quarta-feira, 31 de julho de 2019

Lava Jato desmoralizada: procurador das conversas impróprias com Dallagnol reaparece sem barba


Publicado por Joaquim de Carvalho
- 31 de julho de 2019

Roberson Pozzobon, agora sem barba. Foto de Eduardo Matysiak

Pozzobon, quando travava conversas impróprias com Dallagnol

O procurador Roberson Pozzobon, o Robito das conversas secretas e impróprias com Deltan Dallagnol, reapareceu em público hoje, com um visual diferente. Está sem barba.

Durante coletiva na Polícia Federal, Pozzobon falou sobre a 62a. fase da Operação Lava Jato, que tem no dono do Grupo Petrópolis (cerveja Itaipava) seu peixe mais graúdo.

Mas é impossível ver o registro do evento, feito pelo fotógrafo Eduardo Matysiak, e não se lembrar do diálogo dele com Deltan Dallagnol, vazado pela Folha de S. Paulo e Intercept.

Na conversa, do final do ano passado, os dois discutem como burlar a vigilância da opinião pública e a legislação que proíbe procuradores de serem sócios-gerentes de empresas.

O diálogo deles, num grupo fechado do Telegram, é sobre a abertura de uma empresa.

”Vamos organizar congressos e eventos e lucrar, ok? É um bom jeito de aproveitar nosso networking e visibilidade”, disse Dallagnol.

As conversas evoluem até que discutem, em fevereiro deste ano, a possibilidade da empresa ser alvo de investigação.

O receio é que a empresária que hoje organiza as palestras de Dallagnol pudesse um dia ser ouvida em juízo.

“É bem possível que um dia ela (em referência à proprietária de uma empresa especializada em palestras) seja ouvida sobre isso para nos pegarem por gerenciarmos empresa”, disse. 

Pozzobon respondeu: “Se chegarem nesse grau de verificação é pq o negócio ficou lucrativo mesmo rsrsrs. Que veeeenham”.

Era este o procurador que agora há pouco demonstrava indignação com atos ilícitos supostamente praticados por empresários.

Disse ele, solene:

“A dimensão, novamente, dos ilícitos praticados, cuja investigação hoje se aprofunda, causa espanto. Estamos falando de lavagens de dinheiro nacionais e transnacionais que envolveram dois grandes grupos econômicos do Brasil: a Odebrecht e o grupo Petrópolis.”

Continua com o discurso anti-corrupção afiado, o que revela o senso de oportunidade para situações que podem proporcionar grande visibilidade.

E, como lhe disse Dallagnol, visibilidade pode ser traduzida em moeda sonante.

Enquanto Pozzobon discorria sobre atos ilícitos dos empresários, era quase possível ver as palavras do chat secreto com Dallagnol girarem em torno de seu rosto agora sem barba.

A Lava Jato está completamente desmoralizada.

O ideal é que esses procuradores agora sob suspeita fossem afastados.

O Ministério Púbico Federal seguiria no seu trabalho.

Mas não representado por rostos que, em público, expressam indignação com corrupção, mas que, agora se sabe, longe dos holofotes, se comprazem com a possibilidade de ganhar dinheiro por baixo dos panos.

“Que veeeeeenham”, disse o jovem.

“Que partam”, dissemos nós.

O Brasil não precisa de moralistas sem moral.
Pozzobon e os demais homens da lei. Foto de Eduardo Matysiak



Diário do Centro do Mundo - DCM

Desemprego no Brasil alcança 12,8 milhões de pessoas e outras 28,4 milhões são subutilizadas


Estagnação da economia fez com que a taxa de desocupação no Brasil, no trimestre encerrado em junho de 2019, ficasse em 12% e a subutilização foi de 24,8%; segundo dados do IBGE, país tem 12,8 milhões de pessoas desempregados e outras 28,4 milhões trabalham menos horas do que poderiam; número de desalentados se manteve recorde , com 4,4%, que soma 4,9 milhões de trabalhadores

31 de julho de 2019

Pessoas buscam vagas de trabalho no centro de São Paulo (Foto: REUTERS/Amanda Perobelli)

Akemi Nitahara, repórter da Agência Brasil - A taxa de desocupação no Brasil, no trimestre encerrado em junho de 2019, ficou em 12% e a subutilização foi de 24,8%.

Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio - Contínua (Pnad Contínua), divulgada hoje (31), no Rio de Janeiro, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

São 12,8 milhões de pessoas sem trabalho no país e 28,4 milhões que trabalham menos horas do que poderiam.

Houve ligeira queda na comparação com o trimestre anterior, quando a desocupação estava em 12,7% e a subutilização em 25%. No mesmo período do ano passado, as taxas eram de 12,4% e 25,5%, respectivamente.

O rendimento real habitual apresentou queda de 1,3%, caindo de R$ 2.321 no primeiro trimestre do ano para R$ 2.290 na última medição.

O número de desalentados - pessoas que desistiram de procurar trabalho - se manteve recorde no percentual da força de trabalho, com 4,4%, que soma 4,9 milhões.


Brasil 247

Bom dia 247 (31.7.19): Instituições tentam conter a besta Bolsonaro




TV 247

Bolsonaro e o crime de desaparecimento forçado




TV GGN

“Não me importo com ameaças e não vou deixar o país dos meus filhos regredir para ditadura”, diz Glenn em ato da ABI


Durante ato na ABI na noite desta terça-feira (30), o jornalista Glenn Greenwald prometeu continuar a revelar ilegalidades da Lava Jato e afirmou que não irá deixar o País, mesmo diante das ameaças de Jair Bolsonaro; "Eu não vou fugir desse país. Eu não vou deixar o país dos meus filhos regredir para a ditadura", disse Greenwald

30 de julho de 2019

(Foto: David Miranda)

247 - O jornalista Glenn Greenwald afirmou nesta terça-feira, 30, durante ato na Associação Brasileira de Imprensa (ABI), no Rio de Janeiro, que não irá deixar o Brasil por conta das ameaças sofridas por Jair Bolsonaro, pelo fato dele estar revelando as ilegalidades da operação Lava Jato. 


"Esse é meu passaporte norte-americano. Esse passaporte me permite ir para o aeroporto a qualquer minuto e sair do país", disse Glenn diante de um auditório lotado na ABI. "Eu não me importo com as ameaças queBolsonaro fez contra mim. Eu não vou fugir desse país. Eu não vou deixar o país dos meus filhos regredir para a ditadura", disse Greenwald.

O ato em defesa de Greenwald e dos demais jornalistas do The Intercept Brasil que estão sendo alvos de ataques do bolsonarismo contou com a participação de centenas de pessoas, entre jornalistas, políticos, advogados, artistas, representantes de movimentos sociais. 

Em entrevista, Glenn que tem medo de ser preso. "Quando o presidente está te ameaçando por três dias consecutivos, usando seu nome como Jair Bolsonaro está fazendo contra mim, obviamente o risco é grande de eu ser preso. Nós sabemos isso todo o tempo", afirmou.

O artigo 5º da Constituição Federal, que trata dos direitos e deveres do cidadão, estabelece que "é assegurado a todos o acesso à informação e resguardado o sigilo da fonte, quando necessário ao exercício profissional".

Assista a um trecho do discurso de Glenn Greenwald:



"Eu não vou deixar o país dos meus filhos regredir para a ditadura" @ggreenwald #LiberdadeDeImprensa #DitaduraNuncaMais



Brasil 247

Folha diz em editorial que Bolsonaro é um personagem boçal e infame, que poderá ser derrubado


"A insistência na agressão e na boçalidade revela uma personalidade sombria que parece se reconhecer, com júbilo, nas trevas dos porões da ditadura militar", diz o editorial mais duro já publicado até agora pela Folha de S. Paulo sobre Jair Bolsonaro

31 de julho de 2019

(Foto: ADRIANO MACHADO - REUTERS)

247 – O jornal Folha de S. Paulo, que apoiou o golpe de 2016 e a inabilitação do ex-presidente Lula, contribuindo portando para a ascensão do neofascismo no Brasil, publica nesta quarta-feira seu mais duro editorial contra Jair Bolsonaro. "Se no início de mandato declarações e medidas estapafúrdias ainda podiam, com boa vontade, ser vistas como tentativa de satisfazer o eleitorado mais fiel e ideológico, o que se verifica agora é um padrão de atitudes que ofendem o Estado de Direito, reforçam preconceitos e aprofundam as divisões políticas. Além de expor o despreparo do chefe do Executivo para desempenhar suas funções num quadro de coexistência com as diferenças, a insistência na agressão e na boçalidade revela uma personalidade sombria que parece se reconhecer, com júbilo, nas trevas dos porões da ditadura militar", aponta o texto.

O editorial sugere ainda um possível processo de impeachment contra Bolsonaro, por falta de decoro. "Com índices de aprovação aquém dos obtidos por seus antecessores em igual período do mandato, o presidente desperta crescente apreensão quanto a seu desempenho nos anos vindouros. Para alguns analistas, os destemperos verbais já começam a fornecer munição para um eventual enquadramento em crime de responsabilidade, por procedimentos incompatíveis com a dignidade, a honra e o decoro do cargo. Não se vê nenhum movimento nesse sentido, e a perspectiva de reforma da Previdência dá fôlego ao governo. Entretanto a recente espiral de infâmias não poderá se perpetuar sem consequências.


Brasil 247

Barbearia





Brasil 247

terça-feira, 30 de julho de 2019

Wadih: o impeachment de Bolsonaro é urgente e necessário

O advogado Wadih Damous, que foi deputado e presidiu a OAB-RJ, defende a construção de uma frente de partidos para apresentar um pedido de impeachment de Jair Bolsonaro, que, nesta segunda-feira, quebrou o decoro que o cargo exige, ao se vangloriar do assassinato de Fernando Santa Cruz, desaparecido político e pai do atual presidente da OAB, Felipe Santa Cruz. "O Brasil é hoje presidido por um moleque desqualificado", diz Wadih, que afirma que a esquerda não deve temer o que virá pela frente

29 de julho de 2019

(Foto: Gustavo Bezerra)

247 – O impeachment de Jair Bolsonaro é um imperativo da sociedade brasileira, mesmo que a consequência seja um governo do atual vice-presidente, o general Hamilton Mourão. A avaliação foi feita pelo advogado e ex-deputado Wadih Damous, em entrevista à TV 247. "Bolsonaro já cometeu vários crimes de responsabilidade e hoje ultrapssou todos os limites ao ofender a memória de um desaparecido político", afirmou. Wadih refere-se à declaração de que Bolsonaro sabe como Fernando Santa Cruz, pai de Felipe Santa Cruz, atual presidente da OAB, foi assassinado. "Este sujeito está destruindo o Brasil e o que resta da nossa reputação", afirma.


Segundo Damous, a esquerda não deve se prender ao cálculo político de que um eventual governo do vice Hamilton Mourão seria pior. "O impeachment seria um basta a isso que está aí. Se o Mourão vier na mesma linha, também sofrerá resistência", afirma. Wadih diz ainda que Bolsonaro precisa ser detido e que nada pode ser pior do que a sua figura. Nesta segunda-feira, a fala de Bolsonaro foi repudiada por lideranças de vários partidos, como Dilma Rousseff, Gleisi Hoffmann e Paulo PImenta, do PT, João Doria, do PSDB, Marina Silva, da Rede, e Guilherme Boulos e Ivan Valente, do Psol.



Confira abaixo a entrevista de Wadih:



Brasil 247

Bom dia 247 (30.7.19): A hora do Fora Bolsonaro




Brasil 247

Condenação no Parlamento e Judiciário a discurso fascista indica que Bolsonaro pode ser afastado


O discurso fascista do presidente Jair Bolsonaro despertou forte reação negativa generalizada nos meios jurídicos e políticos do país. A ofensa disparada por Jair Bolsonaro ao presidente da OAB, Felipe Santa Cruz, chocou o mundo político e o Judiciário e está sendo condenada por líderes partidários. A luta pelo afastamento do presidente entra na ordem do dia

30 de julho de 2019

(Foto: ADRIANO MACHADO - REUTERS)

247 - O mundo político, jurídico e a sociedade começam a defender com ênfase uma reação contra a escalada ditatorial de Bolsonaro e a luta por seu afastamento entra na ordem do dia. 

Informações da coluna Painel do jornal Folha de São Paulo mostram a reação à fala de Bolsonaro em que ataca o presidente da OAB e se refere em termos ofensivos ao episódio do assassinato do pai do dirigente pela ditadura militar em 1974. 

No Judiciário, ministros do STF (Supremo Tribunal Federal) se solidarizaram com o presidente da OAB e consideraram que a fala de Bolsonaro sobre o assassinato de Fernando Santa Cruz “faz troça da dor alheia, algo inaceitável”. 

De acordo com a coluna, deputados defendem que o Congresso avalie extinguir a figura das medidas provisórias e derrubar todo decreto em que Bolsonaro exorbitar de suas funções. A sensação que se generaliza no Congresso é que a vocação ditatorial de Bolsonaro fica evidente na sua retórica fascista e na tentativa de atropelar o parlamento com decretos e medidas provisórias. 

Ainda no plano político, o prefeito de São Paulo, Bruno Covas, do PSDB, repudiou o discurso de Bolsonaro como “absurdo, inaceitável, incompatível com a República democrática". Bruno é neto de Mário Covas (1930-2001), que teve os direitos políticos cassados pela ditadura. 

Todas essas reações demonstram que o impeachment de Bolzonaro entra na ordem política para defender a democracia.



Brasil 247

É #FAKE que Gleisi Hoffmann foi agredida em carnaval fora de época em Fortaleza


Mensagem que acompanha vídeo feito no Fortal 2019 diz que mulher em camarote é a presidente do PT. Não é verdade. Gleisi estava em Curitiba durante o festival.

Por G1

29/07/2019 
Reprodução

Circula pelas redes sociais um vídeo em que foliões atiram objetos em direção a uma mulher que está em um camarote. A legenda que acompanha o vídeo diz: "No carnaval fora de época de Fortaleza deste ano (Fortal) a atração foi o camarote do PT com a Gleise Hoffman...". A mensagem é #FAKE.

— Foto: Arte/G1

O vídeo foi feito durante o Fortal 2019 – carnaval fora de época realizado em Fortaleza no mês de julho. A troca de agressões entre foliões que estão na pista e integrantes de camarotes foi registrada em redes sociais e em jornais. Mas a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, não estava no evento.

Ela não esteve em Fortaleza no fim de semana. "Ela esteve em Curitiba desde a quinta-feira (25) e retornou a Brasília no domingo (28). No sábado (27), na capital do Paraná, a deputada participou de uma agenda, conforme foto publicada no Instagram", informa a assessoria de imprensa da deputada.
Foto publicada no sábado pela deputada no Instagram — Foto: Reprodução/Instagram

Pelas imagens, que mostram uma mulher de cabelo preto, é possível ver que ela não é Gleisi. A informação de que o camarote era do PT também é falsa. E o nome da deputada aparece escrito errado na mensagem viral.

Além disso, outro detalhe que denota a falsidade da mensagem é que as pessoas que atiram as latinhas contra a mulher gritam palavras de ordem contra o presidente Jair Bolsonaro (PSL), enquanto a mulher em questão o defende. Gleisi faz parte do principal bloco de oposição a Bolsonaro na Câmara.


É #FAKE que Gleisi Hoffmann foi agredida em carnaval fora de época de Fortaleza — Foto: Reprodução




O Globo  -  G1

segunda-feira, 29 de julho de 2019

Se presidente da OAB quiser saber como o pai desapareceu na ditadura, eu conto, diz Bolsonaro


O pai do presidente da OAB, Fernando Augusto Santa Cruz de Oliveira, desapareceu em fevereiro de 1974, quando o filho tinha apenas 2 anos

-29/07/2019


Foto: Agência Brasil

Jornal GGN – Jair Bolsonaro atacou nesta segunda (29) o presidente nacional da OAB, Felipe Santa Cruz, usando a memória da morte de seu pai, durante a ditadura militar, como arma.

Segundo relatos da Folha, Bolsonaro estava reclamando da atuação da OAB no caso envolvendo Adélio Bispo de Oliveira, responsável pela facada no capitão expulso do Exército, durante a disputa eleitoral de 2018, quando sacou a história da morte do pai de Felipe.

“Por que a OAB impediu que a Polícia Federal entrasse no telefone de um dos caríssimos advogados? Qual a intenção da OAB? Quem é essa OAB? Um dia, se o presidente da OAB quiser saber como é que o pai dele desapareceu no período militar, conto pra ele. Ele não vai querer ouvir a verdade. Conto pra ele.”

Bolsonaro ainda acrescentou: “Não é minha versão. É que a minha vivência me fez chegar nas conclusões naquele momento. O pai dele integrou a Ação Popular, o grupo mais sanguinário e violento da guerrilha lá de Pernambuco e veio desaparecer no Rio de Janeiro.”

De acordo com o jornal, o pai do presidente da OAB, Fernando Augusto Santa Cruz de Oliveira, desapareceu em fevereiro de 1974, quando o filho tinha apenas 2 anos. Ele foi preso junto de um amigo chamado Eduardo Collier, por agentes do DOI-CODI, no Rio de Janeiro.

Quando estudante de Direito, Fernando era funcionário do Departamento de Águas e Energia Elétrica em São Paulo e integrante da Ação Popular Marxista-Leninista. A Comissão da Verdade destacou em seu relatório final que ele tinha endereço e trabalho fixos quando sumiu.


Bolsonaro também afirmou que não recorreu da condenação de Adélio para evitar que a pena dele fosse ainda menor. “Adélio se deu mal. Eu não recorri porque se recorresse ele seria julgado não por homicídio, mas tentativa de homicídio, em um ano e meio ou dois estaria na rua. Como não recorri, agora é maluco o resto da vida. Vai ficar num manicômio judicial, é uma prisão perpétua. Já fiquei sabendo que está aloprando por lá. Abre a boca, pô”, disparou.


Jornal GGN

Giro das 11h, com Marcelo Uchôa (29.7.19): O estelionato eleitoral de Moro




TV 247

Bom dia 247 (29.7.19): A fraude eleitoral, com Moro e Palocci




TV 247

‘Pior do que fez o hacker foi o que fez o Moro’, diz advogado


O advogado e professor de Direito, Marcelo Uchôa, lembrou em entrevista à TV 247 que o ministro Sergio Moro, que parabenizou a PF pela prisão de quatro suspeitos de hackear seu celular e de demais autoridades, já invadiu o sigilo telefônico ao grampear ilegalmente a então presidente da República, Dilma Rousseff; ele advertiu que as prisões não anulam o conteúdo das mensagens vazadas; “Ainda pior do que você jogar a culpa no hacker é você esquecer o conteúdo daquilo que está sendo falado”, disse; assista

26 de julho de 2019


247 - O advogado Marcelo Uchôa falou à TV 247 sobre as prisões de quatros suspeitos de hackear os celulares do ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, e outras autoridades. Ele lembrou que Moro também foi responsável pelo grampo ilegal e divulgação de diálogos da então presidenta da República, Dilma Rousseff, e do ex-presidente Lula, o que proibido pela Constituição.

“O grampo do Moro na presidente da República sem autorização do STF é muito mais grave e precisa ser explorado. Pior do que fez o hacker foi o que fez o Moro, que gravou a presidente da República e depois vazou o áudio para o Jornal Nacional”, afirmou Uchôa.

Para o advogado, é necessário entender que, apesar da forma como foram obtidas as mensagens, o mais importante são os conteúdos delas. “Ainda pior do que você jogar a culpa no hacker é você esquecer o conteúdo daquilo que está sendo falado. O que está sendo demonstrado claramente, dentre outras coisas, é que, por exemplo, no processo do Lula há uma maquinação do juiz com o procurador da República para condenar o Lula. Uma maquinação que não começa só na hora do julgamento, ele começa na hora da investigação, ele diligencia junto à Polícia Federal, ele ensina o Dallagnol a investigar e processar, ele chega ao ponto de dizer ao Dallagnol: ‘olha, essa procuradora não é boa de audiência’. É uma maquinação muito perversa. Mais importante do que a forma como se chegaram aos aúdio são os áudios em si”, adverte o professor. 

Para Uchôa, Moro é um político que faz “qualquer coisa para obter os fins”. “No início da Lava Jato eu imaginava que o Moro era apenas um juiz conservador, legalista ao extremo no ponto de vista da interpretação penal mas não. É um político que faz qualquer coisa para obter os fins, ou seja, ‘os meios justificam os fins’”, disse. 

E acrescenta: “E agora, no controle da polícia Federal, não tenha dúvida: o Moro não pensou duas vezes antes em direcionar a Polícia Federal a intervir junto ao Coaf para cair em cima do Glenn”. 
Interdição a Bolsonaro 

Autor do artigo “Interdição já”, Marcelo Uchôa explicou porque considera Bolsonaro pessoa de incapacidade absoluta e, portanto, deve ser afastado do cargo. “É difícil você solicitar a interdição do presidente da República se ele tem sido por toda a vida considerado são. O Bolsonaro é o cara que naquele episódio do recebimento do impeachment na Câmara justificou o voto dele contra a Dilma com o Ustra, o torturador que foi o martírio da presidente Dilma. Que tipo de pessoa sã defende a tortura? Que tipo de pessoa sã defende o fuzilamento de petistas, como ele fez na campanha? Que tipo de pessoa sã diz que é possível perdoar um nazista? Que tipo de pessoa sã é capaz de ficar o tempo todo dizendo que a gente tem que mudar a ideologia de esquerda?, questiona.


Brasil 247

sábado, 27 de julho de 2019

Deltan tenta defender suas palestras e é massacrado nas redes


O procurador Deltan Dallagnol, que recebeu fortunas de banqueiros e até de empresas investigadas na Lava Jato, tentou se defender nas redes sociais, mas constatou que sua moral anda baixa. Internautas ironizaram sua fala num diálogo sobre a XP, em que disse que "o risco tá bem pago rs

27 de julho de 2019


247 – O procurador Deltan Dallagnol está definitivamente desmoralizado nas redes sociais, depois da descoberta de que ele vendia palestras para empresas investigadas na Lava Jato, como a Neoway, e até informações privilegiadas para banqueiros reunidos clandestinamente pela corretora XP. Neste segundo caso, Deltan chegou a dizer "o risco tá bem pago rs". 

Nesta sexta-feira, ele tentou se defender, mas foi massacrado no twitter. Confira algumas reações:

· 16h


Sobre as palestras, aqui estão publicados documentos que comprovam que inclusive recusei palestras que poderiam gerar conflitos de interesse: http://bit.ly/310S2ut 





"O risco foi bem pago rs".

· 16h


Sobre as palestras, aqui estão publicados documentos que comprovam que inclusive recusei palestras que poderiam gerar conflitos de interesse: http://bit.ly/310S2ut 





E a que você recebeu 33.000 de Empresa delatada, hein? 
Nom, nom, nom
Palestrinha é dinheirista!

· 16h


Sobre as palestras, aqui estão publicados documentos que comprovam que inclusive recusei palestras que poderiam gerar conflitos de interesse: http://bit.ly/310S2ut 




Cara de pau

· 16h


Sobre as palestras, aqui estão publicados documentos que comprovam que inclusive recusei palestras que poderiam gerar conflitos de interesse: http://bit.ly/310S2ut 




Faça a seguinte palestra : " Como mudar uma eleição usando uma operação do MP"...


Brasil 247

sexta-feira, 26 de julho de 2019

Moro volta a ter que se explicar


"Brasília não é para principiantes, por mais famosos e endeusados que sejam", diz a jornalista Helena Chagas sobre o ministro Sérgio Moro; "Neófito na política, Sérgio Moro está, na visão de interlocutores do Judiciário, a cada dia se desgastando mais, expondo-se ao assumir o papel de comandante da investigação na qual se coloca como vítima", avalia

26 de julho de 2019

Brasília - Ministro da Justiça Sergio Moro. (Foto: José Cruz/Agência Brasil)

Por Helena Chagas, no Divergentes e para o Jornalistas pela Democracia

Brasília não é para principiantes, por mais famosos e endeusados que sejam. Em tese, a prisão dos hackers de Araraquara seria o momento de o ministro da Justiça, Sérgio Moro, assumir a ofensiva e tentar encurralar a Vaza Jato. Apenas em tese. Neófito na política, porém, Moro está, na visão de interlocutores do Judiciário, a cada dia se desgastando mais, expondo-se ao assumir o papel de comandante da investigação na qual se coloca como vítima. Além da história mal contada envolvendo um DJ, uma manicure e um motorista de Uber, nesta manhã surgiram dois fatos novos que deixam Moro em maus lençóis:
A divulgação da portaria editada ontem pelo ministro da Justiça endurecendo regras e procedimentos para repatriação e deportação do país de “pessoa perigosa”. Impossível não relacionar a medida ao jornalista Glenn Greenwald, do The Intercept, responsável pela divulgação dos diálogos comprometedores envolvendo o e-juiz e os procuradores da Lava Jato.
A publicação, na Veja On Line, de diálogos de Greenwald, de 5 de junho, em que sua fonte, que havia lhe passado eletronicamente o material, lhe assegura não ter sido o autor da invasão do celular de Moro noticiada pela imprensa naquele dia. Aliás, seguindo a lógica irrefutável de que o suposto hacker que obteve as conversas do Telegram, não iria se expor dias depois, dialogando com suas supostas vítimas. Ninguém assegura que isso é verdade, mas faz muito sentido.

(Conheça e apoie o projeto Jornalistas pela Democracia)

Com isso, a história vai ficando cada vez mais enrolada. Evidentemente, a suposta intenção de deportar Greenwald vai acirrar os ânimos e provocar reações. Chega a ser espantoso ver o ex-juiz e atual ministro, que se coloca entre as vítimas da invasão aos celulares da Lava Jato, operar com desenvoltura no caso, sem esconder seu interesse pessoal.

Essa impressão já havia se disseminado na véspera, quando o mesmo Moro comunicou a autoridades da República que elas tiveram seus celulares invadidos e que suas mensagens seriam destruídas – afirmação imediatamente rebatida por ministros do STF e do STJ e, por fim, pela própria Polícia Federal. Afinal, cabe ao juiz do processo, no caso Vallisney de Oliveira, decidir o que fazer com as mensagens.

Mas o que pode ser pior para Moro é o fracasso de sua estratégia de direcionar as atenções para o crime dos hackers – que tem mesmo que ser apurado e punido – na tentativa de desviar e tirar a credibilidade do fato principal: a investigação de atitudes impróprias e parciais da Justiça na Lava Jato a partir da divulgação das conversas do Intercept.

Tudo indica que Moro não conseguiu estancar essa sangria e nem assustar os jornalistas que vêm investigando o assunto, como mostra a manchete de hoje da Folha de S.Paulo, segundo a qual o procurador Deltan Dallagnol fez palestra paga para uma empresa mencionada na Lava Jato.

A ofensiva de Moro pode durar pouco, pois ele terá que voltar logo à defensiva para se explicar.



Brasil 247

quinta-feira, 25 de julho de 2019

Boa Noite 247 (25.7.19) - Moro quer destruir provas do “hacker”




TV 247

Gleisi aponta crime de Moro e questiona: o que você quer esconder?


Presidente do PT, deputada Gleisi Hoffmann aponta que é crime de obstrução de Justiça a decisão do ministro Sérgio Moro de destruir mensagens apreendidas com os "hackers" de Araraquara; "O que você quer esconder? Ainda mais vc que desobedeceu o ministro Teori e não destruiu os grampos dos advogados do Lula", disse Gleisi pelo Twitter

25 de julho de 2019


(Foto: Câmara dos Deputados)

247 - A deputada Gleisi Hoffmann, presidente nacional do PT, criticou o anúncio feito pelo ministro da Justiça, Sérgio Moro, de que irá destruir as mensagens apreendidas com os quatro "hackers" presos na operação Spoofing. 


"Destruição de provas é crime, Moro, é obstrução de justiça. O que você quer esconder? Ainda mais vc que desobedeceu o ministro Teori e não destruiu os grampos dos advogados do Lula", disse Gleisi pelo Twitter. 

O ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal, também se manifestou sobre a determinação de Moro. Marco Aurélio disse que "cabe ao Judiciário decidir isso, e não à Polícia Federal" (leia mais no Brasil 247).



Destruição de provas é crime, Moro, é obstrução de justiça. O que você quer esconder? Ainda mais vc que desobedeceu o ministro Teori e não destruiu os grampos dos advogados do Lula https://www1.folha.uol.com.br/poder/2019/07/moro-avisa-autoridades-que-mensagens-apreendidas-com-hacker-serao-destruidas.shtml …






Brasil 247

Moro vai “queimar arquivos”. Ele ainda se acha “juiz de tudo”…


POR FERNANDO BRITO · 25/07/2019


João Otávio Noronha, ministro do Superior Tribunal de Justiça, confirmou ter recebido um comunicado, por telefone, do de Spergio Moro avisando que mandará destruir o conteúdo hackeado de seu telefone encontrado, supostamente, com os “hackers de Araraquara”.

Supõe-se que vá fazer isso depois de periciado o material, pois o sujeito lá, para ser processado por invasão dos telefones, deve ter atestado por perito que o material é mesmo de uma invasão.

Os arquivos são a prova do crime e, uma vez apreendidos, quem tem autoridade sobre eles é o juiz do caso, que não é Sérgio Moro, mas Vallisney Oliveira, da 10a. Vara Criminal Federal.

Não compete a Moro, mas ao juiz decidir e Moro não é mais juiz.

(enquanto escrevo, leio que o ministro Marco Aurélio, do STF, disse este mesmo óbvio).

Moro deveria se manter distante dos arquivos, cujo sigilo judicial nem para ele tem exceção.

Do contrário, como observa o jornalista Ricardo Noblat, Sérgio Moro “está com a faca no pescoço da República”.

Só ele conhece o conteúdo hackeado dos celulares. Cada vez que ele avisa a um poderoso que seu celular foi invadido, é como se dissesse: “Fique tranquilo, não deixarei que nada vaze. Mas agora conheço seus segredos”.


Tijolaço

Bom dia 247 (25.7.19): a farsa de Araraquara




TV 247

Glenn anuncia: hoje tem mais Vaza Jato


Após a prisão de "hackers" suspeitos de invadir o celular do ministro Sérgio Moro (Justiça), o jornalista Glenn Greenwald afirmou que a resposta do Intercept "para todas essas fofocas e distrações hoje será simples: mais reportagens desse arquivo, em conjunto com nossos parceiros e com novos"; "As ações de Moro e Deltan foram obscurecidas hoje; não será para sempre"

25 de julho de 2019




247 - Após a prisão de "hackers" suspeitos de invadir o celular do ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, o jornalista Glenn Greenwald destacou que o site Intercept Brasil continuará publicando reportagens sobre as irregularidades na Operação Lava Jato.


"Todas as possíveis teorias da conspiração foram divulgadas hoje. Nenhuma alteração 3 pontos-chave: 1) Mesmo no Brasil de Bolsonaro, as evidências são necessárias para provar crimes; hashtags e tweets bazófia de Moro não são suficientes", escreveu Greenwald no Twitter.

"2) O jornalismo mais importante é freqüentemente feito com fontes que ilegalmente obtêm informações (veja 'Papéis do Pentágono') e todas as maneiras pelas quais jornalistas revelaram crimes de guerra nos EUA durante o Vietnã, Watergate e a Guerra ao Terror", continua.

"3) Nada muda as impropriedades de Moro e Deltan. Nossa resposta para todas essas fofocas e distrações hoje será simples: mais reportagens desse arquivo, em conjunto com nossos parceiros e com novos. As ações de Moro e Deltan foram obscurecidas hoje; não será para sempre", acrescenta.

O líder dos "hackers" de Araraquara/Ribeirão Preto presos pela Polícia Federal, Walter Delgatti Neto, disse ter sido responsável pela invasão dos celulares de Sergio Moro, Deltan Dallagnol e outras autoridades (confira aqui).



Todas as possíveis teorias da conspiração foram divulgadas hoje. Nenhuma alteração 3 pontos-chave: 1) Mesmo no Brasil de Bolsonaro, as evidências são necessárias para provar crimes; hashtags e tweets bazófia de Moro não são suficientes;



· 8h



2) O jornalismo mais importante é freqüentemente feito com fontes que ilegalmente obtêm informações (veja "Papéis do Pentágono") e todas as maneiras pelas quais jornalistas revelaram crimes de guerra nos EUA durante o Vietnã, Watergate e a Guerra ao Terror https://operamundi.uol.com.br/historia/12675/hoje-na-historia-1971-papeis-do-pentagono-sao-publicado-nos-estados-unidos …





3) Nada muda as impropriedades de Moro e Deltan. Nossa resposta para todas essas fofocas e distrações hoje será simples: mais reportagens desse arquivo, em conjunto com nossos parceiros e com novos. As ações de Moro e Deltan foram obscurecidas hoje; não será para sempre.






Brasil 247

PT denuncia nova armação criminosa de Moro contra o partido no caso do suposto "hacker" de Araraquara


"Acuado, o ex-juiz repete seus conhecidos métodos: prisões espetaculares e vazamentos direcionados contra seus adversários", diz a nota assinada pela presidente do partido, Gleisi Hoffmann, e pelos líderes na Câmara e no Senado, Paulo Pimenta e Humberto Costa. "O PT tomará as medidas judiciais cabíveis contra os agentes e os responsáveis por mais esta farsa", aponta a legenda

25 de julho de 2019


(Foto: Câmara dos Deputados)

247 – A tentativa do ministro Sergio Moro e da Polícia Federal de vincular o suposto "hacker" de Araraquara ao Partido dos Trabalhadores foi duramente rebatida pela legenda. "Acuado, o ex-juiz repete seus conhecidos métodos: prisões espetaculares e vazamentos direcionados contra seus adversários. É criminosa a tentativa de envolver o PT num caso em que é Moro que tem de se explicar e em que o maior implicado é filiado ao DEM", diz a legenda, em nota. Confira abaixo:


Nota do Partido dos Trabalhadores – O ministro Sergio Moro, responsável pela farsa judicial contra o ex-presidente Lula, comanda agora um inquérito da Polícia Federal com o claro objetivo de produzir mais uma armação contra o PT.

As investigações da PF sobre as pessoas presas em São Paulo confirmam a autenticidade das conversas ilegais e escandalosas que Moro tentou desqualificar nas últimas semanas.

Acuado, o ex-juiz repete seus conhecidos métodos: prisões espetaculares e vazamentos direcionados contra seus adversários. É criminosa a tentativa de envolver o PT num caso em que é Moro que tem de se explicar e em que o maior implicado é filiado ao DEM.

O PT sempre foi alvo desse tipo de farsa, como ocorreu na véspera da eleição presidencial de 1989, quando a polícia vestiu camisetas do partido nos sequestradores do empresário Abílio Diniz antes de apresentá-los à imprensa.

O PT tomará as medidas judiciais cabíveis contra os agentes e os responsáveis por mais esta farsa. Quem deve explicações ao país e à Justiça é Sergio Moro, não quem denuncia seus crimes.

Brasília, 24 de julho de 2019

Gleisi Hoffmann, presidenta nacional do PT
Paulo Pimenta, líder do PT na Câmara dos Deputados
Humberto Costa, líder do PT no Senado Federal



Brasil 247