terça-feira, 30 de novembro de 2021

"Noivinha do Aristides" bomba nas redes após mulher ser presa por xingar Bolsonaro



Mulher de 40 anos foi detida pela Polícia Rodoviária neste sábado (27) após xingar de forma homofóbica Jair Bolsonaro de "Noivinha do Aristides"

29 de novembro de 2021

(Foto: Reprodução | Polícia Rodoviária Federal)


247 - As hashtags #NoivinhadoAristides e #Bolsnaroxiliquento são um dos assuntos mais comentados do Twitter após vir à tona a prisão de uma mulher de 40 anos, que foi detida pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) neste sábado (27) após xingar Jair Bolsonaro.

O insulto homofóbico foi chamá-lo de "noivinha de Aristides", que foi instrutor de judô dele no exército.

Veja a repercussão: 


 

 


 

Brasil 247

Lula e Alckmin voltam a se reunir nesta semana para discutir aliança


É a primeira vez que os dois se encontram depois que se iniciaram os entendimentos para a formação de uma chapa para a campanha presidencial

30 de novembro de 2021
Lula e Alckmin (Foto: Stuckert | Rovena Rosa/Agência Brasil)


247 - Lula e Geraldo Alckmin se encontram nesta semana para uma nova conversa sobre o quadro político nacional, informa a jornalista Mônica Bergamo na Folha de S.Paulo.

Eles já tinham se encontrado pessoalmente em outra ocasião neste ano. Mas essa será a primeira reunião dos dois depois que a jornalista revelou que lideranças do PT e do PSB tentam viabilizar uma chapa com Lula concorrendo à Presidência e Alckmin à vice.

Depois que as tratativas vieram à tona, ambos deram declarações sinalizando que elas de fato estavam ocorrendo e poderiam evoluir.


Brasil 247

quinta-feira, 25 de novembro de 2021

STF julga no dia 30 recursos do caso rachadinha de Flávio Bolsonaro


Ministro Gilmar Mendes liberou dois recursos para julgamento pela Segunda Turma do STF no âmbito das investigações envolvendo o senador Flávio Bolsonaro no escândalo das rachadinhas da Assembleia do Rio de Janeiro

25 de novembro de 2021

Flávio Bolsonaro (Foto: Leopoldo Silva/Agência Senado)


247 - O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes liberou para julgamento pela Segunda Turma dois recursos envolvendo o senador Flávio Bolsonaro (Patriota-RJ) no âmbito das investigações sobre o esquema de "rachadinhas" na Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj). Com a liberação do relator dos inquéritos na Corte, o presidente do colegiado, ministro Nunes Marques - que foi indicado para a Corte por Jair Bolsonaro -, marcou o julgamento das duas ações para a próxima terça-feira (30).

De acordo com o jornal O Globo, um dos recursos foi apresentado pela defesa do senador visando o arquivamento do inquérito das rachadinhas. .O outro recurso questiona se o parlamentar teria direito a foro privilegiado uma vez que as investigações se referem ao período em que ele ocupava o cargo de deputado estadual pelo Rio de Janeiro.

Segundo a reportagem, a questão do foro será analisada em um recurso apresentado pelo Ministério Público do Rio de Janeiro para derrubar a decisão da 3ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do estado (TJ-RJ), que, em junho de 2020, assegurou o direito ao parlamentar e e transferiu o processo para a segunda instância.

No dia 9 deste mês, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) acatou um pedido da defesa do senador e anulou as decisões tomadas pelo juiz Flávio Itabaiana, da 27ª Vara Criminal do Rio de Janeiro. O entendimento dos ministros do STJ foi de que Flávio Bolsonaro deve ser julgado pelo órgão especial do TJ, e não pelo juizado de primeira instância.


Brasil 247

Lula lidera, vence todos no 2º turno e terceira via não decola, aponta PoderData


Lula, em um eventual segundo turno, tem vantagem que vai de 17 a 39 pontos, a depender do oponente; Ciro e Moro não passam dos 10%
24 de novembro de 2021
Lula (Foto: Ricardo Stuckert)

Revista Fórum - Nova pesquisa PoderData, do site Poder360, divulgada na noite desta quarta-feira (24), confirma o movimento já observado em outros levantamentos sobre as eleições de 2022: Lula (PT) segue como favorito para vencer a corrida presidencial, Jair Bolsonaro vai mantendo a segunda colocação e a chamada “terceira via” não decola.

Segundo o estudo, o petista que governou o Brasil entre 2003 e 2010 tem 34% das intenções de voto, contra 29% do atual presidente. Recém-filiado ao Podemos para concorrer ao Palácio do Planalto, o ex-juiz Sergio Moro, declarado suspeito e parcial pelo Supremo Tribunal Federal (STF), ainda não empolgou: aparece na terceira posição, mas com apenas 8% das intenções de voto. Ele está tecnicamente empatado com Ciro Gomes (PDT), que soma 7%, e com o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), que tem 5%.

Poder DAta

Brasil 247 - Revista Forum

Pesquisas do Palácio do Planalto apontam polarização entre Lula e Bolsonaro


Apesar de todo o barulho em torno da "terceira via", o ex-juiz parcial Sérgio Moro não se viabilizou

25 de novembro de 2021
(Foto: REUTERS/Eduardo Munoz/Pool | Felipe L. Gonçalves/Brasil247)


247 – O cenário do Palácio do Planalto para a disputa presidencial de 2022 é uma disputa entre o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e Jair Bolsonaro. De acordo com pesquisas internas do governo, o ex-juiz parcial Sérgio Moro, que destruiu a economia brasileira e foi declarado suspeito pela suprema corte, não se viabilizou.
"O crescimento de nome da terceira via nos últimos dias não alterou o cenário eleitoral previsto pelo Palácio do Planalto para as eleições de 2022. O governo vem fazendo pesquisas e baseando suas projeções nelas. A aposta continua sendo em um segundo turno entre o presidente Jair Bolsonaro e o ex-presidente Lula", aponta reportagem do jornalista Caio Junqueira, da CNN.

"A percepção é que Moro tem um teto na faixa de 15% a 20% pois seu eleitor é identificado como anti-Bolsonaro e anti-Lula e este seria, segundo o Planalto, o patamar desse eleitorado", aponta.


Brasil 247

segunda-feira, 22 de novembro de 2021

domingo, 21 de novembro de 2021

sábado, 20 de novembro de 2021

EXCLUSIVO: Delegado Waldir detalha o orçamento secreto do Bolsolão



Tijolaço

A confissão da compra de votos





Tivesse o Brasil um Ministério Público, estaríamos diante de um escândalo centenas de vezes maior do que o do “Mensalão”, até hoje presente nas acusações que se faz a Lula. E que revela que o Poder Legislativo se tornou uma casa de chantagem e de venda de votos muito, muitíssimo maior do que sempre foi, desde a aprovação da reeleição no governo Fernando Henrique Cardoso.

Numa entrevista sem papas na língua ao The Intercept, o ex-líder do PSL, deputado Delegado Waldir (aquele do coldre de pistola na cinta), agora desafeto de Bolsonaro e, segundo ele próprio, “muito fã do Moro“, diz que o voto favorável à reforma da previdência foi comprado com R$ 20 milhões em emendas para cada deputado, como também foi comprada a eleição de Arthur Lira à presidência da Câmara, na qual ele distribui os mimos, ao ponto de ser “quem manda no Governo, não o Bolsonaro”.

Corrupção, é bom lembrar, é “solicitar ou receber, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da função ou antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida, ou aceitar promessa de tal vantagem”. Uma emenda orçamentária é, claramente, uma vantagem e, em troca de voto, definitivamente indevida.

A entrevista não é escandalosa porque não se sabia que isso estava acontecendo, mas porque um dos seus negociadores e beneficiários o admite com todas as letras.

É uma confissão. Aberta, direta, não uma versão.

“Aconteceu na Reforma da Previdência, na eleição do Lira [para a presidência da Câmara] e em mais uma [votação] que não me lembro”, disse Waldir. “R$ 10 milhões [por voto em Lira]. E na [reforma da] Previdência, R$ 20 milhões por parlamentar.”

Precisa mais?

Entretanto, o assunto mal repercute na mídia, à exceção de uma replicação na Folha de S. Paulo.

Há um processo aberto no Supremo Tribunal Federal sobre o uso de “emendas secretas”, que é exatamente o que o Delegado Waldir descreve:


O [Arthur] Lira e o [Rodrigo] Pacheco têm o controle dos recursos. “Dei R$ 10 milhões para você, R$ 20 milhões para o Fernando, R$ 30 milhões para o Waldir”. Quem tem esse controle é o assessor de orçamento, o Lira e o Pacheco. Ninguém mais tem.

O Brasil não vai sair disso sem partidos, porque é exatamente este “varejo” de parlamentares que não têm vínculo senão com sua própria eleição que transformam o Congresso em uma mixórdia que, embora assim, rouba todo o poder para si.


Tijolaço

sexta-feira, 19 de novembro de 2021

Boa Noite 247 - Lula é decisivo para barrar extrema direita no Mundo, di...



TV 247

Militares serão para Lula um desafio maior do que as alianças e a economia


“Como Lula irá lidar com os militares, se eles trocaram um presumido projeto de nação, que só se explicitou mesmo no período 1964-85, por bons empregos no governo de Bolsonaro?”, questiona o jornalista Moisés Mendes

19 de novembro de 2021



Por Moisés Mendes, do Jornalistas pela Democracia

O coronel Roberto Carlos Brunello escapou do cerco da polícia e da Justiça argentinas durante décadas. Fugia como um rato. Mas na Argentina os ratos da ditadura são caçados até hoje.

Brunello foi preso no início deste mês na Grande Buenos Aires. Era procurado por crimes de lesa humanidade cometidos por um grupo da inteligência do Exército que assassinou centenas de pessoas. Ele é acusado de sequestrar, torturar, matar e estuprar.

Brunello fez na ditadura o que muitos fizeram no Brasil, mas aqui todos os que ainda estão vivos continuam soltos e sob a proteção de uma anistia referendada integralmente pelo Supremo. É o que, entre outras coisas, nos diferencia dos argentinos.

Enquanto eles ainda caçam torturadores, aqui Bolsonaro os elogia e ainda propõe a retomada do debate foi-ou-não-foi-golpe, e muita gente embarca na pauta do sujeito.

Na Argentina, foi um policial federal que prendeu Brunello. No Brasil, foi um policial federal que entrou numa sala fechada onde eram elaboradas as provas do Enem.

O emissário do governo fez sabe-se lá o quê, porque sua presença é tratada como segredo em processo interno do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep). Mas o policial não foi tomar cafezinho nem propor uma questão sobre o uso da crase.

Na Argentina, seria impensável que um general pudesse sugerir, em nome de qualquer interesse, que o início da vacinação contra a Covid-19 fosse retardado, enquanto a peste tomava conta do país.

No Brasil, um general orientou uma autoridade civil eleita a tentar forçar outra autoridade também civil e eleita a trancar o começo do processo de imunização com a CoronaVac.

Foi o que o general Luiz Eduardo Ramos fez ao transformar o governador gaúcho Eduardo Leite em guri que deveria levar o recado ao colega tucano João Doria.

Aconteceu em janeiro, quando a Covid matava 960 brasileiros por dia, e só ficamos sabendo do recado agora, às vésperas das prévias em que Leite e Doria disputarão a indicação do partido à eleição do ano que vem.

Um governador fraco, eleito com o apoio do bolsonarismo e como eleitor de Bolsonaro, sem força política para dizer não, foi escolhido por um general de Bolsonaro para transmitir um aviso que talvez poucos políticos eleitos e de fora do esquema de Brasília topassem levar adiante.

No Brasil, onde Bolsonaro deseja que o golpe seja tratado como revolução, um ministro do Supremo, mais cuidadoso, já recomendou que o golpe passasse a ser visto como um “movimento”.

O ministro Dias Toffoli era presidente da Corte quando fez a recomendação, em 2018. E tinha como assessor especial o general Fernando Azevedo e Silva, escolhido depois como ministro da Defesa de Bolsonaro.

Azevedo e Silva, que enxerga nas sombras de Brasília o que outros militares não conseguem ver, teve a grandeza de se afastar dos blefes golpistas de Bolsonaro. Saiu em março e levou junto para fora do governo os chefes das três armas.

A volta da falsa controvérsia do foi ou não foi golpe só denuncia nossa submissão ao que a extrema direita impõe ao país, porque o ambiente todo está militarizado. Há medo e há também acovardamento.

Esse é um dos desafios para Lula, na caminhada que pode levá-lo a mais uma consagração em 2022. Lula saberá lidar com as alianças e as coalizões, com os ímpetos imorais do centrão, com banqueiros, lavajatistas arrependidos, latifundiários, com a Fiesp e com os golpistas que derrubaram Dilma.

Mas como irá lidar com os militares, se eles trocaram um presumido projeto de nação, que só se explicitou mesmo no período 1964-85, por bons empregos no governo de Bolsonaro?

Como aqui o Ministério Público e a Justiça não conseguem enquadrá-los, ao contrário do que argentinos, chilenos e até uruguaios ainda fazem com os criminosos de lesa humanidade, que pelo menos sejam contidos e limitados aos seus deveres constitucionais.

Devolver os militares aos quartéis é a urgência mais complicada na hora de fazer o Brasil voltar ao normal, como diz o ex-chanceler Celso Amorim, referindo-se ao esforço pela reestruturação de corpo e alma de um país destruído.

É mais complexo do que consertar a economia, gerar empregos, socorrer pobres e miseráveis, controlar juros e inflação e transmitir confiança ao povo e aos investidores.

Militares fazem hoje o que nunca fizeram nem na ditadura. Cabos e soldados sabem que Castelo Branco, Médici, Geisel e Figueiredo permitiram muitas arbitrariedades, mas jamais permitiriam que coronéis trabalhassem para facções criminosas de atravessadores de vacinas.

A conversa do foi ou não foi golpe é parte do truque das pautas motivacionais, que serão intensificadas em 2022. Bolsonaro quer manter a base civil agitada, a partir de afagos à sua base militar bem empregada e resignada.

O golpe é, desde a barbeiragem do 7 de setembro, um objetivo cotidiano de aparelhamento de todos os espaços institucionais, de preferência com policiais e militares.

O desmonte dessa estrutura pode ser uma longa missão para a democracia, que Lula irá apenas iniciar.


Brasil 247

Inquérito contra filhos de Lula é encerrado por falta de provas

 Publicado por Pedro Zambarda de Araujo

18 de novembro de 2021

Lula. Foto: Ricardo Stuckert


A defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva obteve mais uma vitória na Justiça, a vigésima segunda, nesta quinta (18). Desta vez, a 5ª Vara Criminal Federal de São Paulo encerrou inquérito contra três filhos de Lula por falta de provas, acolhendo solicitação do Ministério Público Federal.

Vitória da família e dos filhos de Lula

Segundo o site do ex-presidente, o inquérito contra Fabio Luis, Marcos Cláudio e Sandro Luis Lula da Silva baseava-se em supostos indícios forjados no âmbito da operação Lava Jato e, portanto, considerados nulos pelo Supremo Tribunal Federal, dada a suspeição do ex-juiz (ex-ministro da Justiça e futuro candidato à presidência) Sérgio Moro.

As sucessivas vitórias judiciais de Lula e de sua família não apenas comprovam sua inocência, mas atestam a intensa perseguição jurídica e midiática de que o ex-presidente foi vítima.

MPF acolheu argumento da defesa que apontava que o inquérito, que investigava os filhos de Lula por suposta sonegação de impostos relacionados a pagamentos realizados entre suas empresas, foi instaurado a partir de material da Lava Jato.

Confira a íntegra da nota da defesa de Lula e seus filhos


Justiça arquiva investigação contra filhos de Lula

A juíza federal Maria Isabel do Prado, da 5ª. Vara Federal Criminal de São Paulo, determinou o arquivamento de outro inquérito policial instaurado contra os filhos do ex-presidente Lula (Autos nº 5003017-83.2021.4.03.6181). A decisão acolheu pedido do Ministério Público Federal que, por seu turno, concordou com a defesa apresentada pelo TZM Advogados em favor de Sandro Luis e Marcos Cláudio: “Com razão a defesa. Uma vez reconhecida a ilicitude dos elementos de convicção amealhados nas ações penais originárias que evidenciaram a o recebimento de rendimentos tributáveis, resta prejudicada a caracterização do delito de sonegação”, concluiu a procuradora da República Rhayssa Castro Sanches Rodrigues.

Os advogados mostraram que o material utilizado para abrir a investigação contra os filhos de Lula têm origem na “operação lava jato de Curitiba”, que foi declarado nulo pelo Supremo Tribunal Federal após o reconhecimento da incompetência da 13ª. Vara Federal de Curitiba e, também, da suspeição do ex-juiz Sergio Moro.

É a 22ª. vitória de Lula e de seus filhos na Justiça.



Diário do Centro do Mundo   -   DCM

Alckmin já disse a aliados o que pensa sobre ser vice de Lula

 Publicado por Naian Lopes

19 de novembro de 2021

Alckmin pode ser vice de Lula em 2022


Geraldo Alckmin conversou com alguns aliados e confessou que deseja ser vice de Lula em 2022. Porém, o governador admitiu que há resistência de outros grupos que o apoiam. Por isso tem esperado as prévias do PSDB acabar para tomar uma decisão definitiva.

Conforme apurou o DCM, o ex-governador de São Paulo relatou que disputar o estado novamente seria mais do mesmo. Ele tem dito que gosta de ser governador, mas que sonha em fazer algo diferente. Poder ocupar um cargo de vice, colocando-o no coração de Brasília, poderia fazê-lo alcançar outro patamar.

Ele ficou muito satisfeito com o plano de governo petista. E seu maior desejo é retirar Bolsonaro do poder. E as chances aumentam com uma frente ampla entre dois políticos que foram adversários no passado.

Depois que as prévias do PSDB chegarem ao fim, Alckmin decidirá se vai ou não aceitar ser vice de Lula. O médico é conhecido por ser pragmático e enxerga que a máquina nas mãos de Bolsonaro e Centrão pode definir as eleições. Uma derrota como vice, aí será definitivamente seu fim.

Isto porque o ex-governador acabará perdendo grupos de apoio no estado de São Paulo. Fora que ainda pode aumentar a força de Rodrigo Garcia (PSDB) que, mesmo que venha a ser derrotado, terá grande chance de ocupar o espaço deixado por Alckmin.


Diário do Centro do Mundo   -   DCM

IBGE: parcela de 1% com maior renda no Brasil recebe quase 35 vezes mais que a metade dos mais pobres


De acordo com o levantamento divulgado pelo IBGE, no ano passado o rendimento médio domiciliar per capita dos mais ricos foi de quase R$ 16 mil. A renda média do grupo mais pobre foi de R$ 453

19 de novembro de 2021

(Foto: ABr)


247 - O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou nesta sexta-feira (19) dados apontando que, em 2020, a parcela de 1% da população brasileira com maior renda mensal ganhava, em média, 34,9 vezes mais que a metade dos brasileiros com os menores rendimentos.

De acordo com o levantamento, no ano passado o rendimento médio domiciliar per capita dos mais ricos foi de R$ 15.816. A renda média do grupo mais pobre foi de R$ 453.

Os números mostraram que o rendimento médio mensal da população brasileira foi de R$ 2.213 no ano passado, o menor patamar desde 2012. O valor representou 3,4% a menos que em 2019 e foi valor foi referente a brasileiros com rendimentos, nos quais se considera todo tipo de fonte de renda.

A redução ocorreu no Distrito Federal e em 18 estados. O DF teve a maior diminuição, de R$ 250, seguido de Roraima (R$ 207), Espírito Santo (R$ 176), Rio de Janeiro (R$ 166), Mato Grosso do Sul (R$ 132), Paraná (R$ 120) e São Paulo (R$ 113). Por outro lado, outros oito estados apresentaram rendimento maior.


Brasil 247

Exclusivo: Lava Jato repassou dinheiro das delações para a PF e mantém segredo sobre meio bilhão


Mensagens acessadas pelo hacker Walter Delgatti indicam que a extinta força-tarefa reservou recursos sem destinação específica e revelam que Moro liberou R$ 4,9 milhões para Polícia adquirir equipamentos, informa Joaquim de Carvalho

19 de novembro de 2021

(Foto: ABr)


Uma planilha da Lava Jato compartilhada pelos procuradores da república no final de 2017 revela que, na época, a força-tarefa havia reservado R$ 579,6 milhões sem destinatário específico do total de valores pagos em acordos de delação e leniência.

A planilha faz parte das mensagens acessadas pelo hacker Walter Delgatti Neto e que foram apreendidas pela Polícia Federal, na Operação Spoofing. Nas mensagens, que tinham sido armazenadas nas nuvens por Deltan Dallagnol, o procurador regional da república Januário Paludo informa também que R$ 4,9 milhões haviam sido liberados por Sergio Moro para compra de equipamentos para a Polícia Federal.

“Prezados — diz ele — acolhendo nosso parecer, o Moro liberou 4,9 milhões para aquisição de equipamentos para a PF, a partir das leniências da Camargo Correa e Andrade Gutierrez.”

Em seguida, Januário Paludo faz referência a uma sigla que não faz parte do Ministério Público Federal e cita o nome de uma pessoa.

“Estamos todos no mesmo barco, assim como o pessoal da ESPEI. Eu preferia que o Danilo tivesse liberado, mas o homem é teimoso [eu queio!!! (sic)]. Para quem quiser conhecer os fundamentos e decisão: 5009946-78.2018.4.04.7000”, escreveu o procurador regional, que na época fazia parte da força-tarefa coordenada por Deltan Dallagnol.

O processo a que faz referência o procurador regional está sob segredo de justiça.

Nove minutos depois dessa primeira mensagem, Paludo faz outro comentário: “Sistema de Informações e Relatórios da Inteligência Financeira (SIRIF), aprovado pela Secretaria Geral. Eles vão gerar os relatórios que precisamos (sic)”. Relatórios de Inteligência Financeira eram emitidos pelo antigo Coaf, então subordinados ao Ministério da Justiça, com participação de um representante da Receita Federal.

O MPF em Curitiba não informa que equipamentos foram comprados nem a destinação dos recursos reservados. “Os procuradores da República atualmente responsáveis pelo caso Lava Jato não se manifestarão sobre os atos processuais da extinta força-tarefa. Os procedimentos realizados pelo novo grupo serão devidamente divulgados nos canais institucionais do MPF/PR”, respondeu a assessoria de imprensa às perguntas que enviei.

Quando a planilha foi divulgada, em novembro de 2017, a Lava Jato contabilizava cerca de R$ 7,9 bilhões de valores pagos por delatores ou empresas em acordos de leniência. Desse total, a força-tarefa mantinha em caixa cerca de R$ 1,4 bilhão. Foi desse dinheiro que saíram os R$ 4,9 milhões para a compra de equipamentos para a PF.


Brasil 247

Kennedy: viagem de Lula melhorou imagem do País e mostrou que Brasil não é Bolsonaro


Ex-presidente foi recebido na Europa como estadista, enquanto Jair Bolsonaro passeou de moto no Oriente Médio

19 de novembro de 2021
(Foto: Felipe L. Gonçalves/Brasil247 | Stuckert)


247 – A viagem do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva à Europa, em que foi recebido por líderes da Alemanha, da França, da Espanha e do parlamento europeu, já melhorou a imagem do País e mostrou ao mundo que o Brasil não é Jair Bolsonaro, avalia o jornalista Kennedy Alencar, em análise publicada pelo Uol. "Apesar de ter ficado preso 580 dias e enfrentado tudo o que enfrentou na [Operação] Lava Jato, manteve o prestígio internacional e o respeito", disse Kennedy, que avalia que Lula foi tratado no exterior como um estadista.

"A viagem de Lula engrandece o Brasil, mostra que o Brasil não é o Bolsonaro", afirmou, depois de também destacar que ninguém no mundo quer se aproximar da figura tóxica de Jair Bolsonaro, que foi ao Oriente Médio e passeou de moto no Catar.


Brasil 247

Cúpula bolsonarista do MEC tentou incluir professores de extrema direita na elaboração do Enem


A lista com 22 nomes incluía defensores do governo Jair Bolsonaro, uma professora de Biologia criacionista e quatro docentes ligados à Universidade Mackenzie, de onde veio o ministro Milton Ribeiro

19 de novembro de 2021
Ministro Milton Ribeiro (Foto: Catarina Chaves/MEC | Divulgação)


247 - A cúpula do Ministério da Educação (MEC) tentou incluir professores de extrema direita na elaboração do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) deste ano. Esses docentes não haviam sido aprovados em processo seletivo para colaboradores da prova. A lista com 22 nomes incluía defensores do governo Jair Bolsonaro, uma professora de Biologia criacionista e quatro docentes ligados à Universidade Mackenzie, de onde veio o ministro Milton Ribeiro.

De acordo com informações do jornal O Estado de S.Paulo, o presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), Danilo Dupas, fez a lista com a anuência do MEC. Essas pessoas receberiam a permissão para escolher as questões da prova a partir do banco de itens. Poderiam também acompanhar a impressão da prova na gráfica. Elas deveriam, primeiramente, entrar na sala segura do Enem, um ambiente com detectores de metal e senhas nas portas.

Nesta semana, Jair Bolsonaro afirmou que a administração federal pretende deixar o Enem "com a cara de governo" e fez um alerta sobre a tentativa da administração federal em tirar a credibilidade acadêmica. A crise no Inep levou ao pedido de demissão de 37 servidores, na terça-feira (9) da semana passada. Na carta de demissão, os servidores do Inep que pediram exoneração alegaram "fragilidade técnica e administrativa da atual gestão máxima" do instituto, além de assédio de Danilo Dupas.


Brasil 247

Lula é recebido no Palácio de Moncloa pelo presidente espanhol Pedro Sanchez (vídeo)


Ex-presidente fecha sua viagem internacional com encontro com o líder espanhol, demonstrando que o Brasil pode voltar a ser respeitado no mundo

19 de novembro de 2021

Lula e Pedro Sanchez (Foto: Lula e Pedro Sanchez)

247 – O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que hoje seria presidente do Brasil se não tivesse sido ilegalmente impedido de participar das eleições presidenciais de 2018 por decisões do ex-juiz parcial Sérgio Moro, condenado pelo Supremo Tribunal Federal, encerrou com chave de ouro sua viagem pela Europa, ao ser recebido pelo presidente espanhol Pedro Sanchez, no Palácio de Moncloa, capital espanhola. O encontro aconteceu nesta sexta-feira (19) a partir de 9h (hora de Brasília), 5h em Madri.

Com seu giro europeu, em que foi recebido pelo presidente francês Emmanuel Macron e pelo futuro chanceler alemão Olaf Scholz, Lula demonstrou que o Brasil pode voltar a ser um país respeitado no mundo, depois do desastre provocado pelo golpe de 2016, que instalou o usurpador Michel Temer no poder e pela eleição fraudulenta de 2018, posto que sem sua participação, que permitiu a ascensão de um regime neofascista no Brasil.

Confira:
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O jornal francês Le Monde registrou assim o socesso do giro europeu de Lula, a partir do encontro com o presidente frânces Emmanuel Macron:

"Sinal dos novos tempos, a recepção no Palácio do Eliseu foi a culminação de uma turnê europeia qualificada de 'triunfo' pela imprensa brasileira, durante a qual, além de Emmanuel Macron, Lula conseguiu se encontrar com o futuro chanceler alemão, Olaf Scholz, o chefe da diplomacia europeia, Josep Borrell, ou o chefe do governo espanhol, Pedro Sanchez. Em Paris, ele também se cruzou com Anne Hidalgo e Jean-Luc Mélenchon. 'Por motivo de agendamento, não pude encontrar o meu amigo Sarkozy', justificou Lula, especificando que o ex-presidente francês lhe deu todo o seu apoio.
Brasil 247

JOAQUIM DE CARVALHO: BIAL POSA DE 'MODERNOSO', MAS ESTÁ A SERVIÇO DA ELI...




TV 247

Presidente do PSDB admite hipótese de que vencedor da prévia venha a ser vice do ex-juiz parcial Moro – ou vice-versa


"Todas as composições que estejam distantes do (ex-presidente) Lula e do (presidente) Bolsonaro serão objeto de abordagem e conciliação a partir de domingo", afirma Bruno Araújo

19 de novembro de 2021
Bruno Araújo (Foto: Pedro França/Agência Senado)


247 – O presidente nacional do PSDB, Bruno Araújo, admitiu a hipótese de que o partido não tenha candidato a presidente em 2022 e componha uma chapa com o ex-juiz parcial Sérgio Moro, declarado suspeito pelo Supremo Tribunal Federal na perseguição judicial empreendida contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que lidera todas as pesquisas. Ao ser questionado pelo jornal O Globo, que apoia Moro, se há possibilidade de o vencedor das prévias ser vice numa chapa de terceira via mais viável, Araújo respondeu: "Só é protagonista quem tem capacidade de liderar. Vai depender do grau, competência e qualidade do escolhido no domingo".

Araújo também foi questionado se há chances de Sergio Moro ser vice do candidato tucano. "Todas as composições que estejam distantes do (ex-presidente) Lula e do (presidente) Bolsonaro serão objeto de abordagem e conciliação a partir de domingo. Não há como viabilizar um ambiente político sem um amplo processo de diálogo. E isso começará a ser feito com mais afinco depois das prévias", respondeu.


Brasil 247

quarta-feira, 17 de novembro de 2021

A PEC “cabe tudo”

Fernando Brito





Nem foi aprovada – e não será aprovada tão rápida e generosamente como sonha o governo – a PEC dos Precatórios é usada pelo governo Bolsonaro como “mãe de todas as bondades”.

Diz que é ela que permitirá o pagamento do auxílio, o reajuste dos aposentados e, agora, o “reajuste geral” do funcionalismo. “A todos os servidores federais, sem exceção”, prometeu Bolsonaro e isso, claro, inclui os que tem os melhores salários e mais pesam no custo de pessoal.

Como a folha de pagamentos da União roda em torno de R$ 330 bilhões – nos 3 Poderes – um reajuste de 10% ( que nem repõe as perdas inflacionários) dá R$ 33 bilhões de despesa extra, um terço do que seria liberado pela PEC. E não estava na conta.

E vá somando: emendas parlamentares, vale-diesel, vale-gás, dobrar as vagas dos concursos para a Polícia Federal e para a Polícia Rodoviária Federal e…vai vendo, Brasil…

Está evidente que a PEC não é para abrir espaços para gastos assistenciais indispensáveis aos brasileiros, mas para abrir os cofres públicos à reeleição de Bolsonaro.

A pergunta, porém, é se pagar um auxílio e uma parte das pessoas levadas à pobreza e até à fome, ou dar um pequeno reajuste a funcionários que tiveram anos de corrosão em seus vencimentos serão o bastante para dar votos a quem é responsável por esta situação.

Bolsonaro, no apagar das luzes do seu mandato, comporta-se como um Sílvio Santos naquele “Quem quer dinheiro”, prometendo mundo se fundos – de despesa permanente – com um saldo de precatórios que, além de menor que o gasto, é pontual e transitório.

É óbvio que isso não vai dar certo, embora a natureza das despesas seja correta, em grande parte.

É que o método para realiza-las é torpe e fraudulento, como são as razões para fazê-lo.

A fantasia de um “Bolsonaro Papai Noel”, trazendo presentes pelo teto tem tudo para não convencer ninguém.


TIJOLAÇO

CRISTINA SERRA FALA SOBRE SEU ARTIGO NA FOLHA, QUE VIRALIZOU NAS REDES |...



TV 247

“Moro é o candidato dos EUA para 2020”, diz Boaventura de Sousa Santos


“Moro é o homem dos Estados Unidos, ele é o candidato dos Estados Unidos para 2022. Ele fez todo o trabalho. E a carreira política dele é exatamente isso - destruir a economia brasileira, destruir a esquerda, abrir caminho para um político de transição - obviamente abrindo caminho para ele mesmo, ele é o candidato deles”, disse o professor Boaventura de Sousa Santos

16 de novembro de 2021
(Foto: MIGUELMARQUES | REUTERS/Ueslei Marcelino)


Brasil Wire - O Professor Boaventura de Sousa Santos, doutor em Sociologia do Direito pela Yale University, é professor e coordenador do CES - Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra, e um dos mais importantes pensadores ibero-americanos. Ele deu essa entrevista ao vivo enquanto, por coincidência, em Brasília, o ministro da Justiça, Sérgio Moro, fazia sua declaração de renúncia ao governo de Jair Bolsonaro, em mais um capítulo da crise política brasileira.

A entrevista abordou a dupla crise que o Brasil atravessa - uma crise de saúde, causada pelo Coronavírus, e outras políticas. Nesse cenário conturbado pela pandemia, o governo de Bolsonaro revela profunda instabilidade institucional, com hostilidade ao Congresso e ao Supremo Tribunal Federal. Enquanto isso, o combate à pandemia está sob a sombra da demissão do ministro da Saúde, Mandetta, que era favorável ao isolamento social.

Na quarta-feira, dia 22, o ministro da Economia, Paulo Guedes, responsável pela agenda neoliberal do governo, não participou de reunião coordenada pelo chefe da Casa Civil, General Walter Braga Netto, para anunciar o lançamento de um programa de recuperação econômica pós-Covid-19 (Pró-Brasil), que prevê aumento dos gastos com investimentos públicos para os próximos anos. Agora, nesta sexta-feira, dia 24, o Brasil, com um governo que parece estar sob a tutela de militares, em meio a vários caminhos para o impeachment do presidente, o cenário é agravado pela queda do ministro Sérgio Moro.
 
Segundo Boaventura de Sousa Santos, “é realmente extraordinário estarmos a falar neste preciso momento em que Sérgio Moro está a fazer uma transição. Acho que o Brasil é o único país do mundo que, em meio à pandemia, passa por uma grave crise política. Acompanho a situação em vários países e nenhum deles está nesta situação, o que pode ser uma crise do próprio regime político. A renúncia de Sérgio Moro tem causas próximas e distantes. As causas mais próximas levantadas são que em breve a Polícia Federal incriminará a família Bolsonaro, senão diretamente o presidente, mas seus filhos. Claro que isso já se sabe há muito tempo”.

Boaventura de Sousa Santos é incisivo:

“Moro é o homem dos Estados Unidos, ele é o candidato dos Estados Unidos para 2022. Ele fez todo o trabalho. E a carreira política dele é exatamente isso - destruir a economia brasileira, destruir a esquerda, abrir caminho para um político de transição - obviamente abrindo caminho para ele mesmo, ele é o candidato deles. Isso significa que a própria Embaixada dos Estados Unidos provavelmente deve estar envolvida em tudo isso. Isso significa que Moro passou a ser visto pela carreira política, o Bolsonaro não é mais um recurso, ele pode ser descartado”.

Para o sociólogo, Bolsonaro é um presidente descartável:

“Parece-me que devido à crise produzida pelo seu comportamento durante a pandemia, ele está sendo descartado mais cedo, porque a agenda de Paulo Guedes, um neoliberal alinhado com os Estados Unidos, também está em risco neste momento, desde o General Braga Netto, que todos consideram o presidente operacional, saiu com uma política de emergência que neutraliza efetivamente a política do próprio Paulo Guedes. Portanto, é natural que o próprio Guedes esteja com os dias contados”.

Boaventura acrescenta:

“Moro está sinalizando que não quer mais participar desse governo, justamente porque quer fazer bem. Sua popularidade está acima da de Bolsonaro. Moro está em um silêncio absolutamente criminoso, em meio a tantas coisas acontecendo, como as declarações na porta do quartel do exército pedindo um golpe. O Bolsonaro para ele hoje é mais um fardo do que um recurso - ele não precisa dele para ser um forte candidato para 2022”.


Brasil 247

Moro no Bial



Brasil 247

Bernardo Mello Franco reconhece, no Globo, que Lula foi aplaudido de pé na Europa


Colunista fura o bloqueio da mídia corporativa ao ex-presidente Lula e aponta o contraste entre o prestígio do ex-presidente e o isolamento do Brasil com Jair Bolsonaro

17 de novembro de 2021

Ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (Foto: Reprodução/Twitter)


247 – O jornalista Bernardo Mello Franco, do Globo, conseguiu furar o bloqueio imposto pela mídia corporativa ao ex-presidente Lula, que tem mantido encontros de alto nível com lideranças internacionais para tentar recuperar a imagem do Brasil, após o golpe de 2016 e a ascensão de um governo neofascista em 2018. "Lula tem usado o giro internacional para bater duro em Jair Bolsonaro. É o que se espera de qualquer candidato de oposição ao governo. Em Bruxelas, o petista citou o aumento da fome e do desemprego. Em Paris, lamentou a devastação da Amazônia e o fim do Bolsa Família", escreve Mello Franco, em sua coluna.

"O petista organizou uma agenda sob medida para mostrar prestígio internacional. Reuniu-se com o futuro chanceler da Alemanha, Olaf Scholz, e será recebido hoje pelo presidente da França, Emmanuel Macron. Bolsonaro não cultiva boas relações com a dupla. Ignorou o alemão no G20 e vive às turras com o francês desde que chegou ao poder", prossegue Mello Franco. "Enquanto Lula negocia com os líderes europeus, o capitão faz mais um tour por ditaduras do Golfo Pérsico."

Embora tenha pago um tributo ao discurso conservador, ao criticar as falas de Lula sobre Cuba e Lava Jato, Mello Franco admitiu que "o líder das pesquisas voltará para casa com uma imagem poderosa: foi aplaudido de pé no Parlamento Europeu."


Brasil 247

terça-feira, 16 de novembro de 2021

Moro e Bolsonaro: criador e criatura






Imperdível, pela concisa coragem, o artigo de Cristina Serra, na Folha. Sim, Cristina, o Brasil envenenado pelo ódio está ficando para trás.


Cristina Serra, na Folha

Eis que Sérgio Moro reaparece, com o messianismo e o discurso justiceiro de sempre, transbordantes no seu retorno aos holofotes. Moro exercitou as cordas vocais e estudou pausas teatrais, tentando dar alguma credibilidade ao estilo “corvo” moralista, atualizado para o século 21, só que sem a capacidade retórica do modelo original, o udenista Carlos Lacerda.

O erro de Moro é achar que o Brasil ainda está em 2018 e que vai votar em 2022 movido pelo ódio, por ele estimulado quando conduziu a Lava Jato. No processo que levou à condenação do ex-presidente Lula, o então juiz rasgou o devido processo legal e a Constituição. Isso não é versão nem narrativa. É o entendimento consagrado pelo STF, que o considerou um juiz suspeito.

Este é o fato mais importante da biografia do agora candidato e não pode ser naturalizado como página virada. Isso revela a essência de Moro. Ele grampeou advogados de Lula (tendo acesso, portanto, às estratégias de defesa do réu); determinou condução coercitiva espetacularizada; divulgou áudio ilegal e seletivo envolvendo a presidente Dilma, vazou delações.

O vale-tudo processual deu caráter de justiçamento à Lava Jato, feriu o Judiciário, a democracia e o país. Tudo com a complacência da mídia, a mesma que agora parece ver no ex-juiz o nome que procura para a terceira via como quem busca o Santo Graal.

Moro nunca demonstrou o menor constrangimento em servir a um presidente adepto da tortura e com notórias conexões criminosas. Tentou dar a policiais esdrúxula licença para matar sob forte emoção. Como quem fareja carniça, quando deixou o governo, foi ganhar dinheiro no processo de recuperação de uma das empresas que ajudou a esfolar.

Agora, Moro se apresenta como democrata. É uma fraude. Ele e Bolsonaro se igualam na mesma inclinação totalitária. As semelhanças, aliás, foram ressaltadas por pessoa insuspeita. Foi a senhora Moro quem disse, quando este ainda era ministro, que via o marido e o presidente como “uma coisa só”.


Tijolaço

Bolsonaro também chuta o cargueiro da Embraer


Fernando Brito
13/11/2021




Já entrou.

Lá em Dubai, às vésperas de uma feira aeronáutica onde estarão potenciais compradores do cargueiro KC-390, desenvolvido e produzido no Brasil, Jair Bolsonaro , apoiou publicamente o corte pela metade da encomenda, firmada em contrato, de 28 para 15 aeronaves. Ou mais 11, porque quatro já estão entregues e operando.

Diz ele que “é muito caro” comprar e manter aviões, porque precisam operar (!!) e isso é caro: “”Você não pode comprar um avião como compra um carro, que muitas vezes bota na garagem. O avião tem que se movimentar, e isso custa caro. O orçamento da Força Aérea está apertado”.

Não está apertado para conceder, como se concedeu aumento, para seu pessoal, em especial para o de alta patente. Nem para gastar mais de R$ 13 bilhões com inativos e pensionistas. Nem para conceder, ao contrário do que se fez com os trabalhadores civis, benefícios mais generosos na reforma de seus militares.

Também não há aperto para comprar dois cargueiros da Airbus. Nem para brincar de colocar 52 poltronas confortáveis para adaptar o avião a comitivas presidenciais, uma inutilidade.

Além do mais, 28 aviões de carga para um país das dimensões do nosso país nada tem de exagero, se a Aeronáutica conjugar seu emprego com as necessidades logísticas do país – transporte de medicamentos, ações de socorro humanitário, etc – e outros empregos de defesa civil, como o de combate a incêndios florestais , para o qual o KC-390 já é adaptado.

E nem chegam a ser tantos se pensarmos que, em parte, substituirão C-130 Hércules , que são 23 aparelhos operados pela FAB. Os 10 “mais novos” entre eles foram comprados, usado, da Itália, em 2001 e reformados para continuarem voando em condições aceitáveis.

Fica-se sabendo pela Folha, porém, que o KC-390, que Bolsonaro está desmoralizando frente ao mundo – o país que o produz cancela sua compra! – servirá aos propósitos populistas do atual presidente, que planeja usar um deles para exibir-se saltando com paraquedas de um deles.

Brincadeirinha que, como ele mesmo diz, “custa caro”.

Custa muito mais caro, porém, arruinar um produto brasileiro, com potencial de vendas e de desenvolvimento tecnológico imensos, que estava pronto para alçar voo no comercio aeronáutico mundial porque o comando da Aeronáutica quer reservar, sabe-se lá para quê, as verbas que seus antecessores, brigadeiros como eles, haviam comprometido na modernização de nossa Força Aérea.


Isso será corrigido no próximo governo e há forma de compor dificuldades financeiras do Estado brasileiro num contrato de longo prazo (as últimas entregas previstas no cronograma atual são em 2016). Espera-se, porém, que se possa corrigir o intolerável defeito de fabricação de dirigentes da FAB que não querem ter aviões.

Preferem motocicletas.


Tijolaço

domingo, 14 de novembro de 2021

Daniel Cara: Bolsonaro ataca o Enem porque é contra a democratização da universidade


“Desde o primeiro dia de governo, Jair Bolsonaro ataca o Inep e o Enem”, afirma o professor da USP, que explica o desmonte no órgão onde houve demissão em massa às vésperas do Enem. Assista na TV 247

12 de novembro de 2021

(Foto: Divulgação)


247 - O professor da USP e dirigente nacional da Campanha Nacional pelo Direito à Educação, Daniel Cara, em entrevista à TV 247, comentou a crise no Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), às vésperas da realização do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).

Funcionários acusam o presidente do órgão, Danilo Dupas, de promover censura, assédio moral e de não assumir a responsabilidade do cargo. As denúncias resultaram no pedido de exoneração coletiva de 37 servidores e coordenadores, muitos que atuam diretamente na realização do Enem. A realização do exame está mantida e será realizada em 21 e 28 de novembro.

Segundo o educador, Dupas é “totalmente vinculado ao ministro Milton Ribeiro”, cuja gestão ataca a democratização da universidade. “Desde o primeiro dia de gestão do Bolsonaro ele ataca o Inep e o Enem. Ou seja, ataca o órgão que realiza a prova e ataca o exame que é uma porta de entrada para a universidade. Vou deixar claro: um dia vai ter a possibilidade de superar o vestibular. O vestibular é muito cruel, mas neste momento o melhor vestibular que existe, não só no Brasil, mas no mundo, é o Enem. E o Bolsonaro começou a tentar uma lógica de tentar desconstruir esse exame. Por quê? Porque ele é contra a democratização da universidade”, disse.

O serviço público brasileiro seria perfeitamente capaz de executar a prova com padrões de excelência “reconhecidos mundialmente”, afirmou Cara. É justamente por esse motivo que o Inep é atacado pelo governo Jair Bolsonaro. “O Danilo Dupas percebeu que se ele continuasse realizando o Enem com toda a força dos servidores, o serviço público brasileiro, de qualidade, segura a onda e realiza o exame”, completou.


Brasil 247

Líder da esquerda alemã declara apoio a Lula e diz que Brasil merece presidente melhor do que o "incompetente Bolsonaro"


O parlamentar Gregor Gysi, porta-voz do Die Linke, também afirma que a destruição bolsonarista deixa os jovens brasileiros sem perspectivas

14 de novembro de 2021

Lula e Gregor Gysi (Foto: Lula e Gregor Gysi)


247 – Além do apoio de Olaf Scholz, que venceu as eleições alemãs e deve ser o novo chanceler do país, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva também recebeu a adesão do partido Die Linke, a principal agremiação da esquerda germânica. "Encontrei o ex-presidente brasileiro Lula da Silva em Berlim. Os brasileiros merecem um presidente melhor do que o incompetente e perigoso Jair Bolsonaro", postou Gregor Gysi, parlamentar e porta-voz da política externa do partido.

"Bolsonaro nega a periculosidade do coronavírus e também legalizou armas automáticas, ceifando muitas vidas na sociedade brasileira. Concordamos que é tarefa da esquerda dar novamente uma perspectiva aos jovens. A pobreza e a falta de perspectivas devem ser superadas por meio de uma boa formação e bons salários. Desejamos a Lula todo o sucesso nas eleições presidenciais e o apoiaremos com o melhor de nossa capacidade", escreveu. Confira:


Brasil 247

Miriam Leitão reconhece favoritismo de Lula e a crescente inviabilização das demais candidaturas, de Bolsonaro a Moro



Mesmo adversária ferrenha da esquerda e hostil ao PT, a jornalista Miriam Leitão reconhece: Lula é largamente favorito e todas as demais candidaturas patinam

14 de novembro de 2021

Miriam Leitão, Lula, Bolsonaro, Moro, Doria, Leite e Pacheco (Foto: Reprodução | ABR | Ricardo Stuckert)


247 - Inimiga ferrenha dos governos do PT, a jornalista Miriam Leitão, uma porta-voz informal da família Marinho para os temas econômicos e pessoa de confiança do mercado financeiro reconheceu em artigo neste domingo (14): Lula é o grande favorito para 2022 e todas as demais candidaturas, de Bolsonaro a Moro, passando pelo PSDB e Pacheco, estão em crise. “A intenção de voto em Lula na espontânea saiu de 22% para 29% em um mês. E na estimulada ele tem 46%. Ainda é apenas um retrato, mas é bem favorável ao ex-presidente”, admitiu a contragosto.

No artigo, publicado em O Globo, ela agitou a surrada bandeira do anticomunismo para atacar o PT, usando o episódio da nota de apoio à eleição de Daniel Ortega, desautorizada pela presidente do partido, a deputada Gleisi Hofmann (PT-PR).

Mas, depois da ferroada obrigatória, Leitão se dobra à realidade do pleito de 2022: “O aumento da fome é a maior preocupação social. O novo programa do governo vai cortar pelo menos 20 milhões de famílias que atualmente recebem o auxílio emergencial. Lula tem forte recall positivo quando o assunto é combate à pobreza”.

No texto, a jornalista pontua o que todas as pesquisas têm indicado, que a crise da economia e seus reflexos sociais são o centro da eleição e joga a pergunta no colo da extrema-direita: “A questão é: a economia virá em socorro de Bolsonaro?”

Ela mesma respode: “As projeções dos economistas dizem que não. O Itaú prevê que o primeiro trimestre terá 1,2% de alta em relação ao primeiro trimestre de 2021. No segundo, a mesma comparação contra igual trimestre do ano anterior será de 0,3% positivo. No terceiro, auge da campanha, será negativo, -1,1%. E no quarto, -2,5%. Vários bancos e consultorias marcam o mesmo movimento: o ano começa com algum crescimento e depois despenca e vai para o negativo. E dentro da economia a maior preocupação do eleitor é com o crescimento”.

Na casa do morismo, a Globo, Leitão reconhece que a candidatura de Moro é quase inviável: “O ex-juiz Sergio Moro apareceu em terceira posição na pesquisa da Genial/Quaest com 8%. Ele irá adiante? A corrupção perdeu espaço na lista de preocupações de brasileiros. Agora só 9% apontam a corrupção como sendo o principal problema. A economia está em primeiro para 48%”.

Ela anota que no tatibitate lançamento de sua candidatura, “Moro tentou fazer um discurso para além do tema que o tornou conhecido. Não foi muito convincente”. Ela pontuou mais de uma vez a fragilidade de Moro, enquanto seu colega Merval Pereira tem gasto o teclado e a voz anunciando a “fortaleza” do ex-juiz: “Moro terá que ir além da sua bolha, mas parece inconsistente quando fala de economia ou da questão social. Sua rejeição só não é maior do que a de Bolsonaro”.

Leitão também registra as fagilidades tucanas de do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG): “

O PSDB ainda discute suas prévias, mas nem João Dória nem Eduardo Leite têm pontuação importante. O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, não é conhecido, mas também não demonstra força neste grid de largada. (...) O PSDB perdeu um pouco mais de identidade nessa semana em que tantos tucanos votaram a favor da PEC do calote e do fura-teto.”


Brasil 247