Eduardo Cardozo e Sérgio Moro (Foto: ABr)
247 - Para o ex-ministro da Justiça do governo Dilma Rousseff, José Eduardo Cardozo, a revelação de quanto o ex-juiz suspeito Sergio Moro recebeu da Alvarez & Marsal, feita em live nesta sexta-feira (28), “não resolve o problema”. A empresa administra os escombros da Odebrecht, alvo da Lava Jato, operação confessadamente conduzida por Moro, que, por sua vez, foi depois contratado pela consultoria após a execução da operação.
Moro recebeu, no total, 690.000 dólares, recebeu algo como 3,7 milhões de reais na conversão do momento (18:35, 28 de janeiro). Tudo, segundo Moro, foi declarado. De acordo com informações divulgadas pelo jornalista Lauro Jardim, ele recebeu um total de US$ 656 mil nos doze meses de contrato com a consultoria, entre 23 de novembro de 2020 e 26 de novembro do ano passado.
“É um valor bastante elevado. Parece evidente que há conflito de interesses e o contrato deve ser investigado”, diz Cardozo, à revista Veja.
"Pode um juiz que julgou empresas e homologou delações premiadas de dirigentes dessas empresas atuar dando consultoria para a companhia que tem relação com as empresas julgadas por ele? Parece evidente que há conflito de interesses, em grau bem mais acentuado do aquele que Moro condenava quando isso acontecia com outras pessoas. O juiz Sergio Moro decretaria medidas de apuração desse contrato dele. Não só determinaria buscas e apreensões como também uma prisãozinha preventiva para que esse Sergio Moro consultor delatasse eventuais comparsas. Acho que o seu contrato deve ser investigado e essa divulgação não resolve definitivamente o problema".
Brasil 247
Encaminhada a solução com PSB e Alckmin, foco e desafio de Lula passam a ser levar o PSD para ampla coligação de 1º turno
Com Federação PT-PSB-PCdoB-PV em vias de ser sacramentada e cenário consistente de vitória em 1º turno, Lula concentrar energias para atrair PSD de Kassab
27 de janeiro de 2022
Por Luís Costa Pinto, do 247 – Eram poucos, entre líderes políticos da esquerda e da centro-esquerda, aqueles que acreditavam na disposição da presidente do PT, Gleisi Hoffmann, quando ela dizia ser verdadeiro e honesto o empenho pela consumação da Federação partidária com PSB, PCdoB e PV até a reunião das legendas na última quarta-feira 26 de janeiro. Eram muitos, entre esses mesmos líderes políticos da esquerda e da centro-esquerda, aqueles que preferiam dar ouvidos às duras reclamações e imposições públicas para a grande aliança postas à mesa de negociações pelo presidente do PSB, Carlos Siqueira.
Gleisi estava certa, Siqueira parece ter jogado pragmaticamente e corretamente. A Federação está desenhada, tem prevalência dos petistas em seu Conselho Político e está às vésperas de se constituir no ato juridicamente perfeito (inclusive, registrado em cartório civil como se fosse uma sociedade de fato, como exige a regulamentação das federações instituída pelo Tribunal Superior Eleitoral) por meio do qual o ex-governador paulista Geraldo Alckmin sacramentará sua entrada no PSB e a confirmará seu nome como candidato a vice-presidente da República na chapa encabeçada pelo ex-presidente Lula. Como em todas as eleições tudo que está pré-estabelecido vale até a visita do Sobrenatural de Almeida às coxias do teatro de operações da política, é esse o roteiro que está valendo.
Vencido o obstáculo da Federação, vamos ao PSD
Portanto, bem encaminhada a solução de Federação Partidária com o PSB, o PCdoB e o PV e definido o espectro do personagem Geraldo Alckmin no script de 2002, o “Lula Movimento” dedica-se a roteirizar um novo ato do grande drama brasileiro que nos tem a todos como sujeitos e espectadores de cena – como se estivéssemos em meio a uma apresentação de peça dirigida por José Celso Martinez Correa.
O novo ato, ora em esboço, é a integração do PSD de Gilberto Kassab a essa união de largo diapasão que o ex-presidente constrói já agora a fim de lhe permitir vencer no 1º turno a disputa presidencial e sentar na cadeira presidencial o mais rápido possível. O País está em ruínas, desgovernado, e não haverá tempo a ser desperdiçado com construção de maiorias ou agendas de convergências depois de janeiro de 2023. Elas têm de estar explícitas e definidas muito antes disso.
Kassab demarcou o espaço de sua legenda, o PSD, fundado depois da cisão do antigo PFL, em 2003, e o papel central que desempenharia nas negociações presidenciais, ao dizer há alguns meses ter a pretensão de lançar candidato próprio à Presidência. O ex-prefeito paulistano jamais levou a sério uma candidatura de seu partido. Porém, serviu-se dela – no caso, do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, a quem sentou no trono transitório e imaginário de “candidato”. Com isso, deu corda a arranjos regionais, estabeleceu os lances milimétricos para ampliar a bancada federal e se estabeleceu na boca do palco. Mesmo que não estabeleça Federação com nenhuma outra legenda, o PSD é candidato a sair das urnas proporcionais de 2022 (eleições para deputado federal e deputado estadual) como um dos partidos integrantes do primeiro pelotão.
Lula encontrará Gilberto Kassab nos próximos dias, em conversa remarcada por causa da convalescença do pessedista. Ele contraiu Covid-19 e só agora se recuperou. O ex-prefeito paulistano poderá anunciar – em minha opinião, a tendência é essa e ele deverá fazê-lo – a desistência de Pacheco do pleito nacional e uma aliança com o PT e sua Federação, aberta ou intrínseca, em diversos estados.
Eis as pedidas pessedistas sobre a mesa:
Em Minas Gerais, o rumo é o apoio dos petistas ao prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil. No Rio de Janeiro, o PT estará coligado com o PSB de Marcelo Freixo, para o governo estadual, porém, o prefeito carioca Eduardo Paes, do PSD, negocia apoio ao ex-prefeito de Niterói Rodrigo Neves (PDT) ou a candidatura própria do presidente da OAB Felipe Santacruz e pode passar a se movimentar sem maiores hostilidades do PT e de seus aliados fluminenses. Na Bahia, 4º maior colégio eleitoral do País, a determinação passaria a ser consolidar a chapa do senador Jaques Wagner (PT) ao governo e apoiar a reeleição de Otto Alencar (PSD) ao Senado. No Amazonas, raro estado onde Jair Bolsonaro ainda vence o petista, o PT pode apoiar o senador Omar Aziz (PSD), que deseja voltar ao governo local. De quebra, caso esse “argumento” de roteiro para o novo ato das alianças vingue, Rodrigo Pacheco pavimentaria uma tranquila reeleição como presidente do Senado no primeiro biênio da próxima legislatura, 2023-2025.
O ex-presidente Lula é hoje, ao mesmo tempo, roteirista, produtor, diretor e protagonista dessa espetacular peça de engenharia política cuja encenação testemunhamos – ora atônitos, pela genialidade e sofisticação da trama, ora surpresos e até indignados pelo tanto que nos exige de olhar para a frente sem mirar o retrovisor da História. Coisa assim, só vimos Juscelino Kubitscheck fazer, em 1955, ao perdoar os golpistas que queriam revogar-lhe o direito à posse, e Ulysses Guimarães e Tancredo Neves, na costura da Aliança Democrática de 1984/85.
Brasil 247
'Política externa do governo Bolsonaro é um desastre total', diz José Dirceu
Para o ex-ministro, os ataques à China e a obsessão em fazer o Brasil integrante da OCDE são fatores de preocupação no momento atual
28 de janeiro de 2022
Palácio do Itamaraty, sede da Diplomacia brasileira (Foto: Divulgação)
247 - O ex-ministro José Dirceu qualifica, em artigo publicado no Poder 360. como um “desastre total” a política externa do governo Jair Bolsonaro e que o momento é de preocupação com “duas linhas de atuação da atual direção do Itamaraty, pois elas podem ter consequências reais: a antichinesa e a obsessão em fazer o Brasil integrante da OCDE”.
“A 1ª, por enquanto, não passou de ataques irresponsáveis do presidente, de seus filhos e de sua rede de fake news contra a China, logo abortada pela reação do agronegócio e da própria ministra da Agricultura. Mas os ataques resultaram em gravíssimos prejuízos à imagem do Brasil, já desgastada pelo conjunto da obra do governo Bolsonaro, particularmente pela política antiambiental e de desmonte do Ministério do Meio Ambiente e de seus órgãos”, observa Dirceu no texto.
Ainda de acordo com ele, “ integração à OCDE vem, na prática, ocorrendo na área estratégica da abertura financeira e comercial. Significa que o Brasil está abrindo mão de sua condição de país em desenvolvimento, o que nem a China concorda em aceitar –e todos sabemos o nível de desenvolvimento econômico e científico alcançado pelos chineses”.
Brasil 247
Reinaldo diz que a única polarização se dá entre Lula e todos os outros
Colunista lembra que ex-presidente tem mais votos do que todos os demais e que oposição a ele espera um bárbaro que não existe
28 de janeiro de 2022
Reinaldo Azevedo e Lula (Foto: Reprodução)
247 – O colunista Reinaldo Azevedo apontou, em seu artigo desta sexta-feira, o nó da oposição ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que lidera todas as pesquisas e pode vencer em primeiro turno. "A única polarização na disputa presidencial se dá entre Lula (PT) e todos os outros, excetuando-se Ciro Gomes (PDT), já digo por quê. E é do tipo aritmética, não ideológica: o petista ou tem mais votos do que a soma dos adversários ou empata com eles. Tanto os candidatos de direita como os de extrema-direita —Bolsonaro e Sergio Moro— insistem, no entanto, em caracterizar o moderadíssimo ex-presidente como um radical de esquerda", escreve.
"Os direitistas e extremistas de direita que se opõem ao ex-mandatário desenharam a sua estratégia à espera de um bárbaro que não vai disputar a eleição", aponta ainda o colunista.
Brasil 247
PE: Lula tem 62% dos votos, Marília Arraes lidera corrida pelo Senado e Humberto Costa pelo governo, diz Vox Populi
Marília Arraes tem 26% das intenções de voto para o Senado e Humberto Costa 37% para assumir o governo de Pernambuco. PT lidera para todos os cargos
28 de janeiro de 2022
Lula (Foto: Ricardo Stuckert)
247 - O ex-presidente Lula (PT) tem 62% das intenções de voto dos pernambucanos para retornar à Presidência da República, mostra pesquisa Vox Populi, contratada pelo Partido dos Trabalhadores, divulgada nesta sexta-feira (28).
Após Lula aparecem Jair Bolsonaro (PL) com 14%, Ciro Gomes (PDT) com 6%, Sergio Moro (Podemos) com 2%, João Doria (PSDB) com 1% e Alessandro Vieira (Cidadania) com 1%. 10% responderam nenhum/branco/nulo e 4% não sabe/não respondeu.
Na disputa pelo governo do estado, o senador Humberto Costa tem a dianteira com 37% das intenções de voto. Na sequência estão Raquel Lyra (PSDB) com 17%, Clarissa Tércio (PSC) com 6%, Miguel Coelho (DEM) com 3% e Jones Manoel (PCB) e Danilo Cabral (PSB) com 1% cada.
O levantamento mostra ainda que o PSB tem muito a ganhar com o apoio de Lula a seu candidato ao governo. 47% dos entrevistados disseram que não votariam em alguém apoiado pelo atual governador, Paulo Câmara (PSB). Por outro lado, 35% disseram que 'votariam com certeza' em um nome apoiado por Lula.
Na corrida pela vaga no senado, a atual deputada federal Marília Arraes (PT) lidera com 26% das intenções de voto, seguida por Anderson Ferreira (PL) com 9%, Eduardo da Fonte (PP) com 6%, André de Paula (PSD) com 5% e Silvio Costa Filho (Republicanos) com 3% e Gilson Machado com 3%. Nenhum/branco/nulo são 25%, e não sabe/não respondeu, 23%.
A pesquisa foi realizada entre 22 e 24 de janeiro e ouviu 800 pessoas presencialmente. A margem de erro é de 3,5 pontos percentuais para mais ou para menos e o nível de confiança de 95%. O levantamento está registrado nos sistemas do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o número PE-00374/2022.
Brasil 247
quarta-feira, 26 de janeiro de 2022
Gaspari compara movimentos de Lula aos de Tancredo e vê isolamento dos adversários
Colunista diz que movimentos do ex-presidente em direção ao centro podem consolidar sua vitória
26 de janeiro de 2022
Lula (Foto: Ricardo Stuckert)
247 – O colunista conservador Elio Gaspari compara os movimentos do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva aos de Tancredo Neves, em 1984, que conseguiu criar uma unidade em torno de seu nome para que o Brasil saísse da ditadura militar. "Forte nas pesquisas, acenando com Geraldo Alckmin na vice, buscando conversas com a dissidência tucana, com Marina Silva e com figuras do agronegócio, Lula está um passo à frente de seus adversários que tentam construir uma alternativa à polarização com Bolsonaro. O ex-presidente acredita ter neutralizado as restrições que sua base fazia à marcha em direção ao centro, e mesmo a 'setores da centro-direita'. Aberta essa porta, trará novas surpresas", escreve Gaspari, em sua coluna desta quarta-feira na Folha.
"Coisa parecida só aconteceu em 1984, quando Tancredo Neves reciclou a frente que pedia eleições diretas, transformando-a num movimento a favor de sua indicação pelo Colégio Eleitoral. A raposa mineira conseguiu um milagre: pela primeira vez na história do Brasil a conciliação partiu da oposição", pontua.
Gaspari diz ainda que Lula se colocou à frente dos postulantes que estão na pista e que João Doria e Sergio Moro parecem engessados. "A marcha de Lula para o centro dá-lhe o conforto de contribuir para o isolamento de Bolsonaro. A carta que o conservadorismo nacional tirou da manga em 2018, sonhando com as reformas liberais de Paulo Guedes, está reduzida hoje a um governante que orienta e é orientado pela superstição da cloroquina e pelo receituário do doutor Marcelo Queiroga", finaliza.
Brasil 247
Nassif estima que Moro pode ter recebido cerca de R$ 215 mil por mês da Alvarez & Marsal
Cálculo foi feito a partir da contratação de outro executivo para função semelhante
26 de janeiro de 2022
247 – "Recentemente, um executivo da KPMG foi contratado pela Alvarez & Marsal para um cargo equivalente ao que foi oferecido ao ex-juiz Sérgio Moro. O ganho anual é entre US$ 350 mil e US$ 500 mil – algo entre R$ 150 mil e R$ 215 mil mensais", escreve o jornalista Luis Nassif, no GGN.
"Não se sabe ainda se terá participação na Sociedade de Propósito Específico (SPE), criada pela Alvarez para captar recursos para a compra de empreiteiras brasileiras. Nos últimos meses, fundos estrangeiros foram procurados para capitalizar empreiteiras brasileiras. Para tanto, seria preciso que todas as práticas criminosas estivessem mapeadas, permitindo criar uma nova empresa com a parte boa, deixando as partes podres para os acionistas originais. Outra condição é que uma das Big4 (Ernest Young, Deloitte, Price ou KPMG) assumissem a auditoria. Daí a relevância de Moro como sponsor – espécie de avalista da operação", prossegue Nassif.
Brasil 247
domingo, 23 de janeiro de 2022
100 anos de Brizola e onde ele ainda nos toca forte
Vacilei vários dias antes de acertar o tom em que devia escrever sobre o centenário de Leonel Brizola, neste sábado.
Como não sou historiador ou sociólogo, mas – depois de 20 anos de convívio diário, creio que já tenho o direito de dizê-lo – um companheiro de suas lutas só posso dar o testemunho do que vi.
E vi, ao contrário do que muitos pensam, um homem gentil e tolerante.
Teimoso, sim, mas nunca inflexível e avesso a dialogar, até mesmo com um guri pretensioso como eu era aos vinte e poucos anos de idade.
Só não brigamos nunca porque ele tinha uma enorme paciência. E, para meu orgulho pessoal, uma enorme confiança naqueles que percebia movidos pelas ideias, não necessariamente iguais às dele, até porque eu tinha 36 anos a menos e uma história de vida infinitamente menor.
Brizola, como ele próprio se definia, era um “empírico”. Certa vez, disse-me que ideologia era como uma bússola, indispensável quando o céu estava coberto por nuvens, mas quase dispensável quando se podia ver o chão e o horizonte e por eles nos guiarmos.
Isso se traduzia quando escrevíamos parte dos 600 “tijolaços” – seus artigos, publicados como matéria paga nos jornais – sem ter sequer ideia do que seria dito, ao começarmos. “Nós somos os reis do improviso”, comemorava ele a enxurrada de palavras que lhe vinha, quando ditava os textos que eu anotava ou quando emendava – e muito – o que eu lhe levava escrito.
Dá saudade, sim, embora na época eu praguejasse pelas noites de sexta-feira inapelavelmente perdidas: depois de escrever, eu ia à gráfica, providenciar a fotocomposição do texto e depois ainda entregar a arte pronta para o jornal, o que significava chegar em casa com o dia já raiando.
Foi, talvez, o melhor que dele recebi: o aprendizado de que a vida devia ser austera, como antes já me ensinara meu avô, no Iapi de Realengo, um subúrbio operário do Rio de Janeiro.
Ou melhor, o segundo melhor, porque o melhor foi o da sintonia permanente com aquilo que representava os sonhos do nosso povão.
Brizola nunca esteve do lado errado da História, por mais que frustrações e mágoas pudessem torná-lo amargo e vingativo. “Somos aprendizes, porque socialista mesmo é o povo”, dizia.
O que não o impedia de andar na contramão do senso comum, de enfrentar a burrice ruminante e os emburrecedores contumazes.
Havia uma churrascaria abandonada na encosta do Morro do Cantagalo, pelo qual havia escalado uma imensa favela, que já se derramava sobre Ipanema. Queriam fazer de lá um futuro cassino; Brizola a transformou numa escola e num centro de convivência.
Brizola entendia de Carnaval como eu de astrofísica, mas acabou com a mutreta do monta-desmonta das arquibancadas da Sapucaí, contra a Globo e seu boicote.
Diziam, contra os Cieps, que “escola não era pensão” e não há hoje quem ouse abrir a boca contra as escolas de horário integral e uma alimentação e cuidados para nossas crianças.
Havia um furor de apoio a Sarney, com o Plano Cruzado; Brizola sujeitou-se a virar boneco de Judas em Sábado de Aleluia para dizer que aquilo era uma farsa eleitoral e foi Sarney quem ficou maldito pela traição.
Nunca deixou que o medo da incompreensão o impedisse de agir.
Brizola jamais deixou de enfrentar o “senso comum”, quando via razões para isso, e nem mesmo com Lula, quando este adotou uma linha moderadíssima, no início de seu primeiro governo.
Era 2003, ano anterior a sua morte e Brizola tinha pressa, talvez a mesma que Lula tenha hoje, quando se desdobra em garantir o apoio para que, no Governo, tenha o poder de agir com a rapidez que, 20 anos atrás, talvez pudesse dispensar.
Brizola amargou 15 anos de exílio. Lula, um ano e meio de prisão. Os dois souberam na carne o que é sofrer o peso da injustiça e do ódio político e, até por isso, o repelem.
Brizola chegou ao governo do Rio de Janeiro no ano do centenário do nascimento de Getúlio Vargas. Que Lula volte ao governo neste ano do centenário do nascimento de Brizola e teça mais um ponto nesta longa costura do fio da História, que trama e tece o inevitável futuro deste país imenso, ao qual sempre quiseram anão.
Melhor presente de aniversário, isso sei eu, o velho líder não quereria: o de ver a força do povo triunfar e reassumir as rédeas de seu próprio futuro.
Obrigado por tudo, Brizola.
Tijolaço
sábado, 22 de janeiro de 2022
Moro recebeu propina da Alvarez & Marsal, e não salário, diz Rogério Correia
Deputado afirma que ele recebeu comissão pelo serviço prestado de quebrar empresas brasileiras, que depois contrataram a empresa estadunidense
22 de janeiro de 2022
Rogério Correia e Sergio Moro (Foto: Câmara | Senado)
247 – O deputado Rogério Correia (PT-MG) afirma que os pagamentos da consultoria estadunidense Alvarez & Marsal ao ex-juiz Sergio Moro, que destruiu 4,4 milhões de empregos no Brasil, foi declarado suspeito pela suprema corte e depois foi contratado por uma empresa paga pelas construtoras que ele próprio quebrou na Lava Jato, devem ser considerados "propina", e não salário. Confira e leia ainda a reportagem de José Higídio, do Conjur, sobre o caso.
Nesta quinta-feira (20/1), o ministro Bruno Dantas, do Tribunal de Contas da União (TCU), levantou o sigilo de todos os documentos dos autos do processo sobre os honorários recebidos pelo ex-juiz Sergio Moro quando prestou serviços à consultoria Alvarez & Marsal, administradora judicial da construtora Odebrecht.
Nada menos que três quartos de todos os honorários que a consultoria recebe no Brasil são provenientes de empresas investigadas pela "lava jato", na qualidade de administradora judicial dessas recuperandas. Grupos econômicos cuja ruína foi causada pela atuação de Moro à frente da 13ª Vara Federal de Curitiba. Só a Odebrecht paga mensalmente à ex-empregadora de Moro cerca de R$ 1,2 milhão. E já são 30 meses de contrato. Do que se tem notícia, a construtora baiana tem honrado os pagamentos milionários — que estão sendo depositados judicialmente, em razão de uma decisão da 1ª Vara de Falências e Recuperações Judiciais de São Paulo. Mas a Odebrecht quer revisar seu acordo de leniência e está inadimplente com a União. A decisão pela publicidade do processo que tramita no TCU foi tomada após pedido do subprocurador-geral Lucas Rocha Furtado, do Ministério Público junto ao TCU. Na última terça-feira (18/1), Dantas já havia concedido ao MP acesso integral ao contrato de Moro com a empresa.
No despacho, o ministro explica que a documentação da contratação de Moro até o momento não foi apresentada na íntegra. Apenas foram indicados excerto de cláusula contratual e termo de distrato do ex-juiz com uma das empresas que compõem o grupo empresarial no Brasil. Segundo Dantas, não haveria necessidade de tratamento sigiloso aos documentos, e os trechos especificamente sigilosos já estão tarjados.
Quanto às informações relativas aos processos em que a Alvarez & Marsal atua como administradora judicial e aos honorários estabelecidos, o ministro lembrou que são públicas e podem ser obtidas por meio de consultas às respectivas varas de falências e recuperações judiciais.
Dantas ressaltou que a administradora judicial "exerce relevante papel em regime de colaboração com o estado", o que justificaria a classificação dos documentos dos autos como públicos.
O relator do processo ainda frisou que não constam nos autos informações protegidas por sigilo fiscal ou bancário. Com relação às transcrições das mensagens de Moro com os procuradores da autoapelidada "lava jato", compartilhadas pelo Supremo Tribunal Federal, Dantas lembrou que não estão cobertas por segredo de Justiça.
Histórico
No final do último ano, Dantas determinou que a Alvarez & Marsal revelasse quanto pagou ao ex-juiz depois que ele deixou a empresa, em outubro de 2021. O ministro também ordenou um levantamento de todos os processos de recuperação judicial em que a consultoria atuou no período da "lava jato", em ordem cronológica, para acompanhar a evolução dos negócios da empresa.
Segundo o MP, é preciso investigar o conflito de interesses no fato de o ex-juiz Sergio Moro ter proferido decisões judiciais e orientado as condições para celebração de acordos de leniência da Odebrecht e, logo em seguida, ter ido trabalhar para a consultoria que faz a administração da recuperação judicial da mesma empresa.
Brasil 247
Rosa Weber cobra explicações da PF sobre sobre inquérito que investiga suposta prevaricação de Bolsonaro no caso Covaxin
Prazo de 45 dias para que a PF devolvesse os autos da investigação à Corte expirou no dia 7 de janeiro
22 de janeiro de 2022
Rosa Weber, Bolsonaro e Covaxin (Foto: STF | Reuters)
247 - A ministra do Supremo Tribunal Federal (STF) Rosa Weber solicitou que a Polícia Federal forneça informações sobre o andamento do inquérito que apura se Jair Bolsonaro incorreu no crime de prevaricação por, supostamente, não ter comunicado aos órgãos de investigação as denúncias de corrupção nas negociações para a aquisição da vacina indiana Covaxin pelo Ministério da Saúde.
De acordo com o jornal O Estado de S. Paulo, o prazo de 45 dias para que a PF devolvesse os autos da investigação à Corte expirou no dia 7 de janeiro. Ainda conforme a reportagem, a a ministra Rosa atendeu aos pedidos de prorrogação da PF, após avaliar que as diligências eram ‘pertinentes ao objeto da investigação, proporcionais sob o ângulo da adequação, razoáveis sob a perspectiva dos bens jurídicos envolvidos e úteis quanto à possível descoberta de novos elementos que permitam o avanço das apurações’.
O inquérito tem como base uma notícia-crime oferecida pelos senadores Randolfe Rodrigues (Rede-AP), Fabiano Contarato (Rede-ES) e Jorge Kajuru (Podemos-GO) a partir das suspeitas tornadas públicas na CPI da Covid a partir das denúncias do deputado federal Luis Miranda (DEM-DF) e do irmão do parlamentar, Luís Ricardo Fernandes Miranda.
Brasil 247
Maior legado de Brizola é a luta pela transformação do País, diz Fernando Brito sobre centenário do ex-governador
Editor do Tijolaço e ex-assessor de imprensa de Leonel Brizola fala sobre os 100 anos do ex-governador e os desafios do trabalhismo
21 de janeiro de 2022
(Foto: ABr | Reprodução)
247 - O jornalista Fernando Brito, editor do blog Tijolaço, lembrou o legade Leonel Brizola, ex-governador do Rio Grande do Sul e do Rio de Janeiro cujo nascimento completa 100 anos nesse sábado (22). Em entrevista ao programa O Dia em 20 Minutos, da TV 247, Brito, que foi assessor de imprensa de Leonel Brizola entre 1982 e 2004, falou sobre o compromisso do líder do PDT com a educação, com os trabalhadores e com a democracia no Brasil.
Sobre a situação dos trabalhadores brasileiros, Brito lembrou que Brizola deu continuidade ao movimento iniciado pelo presidente Getúlio Vargas, mas ponderou que a estrutura do trabalho se modificou no país, com a crescente robotização das indústrias e a base da economia cada vez mais voltada para o setor de serviços. “As estratégias de luta hoje são realmente diferentes. Você não pode pretender ter uma legislação trabalhista como a que tínhamos no início dos anos 50. Mas por outro lado não podemos aceitar que a legislação trabalhista dos anos 2020 seja inferior àquela que em 1950 era possível ao país sustentar. Nossa produção e produtividade aumentaram, os lucros empresariais aumentaram e o trabalhador tem que ganhar menos e ser menos protegido? É uma contradição que temos que superar. O progresso econômico só tem serventia se ele contribuir para o avanço dos níveis de vida das pessoas. ”, avaliou Brito, em entrevista ao jornalista Aquiles Lins e ao chargista Renato Aroeira. “O trabalhismo é a afirmação dos valores do trabalho sob o puro império dos valores do capital”, acrescentou.
Ao falar sobre os desafios da candidatura e de um eventual governo Lula, Fernando Brito defendeu a ampliação de alianças para retomar o desenvolvimento e a qualidade de vida dos brasileiros. “O centenário de Brizola será comemorado por muita gente que no passado mentiu, caluniou, intrigou, procurou fazer o mal sempre que podia a um líder popular que este país teve. Não tem importância. Não é hora da gente ficar cavando no nosso passado as razões para nos conflitarmos. O tempo acaba fazendo com que as ideias corretas, as práticas justas, os compromissos generosos com a população sobrevivam e vençam, apesar dos embates durante décadas que o Brizola teve.
Para Brito, o maior compromisso das forças progressistas não é o de ir ao governo, mas o de realizar a transformação do país. “E de fazer tudo aquilo que ao longo de seus 84 anos de vida, Leonel Brizola pensou: trazer o Brasil para a educação, para a saúde, para o progresso industrial, para uma situação em que o povo brasileiro possa olhar para frente, sabendo que este país, pelo seu tamanho e população, tem a obrigação de fazer, o de ser uma dos países mais desenvolvidos do mundo”, afirmou.
Brasil 247
quinta-feira, 20 de janeiro de 2022
quarta-feira, 19 de janeiro de 2022
Em ano de eleição, Globo desenterra caso Celso Daniel em minissérie para atingir Lula
Bolsonaro usou a mesma estratégia
Publicado por Victor Dias
- 18 de janeiro de 2022
Foto. Reprodução
Em pleno ano eleitoral, a Globo resolveu desenterrar o aso do assassinato do ex-prefeito de Santo André, Celso Daniel, para retomar acusação sem base de crime político para criar confusão e atingir Lula.
O presidente Jair Bolsonaro usou a mesma estratégia. Ao deixar um hospital no dia 5 de janeiro, o presidente comparou as “dúvidas” sobre a facada ao crime contra o prefeito petista. Ao citar pontos da investigação a respeito de Adélio Bispo, Bolsonaro afirmou que o caso “está muito parecido com o Celso Daniel”.
Assassinado em 2002 após um sequestro, as investigações da Polícia Civil concluíram que crime contra Daniel foi comum e seis homens foram presos, ou seja, não foi orquestrado por um grupo político, como iniste a narrativa de Bolsonaro.
Por parte da Globo, será lançada uma minissérie: “O Caso Celso Daniel”. A emissora anunciou a estreia para o dia 27. “A atração, que terá oito episódios, dois a cada semana, trará depoimentos exclusivos de políticos, delegados, promotores e familiares do ex-prefeito”, afirma a chamada.
Entre os depoimentos constam os de Fernando Henrique Cardoso, José Dirceu, Gilberto Carvalho e Eduardo Suplicy.
Delegado do caso Celso Daniel diz que tentam se aproveitar do episódio
Ao DCM, o delegado Marcos Carneiro Lima, que esteve no centro do caso do assassinato do ex-prefeito, admitiu que a vitória do ex-presidente Lula em 2002 alimentou uma tese de crime a mando de outros políticos do PT contra Daniel.
Em entrevista em 2016, o delegado afirmou: “Eu não gosto do Lula e nem tenho simpatia pelo seu partido, mas é nítido que as pessoas tentaram se aproveitar politicamente daquele episódio”. E ele diz que a história mentirosa volta de dois em dois anos, “sempre no período eleitoral”.
Diário do Centro do Mundo - DCM
terça-feira, 18 de janeiro de 2022
Casa Branca diz que 'não descarta' a remoção da Rússia do SWIFT
Casa Branca negou informações que sustentavam que os EUA e a União Europeia (UE) abandonaram os planos de desconectar a Rússia do sistema SWIFT
18 de janeiro de 2022
Biden e Putin conversam em Genebra (Foto: Sputnik/Mikhail Metzel/Pool via REUTERS)
Sputnik - Os EUA não descartam cortar os bancos russos do sistema global de pagamentos SWIFT como forma de sanção a uma suposta invasão russa à Ucrânia.
"Tal possibilidade existe", disse um porta-voz do Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca.
Ele acrescentou que Washington "continua a cooperar estreitamente com seus colegas europeus em relação às possíveis consequências graves para a Rússia caso ela invada a Ucrânia".
Os comentários foram feitos em reposta à publicação do jornal alemão Handelsblatt, que informou que os governos ocidentais não estão mais considerando boicotar a participação da Rússia no SWIFT.
Com sede na Bélgica, a SWIFT é uma vasta rede de mensagens usada por bancos e outras instituições financeiras para enviar e receber instruções de transferência de dinheiro de forma rápida e segura.
No dia 7 de janeiro, o presidente do Comitê de Relações Exteriores do Senado dos EUA, Robert Menendez, disse que os EUA estão preparando as sanções mais severas já impostas à Rússia, caso haja invasão na Ucrânia.
"Quero ser cristalino para aqueles que estão ouvindo esta audiência em Moscou, Kiev e outras capitais ao redor do mundo: uma invasão russa vai desencadear sanções econômicas devastadoras, como nunca vistas antes", disse Menendez, do Partido Democrata.
Na ocasião, ele teria dito que "a Rússia seria removida do sistema de pagamentos SWIFT [Sociedade para Telecomunicações Financeiras Interbancárias Mundiais]. Sanções setoriais prejudicariam a economia russa. O próprio Putin e seu círculo interno perderiam acesso a contas bancárias no Ocidente", declarou.
Moscou tem negado repetidamente as acusações de ações agressivas, afirmando que não realiza ameaças e não tem a intenção de atacar nenhum país.
O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, destacou que a Rússia está movendo tropas dentro de seu próprio território e a seu critério.
Para ele, todas as declarações sobre a alegada agressão da Rússia estão sendo usadas como justificativa para a OTAN posicionar mais equipamento militar próximo às fronteiras russas.
Brasil 247
Paulo Câmara garante apoio do PSB a Lula, independentemente de 'questões locais'
"Questões locais não podem nunca ser impedidoras de uma ação maior", disse o vice-presidente nacional do PSB e governador de Pernambuco
18 de janeiro de 2022
Paulo Câmara (Foto: Aluísio Moreira)
247 - Como já havia adiantado na TV 247, o vice-presidente nacional do PSB e governador de Pernambuco, Paulo Câmara, disse à Folha de S. Paulo que o apoio do partido ao ex-presidente Lula (PT) está garantido e não dependerá de consenso sobre alianças estaduais.
"Tenho um otimismo grande de que será possível fazer essa aliança no âmbito nacional e continuarmos discutindo questões locais. Mas as questões locais não podem nunca ser impedidoras de uma ação maior que, no entendimento hoje, é estarmos muito unidos em torno da candidatura do presidente Lula", declarou.
Câmara também elogiou o ex-governador Geraldo Alckmin (sem partido), cotado para ser o candidato a vice-presidente na chapa de Lula. "O perfil de Alckmin é um perfil mais ao centro. Conhecemos a sua trajetória política e ele tem uma contribuição a dar a uma possível chapa Lula-Alckmin. O PSB não vai criar nenhum obstáculo caso ele venha a se filiar ao partido e for o nome que o presidente Lula entenda como importante para compor".
Brasil 247
Conta de energia subiu mais do que o dobro da inflação após o golpe contra Dilma
Estudo da Abraceel mostra alta de 114% para os consumidores, ante 48% de inflação no mesmo período
18 de janeiro de 2022
Estados reclamam de energia barata proposta por Dilma
247 – O golpe de estado contra a ex-presidente Dilma Rousseff, que retirou o Brasil do mapa global de investimentos produtivos, também onerou empresas e consumidores na compra de energia elétrica – um insumo básico para o crescimento econômico. "Desde 2015, a conta de luz dos brasileiros subiu mais do que o dobro da inflação. Dados da Associação Brasileira dos Comercializadores de Energia (Abraceel) apontam que a tarifa residencial acumula alta de 114% – ante 48% de inflação no mesmo período, uma diferença de 137%. Além das correções anuais nas tarifas, os últimos anos têm sido marcados pela criação de novos encargos e custos diretamente repassados para os consumidores", aponta reportagem publicada por Marlla Sabino no jornal Estado de S. Paulo.
"Ex-presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE) e professor de planejamento energético da UFRJ, Maurício Tolmasquim ressalta que outras medidas aprovadas no Congresso também devem ter impacto negativo sobre o consumidor. Entre elas, a contratação de térmicas a gás onde não há infraestrutura para escoar o insumo, a criação de uma reserva de mercado para pequenas centrais hidrelétricas e a prorrogação de contratos de usinas antigas do Programa de Incentivo às Fontes Alternativas de Energia Elétrica (Proinfa)", aponta ainda a reportagem. “Esses ‘jabutis’, fruto da ação de lobbies no Congresso e referendados pelo governo, terão forte impacto sobre o custo futuro da energia”, afirmou Tolmasquim.
Brasil 247
PT irá lançar senador Contarato, ícone da CPI da Covid, ao governo do Espírito Santo
Senador deve disputar a eleição com o atual governador do estado, Renato Casagrande, do PSB
18 de janeiro de 2022
Lula e Fabiano Contarato (Foto: Stuckert)
247 com Metrópoles - O senador Fabiano Contarato, que se tornou ícone da CPI da Covid e da luta contra o preconceito aos gays, afirmou nesta segunda-feira (17/1) que o PT prepara-se para para lançá-lo candidato ao governo do Espírito Santo. Contarato terá como adversário governador Renato Casagrande, do PSB, que tenta a reeleição. Seria mais um impasse entre o PT e o PSB, siglas que negociam uma aliança nacional para a eleição de Lula ao Planalto.
“O movimento já é no sentido de uma pré-candidatura ao governo do estado. Se tiver de ter uma candidatura, ela vai existir, e o partido já sinalizou que eu seria o pré-candidato à eleição”, afirmou Contarato, emendando que prioriza a costura nacional: “A prioridade é o arranjo nacional, a eleição do presidente Lula“. Contarato se filiará ao PT oficialmente no próximo dia 28, ao lado do ex-presidente.
Brasil 247
Aliança com Alckmin pode ajudar a conter ímpeto golpista de Bolsonaro em caso de derrota, avalia José Dirceu
Para o ex-ministro, a aliança de Lula com Alckmin não é importante apenas para conseguir ganhos eleitorais, mas também para garantir governabilidade ao petista
18 de janeiro de 2022
Dirceu e Lula (Foto: Lula Marques | Reprodução/Twitter)
247 - O ex-ministro José Dirceu (PT), defensor da aliança entre o ex-presidente Lula (PT) e o ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin (sem partido), avalia que a presença do ex-tucano na chapa petista ajudaria a conter o ímpeto golpista de Jair Bolsonaro (PL) caso ele realmente seja derrotado na corrida pelo Palácio do Planalto. As informações são da Folha de S. Paulo.
Dirceu acredita que Alckmin pode ajudar a "formar um bloco de resistência democrática mais sólido, que poderia fazer com que o presidente [Bolsonaro] ou seus aliados desistissem de movimentos antidemocráticos", diz o jornal.
Uma chapa totalmente de esquerda, segundo ele, atrairia mais setores da sociedade a uma tentativa de golpe.
Para o ex-ministro, o objetivo da união com Alckmin não é apenas eleitoral, para agregar votos, e sim para auxiliar na governabilidade de Lula caso volte ao poder.
Brasil 247
segunda-feira, 17 de janeiro de 2022
O Estadão reedita o “boimate” para atacar o Prerrogativas
Aí o repórter pega o seu “suponhamos” e vai consultar a assessoria de Lula, que diz que ele sequer confirmou sua candidatura, muito menos iniciou a construção do governo.
Publicado em 17 de janeiro de 2022
A história se tornou um clássico do jornalismo. Veja acredita em um primeiro de abril de uma revista científica europeia, que anuncia o cruzamento de boi com tomate que gerou um hambúrguer suculento. Pede ao jovem repórter para repercutir com um especialista. O especialista diz que é impossível. enrolado, o repórter insiste: “mas se fosse possível?”. O especialista ironiza: “Então seria a maior revolução na história da biologia”. Na edição publicada, atribui-se a frase ao especialista, sem explicar que era ironia.
O “boimate” ressusgiu hoje, nas páginas do Estadão.
O grupo Prerrogativas é um conjunto de advogados, a maioria criminalistas, criado em reação à Lava Jato.
O Estadão é um jornal que critica a Lava Jato nos editoriais, mas é o principal instrumentalizador da operação, publicando com destaque – e acriticamente – seus releases.
Recentemente, o Prerrogativas bateu pesado em Sérgio Moro, por sua proposta de reforma do judiciário. O aquário do Estadão planejou, então, uma reportagem para atacar as propostas do Prerrogativas de reforma do Judiciário e do MInistério Público. Havia só um problema: o grupo jamais elaborou uma proposta nesse sentido.
A maneira como o jornal resolveu o dilema será conhecido, no futuro, como um clássico desses tempos bicudos.
A ordem foi:
Vamos cair matando em cima do projeto de reforma do Prerrogativa.
Mas se ele não tiver?
Basta supor que tenha.
E foi assim que a segunda matéria mais relevante da home do Estadão tem por título “Advogados anti-Lava Jato propõem a Lula reforma dos conselhos da Justiça e do MP”. E a adoção do juiz de garantias.
São temas caros aos advogados, sim. Mas que nunca foram transformados em propostas.
Mas, supondo que existisse a proposta, o jornal foi ouvir o ex-ministro Carlos Velloso – fonte em permanente disponibilidade, quando se necessita de alguém para defender a Lava Jato.
Velloso disse desconhecer a proposta que não existia. Mesmo assim,
“Não conheço os termos da proposta. Assim, não tenho o que opinar relativamente ao seu mérito. Todavia, sempre receio proposta de reforma de órgão de controle do Ministério Público, do Judiciário, dos advogados e da imprensa. Sempre há um desejo oculto por trás. E é surpreendente que uma tal proposta venha de associação de advogados”, afirmou.
Mais surpreendente foi a sequência da reportagem:
“Após formulada, a proposta de mudanças no sistema de Justiça será sugerida e poderá integrar o plano petista para 2022”.
Como assim? Se ainda não foi formulada, significa que não existe. Mesmo assim, o repórter afirma que participarão das discussões “criminalistas sem filiação partidária ou ligação com o PT, como Alberto Toron, que defende o deputado Aécio Neves (PSDB-MG), e Antônio Claudio Mariz de Oliveira, advogado do ex-presidente Michel Temer (MDB)”. E com base nesse “suponhamos”, foi pedir a confirmação de Mariz que respondeu que
ainda não foi chamado, mas que o Prerrogativas tem “muito a colaborar para qualquer governo que entrar, quer seja do Lula, quer seja de outro candidato”.
Para engrossar o caldo, o repórter “supôs” que a base do projeto que não existe será a proposta de PEC do deputado Paulo Teixeira (PT-SP). E joga a armadilha do “suponhamos” para o pobre presidente da Associação Nacional dos Procuradores da República, Ubiratan Cazetta.
Sem conhecer o projeto que não existia, Cazetta diz o debate sempre é bom, mas as premissas do projeto que não existe, mas o jornal supõe” que existe, são erradas.
Outro entrevistado, o impetuoso procurador Bruno Calabrich – que acreditava tanto na mídia quanto a mídia na Lava Jato – aproveita o “suponhamos” levantado e bate de prima em uma narrativa com tanta credibilidade quanto uma delação premiada:
“Merece nosso repúdio, tanto como procurador como cidadão. Essa proposta não atende o interesse público, mas pode atender o interesse de réus investigados que temem um MP independente”
Pensam que parou por aí?
Segundo advogados do Prerrogativas, de acordo com a suposição do Estadão, outro ponto a ser levado adiante é a incorporação do juiz de garantias ao Código de Processo Penal.
Aí o repórter pega o seu “suponhamos” e vai consultar a assessoria de Lula, que diz que ele sequer confirmou sua candidatura, muito menos iniciou a construção do governo.
Finalmente, foi ouvir Sérgio Moro:
Sérgio Moro disse desconhecer detalhes de “qualquer proposta do PT para a reforma do Judiciário ou do Ministério Público”, mas chamou a iniciativa de “ameaça à democracia”
GGN
PT fará série de programas voltados aos evangélicos
Iniciativa faz parte de estratégia para melhorar comunicação do partido e atrair religiosos; a deputada Benedita da Silva, ex-governadora do Rio, é evangélica
17 de janeiro de 2022
Lula com Gleisi Hoffmann e Benedita da Silva em encontros com envangélicos (Foto: PT)
247 – "De olho em um segmento considerado prioritário, o PT planeja lançar em fevereiro um programa voltado só para evangélicos na TV da legenda no YouTube. A iniciativa será replicada em redes sociais. A criação do programa faz parte da estratégia da sigla de aprimorar a comunicação do partido e alavancar a candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva", informa a jornalista Julia Chaib, em reportagem publicada na Folha de S. Paulo.
"A gente ainda tem de andar bastante, por mais que tenhamos melhorado, investido, o pessoal da extrema-direita tem uma rede mais capilarizada do que nós", disse a ela a presidente do Partido dos Trabalhadores, Gleisi Hoffmann (PT-PR). "O PT tenta ampliar a vantagem entre evangélicos, que estão divididos entre o ex-presidente Lula e Bolsonaro. De acordo com o Datafolha, 39% dos evangélicos votariam em Lula contra 33% em Bolsonaro. No segundo turno, há empate técnico: 46% dos religiosos declaram intenção de eleger o petista, enquanto 44% escolheriam Bolsonaro", informa ainda Julia Chaib.
Brasil 247
Grupo Prerrogativas propõe a Lula reforma dos conselhos da Justiça e do MP
O grupo apresentará ao ex-presidente uma proposta para ser incorporada ao futuro plano de governo do petista. O projeto quer conter novos abusos lavajatistas
17 de janeiro de 2022
Marco Aurélio de Carvalho (Foto: Divulgação | Ricardo Stuckert)
247 - Advogados que formam o Grupo Prerrogativas organizam uma proposta para ser apresentada ao ex-presidente Lula (PT) que trata da reforma do Judiciário, a ser incorporada no futuro plano de governo do petista, que é o favorito para vencer as eleições presidenciais deste ano.
O grupo quer propor mudanças no Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) e no Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e a adoção do juiz de garantias. Segundo os advogados, coordenados por Marco Aurélio de Carvalho, o projeto é uma reação aos “abusos” da Lava Jato, que levou Lula injustamente à prisão em 2018 por ordem do ex-juiz Sergio Moro, declarado posteriormente parcial pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
"Lula é a única liderança política capaz de liderar um processo de revisão dos nossos mecanismos de fiscalização e controle, CNJ e CNMP, porque foi o presidente que mais respeitou as instituições", disse Carvalho ao Estado de S. Paulo. “Portanto, não tem nenhum constrangimento em oferecer apoio para ele. É consequência natural".
Nomes como Flávio Dino (PSB), governador do Maranhão, e Wadih Damous (PT-RJ), ex-deputado e ex-presidente da OAB-RJ, também devem ser ouvidos. Ainda participarão das conversas sobre o tema criminalistas sem ligação com o PT, como Alberto Toron e Antonio Claudio Mariz de Oliveira, que defendem o deputado federal Aécio Neves (PSDB-MG) e o ex-presidente Michel Temer (MDB), respectivamente.
O Prerrogativas, segundo Mariz, tem “muito a colaborar para qualquer governo que entrar, quer seja do Lula, quer seja de outro candidato".
Brasil 247
Moro será candidato a senador pelo Distrito Federal
Antonio Duarte Vargas·16/01/2022
O ex-juiz Sergio Moro encomendou pesquisas eleitorais para avaliar seu desempenho como candidato a senador nos estados do Paraná, São Paulo e Distrito Federal.
Que Moro deve acabar desistindo da candidatura presidencial não é segredo para ninguém. Existe uma meta não-oficial dele mesmo de que para manter a candidatura ao Executivo deveria chegar bem próximo de Bolsonaro nas pesquisas até março. Mas tanto Moro como seus apoiadores sabem que isso é improvável.
Ele provavelmente será candidato a senador pelo Distrito Federal, pois no Paraná a vaga é do todo poderoso coronel do Podemos, Alvaro Dias, que é ao fim e ao cabo o maior fiador da candidatura Moro.
Já em São Paulo, o jogo é muito intrincado. O apresentador de TV, José Luiz Datena, que já anunciou e em seguida desistiu de ser candidato várias vezes, é o favorito nas pesquisas e articula com o governismo estadual para compor a chapa do vice-governador tucano Rodrigo Garcia. Além disso, a esquerda sempre tem votos cativos que poderiam ir para o vereador puxador de votos do PT, Eduardo Suplicy, ou para algum arranjo com o PSB caso Lula consiga convencer Márcio França.
De qualquer forma, é bastante difícil Moro se eleger senador por São Paulo, pois ele é incapaz de transitar na política do maior estado do País.
Em um pleito de apenas uma vaga ao Senado, Moro precisa apostar em uma eleição garantida. E o Distrito Federal é que oferece as melhores condições.
O senador que iria para a reeleição no DF é José Reguffe que apesar de ser um lavajatista do mesmo partido de Moro vem de tradicional família de políticos na capital federal. Mas Reguffe sabe que são poucas as chances de reeleição, pois o governo Bolsonaro deve lançar a influente e popular deputada Bia Kicis para o Senado. Dessa forma, o atual senador deve disputar uma vaga na Câmara dos Deputados e abrir a vaga de senador para seu correligionário de partido, o campeão do lavajatismo, Sergio Moro.
Reguffe com certeza seria derrotado por Bia Kicis, mas Moro com certeza pode vencê-la, inclusive ao ponto fazê-la desistir, pois ela apesar de ser bolsonarista também é bastante próxima ao lavajatismo.
Dessa forma, a vaga ao Senado no DF é o caminho mais seguro para o ex-juiz da Lava-Jato declarado suspeito pelo STF e que não deu certo no mercado privado da advocacia criminal-empresarial.
Disparada
sexta-feira, 14 de janeiro de 2022
"Respeitem Dilma": o significado da foto dos ex-presidentes Lula e Dilma, segundo Cynara Menezes
Qualquer ataque à ex-presidente neste momento é um ato de covardia, diz a jornalista
14 de janeiro de 2022
Lula e Dilma Rousseff (Foto: Ricardo Stuckert)
247 – A jornalista Cynara Menezes, que edita o blog Socilista Morena, traduziu o significado da foto feita ontem por Ricardo Stuckert, durante o encontro entre o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que lidera as pesquisas e pode vencer em primeiro turno, e Dilma Rousseff, vítima do golpe de estado de 2016, que teve como objetivo retirar direitos dos trabalhadores e transferir a renda do pré-sal do povo brasileiro para os acionistas privados (sobretudo internacionais) da Petrobrás. "Respeitem Dilma". Esta é a mensagem. Confira:
Brasil 247
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