domingo, 30 de junho de 2019

Nova bomba do Intercept prova que delação contra Lula foi forjada pela Lava Jato


O empresário Léo Pinheiro, da OAS, só passou a ter credibilidade para a força-tarefa da Lava Jato depois que mudou sua versão e passou a acusar o ex-presidente Lula e dizer que as reformas no triplex do Guarujá eram contrapartida por contratos na Petrobrás. Ou seja: só virou um delator depois que disse exatamente aquilo que a Lava Jato exigia que dissesse

30 de junho de 2019



247 – O ex-presidente Lula vem sendo mantido como preso político há mais de um ano em razão de uma delação premiada forjada pelo Ministério Público. É o que prova o novo lote de mensagens da Vaza Jato, divulgado neste domingo pela Folha de S. Paulo, em parceria com o Intercept.

"O empreiteiro que incriminou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no caso que o levou à prisão foi tratado com desconfiança pela Operação Lava Jato durante quase todo o tempo em que se dispôs a colaborar com as investigações, segundo mensagens privadas trocadas entre procuradores envolvidos com as negociações", aponta a reportagem deste domingo. "Léo Pinheiro, ex-presidente da construtora OAS, só passou a ser considerado merecedor de crédito após mudar diversas vezes sua versão sobre o apartamento tríplex de Guarujá (SP) que a empresa afirmou ter reformado para o líder petista."

A reportagem lembra que Léo Pinheiro só apresentou a versão usada para condenar Lula em abril de 2017, mais de um ano depois do início das negociações com a Lava Jato. Os diálogos examinados pela Folha e pelo Intercept ajudam a entender por que as negociações da delação da empreiteira, até hoje não concluídas, foram tão acidentadas — e sugerem que o depoimento sobre Lula e o tríplex foi decisivo para que os procuradores voltassem a conversar com Pinheiro, meses depois de rejeitar sua primeira proposta de acordo." Ou seja: Léo Pinheiro foi levado a incriminar Lula para ter sua delação aceita.

O empreiteiro foi recebido com ceticismo desde o início. “A primeira notícia de versão do LP [Léo Pinheiro] sobre o sítio já é bem contrária ao que apuramos aqui”, disse um dos procuradores, Paulo Roberto Galvão, no início de março. “Estamos abertos a ouvir a proposta da empresa mas não nos comprometemos com nada.”



Brasil 247

sexta-feira, 28 de junho de 2019

Bom dia 247 (28.2.19): as bijuterias de nióbio de Bolsonaro




TV 247

CNMP blinda Deltan Dallagnol na Vaza Jato


Segundo o corregedor nacional do Ministério Público, Orlando Rochadel Moreira, não se pode atestar a veracidade das mensagens publicadas pelo The Intercept e, ainda que sejam autênticas, Deltan não cometeu 'nenhuma infração ética'

27 de junho de 2019



247 - O corregedor nacional do Ministério Público, Orlando Rochadel Moreira, decidiu pelo arquivamento da representação disciplinar contra Deltan Dallagnol, aberta a partir do vazamento das mensagens divulgadas pelo The Inthercept, que revelaram o conluío entre o juiz e os procuradores para instruir o processo e condenar o ex-presidente Lula. 

Segundo ele, não se pode atestar a veracidade das mensagens publicadas e, ainda que sejam autênticas, Deltan não cometeu nenhuma infração ética.

“Por todo o exposto e em face da inexistência de elementos de prova (mensagens que, se existentes, foram obtidas de forma ilícita) ou mesmo pela inexistência de ilícito funcional nas mensagens, se fossem consideradas, impõe-se o arquivamento da presente reclamação disciplinar”, escreveu o corregedor.

O procedimento preliminar de investigação foi instaurado após pedido assinado pelos conselheiros Luiz Fernando Bandeira de Mello, Gustavo Rocha, Erick Venâncio Nascimento e Leonardo Accioly da Silva, que afirmaram que "faz-se imperiosa a atuação do conselho".

"Cabe apurar se houve eventual falta funcional, particularmente no tocante à violação dos princípios do juiz e do promotor natural, da equidistância das partes e da vedação de atuação político-partidária", enfatizaram os conselheiros.


Brasil 247

Maioria do país já não confia em Bolsonaro: 51%


Pesquisa Ibope feita entre os dias 20 e 23 de junho, antes do escândalo do avião presidencial flagrado com 39kg de cocaína, aponta também que o governo Bolsonaro tem aprovação de 32% e reprovação de 32%; 48% desaprovam a maneira de governar do presidente, contra 46% que aprovam

27 de junho de 2019


247 - Pesquisa Ibope encomendada pela CNI (Confederação Nacional da Indústria) feita entre os dias 20 e 23 de junho, antes, portanto, do escândalo do avião presidencial flagrado com 39 kg de cocaína, aponta que a avaliação positiva do governo Jair Bolsonaro sofreu queda, enquanto a negativa cresceu, e ainda que a maioria da população não confia no presidente. 

Os dados apontam aprovação de 32% ao governo (ante 35% em abril) e reprovação de 32% (31% na pesquisa anterior). De acordo com os números, 48% da população desaprova a maneira de governar do presidente, contra 46% que aprovam.

Sobre a confiança, a pesquisa revela que a maioria da população já não confia no presidente: 51%. Enquanto 46% responderam confiar e 3% não sabem ou não responderam. 

O Ibope ouviu 2 mil pessoas em 126 municípios.



Brasil 247

quinta-feira, 27 de junho de 2019

Boa Noite 247 - Cocaína estraga G20 de Bolsonaro




TV 247

Estação Sabiá, com Regina Zappa, entrevista o jornalista Franklin Martins (27.6.19)




TV 247

A indústria do compliance como novo foco de corrupção - Luis Nassif - GGN




TV GGN

Lula seguirá preso. Moro, que segue mentindo, visita a espionagem dos EUA. E Queiroz segue evaporado




Bob Fernandes

Gilmar Mendes aos jornalistas da Globonews: “Não se combate o crime cometendo crime”. Por Joaquim de Carvalho


Publicado por Joaquim de Carvalho
- 27 de junho de 2019

Gilmar Mendes

Muito do que está ocorrendo hoje se deve à atuação de Gilmar Mendes. Em março de 2016, quando Dilma Rousseff nomeou Lula para a chefia da Casa Civil, o ministro do STF concedeu liminar para anular o ato da então presidente.

Hoje, por decisão do STF, já se sabe que ele não poderia tomar essa medida. Nomeação de ministro é ato discricionário (privativo) da presidência da República.

Seria o mesmo que anular a nomeação do chefe de gabinete do ministro Gilmar Mendes, por exemplo. Na época, ele argumentou que estava diante de um indício de desvio de finalidade.

Ou seja, Dilma estaria nomeando Lula ministro para lhe dar foro privilegiado e tirá-lo das mãos de Sergio Moro.


Não era isso, era para salvar o governo.

Mas Gilmar Mendes tomou uma decisão que atendia ao clamor da imprensa.

Dito isso, é preciso reconhecer que Gilmar Mendes deu um show no programa da Globonews que começou no final da noite de ontem e terminou na madrugada de hoje.

“Há um discurso que vocês da mídia veiculam sugerindo o quê? Que a máquina judiciária é boa quando prende. Isso é um equívoco. É quando julga”, disse.


A operação Lava Jato e a revelação das conversas secretas entre juiz e procuradores consumiram boa parte do programa. Gilmar Mendes lembrou que os jornalistas pareciam muito mais preocupados em criminalizar o suposto hackeamento do que em discutir o conteúdo das conversas.

E lembrou que outros vazamentos já ocorreram, e não houve essa polêmica.

Não adiantou como julgará o caso Lula, mas deixou claro que a possível anulação da sentença de Sergio Moro no caso do triplex não acaba com a Lava Jato nem leva à anulação de outros atos.

“É preciso ver caso a caso”, afirmou, depois de destacar que este é o argumento central de Moro, exposto em uma resposta no Senado Federal: que a suspeição dele no caso Lula poderia levar à anulação de toda a Lava Jato.

“Será que foi uma confissão dele?”, questionou.

A certa altura, quando Merval Pereira tentava comparar atos antigos de Gilmar Mendes aos de Moro agora, Gilmar Mendes lembrou que são situações muito diferentes.

“Juiz não é sócio da investigação”, afirmou.

Questionado se não seria normal a conversa de magistrados com a parte, o ministro do STF desafiou os jornalistas a mostrar uma conversa de Moro com o advogado de Lula, Cristiano Zanin Martins.

A prova de que Gilmar Mendes se saiu muito bem na Globonews é a reação nas redes sociais. Com ódio, um internauta que fã de Sergio Moro chegou a cometer crime ao dizer que quer matar o ministro do STF.

“Se eu tivesse a possibilidade de matar Gilmar Mendes, faria isto! E seria como se tivesse matado uma mosca. Não ficaria com nenhum sentimento de culpa”, afirmou.

O correto seria identificar esse criminoso e puni-lo. São pessoas que se alimentam da cobertura odienta de jornalistas como os da Globonews e extravasam, ultrapassando o limite da crítica.




.x.x.x.

Veja a entrevista de Gilmar Mendes:



Diário do Centro do Mundo   -   DCM

Cadê a imprensa que não reporta o que Moro faz nos EUA? Por Moisés Mendes


- 26 de junho de 2019


Moro nos EUA, quando ele ainda era juiz e a imprensa cobria até palestra dele


PUBLICADO ORIGINALMENTE NO BLOG DO AUTOR.

Tente encontrar em algum site da grande imprensa uma linha, uma só, sobre o que Sergio Moro faz nos Estados Unidos. O que se sabe é o que sua assessoria divulga, como uma visita a uma aduana para saber como fazem o controle de mercadorias na fronteira com o México com uso de raio-X. Seria risível, se não fosse patético.

Hoje, esperava-se que o Jornal Nacional noticiasse alguma coisa. O principal personagem da política brasileira no momento deixa o país em meio a uma avalanche de vazamentos comprometedores, mas para a imprensa é como se ele tivesse ido até a esquina comprar pão.

A Folha já explicou que Moro não divulga a agenda. Sua assessoria deu a entender, em reposta a indagações do jornal, que o ex-juiz tem reuniões secretas com os americanos.

A assessoria alegou questões de segurança. Moro teme o que nos Estados Unidos? Informar que se reúne com agentes do terceiro time do FBI para saber como proteger o cigarro nacional? Que riscos Moro corre se divulgar com quem conversa em Washington?

A informação da Folha de que não conhece a agenda é uma desculpa preguiçosa. Jornalistas não cobrem atividades de homens públicos apenas de acordo com suas agendas. É preciso ir atrás das pistas dos encontros secretos. E muitas vezes o melhor é o que está fora da agenda.

O ex-juiz deve se sentir confortável. Não diz o que faz, mesmo que devesse dizer, por força de lei, e faz o que condena na política: esconde suas atividades com um pretexto sem fundamento.

Parece que Moro circula pelas cidades americanas (quais além de Washington?) sem incomodações, sem o risco de ser seguido por jornalistas. E deveria ser seguido.


Sergio Moro é uma das figuras ridículas do bolsonarismo.


Diário do Centro do Mundo   -   DCM

Bom dia 247 (27.6.19): o escândalo do Aerococa




TV 247

A herança de Deltan e Moro: lei contra abuso de autoridade




TV GGN

Pimenta diz que Câmara vai investigar avião presidencial com cocaína


“É muito grave, tudo isso ocorreu diante de toda uma estrutura responsável pela segurança do presidente da República sem que nada tivesse sido percebido. Há repercussão internacional enorme e o Parlamento não pode se omitir de investigar”, reforçou od deputado Paulo Pimenta (PT-RS), líder do PT na Câmara

27 de junho de 2019


O líder do PT na Câmara, deputado Paulo Pimenta (RS), afirmou na tribuna da Câmara nesta quarta-feira (26), que o Parlamento não pode se omitir de investigar esse grave crime cometido dentro da estrutura da Presidência da República. Ele se refere ao militar que viajou em avião da comitiva do presidente Bolsonaro e que foi detido no aeroporto de Sevilha (Espanha) ontem, com 39 quilos de cocaína. “É muito grave, tudo isso ocorreu diante de toda uma estrutura responsável pela segurança do presidente da República sem que nada tivesse sido percebido. Há repercussão internacional enorme e o Parlamento não pode se omitir de investigar”, reforçou.


Na avaliação do líder Pimenta o episódio não pode ser tratado como um fato qualquer. “São 39 quilos de cocaína, é uma quantidade muito grande de drogas. Como é que isso foi colocado no avião sem passar pelo raio X? Quem autorizou que esse produto fosse colocado no avião sem o raio X? Uma pessoa sozinha era capaz de carregar sozinha a droga para o avião? Quais as suas conexões?, indagou.


Paulo Pimenta enfatizou que existem falhas graves. “Porque ou são falhas ou facilitaram para que esse traficante internacional pudesse se utilizar de uma aeronave que faz parte da comitiva de apoio do presidente da República”. O líder destacou ainda que, segundo o vice-presidente general Mourão, o militar preso retornaria ao Brasil no avião do presidente Bolsonaro, que faria uma escala em Sevilha. “E esse indivíduo que foi preso retornaria na comitiva, caso não tivesse sido preso”, completou.
E se fosse uma bomba?


O líder do PT disse que não seria leviano nem irresponsável para acusar o governo de ser um “governo traficante”. “Mas nós não abriremos mão de que seja feita uma investigação e que ela seja acompanhada pelo Parlamento brasileiro, para que possamos inclusive saber como é tão fácil. E se esse indivíduo em vez de droga tivesse uma bomba dentro do avião? Ele teria embarcado?, questionou.


Pimenta enfatizou que o Parlamento precisa agir e propôs a convocação do general Augusto Heleno, ministro do Gabinete de Segurança Institucional. “É o Gabinete Institucional que compõe a comitiva, que indica as pessoas”, argumentou. Em segundo lugar o líder defendeu a investigação. “E não vale alegar que ele (militar preso) já tinha voado na época do presidente Temer, porque ele tinha voado, mas nunca tinha sido preso com cocaína. Tinha voado, mas não tinha sido preso como traficante”, frisou.
Escândalos dos seis meses de governo


O líder do PT ainda provocou: “São seis meses do governo Bolsonaro, a Polícia Federal, o Gabinete de Segurança Institucional, a Abin, já não tinham percebido que dentro do condomínio que Bolsonaro mora no Rio tinha um perigoso assassino que havia traficado e tinha em mãos 117 fuzis americano. Desde eleito ninguém entrava naquele condomínio sem passar por identificação. Abin não percebeu? Sérgio Moro (ministro da Justiça e Segurança) não percebeu? Ninguém percebeu?


Pimenta ainda elencou o escândalo que envolve Fabrício Queiroz, ex-assessor da família Bolsonaro, acusado de movimentação financeira incompatível com sua renda. “Depois veio a notícia de que a mãe e a irmã do tal capitão Adriano, do escritório do crime, acusados de estarem diretamente envolvidos no assassinato da vereadora Marielle Franco, estavam nomeados no gabinete do filho de Bolsonaro. Veio a história de que os criminosos botavam dinheiro na conta do Queiroz, que depositava o dinheiro inclusive na conta da esposa do Bolsonaro”.


Pimenta lamentou que em seis meses de governo “é assassino, é miliciano, é traficante, é todo tipo de bandido circulando no condomínio, no avião, nos gabinetes. Então, é preciso investigar”, defendeu.



Brasil 247

‘Temos de encerrar o ciclo de falsos heróis’, diz Gilmar sobre abuso de autoridade


Defensor do projeto aprovado pelo Senado que prevê punição para abuso de autoridade, o ministro do STF Gilmar Mendes, que também votou pela liberdade de Lula, afirma que "O cemitério está cheio desses falsos heróis. Eles são apresentados por vocês (mídia) como tal e acreditam nisso. Depois, coitados, passam a ter um grande problema de depressão, obviamente antes de desaparecerem por completo”

27 de junho de 2019, 07:48 h



247 - Defensor do projeto aprovado nesta quarta-feira (26) pelo Senado que prevê punição para abuso de autoridade, o ministro do Supremo Tribunal Federal Gilmar Mendes, que também votou pela liberdade do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, avalia que a proposta aprovada no Legislativo é apenas o ponto de partida para uma reforma na legislação e a correção de rumos contra exageros cometidos por juízes, promotores e policiais. A entrevista foi concedida ao jornal O Estado de S.Paulo.

De acordo com o ministro, o projeto pode evitar o surgimento de “falsos heróis”, que cometem excesso “em nome supostamente” de um combate à criminalidade. 

“O cemitério está cheio desses falsos heróis. Eles são apresentados por vocês (mídia) como tal e acreditam nisso. Depois, coitados, passam a ter um grande problema de depressão, obviamente antes de desaparecerem por completo”, diz. 



Brasil 247

quarta-feira, 26 de junho de 2019

Heleno diz que não havia como prever drogas em avião: não tenho bola de cristal


Em entrevista, ministro chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general Augusto Heleno disse que "só se o GSI tivesse bola de cristal para prever" o carregamento de drogas na aeronave da comitiva presidencial

26 de junho de 2019


247 - O ministro chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general Augusto Heleno, disse que não havia como prever que um militar estivesse carregando 39 quilos de cocaína em um avião da comitiva do presidente Jair Bolsonaro (PSL) nesta quarta-feira (26).

Em entrevista a jornalista Andrea Sadi, da Globo News, Heleno disse que "só se o GSI tivesse bola de cristal para prever" o carregamento de drogas na aeronave.

Pelo Twitter, o deputado federal Alexandre Padilha (PT-SP) rebateu a afirmação do ministro, lembrando que a segurança da comitiva presidencial é do GSI.

"E se fosse uma bomba? É de responsabilidade do GSI a segurança presidencial, do avião presidencial e a averiguação da bagagem. Convenhamos, 40 kg não precisa nem de lupa,muito menos bola de cristal", criticou o petista.


Brasil 247

Deputado cobra de general Heleno esclarecimentos sobre cocaína em avião da FAB


O deputado federal Márcio Jerry (PCdoB-MA) apresentou requerimento que pede que o ministro Augusto Heleno, do Gabinete de Segurança Institucional, preste esclarecimentos sobre a apreensão 39kg de cocaína em um avião da Presidência; o general, terá 30 dias para responder

26 de junho de 2019



247 - O deputado federal Márcio Jerry (MA), vice-líder do PCdoB, apresentou requerimento nesta quarta-feira (26), na Câmara dos Deputados, pede que o general Augusto Heleno Ribeiro Pereira, Ministro de Estado Chefe do Gabinete de Segurança Institucional, preste esclarecimentos sobre a apreensão 39kg de cocaína em um avião da Presidência da República, no aeroporto de Sevilha, na Espanha.

A mesa da Câmara vai encaminhar os questionamentos ao general, que terá 30 dias para responder ao parlamentar.

O requerimento enfatiza que, “pela gravidade do ocorrido e por envolver pessoas tão próximas ao esquema oficial de apoio ao senhor Presidente da República”, é preciso que informações sejam enviadas à Casa Legislativa.

O documento ainda elenca uma série de questinamentos, como saber quem é o militar e desde quando integra o Grupo de Transporte Especial da FAB, quem o indicou para o grupo percussor da viagem presidencial ao Japão e quem comandava o voo no qual foi transportada droga.

O parlamentar questiona ainda quais os procedimentos adotados pela FAB para checagem da bagagem e outras cargas embarcadas nas aeronaves do Grupo de Transporte Especial e quem e quais as responsabilidades pelos controles de acesso de pessoas, bagagens, equipamentos e cargas nas aeronaves e aponta a necessidade de detalhar o conteúdo do depoimento do tenente.

O segundo-sargento, integrante do Grupo de Transporte Especial da Força Aérea Brasileira (FAB), foi preso em Sevilha, na Espanha, quando o avião da Força Aérea Brasileira (FAB) pousou no aeroporto da capital da região da Andaluzia.


Brasil 247

Xadrez do Intercept e do mistério dos 4 Ms



TV GGN

Lava Jato se corrompeu e Moro deve ser afastado, dizem líderes progressistas


"Moro perdeu completamente as condições políticas e morais de ocupar o Ministério da Justiça", dizem, em artigo, Roberto Requião, Flávio Dino, Ricardo Coutinho, Fernando Haddad, Guilherme Boulos e Sônia Guajajara. "Quanto ao ex-presidente Lula, este devia ter sido julgado por um juiz imparcial, que presidisse o processo e acompanhasse a produção de provas com seriedade e isenção", apontam

26 de junho de 2019


Por Fernando Haddad, Guilherme Boulos, Roberto Requião, Flávio Dino, Ricardo Coutinho e Sônia Guajajara – Canalhas! Canalhas! - bradou o saudoso Tancredo Neves ao ver o Congresso Nacional ser utilizado como instrumento para o golpe de 1964. Em 2018, o Brasil viveu cenário análogo, só que o golpe se materializou pela atuação de um juiz, o que justifica indignação similar à manifestada por Tancredo naquela tenebrosa noite. 

Não se trata de questionar a justa e necessária luta contra a corrupção. Tal luta é nossa também, desde muito antes de surgir a Lava Jato. Mas, sim, temos indignação com o uso desta causa como manto para ocultar e atender interesses políticos e ideológicos escusos - ao pior estilo da UDN de Carlos Lacerda - inclusive com grave violação à soberania nacional mediante "combinação com americanos”, conforme revelado em um dos diálogos publicados pelo site The Intercept. 

Temos a certeza de que não foi um julgamento justo que ocorreu em 2018, na medida em que o objetivo principal era tirar Lula das eleições. Está evidente, mais do que nunca, que não houve tratamento igualitário às partes. O estranho andamento do processo estava à vista de todos: PowerPoint, condução coercitiva ilegal, escuta abusiva de advogados, correria desesperada para realizar os julgamentos. 

Tudo agora está explicado por intermédio das conversas publicadas pelo Intercept. O juiz tinha animosidade pessoal contra o acusado, fornecia provas à acusação fora dos autos, combinava previamente petições e decisões. E havia um gritante desrespeito aos argumentos de defesa, que não eram verdadeiramente ouvidos. Afinal, tudo era um “showzinho”, nas palavras do então juiz. 

Dizer que as condutas de Moro foram “normais” constitui uma agressão à Constituição, ao Código de Processo Penal e ao próprio Poder Judiciário. Não é normal um processo de fachada, em que o juiz presidia a investigação, ajudava a formular a acusação, indicava e produzia provas e, depois, sentenciava com base nos seus próprios conselhos e orientações transmitidos ao procurador amigo. Tampouco é normal um juiz atuar influenciando um resultado eleitoral e depois dele se beneficiar pessoalmente, ganhando o cargo de Ministro da Justiça. 

Flagrado nesse escândalo, Moro não sabe o que diz e vive imerso em contradições. Ora diz que era tudo normal, portanto reconhece o teor dos diálogos; ora não confirma o teor das conversas. E se refugia, logo ele, na ilegalidade de interceptações e vazamentos. 

Ocorre que não há provas, até o momento, de que os diálogos foram conseguidos de forma ilegal, com ajuda de um hacker ou espionagem. Grupos de mensagens em aplicativos têm muitos participantes; qualquer um deles pode inclusive ter copiado arquivos e entregado legalmente, visto que o sigilo de fonte é garantido à imprensa. Ademais, a doutrina e a jurisprudência admitem o uso de qualquer prova, mesmo que tenha sido ilegalmente obtida, para preservar ou reestabelecer a liberdade de um acusado, em face do princípio da proporcionalidade. 

Não se pode admitir que, escancarada a trama, permaneçam os envolvidos a ocuparem funções relevantes, podendo inclusive atrapalhar ou direcionar investigações. Moro perdeu completamente as condições políticas e morais de ocupar o Ministério da Justiça, que comanda a Polícia Federal. Deve ser imediatamente afastado do cargo, também porque não reúne condições para cuidar do relevante tema da Segurança Pública, tamanha a sua falta de credibilidade na comunidade jurídica nacional e internacional. 

Quanto ao ex-presidente Lula, este devia ter sido julgado por um juiz imparcial, que presidisse o processo e acompanhasse a produção de provas com seriedade e isenção. Ninguém está acima da lei, mas também ninguém deve estar fora do seu âmbito de preservação de direitos. O processo que aconteceu em 2017 e 2018 é viciado desde a origem e as "provas" usadas até aqui são totalmente nulas. Logo nulos são todos os julgamentos baseados no indevido conluio. Ódios políticos não podem ser maiores do que as leis. E, segundo as leis, a nulidade é imperativa, por ação dolosa e fraudulenta da dupla Moro e Dallagnol. 

Por consequência, Lula deve ser libertado e novamente julgado, desta vez segundo critérios justos. A Lava Jato se ergueu em torno do tema da corrupção. Agora, mesmo os que a defendem tem o dever de afastá-la deste mesmo pecado: o da corrupção. Pois não há outra palavra para definir o que ocorreu nesse lamentável episódio. Os fins não justificam os meios. E fraudar os meios corrompe o Direito e a Justiça. 

Fernando Haddad, professor universitário, foi candidato a presidente da República. 

Flávio Dino, mestre em Direito Público (UFPE), é governador do Maranhão. 

Guilherme Boulos, militante do movimento social, foi candidato a presidente da República. 

Ricardo Coutinho, presidente da Fundação João Mangabeira, foi governador da Paraíba. 

Roberto Requião, foi governador do Paraná e senador da República. 

Sônia Guajajara, militante do movimento indígena, foi candidata à vice-presidência da República.



Brasil 247

Lula lota teatro e provoca emoção em Paris

Hoje, em Paris, estreou o espetáculo Cartas Para Lula, no Theatre Monfort lotado, com várias personalidades ilustres na audiência; o diretor, francês, traduziu as cartas que foram escritas para Lula, ao longo desse primeiro ano em que está preso, e chamou artistas e intelectuais, da França e do Brasil, para as lerem

25 de junho de 2019, 23:21 h


247 - Hoje, em Paris, estreou o espetáculo Cartas Para Lula, no Theatre Monfort lotado, com várias personalidades ilustres na audiência. O diretor, francês, traduziu as cartas que foram escritas para Lula, ao longo desse primeiro ano em que está preso, e chamou artistas e intelectuais, da França e do Brasil, para as lerem. 

Jean Wyllis e Chico Buarque estavam lá, e participaram da apresentação. Foi muito emocionante, levando a plateia às lágrimas e aos aplausos em cena aberta, em varios momentos. 

Se o Brasil tem um mito de fato, admirado em todo o mundo, este é Luiz Inacio Lula da Silva. Ironicamente, essa aclamação comovida da cultura francesa ao ex-presidente Lula, preso político, se dá no mesmo dia em que o Supremo Tribunal Federal do Brasil lhe nega a liberdade.

Veja trechos da leitura das cartas, por Chico Buarque e Jean Wyllys:



Brasil 247

'Moro era o chefe', diz Glenn Greenwald

Em audiência nesta terça-feira (25) na Câmara dos Deputados, o jornalista Glenn Greenwald, fundador do site The Intercept, disse que as trocas de mensagem reveladas pelo site mostram que Sergio Moro era o chefe da força-tarefa da Lava Jato; o jornalista denunciou as condutas ilícitas do ex-juiz

26 de junho de 2019, 04:41 h


247 - "O material já mostrou e vai continuar mostrando que Moro era o chefe da força-tarefa da Lava Jato, que era o chefe dos procuradores. Ele [Moro] está o tempo todo mandando o que os procuradores deveriam fazer e depois entrando no tribunal e fingindo que era neutro. Já mostramos isso, mas vai ter muito mais material ainda", afirmou Gleen. A declaração foi publicada na edição desta quarta-feira da Folha de S.Paulo em reportagem sobre a audiência de Greenwald na Câmara dos Deputados. 

A audiência ocorreu no mesmo dia em que o Supremo Tribunal Federal negou libertar o ex-presidente Lula da prisão. As conversas entre Moro e os procuradores da Operação Lava Jato, divulgadas pelo Intercept, revelam que o ex-juiz, hoje ministro da Justiça e Segurança Pública do governo de extrema-direita de Jair Bolsonaro, manipulou o processo e forçou a condenação do ex-presidente. 

Moro violou as normas de conduta de um juiz e atuou em conluio com a acusação.

Em seu depoimento na Câmara, Greenwald afirmou que em outros países juízes que atuem dessa maneira perderiam o cargo e seriam proibidos de exercer suas funções.



Brasil 247

Decano suspeita da parcialidade de Moro, mas não teve coragem de soltar Lula

Ministros do Supremo Tribunal Federal avaliam nos bastidores que apesar de não ter tido coragem de dar o voto decisivo para libertar o ex-presidente Lula na sessão desta terça-feira (25) da Segunda Turma, o decano da corte, Celso de Mello, ainda pode acompanhar a ala garantista e votar a favor da libertação do ex-presidente quando a discussão do mérito do Habeas Corpus for retomada

26 de junho de 2019


247 - Ministros do Supremo Tribunal Federal avaliam nos bastidores que apesar de ter dado o voto decisivo para manter Lula preso na sessão desta terça-feira (25) da Segunda Turma, o decano da corte, Celso de Mello, ainda pode acompanhar a ala garantista do STF e votar a favor da libertação do ex-presidente quando a discussão do mérito do Habeas Corpus for retomada. 

A informação é da coluna Painel da Folha de S.Paulo. Segundo essas avaliações, o decano "deixou pistas de suas dúvidas sobre a atuação de Moro foi feita por ministros do Supremo e do STJ (Superior Tribunal de Justiça)". 

O ministro Celso de Mello explicitou ressalvas em seu voto sobre a conduta ilegal de Sergio Moro. O decano frisou que a rejeição da soltura imediata de Lula não comprometia sua avaliação sobre a suspeita de parcialidade do ex-juiz. Tudo indica que permanece em curso uma intensa luta entre as duas alas em que se divide o STF. As revelações das conversas entre Moro e os procuradores da Lava Jato continuarão sendo feitas e isto pode criar um ambiente político incontornável a favor da soltura de Lula.


Brasil 247

STF se acovarda e mantém Lula preso


Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal negou a liberdade imediata do ex-presidente Lula em caráter liminar, conforme proposto por Gilmar Mendes, enquanto aguarda o julgamento do mérito do habeas corpus sobre a suspeição de Sergio Moro; além de Gilmar, Lewandowski foi favorável a Lula livre; Edson Fachin, Celso de Mello e Cármen Lúcia, contra

25 de junho de 2019


247 - A Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal negou nesta terça-feira 25 a liberdade imediata do ex-presidente Lula em caráter liminar, proposta pelo ministro Gilmar Mendes no início da tarde desta terça-feira 25. 

A discussão aconteceu em meio ao julgamento de um habeas corpus que denuncia a suspeição do ex-juiz Sergio Moro, atual ministro da Justiça. A votação sobre a suspeição de Moro foi pausada enquanto estava em 2 a 1 e voltará a ser discutida em agosto.

Gilmar propôs que o recurso sobre Moro voltasse a ser julgado com calma, posteriormente, para que se fizesse uma análise cuidadosa a respeito também dos vazamentos do site The Intercept. Mas que enquanto isso, Lula deveria aguardar o resultado em liberdade.

No caso da liberdade em caráter liminar, além de Gilmar, votou favorável o ministro Ricardo Lewandowski. Já Edson Fachin, Celso de Mello e Cármen Lúcia votaram por negar a soltura de Lula até que o STF julgue o mérito do habeas corpus pedido por Lula, deixando o placar em 3 a 2.


Brasil 247

terça-feira, 25 de junho de 2019

HC de Lula nas mãos de Carmem Lúcia e Gilmar Mendes




Diário do Centro do Mundo   -   DCM

Glenn: 'Vem mais coisa por aí, a máscara de Moro vai cair'


"A questão é o que vai ser revelado sobre o Moro, a máscara dele será derrubada", afirma o jornalista Glenn Greenwald, coautor de reportagens do site Intercept Brasil que apontam interferência de Moro no MPF-PR para orientar investigações durante a Operação Lava Jato

25 de junho de 2019


247 - O jornalista Glenn Greenwald, um dos fundadores do site Intercept Brasil e coautor de reportagens sobre irregularidades na Operação Lava Jato, siunalizou que dificilmente o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, conseguirá se manter no cargo. 

"A questão é o que vai ser revelado sobre o Moro, a máscara dele será derrubada", diz ao site Yahoo. "Acho que Moro ficou construindo por 4 anos uma imagem muito forte aqui e no mundo todo, de super herói, de que ele é o rei da ética. Uma máscara, essa coisa que faz dele uma figura superior para o brasileiro", afirma.

De acordo com Greenwald, "Moro não pode dizer que a reputação dele foi destruída". 

"Mas a aprovação dele caiu dez pontos e ainda vem muito mais coisa por aí, temos mais material que não divulgamos ainda e que já está em um processo de discussão editorial. Não me surpreende a posição do Bolsonaro com isso, porque sabemos que ele tem conexões com corruptos, milicianos, então por que surpreenderia? A questão é o que vai ser revelado sobre o Moro, a máscara dele será derrubada".

"Fiz jornalismo em muitos países. Aqui, nos Estados Unidos, muitos lugares. E na maioria deles é impensável que um juiz, diante dessas acusações, desses fatos, mantenha seu cargo", acrescenta. 


Brasil 247

Wadih Damous denuncia manipulação contra Lula no Supremo

“É mais uma manipulação de pauta, e mais um atentado ao ordenamento jurídico brasileiro. O habeas corpus é uma ação que está no rol daquilo que a doutrina chama de ‘remédio heroico’. Tem que ser apreciado com precedência em relação a qualquer outro processo”, denuncia o advogado Wadih Damous

25 de junho de 2019



Rede Brasil Atual - A avaliação é do advogado e ex-deputado federal Wadih Damous, após a retirada de pauta do julgamento do Habeas Corpus 164.493, em que os advogados do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva alegam a suspeição do ex-juiz Sergio Moro no processo do tríplex de Guarujá (SP). 

“Isso está lei e no Estatuto do Idoso, no caso do Lula. Em relação a determinadas personagens, no sistema de Justiça, a lei hoje não quer dizer mais nada”, acrescenta. O ministro Gilmar Mendes, que havia pedido vista do processo, decidiu retirar o caso da pauta nesta terça (24). “De ordem do excelentíssimo ministro Gilmar Mendes, vistor, certificamos que o processo foi retirado do calendário de julgamento do dia 25/6/2019”, informa o STF na página referente ao HC de Lula. 

“É mais uma uma atitude política de quem deveria estar julgando de acordo com a lei. A ministra Cármen Lúcia já havia feito a mesma coisa quando estava na presidência da corte”, diz Damous, em referência ao julgamento das Ações Declaratórias de Constitucionalidade (ADCs) 43, 44 e 54, que discutem a prisão ou não após condenação em segunda instância. 

Então presidente do STF, Cármen se recusou a pautar as ADCs durante o ano de 2018, mesmo após o ministro Marco Aurélio, relator das ações, ter liberado as três para julgamento pelo plenário no final de 2017. 

A partir desta terça-feira (25), a ministra passa a ocupar a presidência da Segunda Turma no lugar de Ricardo Lewandowski. “Objetivamente, quando se trata do presidente Lula, tudo tem um tratamento diferente do ordinário. É o ‘procedimento Lula’, em todos os aspectos, até numa pauta de processo o caso dele tem tratamento diferenciado”, diz Damous. O HC de Lula não tem data para ser analisado pela Turma, o que pode acontecer apenas em agosto, depois do recesso do Judiciário brasileiro. 

O processo já tem dois votos, ambos contrários ao pedido da defesa. Em dezembro, os ministros Edson Fachin, relator da Lava Jato no tribunal, e a ministra Cármen Lúcia votaram contra o pedido de suspeição de Moro. Depois disso, Gilmar Mendes pediu vista. Além deles, compõem o colegiado os ministros Ricardo Lewandowski e Celso de Mello. 

A suspeição do ex-juiz e atual ministro, de acordo com aliados de Lula, se concretizou depois que ele aceitou convite para o cargo de ministro da Justiça e Segurança de Jair Bolsonaro (PSL). Os vazamentos das conversas de Moro com o procurador Deltan Dallagnol, revelados por The Intercept, segundo os advogados e aliados de Lula, reforçam os argumentos da defesa. 

Em artigo divulgado pela internet, o cientista político e ex-presidente do PSB Roberto Amaral afirma que a discussão sobre a legalidade ou ilegalidade das revelações do Intercept “tem um só objetivo: esvaziar a gravidade de seu significado”. Para ele, “ao invés de o debate travar-se em torno do mérito da questão, o conluio entre juiz e procuradores, deriva para o secundário”. Nesta segunda-feira, a defesa do ex-presidente protocolou petição no STF pedindo que o HC fosse julgado nesta terça, como previsto por indicação do próprio ministro Gilmar Mendes na semana passada. Segundo o magistrado, não haveria tempo hábil para análise do caso. 

Daria mais tempo de o caso ser analisado amanhã. Em outro julgamento, no dia 11 de junho, a Segunda Turma STF decidiu remeter ao plenário o julgamento do habeas corpus (HC) contra uma súmula do Tribunal Regional Federal da 4ª Região, que determina o cumprimento prisão imediato da pena a réus condenados em segunda instância.


Brasil 247

Grupo de juízes federais pede expulsão de Moro de associação da categoria

O ex-juiz federal Sergio Moro, hoje ministro da Justiça e Segurança Pública de Bolsonaro pode ser expulso de associação de magistrados por ter violado as leis ao manipular o processo que resultou na condenação do ex-presidente Lula; um grupo de 30 juízes federais de vários estados pediu à Associação dos Juízes Federais do Brasil a suspensão cautelar de Moro das atividades associativas

25 de junho de 2019


O ex-juiz federal Sergio Moro, hoje ministro da Justiça e Segurança Pública de Bolsonaro pode ser expulso de associação de magistrados por ter violado as leis ao manipular o processo que resultou na condenação do ex-presidente Lula. 

Reportagem do jornalista Rubens Valente na Folha de S.Paulo informa que "um grupo de 30 juízes federais de várias partes do país pediu nesta segunda-feira (24) à Ajufe (Associação dos Juízes Federais do Brasil) a suspensão cautelar do ministro Sérgio Moro das atividades associativas, inclusive da participação na Lista Ajufe, um grupo de discussão dos magistrados por e-mail". 

Os juízes federais se somam ao clamor nacional pela apuração das circunstâncias das conversas travadas entre Moro e membros da Lava Jato no Ministério Público Federal. O grupo de juízes está conbencido de que, se confirmadas as convefsas reveladas pelo site The Intercept, Moro deveria perder o título de sócio benemérito da entidade. 

"Entendemos que as condutas expostas na publicação jornalística, caso confirmadas, são totalmente contrárias aos princípios éticos e às regras jurídicas que devem reger a atuação de um magistrado, pois quando um juiz atua de forma parcial, chegando ao ponto de confundir sua atuação com a do órgão acusador, a credibilidade do Poder Judiciário é posta em xeque", diz a representação encaminhada pelos juízes federais.


Brasil 247

segunda-feira, 24 de junho de 2019

“Não sei como tudo isso vai acabar. O fracasso desse governo me parece óbvio”, diz Chico ao Le Monde


Publicado por Larissa Bernardes
- 21 de junho de 2019

Chico Buarque em entrevista ao programa Super Libris, do SescTV – Divulgação


Publicado originalmente na RFI

A edição de Le Monde deste sábado (22), traz uma entrevista exclusiva com Chico Buarque. O cantor, compositor e escritor fala sobre a situação atual do Brasil e sobre o pedido de visto de longa duração na França que fez recentemente.

Chico fala que a situação é diferente da de 1969, quando esteve exilado na França. Ele explica que está em Paris escrevendo, como faz com frequência. “Simplesmente porque em Paris estou mais tranquilo, tenho mais tempo, por exemplo, para me concentrar em escrever o livro que comecei no início deste ano. Em 1969, havia um regime militar no poder, com perseguição concreta e direta dos artistas”, relata.

“Cultura de ódio”

Ele explica que hoje os artistas brasileiros não são bem-vindos, nem bem vistos pelo governo. “Uma cultura de ódio se espalhou de maneira impressionante”. Chico conta que o novo governo despreza totalmente a cultura. Mas diz que, apesar do pedido de visto francês, quer continuar a viver no Brasil. “Não posso viver longe de meu país”, afirma.

Questionado sobre a atual crise política no Brasil, Chico diz que ela vem de longe, concretamente a partir do impeachment de Dilma Rousseff. “Tenho muitas reservas ao PT, o partido teve episódios de corrupção, como os governos precedentes”, afirma. “Mas depois da derrota da direita nas eleições presidenciais, o PT foi incrivelmente estigmatizado”.

Erros petistas

A respeito dos erros cometidos pelo PT, Chico diz que o partido renunciou a muitos de seus ideais, pois Lula estava cansado de perder eleições. “Ele decidiu fazer do PT um partido de governo. Por isso fez concessões, acordos com forças que o PT não teria aceito em tempos normais. O PT deixou de ser um partido de esquerda para se tornar uma formação socialdemocrata”, explica.

Sobre o atual governo, Chico diz que ele pode ser considerado como neofascista, por compartilhar muitas práticas com os regimes de direita. O artista cita as incongruências, como a influência de Olavo de Carvalho sobre Jair Bolsonaro, ou um “ministro da educação contra a educação” e “um ministro do meio ambiente contra o meio ambiente”, além de um chanceler “louco”. “Esse homem vai contra a história de excelência da diplomacia brasileira”, explica.

“Prestígio quase zero”

“Às vezes me digo que é melhor não ter ministro da Cultura neste governo! A cultura já é atacada de toda parte, se tivesse um ministro, a situação seria ainda pior”, acrescenta Chico.

O artista diz que as mobilizações fora do Brasil contra o governo Bolsonaro são válidas, mesmo sendo difícil medir a eficácia dessas iniciativas. “O prestígio do Brasil hoje é quase zero no exterior”.

“Não sei como tudo isso vai acabar. O fracasso desse governo me parece óbvio”, declarou o artista ao jornal Le Monde.


Diário do Centro do Mundo   -   DCM

STF adiará julgamento do caso Lula, diz Mônica Bergamo

Defesa do ex-presidente pediu anulação do julgamento e suspeição de Moro, alegando parcialidade do ex-juiz

-24/06/2019


Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil


Jornal GGN – O pedido da defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para anular o julgamento do ex-juiz Sérgio Moro, no caso do triplex, deve acontecer no segundo semestre, não mais nesta terça-feira, 25 de junho, como estava previsto.

A informação é da colunista da Folha de S.Paulo, Mônica Bergamo. A mudança ocorreu por uma estratégia da presidente da Segunda Turma do STF, grupo que está com a análise do caso, Cármen Lúcia. Ela colocou a ação de Lula no último lugar de uma fila de 12 processos.

O ministro Gilmar Mendes, membro da Turma e que havia agendado a matéria para ser discutida neste dia 25, logo após a exposição do escândalo revelado pelo The Intercept Brasil, mostrando as trocas de mensagens entre Moro e os procuradores da força-tarefa da Lava Jato, comentou que somente o voto dele tem mais de 40 páginas. Por isso, após ver que Cármen Lúcia colocou o caso como último da fila, decidiu ele mesmo adiar a discussão.

Além de Cármen e Gilmar, a 2ª Turma é formada pelos ministros Ricardo Lewandowski, Celso de Mello e Edson Fachin.

No dia 13 de junho, a defesa do ex-presidente encaminhou ao STF uma atualização ao processo de suspeição de Moro, citando o material revelado pelo The Intercept como provas, já apresentadas anteriormente, da parcialidade do ex-juiz.

Os advogados de Lula pontuam ainda, que a troca de mensagens entre Moro, então responsável por julgar as ações da Lava Jato, e os procuradores da força-tarefa “revelam a conjuntura e minúcias das circunstâncias históricas em que ocorreram os fatos comprovados nestes autos”, “tudo a demonstrar situações incompatíveis com a ‘exigência de exercício isento da função jurisdicional’ e que denotam o completo rompimento da imparcialidade objetiva e subjetiva”.


Jornal GGN

Pepe Escobar: Morogate já vira Russiagate




TV 247

Altman: STF definirá os rumos do País




TV 247

Bom dia 247 (24.6.19): Semana decisiva para Lula, Moro e o STF




TV 247

Bom dia 247 (23.6.19): Folha complica ainda mais Moro e Dallagnol




TV 247

Com Lava Jato sob suspeita, caso Lula volta ao STF


A luta jurídica pela libertação do ex-presidente Lula pode chegar a um momento decisivo nesta terça-feira (25); a Segunda Turma da corte vai julgar se as ações penais contra o ex-presidente devem ser anuladas devido às manipulações feitas pelo ex-juiz Sergio Moro no comando da Operação Lava Jato

24 de junho de 2019


A luta jurídica pela libertação do ex-presidente Lula pode chegar a um momento decisivo nesta terça-feira (25). 

A Segunda Turma da corte vai julgar se as ações penais contra o ex-presidente devem ser anuladas devido às manipulações feitas pelo ex-juiz Sergio Moro no comando da Operação Lava Jato. 

A divulgação das conversas entre Moro e os procuradores pelo site The Intercept demonstrou que o ex-juiz não se conduziu com imparcialidade. A condenação de Lula foi uma decisão arbitrária de Moro e, portanto, pode ser anulada pelo Supremo Tribunal Federal. 

Reportagem do jornal Folha de S.Paulo demonstra que o momento político é favorável à anulação das decisões da Lava Jato contra Lula. 

Se a tese da defesa de Lula for bem-sucedida, "o ex-presidente será solto e, a depender do teor da decisão dos ministros, os processos da Lava Jato contra Lula podem retroceder até mesmo para a fase de investigação", diz o jornal.


Brasil 247

Defesa de Lula explica por que Moro é suspeito


"Na cruzada contra Lula, sua defesa foi tratada como mera formalidade; provas relevantes foram indeferidas e criou-se na opinião pública, por ações do próprio juiz do caso, uma expectativa de condenação difícil de ser superada mesmo com as provas de inocência que apresentamos", explicam os advogados Cristiano Zanin Martins e Valeska Teixeira Martins

24 de junho de 2019


247 – Em artigo publicado nesta segunda-feira, os advogados Cristiano Zanin Martins e Valeska Teixeira Martins explicam, de forma didática, por que o ex-ministro Sergio Moro deve ser considerado suspeito pelo Supremo Tribunal Federal no julgamento que pode ocorrer nesta terça-feira 25. Se o Estado de Direito prevalecer, Lula deverá ter sua liberdade plena restabelecida nessa data e os processos devem voltar ao início, presididos por juiz natural, independente e imparcial, o que nunca foi o caso do atual ministro da Justiça, Sergio Moro, em relação ao ex-presidente", dizem os advogados. "A Constituição Federal e a legislação não permitem a condução do processo e sua conclusão por juiz que tenha —ou aparente ter— interesse no seu desfecho", lembram ainda.

Cristiano e Valeska argumentam que "a mera dúvida sobre a isenção do magistrado é suficiente para que seja reconhecida sua suspeição". E isso se tornou evidente após a chamada 'Vaza Jato'. 

"Não há qualquer controvérsia quanto ao fato de que, em 2016, Moro autorizou ilegalmente, por 23 dias, a interceptação do principal ramal do nosso escritório e monitorou, com procuradores e policiais, as conversas que mantínhamos sobre a estratégia jurídica de defesa do ex-presidente Lula", lembra ainda os advogados.

"Na cruzada contra Lula, sua defesa foi tratada como mera formalidade; provas relevantes foram indeferidas e criou-se na opinião pública, por ações do próprio juiz do caso, uma expectativa de condenação difícil de ser superada mesmo com as provas de inocência que apresentamos", aponta.



Brasil 247

sábado, 22 de junho de 2019

A campanha do GGN para mostrar a realidade de quem vive a capitalização da Previdência na pele


A campanha do GGN para mostrar a realidade de quem vive a capitalização da Previdência na pele

Lançamos no site Catarse uma campanha de financiamento coletivo para financiar uma grande reportagem sobre um dos pontos mais controversos da tão sonhada reforma de Paulo Guedes: a entrega das aposentadorias ao sistema privado. Saiba como apoiar

-22/06/2019

Como seria o futuro da aposentadoria dos brasileiros se fosse retirada toda a responsabilidade do governo em garantir esse direito e, ao contrário, empresas controlassem as quantias depositadas mês a mês pelos trabalhadores?

A mesma proposta que hoje tramita no Congresso brasileiro, de capitalização individual, foi discutida há 40 anos em um país vizinho ao nosso, o Chile.

Com somente 18 milhões de habitantes, o Chile enfrentou o dilema de privatizar a aposentadoria durante a ditadura do general Augusto Pinochet (1973-1990), uma das piores e mais longevas da América Latina.

Em 1980, o ditador publicou um decreto modificando por completo as pensões no País: as chamadas Administradoras de Fundos de Pensões (AFP) – que nada mais são do que empresas privadas do setor financeiro – passaram a controlar as arrecadações dos trabalhadores.

Quase 40 anos depois, o cenário é de um completo desastre.

Para entender como funciona, na prática, a entrega das aposentadorias ao sistema privado, o GGN, portal comandado pelo jornalista Luis Nassif, quer apresentar ao Brasil uma cobertura completa sobre o exemplo do Chile, conversando com economistas de referência naquele País e com os aposentados chilenos, narrando o cenário que enfrentam, como se chegou a isso e porque se pode considerar que o experimento neoliberal dos EUA na América Latina se tornou um verdadeiro fracasso.

>>> CLIQUE AQUI PARA SER UM DOADOR <<<

Uma repórter do GGN irá ao Chile entrevistar especialistas em Previdência e aposentados, percorrer o histórico local da reforma e resgatar os argumentos usados para convencer o País a mudar o sistema.


Também preparamos uma entrevista exclusiva com um “Chicago Boy” dissidente, que estudou na Escola de Chicago e contará porque o neoliberalismo não funciona nas realidades latino-americanas.

Os produtos desse trabalho jornalístico serão uma série especial de reportagens e um documentário em vídeo.

Se momentaneamente a capitalização foi retirada do texto da reforma da Previdência votado pela comissão especial da Câmara dos Deputados, na segunda semana de junho, o governo Bolsonaro já afirmou que irá fazer o possível para reincluir a mudança do sistema na pauta. Da mesma forma, o ministro da Economia Paulo Guedes, que também estudou na Universidade de Chicago, anunciou que não aceitará a retirada da capitalização da Previdência.

Você pode participar doando valores a partir de R$ 10.

As doações especiais serão retribuídas com acesso antecipado ao produto final.





Jornal GGN

Recado do Nassif: os fatores Marlus Arns e FHC no dossiê Intercept




TV GGN

quinta-feira, 20 de junho de 2019

Nova bomba da Vaza Jato revela que Moro mentiu e cometeu outro crime contra Lula


A parceria entre o The Intercept e o jornalista Reinaldo Azevedo trouxe mais uma bomba: a revelação de que o ex-juiz Sergio Moro, que atuou como chefe da acusação contra Lula, e não como magistrado imparcial, decidiu que procuradores deveriam interrogar o ex-presidente, em mais um crime que terá que levar à anulação do processo

20 de junho de 2019



A parceria entre o The Intercept e o jornalista Reinaldo Azevedo trouxe mais uma bomba: a revelação de que o ex-juiz Sergio Moro, que atuou como chefe da acusação contra Lula, e não como magistrado imparcial, decidiu que procuradores deveriam interrogar o ex-presidente, em mais um crime que terá que levar à anulação do processo.


Uma nova conversa entre membros da Lava Jato revela que a procuradora Laura Tessler, da força-tarefa, deixou de participar de audiências, incluindo uma com o ex-presidente Lula, após reclamação do então juiz Sérgio Moro.

As informações foram divulgadas com exclusividade e em primeira mão pelo âncora da BandNews FM Reinaldo Azevedo, em parceria com o site The Intercept Brasil.

Em 13 de março de 2017, Moro enviou uma mensagem para o procurador Deltan Dallagnol, onde fala sobre a integrante da Lava Jato: “É excelente mas para inquirição em audiência, ela não vai muito bem. Desculpe dizer isso, mas com discrição, tente dar uns conselhos a ela, para próprio bem dela. Um treinamento faria bem. Favor manter reservada essa mensagem”.

No mesmo dia, Deltan encaminha a mensagem para o também procurador Carlos Fernando dos Santos Lima, hoje aposentado. Após pedir para o coleter cuidado e apagar as informações depois da leitura, Deltan afirma: “Vamos ver como está a escala e talvez sugerir que vão 2, e fazer uma reunião sobre estratégia de inquirição, sem mencionar ela.”

Em resposta, Carlos Fernando concorda com o pedido: “Por isso tinha sugerido que Júlio ou Robinho fossem também. No do Lula não podemos deixar acontecer."


Brasil 247