SEX, 28/09/2018 - 07:11
ATUALIZADO EM 28/09/2018 - 07:23
A decisão do TRF3, de impedir as entrevistas com o estaqueador antes das eleições, é sinal de que começam a surgir laivos de legalismo no Judiciário. E que talvez seja possível se coibir as manipulações da mídia, que sempre ocorrem nas vésperas das eleições.
Mas não basta.
Há um segundo factoide a caminho, que é a delação de Antonio Palocci ao Ministério Público do Distrito Federal.
A Procuradora Geral da República Raquel Dodge sabe que procuradores vazam depoimentos sigilosos. O mesmo entendimento deve ser do corregedor do MPF. Sabe-se, também, que o MPF do Distrito Federal foi o que mostrou mais ativismo político depois de Curitiba.
Se há risco concreto de um novo crime político, um novo vazamento visando manipular as eleições, é de responsabilidade de Raquel Dodge e do corregedor prevenir, antes que aconteça.
Sugere-se que os advogados entrem com uma representação junto à PGR e à corregedoria, talvez junto ao Conselho Nacional do Ministério Público, para que alertem seus soldados de que é crime vazamento de delações. E é mais crime ainda se tiver o propósito específico de incluir no mais sagrado dos institutos democráticos, o voto popular.
Havendo o vazamento, que eles sejam responsabilizados. Afinal, se não tem ascendência sobre a tropa, sequer para impedir jogadas de tal octanagem, não merecem o cargo que têm.
Ou talvez se façam merecedores daquele que será o grande beneficiário dessas jogadas: Bolsonaro.
Jornal GGN
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