quarta-feira, 10 de maio de 2023

Perícia da PF em celular de ex-ajudante de ordens de Bolsonaro revela envio de dinheiro para o exterior

 Investigadores pedirão a quebra do sigilo bancário da conta no exterior em nome do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, preso na Operação Venire

10 de maio de 2023

Dólar e Mauro Cid (Foto: Reuters | Reprodução)


247 - As perícias realizadas pela Polícia Federal nos aparelhos de telefonia celular do tenente-coronel do Exército Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL), revelaram trocas de mensagens sobre o envio de dinheiro para o exterior. Segundo o G1, os valores chamaram a atenção dos investigadores, que pedirão a quebra de sigilo da conta bancária no exterior.

O militar, ex-braço direito de Bolsonaro, foi preso preventivamente no âmbito da Operação Venire, deflagrada no início de maio com o objetivo de apurar supostas fraudes nos cartões de vacinação contra a Covid-19 do ex-mandatário e aliados próximos. No momento da prisão, os agentes encontraram US$ 35 mil e R$ 16 mil em espécie na residência do militar.

“Com essas informações, os agentes irão pedir a quebra do sigilo da conta, que será feito por meio do Departamento de Recuperação de Ativos e Cooperação Internacional do Ministério da Justiça (DRCI)”, destaca a reportagem.

Cid é investigado em pelo menos quatro inquéritos da PF: fraude de cartões de vacinação, caso das joias sauditas, milícias digitais e os atos terroristas de 8 de janeiro. Ele também já é investigado pela suspeita de lavagem de dinheiro.

A Operação Venire cumpriu 16 mandados de busca e apreensão - incluindo na residência de Jair Bolsonaro, em Brasília - e seis mandados de prisão na quarta-feira (3).

Entre os presos estão o ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, tenente-coronel Mauro Cid, o policial militar Max Guilherme e o militar do Exército Sérgio Cordeiro, seguranças que atuaram durante o mandato de Bolsonaro e que também o acompanharam aos Estados Unidos, quando ele deixou o país dois dias antes do término do mandato.


Brasil 247

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