segunda-feira, 5 de julho de 2021

Barroso: ‘não há dúvida de que Dilma não foi afastada por crime de responsabilidade ou corrupção’


"Creio que não deve haver dúvida razoável de que ela não foi afastada por crimes de responsabilidade ou corrupção, mas sim foi afastada por perda de sustentação política", afirmou o presidente do Tribunal Superior Eleitoral, Luis Roberto Barroso

5 de julho de 2021

Ministro Luis Roberto Barroso e Dilma Rousseff (Foto: Roberto Stuckert Filho-PR / STF)


247 - O presidente do Tribunal Superior Eleitoral e ministro do Supremo Tribunal Federal, Luis Roberto Barroso, reforçou que o impeachment de Dilma Rousseff, em 2016, foi consequência de razões políticas. A informação foi publicada pela Carta Capital.

"Creio que não deve haver dúvida razoável de que ela não foi afastada por crimes de responsabilidade ou corrupção, mas sim foi afastada por perda de sustentação política. Até porque afastá-la por corrupção depois do que se seguiu seria uma ironia da história", afirmou Barroso durante o Simpósio Interdisciplinar sobre o Sistema Político Brasileiro, em que defendeu a adoção de um sistema 'semi-presidencialista' para o País a partir de 2026.

Em 2016, tanto o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) quando uma perícia do Senado inocentaram a então presidente.

O procurador da República Ivan Cláudio Marx, responsável pelo caso aberto no MP do Distrito Federal, levantou suspeitas sobre "eventuais objetivos eleitorais" com as "pedaladas" e afirmou que o caso "talvez represente o passo final na infeliz transformação do denominado 'jeitinho brasileiro' em 'criatividade maquiavélica'".

Uma perícia realizada por técnicos do Senado entregue à comissão do impeachment, em resposta a perguntas feitas pela defesa e pela acusação da presidente Dilma Rousseff, conclui que ela não praticou as chamadas "pedaladas fiscais".


Brasil 247

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