domingo, 30 de julho de 2023

"Boric é a esquerda de que a direita gosta", diz Paulo Nogueira Batista Júnior

Economista afirma que o chileno é focado na questão identitária e desconectado de temas mais relevantes

28 de julho de 2023

(Foto: Felipe L. Gonçalves/Brasil247 | Reuters )


247 – Em entrevista concedida ao jornalista Leonardo Attuch, editor da TV 247, o economista Paulo Nogueira Batista Júnior descreveu a figura de Gabriel Boric, presidente chileno, como uma esquerda que agrada à direita. "É a esquerda de que a direita gosta", disse ele. Segundo o economista, essa vertente da esquerda estaria demasiadamente focada na chamada "agenda identitária", ou seja, questões relacionadas a gênero, raça e outros aspectos identitários, em detrimento das pautas sociais e trabalhistas.

Ao abordar a política externa do governo Lula, Paulo Nogueira Batista Júnior se mostrou cauteloso em relação ao papel do Brasil como líder da América Latina. Ele afirmou que essa postura poderia ser vista como uma "pílula venenosa" que os Estados Unidos colocam para desestabilizar a região. Em vez disso, o economista defende uma postura cooperativa e respeitosa com todos os países da região. Ele também criticou a declaração do ministro Fernando Haddad, que havia criticado o processo político venezuelano, considerando-a inábil e inadequada.

Venezuela – O economista também enfatizou que os problemas enfrentados pela Venezuela devem ser resolvidos pelos próprios venezuelanos, e defendeu a reintegração do país ao Mercosul. Ele lembrou que foi durante o governo golpista de Michel Temer, que a participação da Venezuela no bloco foi suspensa. Para o economista, é fundamental trazer a Venezuela de volta ao Mercosul e buscar soluções conjuntas para fortalecer a integração econômica na América Latina.

Outro ponto abordado na entrevista foi a necessidade de o Brasil retomar os mecanismos de financiamento à exportação. Paulo Nogueira Batista Júnior defendeu que o país deve buscar alternativas para estimular a exportação de produtos e serviços brasileiros e impulsionar a economia. Assista:


Brasil 247

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