Em entrevista concedida ontem no Rio de Janeiro a correspondentes internacionais, o presidente Lula disse que reformas necessárias ao país, como a política e a tributária, não andaram devido a um “inimigo oculto” e por má vontade do Congresso Nacional. Lula lembrou que durante seus oito anos na Presidência mandou duas propostas de reformas ao Congresso que não andaram.
O presidente, na verdade, se referia ao PSDB, se opôs a aprovação das reformas. No caso da tributária, porque as mudanças necessárias e reclamadas por todo país causariam impactos nos interesses de São Paulo; no caso da política, única e exclusivamente por causa das mudanças propostas na votação em lista que, segundo os tucanos, favoreceria o PT, por ver um partido mais organizado, programático, com maior apoio e voto preferencial no eleitorado nacional. Ou seja, por pura cegueira política, interesse de partido.
Sem as reformas, o governo assumiu o papel de diminuir o peso dos impostos no país e desonerou as exportações, investimentos, alimentos, remédios, setores atingidos pela crise de 2008-09. Também no primeiro mandato, Lula fez uma reforma tributária acordada com os governadores e prefeitos, que só não teve seqüência com a criação do IVA e todas as demais mudanças no sistema tributário, repito, pela oposição tucana.
Blog do Zé Dirceu
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