"É preciso avançar cada vez mais na popularização da universidade", cobraram estudantes
13 de julho de 2023, 21:26 h Atualizado em 13 de julho de 2023, 22:09
Brasília (DF), 13/07/2023, O presidente Luiz Inácio Lula da Silva participa do 59º Congresso da União Nacional dos Estudantes (UNE). O encontro teve a presença do ex-presidente do Uruguai Pepe Mujica (Foto: Valter Campanato/Agência Brasil)
247 - Representantes da União Nacional dos Estudantes (UNE) entregaram uma carta ao presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), na noite desta quinta-feira feira (13), com pedidos como a revogação do novo ensino médio Lei nº 13.415/2017, aprovada no governo Michel Temer, e reforma universitária.
"É preciso avançar cada vez mais na popularização da universidade, para que ela expresse a diversidade presente em nossa sociedade, a implementação das cotas trans e vestibular indígena são passos decisivos nessa direção", afirmaram os estudantes. "Queremos que em um curto período possamos garantir que o Programa Nacional de Assistência Estudantil se torne lei, com orçamento próprio que atenda as demandas estudantis".
O grupo pediu eleições diretas para reitores, assim como a posse destes. "Bem como a paridade entre estudantes, docentes e técnicos-administrativos nas eleições e conselhos colegiados". "Queremos a revogação imediata da reforma do ensino médio, e junto a isso um projeto de uma nova escola, superando esse modelo de ensino médio que não atende mais às nossas perspectivas", acrescentaram os universitários.
Defensores da proposta argumentam que o projeto direciona melhor os estudantes para o mercado. Pessoas contrárias ao projeto avaliam que a interdisciplinaridade do conhecimento é necessária, mas, pela maneira como foi elaborada, aumenta a possibilidade de os conteúdos serem debatidos de forma superficial, o que, na prática, prejudica o senso crítico dos estudantes.
No projeto do ensino médio, a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) ocupará 60% do total de horas letivas, ou 1.800 horas divididas entre 1º, 2º e 3º anos do ensino médio. Os outros 40% do currículo são preenchidos pelos Itinerários Formativos - o estudante escolhe a área de conhecimento de sua preferência.
O projeto alterou a divisão que passou a não ser por matérias, mas por quatro áreas do conhecimento: Linguagens e suas Tecnologias (Língua Portuguesa, Inglês, Artes e Educação Física); Matemática e suas Tecnologias (Matemática); Ciências da Natureza e suas Tecnologias (Biologia, Química e Física), e Ciências Humanas e Sociais Aplicadas (História, Geografia, Sociologia e Filosofia).
Alunos, obrigatoriamente, veem todas as áreas do conhecimento no Ensino Médio, mas em algum dos anos podem acabar não estudando todas elas. Apenas Matemática e Língua Portuguesa continuaram obrigatórias.
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