Defesa do ex-presidente pediu anulação do julgamento e suspeição de Moro, alegando parcialidade do ex-juiz
Por Jornal GGN
-24/06/2019
Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil
Jornal GGN – O pedido da defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para anular o julgamento do ex-juiz Sérgio Moro, no caso do triplex, deve acontecer no segundo semestre, não mais nesta terça-feira, 25 de junho, como estava previsto.
A informação é da colunista da Folha de S.Paulo, Mônica Bergamo. A mudança ocorreu por uma estratégia da presidente da Segunda Turma do STF, grupo que está com a análise do caso, Cármen Lúcia. Ela colocou a ação de Lula no último lugar de uma fila de 12 processos.
O ministro Gilmar Mendes, membro da Turma e que havia agendado a matéria para ser discutida neste dia 25, logo após a exposição do escândalo revelado pelo The Intercept Brasil, mostrando as trocas de mensagens entre Moro e os procuradores da força-tarefa da Lava Jato, comentou que somente o voto dele tem mais de 40 páginas. Por isso, após ver que Cármen Lúcia colocou o caso como último da fila, decidiu ele mesmo adiar a discussão.
Além de Cármen e Gilmar, a 2ª Turma é formada pelos ministros Ricardo Lewandowski, Celso de Mello e Edson Fachin.
No dia 13 de junho, a defesa do ex-presidente encaminhou ao STF uma atualização ao processo de suspeição de Moro, citando o material revelado pelo The Intercept como provas, já apresentadas anteriormente, da parcialidade do ex-juiz.
Os advogados de Lula pontuam ainda, que a troca de mensagens entre Moro, então responsável por julgar as ações da Lava Jato, e os procuradores da força-tarefa “revelam a conjuntura e minúcias das circunstâncias históricas em que ocorreram os fatos comprovados nestes autos”, “tudo a demonstrar situações incompatíveis com a ‘exigência de exercício isento da função jurisdicional’ e que denotam o completo rompimento da imparcialidade objetiva e subjetiva”.
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