Em entrevista à TV 247, o advogado e professor da USP Pierpaolo Bottini criticou métodos como as conduções coercitivas, as prisões preventivas e as gravações de telefone, que para ele são questionáveis; "A operação descobriu um sistema de corrupção que existia, mas, por outro lado, cometeu excessos e abusos", expõe; assista
22 DE SETEMBRO DE 2018
TV 247 - "A Operação Lava Jato teve excessos e abusos". Esta é a constatação do advogado e professor da Universidade de São Paulo (USP) Pierpaolo Bottini, que concedeu entrevista à TV 247, nesta semana, na qual observa que alguns métodos usados pela operação são questionáveis.
Ao comentar a Lava Jato, Pierpaolo Bottini considera que a operação descobriu um sistema de corrupção que existia, mas que, por outro lado, cometeu excessos e abusos. "A questão das conduções coercitivas, algumas prisões preventivas questionáveis, além das gravações de telefone", conclui.
O advogado defende que o trânsito em julgado precisa ser respeitado na aplicação de qualquer pena. "A arena dessa discussão deve ser o Congresso Nacional, não o Judiciário", afirma.
Em sua avaliação, as 10 medidas contra a corrupção, propostas pelo Ministério Público Federal, não se fazem com a redução de garantias fundamentais. "Gestão de informação sobre a lavagem de dinheiro e evasão de divisas, o aprimoramento de mecanismos de informação, podem ser outras formas de combate", aponta.
"O problema da impunidade não está na falta de instrumentos de repressão, mas sim na capacidade de gerar provas. Se existisse um sistema informatizado que revelasse detalhes do investigado, identificar os laços de crime, seria muito mais fácil do que transformar a corrupção em crime hediondo", propõe.
Inscreva-se na TV 247 e confira a íntegra da entrevista:
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