segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Dilma: Serra quer virar a mesa e ganhar a eleição no tapetão


Os adversários querem ganhar a eleição no tapetão, advertiu a candidata Dilma Rousseff no debate Rede TV/Folha de São Paulo neste domingo (12).

Segundo ela, as acusações de envolvimento de sua campanha com o vazamento de dados fiscais sigilosos de pessoas ligadas ao PSDB são tentativas de “virar a mesa da democracia”.

“Meu adversário quer ganhar a campanha no tapetão, porque não consegue convencer a população. Querem virar a mesa da democracia”, disse a candidata, no direito de resposta concedido contra Serra. “Não passarei para a História como a caluniadora da campanha. Ele que passará.”

Em resposta a jornalista Renata Lo Prete, Dilma classificou de “manobra eleitoreira” a acusação de tráfico de influência contra o filho da chefe da Casa Civil, ministra Erenice Guerra. Dilma defendeu a apuração rigorosa de todas as denúncias e avaliar se houve tráfico de influência. Segundo ela, se for confirmada a ilegalidade, o governo deve tomar as providências mais drásticas.

“Mas eu quero deixar claro que eu não concordo e não vou aceitar que se julgue a minha pessoa baseado no que aconteceu com o filho de uma ex-assessora minha. Isso cheira a manobra eleitoreira sistematicamente feita contra mim e minha campanha”, disse, taxativa, Dilma Rousseff.

"Dono da verdade"

Numa resposta ao adversário do PSDB, a candidata alertou para a tentativa do tucano de desqualificá-la. "Não subestime ninguém candidato, o senhor não é dono da verdade, o senhor não é melhor que ninguém”, afirmou Dilma.

"Eu acho que as pessoas não podem ser pretensiosas e achar que elas são donas da verdade. Eu não sou dona da verdade e espero que as pessoas que me cercam também não sejam", disse a candidata.

Serra questionou novamente a política de paz do governo Lula em relação ao conflito do Oriente Médio. A candidata defendeu o diálogo, em vez do conflito com o Irã. Citando as guerras dos Estados Unidos contra o Iraque e o Afeganistão, Dilma afirmou ser favorável à prudência nas negociações que envolvem o enriquecimento de urânio.

“Não se trata de resolver com o fígado. Trata-se de tentar construir a paz. Certos tipos de guerra não conduzem à pacificação e na melhoria da vida dos povos daquela região”, alertou Dilma. “O que nós exigimos do Irã é que nos propomos a dar: enriquecimento (de urânio) para fins pacíficos.”

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