segunda-feira, 10 de janeiro de 2022

Rogério Correia: tragédias em Minas lembram que Bolsonaro e Zema dizimaram políticas ambientais


Nos últimos dias, o estado viu uma tragédia em Capitólio, enchentes, dique transbordando e, agora, lida com o rompimento iminente de barragens

10 de janeiro de 2022

Rogério Correia, Romeu Zema e Jair Bolsonaro (Foto: Marina Ramos/Câmara dos Deputados | Agência Minas | Alan Santos/PR)


247 - O deputado federal Rogério Correia (PT-MG), em artigo publicado no jornal GGN neste domingo (9), comenta a relação entre as tragédias ambientais em andamento em Minas Gerais e a dizimação das políticas públicas de contenção destes eventos por parte do governador do estado, Romeu Zema (Novo), e Jair Bolsonaro (PL).

Nos últimos dias, Minas viu uma rocha despencar sobre lanchas de turistas em Capitólio, um dique transbordar, enchentes nos mais variados locais e, agora, 138 cidades mineiras estão em situação de emergência. Há até mesmo risco de rompimento de barragens.

Para Correia, o lucro das mineradoras no estado fala mais alto do que a segurança da população. "Tragédias em Minas fazem lembrar os crimes da Vale e mostram que Bolsonaro e Zema dizimaram as políticas ambientais. Moradores de Ouro Preto e Mariana, que foram feridos no crime da Vale no rompimento da barragem da Samarco, relembram com apreensão do passado recente. Congonhas, Barão de Cocais, Nova Lima, etc… Enfim, por onde há barragens e mineração predatória, a situação é crítica. A bacia das Velhas tem barragens de risco de rompimento elevado, como Capitão do Mato, Mina do Pau Branco, Cachoeirinha, Maravilha II e Dique Lisa, que já se rompeu destruindo trechos da BR-040 e atingiu as lagoas que fornecem água para RMBH. O prejuízo será incalculável".

"Os relatórios das CPIs de Brumadinho na ALMG e Câmara de Deputados já alertavam para estes riscos, mas o lucro das mineradoras em conluio e omissão dos governos falam mais alto. Legislações foram alteradas, determinando descomissionamento e impondo altas multas a quem não respeita as novas normas de segurança. Mas as políticas governamentais em curso têm o sentido oposto à nova legislação estadual e a recente lei nacional de segurança de barragens, que impõe multas de até 2 bilhões de reais", completou.

O parlamentar pediu reforço para as campanhas solidárias de ajuda aos mineiros. "A prioridade agora é fortalecer a solidariedade e as campanhas que têm sido desencadeadas pelas Pastorais da igreja, universidades, sindicatos e movimentos sociais. Mas vamos manter a fiscalização e a cobrança, compromisso expresso desde ou início de nosso mandato".


Brasil 247

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