POR FERNANDO BRITO · 25/07/2019
João Otávio Noronha, ministro do Superior Tribunal de Justiça, confirmou ter recebido um comunicado, por telefone, do de Spergio Moro avisando que mandará destruir o conteúdo hackeado de seu telefone encontrado, supostamente, com os “hackers de Araraquara”.
Supõe-se que vá fazer isso depois de periciado o material, pois o sujeito lá, para ser processado por invasão dos telefones, deve ter atestado por perito que o material é mesmo de uma invasão.
Os arquivos são a prova do crime e, uma vez apreendidos, quem tem autoridade sobre eles é o juiz do caso, que não é Sérgio Moro, mas Vallisney Oliveira, da 10a. Vara Criminal Federal.
Não compete a Moro, mas ao juiz decidir e Moro não é mais juiz.
(enquanto escrevo, leio que o ministro Marco Aurélio, do STF, disse este mesmo óbvio).
Moro deveria se manter distante dos arquivos, cujo sigilo judicial nem para ele tem exceção.
Do contrário, como observa o jornalista Ricardo Noblat, Sérgio Moro “está com a faca no pescoço da República”.
Só ele conhece o conteúdo hackeado dos celulares. Cada vez que ele avisa a um poderoso que seu celular foi invadido, é como se dissesse: “Fique tranquilo, não deixarei que nada vaze. Mas agora conheço seus segredos”.
Tijolaço
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