Ação movida contra Moro pelo PL e PT alega que o ex-juiz parcial teria cometido abuso de poder econômico na campanha eleitoral de 2022
31 de maio de 2023
Sergio Moro (Foto: Geraldo Magela/Agência Senado)
247 - Ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) analisam o ambiente "ruim" para o ex-juiz parcial e hoje senador Sergio Moro (União Brasil-PR) em relação ao processo que busca a cassação de seu mandato. Segundo a opinião dos magistrados ouvidos por Bela Megale, do jornal O Globo, a chance de Moro manter seu cargo no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) é considerada "pequena".
Aliados do ex-juiz têm esperanças de que ele tenha um destino diferente do ex-procurador Deltan Dallagnol, que teve seu mandato de deputado federal cassado por unanimidade no TSE. No entanto, os ministros apontam que o caso de Moro é distinto do de Deltan. Enquanto o TSE enquadrou Dallagnol na Lei da Ficha Limpa, entendendo que ele pediu exoneração do Ministério Público Federal antes do prazo previsto em lei eleitoral para evitar condenação em possíveis processos administrativos, a ação movida contra Moro pelo PL e PT no Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR) alega que o ex-juiz teria cometido abuso de poder econômico na campanha eleitoral de 2022.
Moro nega qualquer irregularidade e defende que a ação movida contra ele é de natureza política, com o objetivo de "punir um desafeto". No entanto, os ministros do STF destacam que, apesar das diferenças entre os casos, o ambiente para Moro não é favorável. A avaliação é de que sua postura menos confrontadora como senador em comparação com sua atuação como juiz não deve ser suficiente para garantir sua permanência no cargo.
O processo contra Moro ainda está em fase inicial no TRE-PR e, segundo expectativas, deve demorar para chegar ao TSE. No caso de uma eventual cassação, há a possibilidade de recurso ao Supremo Tribunal Federal.
Brasil 247
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