Para ex-ministro, ao que parece, William Burns, diretor da agência de inteligência dos EUA, veio “tomar o pulso” dos governos do Brasil e da Colômbia
3 de julho de 2021
Alexandre Ramagem, Jair Bolsonaro, William Burns e Celso Amorim (Foto: Reprodução | Wilson Dias/Agência Brasil)
Revista Fórum - A visita de William J. Burns, diretor da CIA, a agência de inteligência dos Estados Unidos, ao Brasil causou estranheza. Fora da agenda oficial do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), Burns foi recebido no Palácio do Planalto e teve encontros com membros do governo. O “número um” da agência participou de uma audiência com o ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Augusto Heleno, o diretor-geral da Agência Brasileira de Inteligência, Alexandre Ramagem, o ministro da Defesa, Walter Braga Netto. Também jantou com Heleno e com o ministro da Casa Civil, Luiz Eduardo Ramos.
Amorim descarta a hipótese de que o chefe da CIA teria vindo aqui para ajudar a articular um eventual golpe de Bolsonaro. “Diferentemente do que aconteceu em 1964, Bolsonaro está no governo, está no poder. O golpe do Bolsonaro só poderia ser uma coisa parecida com o que Trump procurou fazer nos Estados Unidos.” Após ser derrotado nas urnas, o ex-presidente Donald Trump incentivou seus apoiadores a invadirem o Capitólio, sede do Legislativo federal dos EUA, para contestar a vitória do democrata Joe Biden, em 6 de janeiro deste ano.
“Não podemos excluir nenhuma hipótese, mas a menos provável é que ele tenha vindo aqui para tramar um golpe tipo 64. A CIA quando aparece não age, quando age não aparece, aparece depois. Fazem ações, mas não anunciam".
Brasil 247
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