O ex-ministro da Defesa e das Relações Exteriores dos governos Lula e Dilma, Ceso Amorim avalia que as Forças Armadas respeitarão a voz das urnas; "A vitória de Haddad será aceita pelos militares", afirma, argumentando que o atual ministro da Defesa, Joaquim Silva e Luna, que foi chefe do Estado maior do Exército, deixou claro que a participação das Forças Armadas será única e exclusivamente voltada para que a votação ocorra no clima de normalidade; assista
28 DE SETEMBRO DE 2018
TV 247 - Diversos analistas políticos consideram que um clima militar ronda o País, após o vice de Bolsonaro, general Hamilton Mourão, declarar seu saudosismo pelos tempos de chumbo e o comandante geral do exército, general Villa Bôas, ter se posicionado politicamente em diversas ocasiões. No entanto, o ex-ministro da Defesa e das Relações Exteriores dos governos Lula e Dilma, Ceso Amorim, declarou em entrevista à TV 247, nesta semana, que as Forças Armadas respeitarão a voz das urnas. "A vitória de Haddad será aceita pelos militares", expõe.
Amorim diz se preocupar com o fato de parte da população brasileira apoiar uma candidatura semi-militarista, no caso, a de Bolsonaro. "E de fato existem militares da reserva atuando em sua campanha", expõe.
No entanto, ele enfatiza que é necessário distinguir os militares que atuam ativamente na vida política do alto comando do exército. "Considero que o Exército não terá um posicionamento golpista", afirma.
Amorim esclarece que o ministro da Defesa, Joaquim Silva e Luna, ex-chefe do Estado maior do exército, deixou claro que a participação das Forças Armadas será única e exclusivamente voltada para que a votação ocorra no clima de normalidade.
"Silva e Luna salientou o que eu considero mais importante: Qualquer que seja o vencedor do pleito eleitoral, o resultado será respeitado", observa Amorim, ao citar a fala do ministro da Defesa.
O ex-ministro enfatiza que as Forças Armadas são muito importantes para o Brasil, dizendo que a era da tutela dos militares já passou. "A prioridade agora é a defesa da pátria", aponta Amorim.
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Brasil 247
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